Fanfic: A Armadilha de Natal *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Prólogo

Miguel

Sentando na minha cadeira, eu coloco minha mochila no chão e a chuto para debaixo da minha cadeira com o meu pé.

Me apoio sobre minha mesa, desejando que eu estivesse na escola na semana passada, em vez de uma pausa para férias, o que é triste porque sempre ansiei por dias de folga da escola.

— Ação de Graças com sua mãe foi tão ruim assim? — Nate perguntou após sentar ao meu lado.

Somos melhores amigos desde que nos conhecemos no primeiro dia do jardim de infância há dois anos e meio.

Meu pai me disse que tivemos sorte de estar na mesma classe esse ano, desde que nós entramos em problemas algumas vezes no ano passado por falar demais, mas eu não estava realmente preocupado com isso.

Eu conhecia meu pai. Se eles tentassem nos separar, ele iria até escola para convencer o diretor e mudar sua mente, antes que eu pudesse reclamar sobre isso.

Meu pai é incrível.

Minha mãe por outro lado...

— Você não vai acreditar nisso. — eu sussurrei, me inclinando para que ninguém mais possa ouvir o que vou dizer.

Há apenas um par de outros alunos na sala, uma vez que o sinal da manhã só ia bater daqui a quinze minutos.

Nossa professora estava na mesa dela, olhando uma pilha de papéis.

— Minha mãe vai se casar com um cara. Com uma filha! Eu vou ter uma meia-irmã estúpida, e ela espera que eu esteja feliz com isso!

Nate enrugou seu nariz em desgosto.

— Uma meia-irmã?

— Sim! E ela ainda nem tem dois anos! Por que deveria ficar animado sobre um bebê que vai querer me seguir por todo o lado e provavelmente vai quebrar todos os meus brinquedos quando não estou por perto? — eu reclamei.

— Urgh... — Nate gemeu. — Pelo menos a minha irmã é mais velha e bem legal na maioria das vezes.

— Muito... — eu bufei, pensando em todos os momentos que ela tinha nos ajudado a construir fortalezas no porão de sua casa.

Ou quando ela nos levou ao parque quando nossos pais não queriam ir. E os filmes.

Ela nos levava a praticamente qualquer lugar.

— Você não sabe a sorte que tem. Sua irmã mais velha é muito mais legal do que a minha meia-irmã bebê será.

— Acho que sim. — ele encolheu os ombros. — Pelo menos seu pai é ótimo, não é?

— Sim, ele é o melhor. — eu concordei. — Mas eu ainda queria que meu novo padrasto tivesse um filho com a nossa idade. Ou mais velho.

Nate me deu um olhar estranho.

— Eu não sei... Se ele tivesse, talvez você fosse querer que ele fosse ser seu melhor amigo em vez de mim.

— De jeito nenhum! Você sempre será meu melhor amigo. — eu estendi minha mão, e nós apertamos nossos dedos.

— Pense no quão legal seria se fôssemos meio-irmãos em vez disso! Iríamos dormir juntos o tempo todo!

— E sempre estaríamos na mesma equipe de basebol. — eu adicionei.

Nós dois franzimos a testa com a lembrança de como nós tínhamos competido entre a gente na temporada passada.

— Não podemos ser irmãos, mas e se... — ele murmurou.

— E se, o que? — eu perguntei.

— Se minha irmã e seu pai se casasse, então seríamos como primos ou algo assim. Certo?

Eu pensei por um segundo.

— Não, sua irmã seria minha madrasta, então você seria...

— Seu tio! — ele sorriu.

Rolei os olhos e gemi.

— Pelo menos seria melhor do que a meia-irmã-bebê-burra que eu estou recebendo da minha mãe.

— Minha irmã não tem namorado. O seu pai?

Eu franzo meu nariz no pensamento de meu pai saindo com alguém.

Ele não trouxe quaisquer namoradas para me conhecer, mas minha mãe também não tinha e ela de repente ia se casar. Então o que eu realmente sei?

Mas ele estava comigo na maioria das vezes, e seria difícil ele esconder uma namorada de mim.

— Não. Sem namorada.

— Acho que devíamos tentar levar eles em um encontro ou algo assim. Mas não sei como faríamos isso.

— Temos que inventar desculpas para eles se encontrarem.

Tentei pensar em maneiras que não faria o meu pai descobrir o que estamos fazendo rapidamente.

— Você pode pedir sua irmã para trazer você para minha casa em vez de seu pai ou sua mãe!

— Sim, ela faria isso! — ele concordou. — E eu vou perguntar se ela pode começar a me buscar na escola em vez da minha mãe.

Nossos pais sempre falavam uns com outros depois da escola.

— Ótima ideia! O que mais podemos fazer?!

— Seu pai vai ajudar como Papai Noel novamente para a coisa que a escola faz no shopping antes do Natal?

Eu balancei minha cabeça.

— Ele ainda não mencionou isso, mas no ano passado ele disse que ele jamais faria isso de novo, mesmo se não encontrassem mais ninguém.

— Você tem que fazê-lo mudar de ideia! — insistiu Nate. — Minha irmã ama o shopping. Ela e sua amiga, Catherine, vão lá todos os anos para comprar coisas de Natal juntas.

— Sim, mas não é como se ela vai ver o Papai Noel enquanto ela está lá, então isso não vai ajudar.

Ele esfregou as mãos juntas.

— Só faça seu pai estar lá como Papai Noel e deixa o resto comigo. Eu vou ter certeza que ela veja ele. Depois de verem um ao outro o tempo todo na escola e coisas assim, vai ser perfeito.