Fanfic: A Armadilha de Natal *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Quatro

Anahí

— Eu estou feliz por ter sido capaz de te arrastar para fora de casa...

Eu suspirei quando eu me sentei em uma cadeira, tomando minha vitamina e tentando me concentrar em minha melhor amiga que eu estava cheia de saudades, e também tentando parar de pensar em Alfonso e como eu já estava me apaixonando por ele. Duro.

— Tem muito tempo desde que saímos juntas, Cat. Sinto sua falta.

Eu sorri para ela quando simultaneamente levantamos nossos dedos mindinho e os cruzamos, assim como nós fazíamos desde que inventamos esse apelido bobo no jardim de infância há quase treze anos.

— Sinto sua falta, também. — ela sussurrou. — Sinto muito por eu estar tão reclusa.

— Ei... — estendi a minha mão para ela. — Não é como se eu não entendesse o porquê. Eu só queria que você me deixasse estar lá para você, especialmente nesta época do ano quando eu sei que você está sentindo falta dela mais do que nunca.

Me senti oficialmente como a pior amiga do mundo, quando ela apoiou sua cabeça no meu ombro.

Deveria ter passado as últimas semanas focada em quão difícil este Natal vai ser para ela em vez de ser consumida por meus pensamentos sobre o Alfonso.

Ela e a mãe dela sempre foram muito próximas, e esta foi a primeira temporada de férias, desde que a mãe dela se mudou para a Flórida, depois de cair no amor por um grande cara e se casar.

Com toda a neve no chão, os aeroportos tinham fechado antes que ela pudesse conseguir voltar para Connecticut para passar o Natal com a mãe.

Eu não deveria ter esperado até à véspera de Natal para arrastá-la para fora da casa que ela costumava compartilhar com a mãe dela, e continuar nossa tradição de compras juntas.

— Sua mãe não iria querer você lamentando no feriado favorito dela.

— Minha mãe adora os feriados... — ela riu.

— Já ouvi isso um milhão de vezes. Você sabe o que mais ouvi um milhão de vezes? — eu perguntei, levantando e fazendo ela ficar de pé com um sorriso malicioso no rosto. — Ho...

— Ho! Ho! — o Papai Noel do shopping terminou para mim quando nos aproximávamos do Polo Norte no meio do shopping.

— Oh, não! — ela puxou meu braço, tentando se afastar.

— Vamos lá! Vai ser divertido! — eu insisti, me recusando a deixá-la ir.

Achei que poderia fazer duas das pessoas mais importantes na minha vida feliz com uma viagem para ver o Papai Noel.

Eu tinha certeza que iria colocar um sorriso no rosto de Catherine, e Nate estava me perturbando para que eu falasse ao Papai Noel o que eu queria para o Natal a semana toda.

Foi a coisa mais estranha, mas talvez isto iria tirar ele das minhas costas.

— Estamos muito velhas para sentar no colo do Papai Noel! — ela protestou. — Mesmo que eu quisesse, o que eu não quero, eles não vão deixar a gente fazer.

— Claro que vão. — apontei para o elfo feminino, uma velha amiga do colégio que tinha estado na torcida comigo, gerenciando a fila. — Kayla fará com que possamos entrar.

— Droga... — ela murmurou enquanto ela relutantemente cedeu.

Felizmente, não tivemos que esperar muito tempo, ou então ela provavelmente teria desistido.

Desde que Catherine parecia desconfortável com a ideia, eu fui a primeira, cantando Santa Baby, quando eu sentei no colo do Papai Noel.

Só não esperava reconhecer os olhos verdes brilhando para mim no rosto do Papai Noel do shopping, ou reconhecer o corpo rígido sob meu.

— Alfonso?! — eu fiquei boquiaberta.

— Noel. — ele corrigiu suavemente, balançando a cabeça em direção a fila de crianças atrás de Catherine.

— Oh, bem... Sim. — senti-me completamente estranha.

Não só porque eu não esperava vê-lo, mais também porque eu estava sentada no colo dele e...

— O Papai Noel está feliz em me ver ou ele tem um doce muito grande no seu bolso?

Seus quadris empurraram um pouco para cima.

— Eu estou muito feliz.

— Hmmm... — eu murmurei, balançando no colo dele. — Então eu acho que sei o que eu quero de Natal.

Suas narinas se alargam, suas bochechas manchadas com uma cor vermelha profunda, e os dedos apertaram em meus lados.

— Esse é um desejo de Natal que Papai Noel está mais do que pronto, disposto e capaz de cumprir.