Fanfic: Sueles Volver | Tema: DyC, DyU, vondy

O sábado chegara e, com ele, o aniversário de sua irmã mais velha.
Dulce estava empolgada, pois adorava festas e reuniões de família, mas sentia um desânimo e um nó no estômago quando lembrava que Pablo estaria lá também.
Pablo era alguns anos mais velho que ela, e quem os apresentou foi o marido de Blanca Ireri, de quem Pablo era um grande amigo. O encanto do rapaz por ela, aparentemente, havia sido à primeira vista, e Blanca Ireri e o marido chegaram a considerar a ideia de os dois formarem um casal. Claudia, a irmã do meio, intercedera em favor de Dulce e contra uma ideia tão estúpida, graças a Deus, mas aparentemente alguém havia se esquecido de contar ao pretendente que Dulce não estava interessada.
Era um saco. Ela não tinha muita paz quando o encontrava.
Por essa razão, Dulce sentiu um misto de alívio e estranhamento quando a festa se estendeu pela tarde sem que seu pretendente indesejado desse as caras.
A festa estava sendo no salão do prédio onde Blanca Ireri morava. Dulce havia passado quase o tempo todo do lado de fora, conversando com seus tios, primos e avós. Em um determinado momento, adentrou o salão para pegar uma bebida e se arrependeu imediatamente.
- Oi princesa! - disse uma voz pastosa às suas costas.
Dulce suspirou e se virou, forçando um sorriso.
- Oi, Pablo - e continuou andando.
- Quando você vai me dar uma chance, hein? - Pablo perguntou, pegando as mãos de Dulce nas suas, o que fez a ruiva puxar os braços delicadamente.
“Hm, não sei... Boa pergunta. Que tal NUNCA?”
- Pablo... Na boa... Eu não tô... Afim de relacionamento sério nesse momento.
- Você vem me enrolando com esse papinho há mais de ano, Dulce!
Era verdade. Quando ela e Christopher namoravam, Dulce tinha uma excelente justificativa. A notícia do rompimento, contudo, pareceu se espalhar como uma peste - obra de Blanca Ireri e do marido, sem dúvida -, e desde então Dulce vinha dando desculpa em cima de desculpa para Pablo.
A ruiva analisou o rapaz à sua frente. Será que ele estava sempre alcoolizado mesmo? Porque era essa a impressão que a jovem tinha. Céus!
- Er... Pablo... É que... Com licença - com sua bebida em mãos, Dulce correu para fora do salão e se refugiou no colo de uma tia.
Em quantos idiomas e de quantas formas Dulce precisaria dizer não?
- Quem é esse rapaz, Dul? - a tia em cujo colo ela se sentara perguntou, acariciando seus cabelos.
- Um insuportável amigo do Alejandro e da Blanca Ireri.
- E ele quer sair com você?
- Pelo visto quer, mas eu quero é distância dele!
- Então por que você não diz isso?
- Eu já disse! Mais de uma vez! Mas ele não desiste...
- Ele não vai te deixar em paz enquanto você não aceitar - uma prima que estava próxima sentenciou.
- Eu sei... Mas não consigo! Tenho repulsa dele! Não aguento nem ficar perto.
- Depois do Christopher não apareceu mais ninguém?
- Não... Quer dizer, ninguém pra levar a sério.
- E só pra curtir?
- Ah, tia, você sabe que eu não sou disso...
- Careta! - a tia zombou.
- Sou mesmo! - Dulce mostrou a língua.
- Dul... - a prima começou, delicadamente. - Careta ou não, você tá aqui. No México. Você tá viva, é jovem, linda, livre e desimpedida, e, o mais importante, é dona da sua própria vida. Não vai desperdiçar tudo isso esperando por alguém que você nem sabe se tá pensando em você.
“Ele tá, sim!”, Dulce quis responder, mas as imagens de Christopher com a russa lhe vieram à cabeça novamente, fazendo-a se calar.
- Não estou dizendo pra você sair com esse amigo da sua irmã. Se você tem repulsa dele como diz, é porque alguma razão existe. Mas muita gente bacana aí fora faria qualquer coisa por uma chance com você.
Dulce apenas riu, descrente e encabulada. Quando uma pessoa precisa de uma melhora na autoestima, a família costuma ser a melhor solução, e com ela não era diferente.
- É isso aí! - a tia concordou.
- É, eu não sei... Preciso pensar - Dulce suspirou.
Sabia que sua prima tinha razão. A ruiva não havia escolhido fechar seu coração para balanço após a partida de Christopher, simplesmente acontecera, mas ela também não fazia muito esforço para conhecer pessoas e dar-lhes uma chance.
Ela analisou Pablo, que estava de costas dentro do salão. Não tinha nada a perder, tinha?

Y no puedo olvidarte si te veo en todas partes
Si en el ultimo beso me robaste el aliento
Y no puedo olvidarte si te llevo en la sangre
Sin en el ultimo abrazo aún me pierdo despacio
Y no puedo olvidarte...

Pessoal, decidi como vai ser o esquema de postagem das fics agora que tenho duas. Vou revezar. Amanhã é dia de “Floricienta”, sexta aqui, e assim por diante. Obrigada por lerem. Continuem comentando!