Fanfic: Universo Particular AyA | Tema: Ponny ,Vondy ,Chaverroni

Pisquei inúmeras vezes para a tela do notebook, sem conseguir acreditar no que estava lendo. Como ele podia ser tão prepotente? E ainda esperava que eu me preocupasse com o campeonato idiota que ele vai disputar sei lá aonde! Respirei fundo, tentando me convencer de que nem todos os homens do mundo eram tão egoistas assim. Ainda existiam raras exceções como George Clooney, e talvez... Alfonso Herrera. Certo, eu só posso estar ficando louca.

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Para: Kuno Becker <kuno_becker@gmail.com>
De: Anahí <annie.portilla@cel.com>
Assunto: Res: Você
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Eu já tomei a minha decisão, e espero realmente que você consiga entender, e seguir em frente com a sua vida.
Quanto ao campeonato, só posso desejar boa sorte, e pedir que você pare de lotar minha secretária eletrônica com declarações de amor tiradas do verso da caixa de cereal (não adianta negar, eu sei que você faz isso).

p.s: Sim, eu recebi as flores, mas não pude ficar com elas. Você não deve estar lembrado, mas eu sou muito alérgica a margaridas, e espero realmente que você não se esqueça mais disso.

1. A.
   
   Pronto, estava feito. Cliquei sem hesitação no 'Enviar', enquanto olhava no relógio, que horas eram. Ótimo, eu ainda tinha alguns minutos para fazer uma pipoca, antes que começasse a passar Cold Case.

 

9:45. Ainda faltava quinze minutos para que a reunião com os sócios da empresa começasse. E isso me dava algum tempo para repassar os argumentos que eu utilizaria para a minha proposta. Era uma jogada e tanto, eu não podia negar. Mas iriar dar certo.. eu só preciso convencê-los de como uma filial em Boston será lucrativa.

Suze: Sr. Herrera! - Ela acenou, vindo rapidamente na minha direção, sem folego - O Sr. Chavez já está esperando na sala de reuniões.
Alfonso: Tão cedo? - Estranhei, olhando novamente para o relógio -
Suze: Sim, ele mencionou que precisa conversar com o senhor sobre o um casamento.. não entendi muito bem. - Ela se explicou -
Alfonso: Certo, eu já estou indo.
Suze: Não se esqueça do seu compromisso no Tribunal, às 14:00 - Ela falou subitamente, enquanto eu entrava no elevador -
Alfonso: Não vou esquecer. - Acenti -

Casamento. Sorri, me lembrando da conversa de ontem com Anahí Portilla. Ela era apenas mais uma garota tola de vinte e poucos anos, que ainda sonhava com um príncipe encantado, provavelmente. Mas ainda assim, havia algo de intrigante nela que eu não conseguia identificar. Deviam ser aqueles óculos coloridos. Por que motivo ela insistia em usá-los, se estava mais do que claro que não precisava deles?

Mas ela certamente não era da minha conta. E no momento eu tinha diversos outros problemas para pensar, ao invés dos óculos chamativos da srta. Portilla.

Christian: Adivinhou meus pensamentos chegando mais cedo. - Ele murmurou enquanto apertava o nó da gravata, no instante em que eu entrei na sala de reuniões, que estava vazia até então -
Poncho: Algum problema? - Franzi o cenho, deixando minha pasta sobre a mesa -
Christian: A embaixada americana do Egito está relutando em entregar os papéis necessários para o casamento. Pensei que talvez você pudesse tentar resolver isso.. - Ele deu de ombros - Você sempre consegue convencer as pessoas.
Poncho: Tudo bem, posso tentar ajudar.
Christian: Não faz ideia de como essa história de casamento dá trabalho. - Ele colocou a mão na testa, rindo -
Poncho: Só faço ideia de como os divórcios dão trabalho. - Balancei a cabeça, resignado -
Christian: Você diz isso porque ainda não conheceu a garota certa.
Poncho: Todas são certas, até o momento em que começam a falar em algo mais sério.

Christian: Certo, não vou insistir. - Ele foi até uma das grandes janelas envidraçadas, observando o movimento já constante nas ruas - Acho que preciso de um café bem forte. Aceita?
Poncho: Estou tentando me livrar do vício da cafeína. - Ri, pegando um exemplar do Times que estava sobre o sofá -
Christian: Como se isso fosse possivel. - Ele pegou o telefone, ligando para a sua secretária executiva, Angelique - Ocupado. Que diabos ela fica fazendo no telefone à essa hora?
Poncho: Provavelmente conversando com alguma amiga sobre o que aconteceu ontem em Grey's Anatomy. - Falei com indiferença, procurando pela seção de Política no jornal -
Christian: Você deve ter razão. - Ele colocou o telefone novamente no lugar, andando de um lado para o outro - Eu precisava pedir para ela ligar pro aeroporto, e confirmar as passagens.
Poncho: Ela sabe? Pensei que fosse um casamento "secreto".
Christian: Como você acha que eu consegui uma licença de dez dias, para três funcionários ao mesmo tempo? - Ele respirou fundo - Quase todo o departamente já está sabendo.
Angelique: Com licença. - Ela bateu na porta, logo em seguida abrindo-a parcialmente e colocando a cabeça para dentro - Os acionistas já estão esperando na sala adjacente o início da reunião. Posso pedi-los para entrar?
Christian: Pode, e eu também gostaria que você ligasse para o aeroporto e acertasse o voo e as burocracias com os passaportes. E traga, por favor, um café.
Angelique: Ok, não demoro.
Christian: Você está realmente certo do que quer propor nessa reunião, não é? - Ele se virou para mim, falando com seriedade - Quero dizer, uma filial em Boston implicaria em muitas coisas. Entre elas, que você tenha que se mudar para lá.
Poncho: Eu sei de tudo isso. - Acenti - E não vejo nenhum problema em ter que ir para Boston. Vai ser uma etapa decisiva na minha carreira, e isso é o que importa.

Christian: Sendo assim, boa sorte.
Poncho: É, talvez eu precise.

Mas eu sabia que aquilo não era verdade. Sorte era apenas um pretexto que as pessoas inventavam para justificar suas falhas. Sendo assim, elas costumavam lamentar um erro, dizendo que estavam com falta de sorte. Mas eu não era assim. Desde criança, eu havia aprendido que metas só são alcançadas com trabalho e esforço. Na realidade, eu nunca havia conseguido entender como algumas pessoas acreditam em coisas tão banais como astrologia ou pré-destino. Subitamente, me veio na cabeça, que Anahí aparentava ser do tipo que lia e confiava no horóscopo todos os dias. Fiquei surpreso ao constatar que estava curioso sobre qual seria o signo dela.

Christian: Era só um modo de falar. Está mais do que claro que os acionistas vão aprovar a sua ideia. Com as margens de lucro que você está prevendo, não é para menos.
Poncho: Investir do ramo de direito em Boston está gerando muito capital. - Afirmei, um pouco distraído - E eu também nunca gostei de permanecer por muito tempo no mesmo lugar.
Christian: Espírito aventureiro? - Ele riu -
Poncho: É o que dizem. - Sorri, de lado -

Mais batidas na porta, e em seguida Angelique entrou, com um café nas mãos.

Angelique: Sem açúcar, e com muito creme. - Ela falou, antes que o Christian perguntasse aquilo, como sempre fazia -
Christian: Ótimo. - Ele ergueu a sobrancelha, fingindo estar impressionado –

Angelique: Hm, acho que está na hora. Os acionistas já vão entrar. - Ela sorriu, saindo da sala -
Christian: Essa é a sua última chance para desistir. - Ele brincou, sentando-se na cabeceira da grande mesa retangular -
Poncho: Eu nunca desisto.

E também nunca me sentia nervoso ou pressionado em qualquer tipo de situação. Meus professores da universidade, costumavam dizer que isso era o que me diferenciava dos demais formandos em direito. Na maior parte das vezes, eu agia com o meu lado racional, - ou talvez, fosse em todas as vezes - e era por isso que eu acumulava um número considerável de vitórias no currículo. Além do meu lendário poder de persuasão, é claro.

Na reunião, não foi muito diferente. Apresentei passo a passo, o projeto da nova filial, com dados realistas de gastos e lucros. Em poucos minutos, todos os sócios estavam mais do que empolgados em financiar a minha ideia. E por fim, ficou decidido que o assunto permaneceria em sigilo, para evitar que empresas concorrentes se aproveitassem de algo.

Christian: Parabéns cara. - Ele deu um soco no meu ombro, enquanto passávamos pelo corredor, após o fim da reunião - O que você pensa em fazer agora?
Poncho: Começar a acertar tudo. Preciso encontrar um apartamento em Boston, sem falar em um prédio para a instalação do escritório.
Christian: Não vá se esquecer do meu casamento. - Ele disse rindo, cumprimentando com um gesto de cabeça, um dos funcionários do RH que passou ao nosso lado - Eu sei que você não acredita muito na capacidade das pessoas em serem monogâmicas, mas você é o meu padrinho, e isso deve significar alguma coisa.
Poncho: Não vou esquecer. Prometi que não iria te deixar aguentar sozinho, três mulheres conversando o tempo inteiro sobre roupas, sapatos e casamento, não é?

Christian: Você sabe que elas não são assim. - Ele riu, parando em frente aos elevadores -
Poncho: Talvez.. Mas sempre que vejo a Anahí, ela me parece ser do tipo que só pensa nisso. Quero dizer, na aparência dela, e na dos outros.
Christian: É o jeito dela. Se você a conhecesse melhor, veria que é uma ótima pessoa.
Poncho: Não faz o meu tipo. - Dei de ombros, me perguntando por que motivo eu havia começado com aquele assunto -
Christian: Desde quando uma mulher bonita não faz o seu tipo? - Ele ergueu a sobrancelha
Poncho: Você entendeu o que eu quis dizer. - Passei a mão pela nuca, tentando aliviar a tensão -
Christian: Certo, é melhor mesmo que ela não faça o seu tipo. Ela já tem problemas demais com o ex-namorado.
Poncho: Problemas? Que tipo de problemas? - Estreitei o olhar, subitamente curioso -

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Ponchito curioso Sobre o ex da Anny kkk 

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