Fanfic: Universo Particular AyA | Tema: Ponny ,Vondy ,Chaverroni

Poncho: Como você pode ter tanta certeza, que vai ter azar, e não sorte?

Ele murmurou as palavras com desdém, como se elas não tivessem qualquer significado. Cheguei a conclusão que era bem possível que Alfonso realmente não acreditasse nelas. Homens como ele são tão cheios de si, que não conseguem atribuir pequenas falhas ou acertos, para um golpe do destino, como a sorte ou o azar.

Anahí: É claro, que estou tendo azar. Olhe só para mim!
Poncho: Isso não foi nada lisonjeiro.
Anahí: Como? - Franzi a sobrancelha, sem entender -
Poncho: Não vejo nada de diferente em você, que possa indicar qualquer sinal de azar. A não ser, é claro, a minha companhia. - Ele deu de ombros, parecendo estar incomodado - Não é sempre que eu escuto as mulheres dizendo que eu provoco azar quando estou com elas.

Senti meu rosto corar, enquanto eu tentava assimilar o que ele tinha dito.

Anahí: Não foi bem isso que eu quis dizer. - Coloquei a mão dentro da bolsa, tateando por qualquer coisa que pudesse me salvar daquele constrangimento - Er.. quer um chocolate?
Poncho: Sei que não tenho sido um perfeito cavalheiro com você, Anahí. Mas espero conseguir mudar sua opinião ao meu respeito. - Ele sorriu. Um sorriso enigmático.. quem sabe? -
Anahí: Ok.. - Acenti, estreitando o olhar -
Poncho: Quanto ao chocolate, eu agradeço, mas não costumo comer doces antes de longas viagens como essa.
Anahí: Tem certeza? Talvez você tenha desenvolvido uma fobia interior aparentemente escondida em relação a aviões, que pode emergir a qualquer instante.. e preciso dizer que somente chocolates amenizam o problema.
Poncho: Já viajei de avião inúmeras vezes. O suficiente para saber que não tenho nenhuma espécie de fobia. - Ele riu, e eu subitamente tive vontade de vê-lo rir com mais frequência -
Anahí: O que é tão engraçado? - Virei a cabeça, olhando para ele com curiosidade -
Poncho: Você. Já lhe disseram que tem um ótimo senso de humor?

Conclui que isso não deveria ser considerado como um elogio. Certa vez, li em alguma revista, - não consigo me lembrar em qual - que devemos rir com os homens, e não ser o motivo da risada deles.

Anahí: Você acha que eles vão demorar muito a chegar? - Franzi a sobrancelha, tentando mudar rapidamente de assunto –

Poncho: Provavelmente não. - Ele falou enquanto olhava para o relógio de pulso - A não ser que tenham desistido de casar, quero dizer... eles ainda estão com tempo para mudar de ideia.
Anahí: Você é tão hilário. - Sorri, sarcástica - Uma pena que tenha um péssimo senso de humor.
Poncho: Ei, eu estava brincando.
Anahí: Estava mesmo? - Respirei fundo, desviando o olhar - Bem, isso não tem importância. Só quero pedir para que você não faça esse tipo de brincadeira, quando a Mai estiver por perto. Talvez pareça que ela está cem por cento segura quanto ao casamento, mas não é bem assim. Eu sei que, por mais que ela disfarse muito bem, se sente mal por ter que casar longe da família. E acho que descobrir que o próprio padrinho é contra o seu casamento, pode ser um pouco.. hm, duro demais para ela.
Poncho: Não sou contra, apenas defendo a teoria de que os casais deveriam pensar em todos os prós e contras de um casamento. Você sabe que se isso acontecesse, os indices de divórcio não seriam tão altos.
Anahí: Eu tenho certeza que eles já pensaram. - Falei rápido, acentindo com a cabeça -
Poncho: Se levarmos em conta, a quantidade de vezes em que já marcaram e desmarcaram esse casamento, podemos notar uma certa indecisão.

Droga. Ele havia me deixado sem argumentos! E isso é realmente humilhante, depois de tantos anos na universidade de Direito.

Anahí: Você precisa entender que não é tão fácil se casar sem o apoio dos pais.. - Cruzei os braços, afundando um pouco na cadeira onde estava sentada - E é melhor nos falarmos sobre outra coisa..