Fanfic: Universo Particular AyA | Tema: Ponny ,Vondy ,Chaverroni

Anahí: É com o George Clooney. - Apontei para o filme, batendo palmas - Você precisa assumir que é um milhão de vezes melhor que qualquer noticiário!
Poncho: Esse cara poderia perfeitamente ser o seu pai. - Ele franziu a sobrancelha, ligando o palm top -
Anahí: Pois eu acho ele bem charmoso. - Suspirei sorrindo - Ei, o que você está fazendo?
Poncho: Trabalhando.
Anahí: Você não pode usar isso aqui! O avião poderia cair, sabia? Eu li sobre isso na Cosmo.. se você fizesse ideia da ameaça que os aparelhos eletrônicos representam..
Poncho: Não vou demorar, só preciso conferir alguns e-mails.
Anahí: Sinto muito, mas não quero morrer por sua causa. - Cruzei os braços, olhando para ele -
Poncho: Veja pelo lado positivo, se o avião caísse em uma ilha que não está situada no mapa, aconteceria com você, o mesmo que em Lost.

Demorei apenas um segundo para notar que ele estava sendo irônico.

Anahí: Eu acabaria morrendo de tédio. - Revirei os olhos, observando minhas unhas pintadas à francesinha, especialmente para a ocasião - Falando sério, qual seria o sentido de viver em um lugar sem energia elétrica?
Poncho: As sociedades antigas viveram por muitos séculos, utilizando apenas a energia solar.
Anahí: Minha vida certamente não seria a mesma se eu não tivesse o meu secador de cabelos. Sem falar na minha prancha alisadora. - Murmurei, pensativa - As mulheres daquela época deveriam ser consideradas verdadeiras heroínas.
Poncho: Elas apenas se adaptaram a tecnologia existente no seu tempo. - Falou distraído, ainda com o palm top -
Anahí: Mesmo assim. - Dei de ombros, voltando a minha atenção para o filme - Hm.. será que tem pipoca aqui no avião?
Poncho: Pipoca?
Anahí: É um pouco sem graça assistir filmes, sem pipoca. - Peguei a minha bolsa, procurando por algo que nem eu mesma sabia o que era - Se ao menos tivesse trago uma Coca-Cola light..
Poncho: Por que você não tenta descansar um pouco? - Ele sugeriu com impaciência, desviando o olhar para mim -
Anahí: Ainda falta muito pra nós chegarmos? - Ergui a sobrancelha, olhando pela janela. Estávamos sobre o Oceano Atlântico. Ou seria Pacífico? -
Poncho: Faz somente meia hora que o avião decolou, Anahí.

Tudo bem, ele estava certo. Eu só precisava dormir um pouco, e quando eu acordasse... estaríamos em Paris! Perfeito.

Mesmo com a poltrona sendo um pouco desconfortável, e com o barulho no avião, acabei adormecendo. E só acordei muito tempo depois, com a agitação das pessoas ao redor. Olhei para cima, e o Alfonso parecia concentrado ouvindo música. Notei que acidentalmente, havia apoiado minha mão direita no ombro dele. Talvez ele tenha percebido, pois no instante seguinte, estava olhando atentamente para mim.

Poncho: Dormiu bem?
Anahí: Acho que sim. - Respondi, bocejando -
Poncho: Nós já estamos quase chegando.
Anahí: Ótimo. - Sorri, pegando o pó compacto dentro da minha necessaire -

Foi então que realmente me dei conta sobre o que ele havia dito. Estamos na Europa! Nesse exato momento devemos estar sobrevoando a Torre Eiffel! Rapidamente olhei pela janela, tentando apreciar a magnífica vista e... Bem, não dá pra ver muita coisa. Apenas o céu azul, e algumas nuvens. Mas quem se importa, não é mesmo? O importante é que estou em solo europeu, ou pelo menos em céu europeu. E esse provavelmente é um dos melhores momentos da minha vida.

Poncho: Algum problema?
Anahí: Não, só estou tentando ver alguma coisa.. - Expliquei, ainda com o olhar fixo na paisagem - Qualquer coisa que diferencie a Europa dos outros lugares.
Poncho: Você deveria deixar para fazer isso, depois que o avião pousar.
Anahí: Com toda a tecnologia que existe nos dias atuais, deveriam ter inventado um modo de poder abrir as janelas. - Reclamei, desviando o olhar para ele - É tão frustrante ter esse vidro me separando de Paris.

Poncho: Você sempre teve esse costume de acordar dizendo besteiras? - Ele franziu a sobrancelha, cruzando os braços -
Anahí: Não são besteiras! - Arregalei os olhos, com resignação - Seria fantástico se houvessem, er.. tetos solares nos aviões. Para ser sincera, nem sei como ninguém nunca pensou nisso antes.
Poncho: Porque as pessoas tem o bom-senso de saber que isso nunca seria possível.
Anahí: Pois eu não acho que seja assim. - Murmurei, irritada - Só é preciso um pouco de criatividade. Mas é claro, você não tem.
Poncho: Você precisa amadurecer, Anahí. - Ele suspirou, falando com seriedade - Sair desse seu próprio universo de fantasias, onde só existem roupas, seriados idiotas e sapatos de grife. Existe um mundo real, onde as pessoas não são obrigadas a ter paciência com você e as suas manias.
Anahí: E eu não sou obrigada a ouvir as suas grosserias! - Sustentei o olhar dele, com indiferença - A verdade, é que você nem ao menos deveria estar aqui! Se não acredita em casamentos, por que veio? A viagem de todos nós seria muito melhor sem você!
Poncho: Talvez você esteja certa.

Ele colocou novamente os fones de ouvido, me ignorando. Senti uma súbita pontada de arrependimento, e fechei os olhos, tentando entender por qual razão nós haviamos começado a discutir.

Ficamos em silêncio até o momento em que o avião pousou. Foi quando ele murmurou uma desculpa qualquer sobre precisar comprar o jornal, ou algo assim. Mas é claro, que a intenção dele era mostrar para todos que poderia muito bem ler um jornal inteiro, em outro idioma. Deixemos de lado, Alfonso e sua arrogância. A questão é que estou em Paris - no aeroporto, pelo menos - cercada de pessoas chiques e bem vestidas, passando de um lado para o outro, conversando em francês. E de repente, me sinto um pouco arrependida por não ter me dedicado mais às aulas de francês do Ensino Médio.. é um pouco incômodo não entender o que as pessoas estão dizendo. Felizmente, a moça do Cyber Café, onde resolvemos comprar os capuccinos, sabia falar inglês, e em poucos minutos ela já estava me contando tudo o que havia acontecido de interessante nesse aeroporto. Uau! Parece que tenho um dom natural para lidar com pessoas de outros países!

Anahí: Vocês não vão acreditar! - Falei com perplexidade, tentando equilibrar os três capuccinos -
Maite: O quê?
Anahí: Eu estava conversando com a atendente do Cyber Café, e ela me contou que ontem, o Príncipe de Mônaco esteve aqui!
Dulce: Pensei que a realeza possuísse seus próprios aviões.
Maite: É a crise econômica. - Ela disse, rindo -
Anahí: Não acredito que por causa de algumas horas, deixamos de conhecer um príncipe! - Reclamei, brincando com o chantilly -
Dulce: Ele provavelmente estava com dezenas de seguranças, ninguém nem se quer deve ter visto ele.
Anahí: Mas eu sempre quis conhecer um príncipe. - Dei de ombros, pensativa - Quer dizer, acho que sempre quis me casar com um príncipe.

Princesa Anahí. Vossa Alteza, Anahí. E não é que o meu nome se parece mesmo com o de uma princesa?

Maite: Certo. E como, exatamente, você gostaria que fosse o seu príncipe?
Anahí: Ele teria que ser inteligente. - Afirmei, enquanto tentava memorizar todas as características que eu considerava necessárias em um homem - Bonito, atlético, corajoso, divertido, interessante...

Parei de enumerar ao perceber que as duas trocavam olhares apreensivos.

Dulce: Você acabou de descrever o Poncho. - Disse, hesitante -
Anahí: Claro que não! - Falei um pouco alto demais, fazendo com que um executivo a poucos metros de nós, me olhasse com reprovação - Eu estava imaginando alguém, tipo.. Patrick Dempsey.
Maite: Tem certeza?
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