Fanfics Brasil - 2. It´s such a shame for us to part Made with love L.S

Fanfic: Made with love L.S | Tema: Larry Stylinson


Capítulo: 2. It´s such a shame for us to part

36 visualizações Denunciar


N/A: Manxs, a história não é linear, só para esclarecer caso alguém aqui não tenha percebido.
1- prestem atenção nas datas, e por favor, entendam que quando o Louis seguiu em frente, e tendo uma pessoa maravilhosa como Niall, Harry não foi um obstáculo nesse relacionamento.


[...]


02.nov.2k7


"Harry, você não pode rir quando a bola passa no meio das suas pernas"


"Hazza, atenção na bola"


"Babe, cuidado pra n-" ele tomou uma bolada na cara


"Harry, não chuta com a ponta dos pés"


.


Harry e eu estávamos deitados no campo de futebol do nosso bairro, depois de eu tentar- com muita paciência- ensinar ele a ser um goleiro decente. Acabamos assim, ele no meu peito, cachos bagunçados grudados na testa e aqueles olhos brilhantes encarando, sempre atento.


"Boo", quebrou o silêncio acariciando meu peito


"Oi Hazz", levei a mão à sua nuca buscando retribuir o gesto enquanto ele murmurava palavras desconexas, um bebezão "Você é um bebê", ri


"Eu sou mais velho que você", beliscou meu mamilo por cima da camisa


"OUCH"


"Você mereceu" mordeu meu ombro e tapou minha boca antes que eu pudesse responder "Você acha que um dia eu vou viver um amor daqueles de filme?", mudou de assunto quando encarou um casal que praticava exercícios junto passou na rua em frente ao campo


Lambi a palma da mão dele, ganhando resmungos baixos antes de responder "Não sei Hazza, o futuro é bem louco" cutuquei a cintura dele antes de o puxar mais.


"Verdade, a gente pode acabar casando daqui uns dez anos" ele sorriu, com os buracos enfeitando seu rosto e ele enfeitando minha vida, e então se enroscou mais em mim, entrelaçando nossas pernas e esfregando a bochecha no meu peito até cochilar.


Em meus plenos quase dezesseis anos, já nutrindo algo pelo meu melhor amigo há algum tempo, acabei decidindo entregar-lhe tudo que eu tinha na época: meu amor e devoção.


[...]


23.dez.2k7


Final de ano.


Alguma apresentação idiota de natal rolando.


Eu pretendia colocar um bilhete no armário de Harry, produto de horas cutucando meu cérebro pra fazer algo útil sair.


"É normal atropelar os outros no corredor da escola?" um bailarino oxigenado com sotaque forte me questionou enquanto eu ajudava ele a levantar. Não me dei ao trabalho de responder, soltei um muxoxo quando vi que o meu primeiro bilhete de amor tinha sido destruído e perdido embaixo dos armários embutidos no corredor.


"O que é isso?" uma senhora não muito paciente, e com cara de pequenês, questionou quando nos encontrou "Niall, eu te solto cinco minutos e você dá um jeito de estragar à perfeição?"


Ele- Neill- ficou constrangido, abaixou a cabeça e mordiscou o lábio inferior. Quase me senti mal por ele quando vi que alisava o tutu (amassado por mim) com as mãos pequenas e balançava o pé direito no chão. "Peço desculpas Srta.Higrueh, não vai se repetir" respondeu envergonhado


"Espero, Horan", deu um olhar tão violento ao menino que eu só quis abraça-lo e levar pra longe "Seus pais depositaram toda confiança deles em você, não estrague isso também"


A velha rabugenta não se deu ao trabalho de responder, apenas alisou seu blazer e seguiu para o fim do corredor. Dei língua quando ela virou e sumiu de vista, arrancando uma risadinha do rapaz.


"Ela não é muito simpática" constatei


"Não", esticou a mão pra me cumprimentar "sou Niall, prazer"


"Louis", apertei sua mão "Você é novo aqui?"


"Sim", encarou as sapatilhas bonitas "cheguei semana passada na Inglaterra, e cai de paraquedas no ensaio geral que por acaso é hoje"


Eu sabia que tinha algo por trás disso, ninguém muda de país em uma data tão próxima do natal, e o jeito rude daquela velha só me deixava mais simpatizado com o menino loiro.


"Sinto muito por isso" falei sincero, ele parecia perdido no local, o corpo pequeno comparado ao corredor largo e extenso adornado de armários do chão ao teto


"Eu também" suspirou, me encarando agora "E o que você faz aqui?"


"Huh?" me embaracei "É q-que e-eu"


"Não precisa falar" sorriu ladino, a purpurina dando um brilho à mais "A gente se esbarra por aí" deu um beijo na minha bochecha e saiu em direção à sala de teatro


[...]


1.jan.2k8


"Feliz ano novo Boo", Harry me abraçou pela cintura, em um abraço de urso, e me ergueu.


"Feliz ano novo Hazza" circulei seu pescoço e cintura com meus braços e pernas "Eu te amo"


"Pra sempre" ele me apertou mais e eu não poderia estar mais cheio de amor.


Eu estava ali, no quintal da mansão dos meus pais, assistindo à queima de fogos junto com meu melhor amigo- por quem eu sou apaixonado, mas isso é história pra outro dia- e nada poderia estar melhor. As famílias unidas fazendo muito barulho, crianças dá vizinhança correndo ao nosso redor, e eu no colo de Harry.


.


"Vamos dormir, Lou" cutucou meu nariz, estávamos deitados na grama do jardim, a vizinhança agora quieta, nossos pais dormindo. Apenas o céu estrelado e a lua cheia dançando seu ritmo na imensidão escura "Tá tarde"


"Você quer saber uma história sobre a lua?", mudei de assunto, querendo prolongar a noite, encarei os olhos não tão coloridos no escuro


"É bonita?", questionou rolando pra cima de mim e apoiando o queixo no meu peito.


Desci as mãos pela coluna dele, firmando nas laterais do quadril, "Sim"


"Então conta" sorriu incentivando


"A Lenda do Sol e da Lua, uma das mais belas e tristes histórias de amor" comecei, acariciando a pele macia por baixo da blusa "Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor. Acontece que o mundo ainda não existia e no dia em que a Deusa e o Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então toque final: Brilho.


Ficou decidido também que o Sol iluminaria o dia e que a Lua iluminaria a noite, sendo assim, seriam obrigados a viverem separados. Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam" Harry nem se pronunciava, hora ou outra ofegava triste.


"A Lua foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado, ela foi se tornando solitária. O Sol por sua vez havia ganhado um título de nobreza "ASTRO REI", mas isso também não o fez feliz. A Deusa então chamou-os e explicou-lhes: Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio. 'Você Lua, iluminará as noites frias e quentes, encantará os enamorados.Quanto a você Sol, será o mais importante dos astros, iluminará a terra durante o dia, fornecendo calor aos seres vivos'. A Lua entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio...já o Sol ao vê-la sofrer tanto decidiu que não poderia deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido pela Deusa e pelo Deus. No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido 
'Senhora, ajude a Lua. Ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão'. E a Deusa em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela"


"Isso é lindo" me interrompeu, os olhos lacrimejantes "e triste" entortou a cabeça "tem mais?"


"Sim" afaguei seus cachos "A Lua sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo para consolá-la, mas quase sempre não conseguem. Hoje eles vivem assim....separados, o Sol finge que é feliz, a Lua não consegue esconder sua tristeza. O Sol ainda esquenta uma grande paixão pela Lua . Ela, ainda vive na escuridão da saudade" ele fungou e deitou a cabeça no meu pescoço


"Dizem que a ordem da Deusa e de Deus era que a Lua deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso...porque ela é mulher, e uma mulher tem fases. Quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é minguante e quando minguante nem sequer é possível ver o seu brilho. Lua e Sol seguem seu destino, ele solitário, mas forte.Ela acompanhada das estrelas, mas fraca"


"Diz que não acaba assim"


"Se você me deixar terminar" cutuquei sua cintura e ele resmungou


Continuei


"Humanos tentam a todo instante conquistá-la, como se isso fosse possível. Acontece que a Deusa e o Deus decidiram que nenhum amor nesse mundo seria de todo impossível. Nem mesmo o da Lua e o do Sol ... e foi aí então que ele criou o eclipse.
Hoje Sol e Lua vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer. Quando você olhar para o céu a partir de agora e ver que o Sol encobriu a Lua é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar. É ao ato desse amor que se deu o nome de eclipse. O brilho desta paixão é tão grande que é aconselhado não olhar para o céu nesse momento. Seus olhos podem cegar de ver tanto amor"


"Uou" ele disse, rolando para o meu lado de novo "muito melhor que Romeu e Julieta"


"Qualquer romance é melhor que Romeu e Julieta" resmunguei "Não sei de onde as pessoas tiram que o foco daquilo é amor"


"Então é sobre o que?" questionou


"Ordem" respondi, encarando ele


"Como assim?" seu rosto formou uma carranca, tentando entender


"Hazza, um amor que começa na terça e acaba com os dois mortos na quinta-feira não é saudável" foi a minha vez de rolar por cima dele "Sem falar que o Romeu foi naquela festa pra esquecer a dor de cotovelo por outra menina"


Apoiei os cotovelos na lateral de sua cabeça "O objetivo era justamente mostrar isso, o perigo da falta de racionalidade, as consequências da ilusão e falta de ordem"


"Nunca pensei por esse lado" me abraçou e eu deitei minha cabeça em seu ombro.


"Você é um romântico incurável" beijei seu pescoço.


Dormimos.


[...]


22.nov.2k8


Eu chamei Niall pra ir ao banheiro comigo, precisava chorar. Ver Harry desfilando com Zayn pelos corredores estava me matando, e tudo que eu queria era beber até vomitar desde aquele dia.


"Lou" Niall choramingou, as sapatilhas fazendo barulho pelo atrito com o chão, veio até mim e eu apenas pulei no colo dele. Ele me segurou e levou até a pia, ficando entre pernas "Eu não gosto de te ver assim"


Eu riria, se fosse em outros tempos. Ele usava apenas o collant preto, com mangas e gola canoa, uma calça transparente meio bufante, e as sapatilhas gastas de couro. Niall parecia a personificação da delicadeza, era cômica a cena dele me carregando no colo por aí.


"Eu tô arrasado Niall", sorri amargo


"Todo mundo tem uma história triste, Louis" ele falou firme comigo, pela primeira vez "Você não pode se jogar no chão por causa disso, o cara é seu melhor amigo e não abriu mão disso"


"Ele tá com outro", encarei sério


"E daí?", não desviou o olhar "Não é como se ele soubesse que o admirador secreto é você"


"Não é como se eu tivesse tido oportunidade de contar" nós estávamos faiscando um com outro 


"Você tem essa oportunidade todos os dias"


[...]


14.fev.2k15


Dia dos namorados deixa de ser algo com tempo, para nós- meu namorado e eu- nunca foi uma data extraordinária cheia de promessas e todas aquelas alegorias.


"Tem certeza que não está chateado?"


"Niall" suspirei "pela terceira vez: eu amo assistir você dançar"


"Mas é dia dos namorados" balançou a perna esquerda, sua garganta soltando resmungos, exatamente igual crianças fazem


"O que há?", questionei, Niall não é assim tão dramático em relação às coisas, apenas às leva como são


"Nós estamos juntos há quase cinco anos e eu sinto como se não tivesse feito nada de especial em relação a isso", soltou, por fim, sua angústia


Encarei meu namorado, o copo coberto apenas por uma calça legging e suas inseparáveis sapatilhas de ponta, purpurina enfeitando seu peito e os olhos azuis ansiosos, marcados à delineador.


"Meu amor, você mesmo disse que o dia dos namorados é super estimado", respondi


"Eu sinto como se não fosse ter outra oportunidade dessas, digo-", mordeu o lábio inferior


"Meu amor" estiquei o braço em um convite silêncioso para que deitasse comigo na nossa cama. Devidamente acomodado, com ele em meu peito e a purpurina da sua bochecha grudando na minha pele, eu continuei "Você faz eu me sentir amado todos os dias, se você não quiser se apresentar, eu fujo contigo"


"Não tá chateado mesmo?"


"Niall"


[...]


"O céu sabe que nunca precisamos ter vergonha das nossas lágrimas, porque elas são a chuva do pó cegador da terra, sobrevindo nossos corações duros. Eu estava melhor depois que chorava, do que antes-mais desculpe, mais ciente da minha própria ingratidão, mais gentil"
Charles Dickens, Great Expectations


[...]


28.julho.2015


"Nial..." eu queria conversar, contar meu dia, abraçar o meu marido, mas tudo que eu tinha era uma lápide cinza me encarando com frivolidade enquanto a chuva banhava meu corpo. Uma pessoa grandiosa como Niall não mereceria menos do que um exército se curvando pra ele, e tudo a que ele se resumiu é uma lapide cinza e ninguém em seu velório, nem mesmo Harry. O tempo em Doncaster contribuiu com a melancolia, uma mnhã atípica dos verões na Inglaterra.
.


Harry não parava de ligar, eu apenas desliguei o celular e joguei na mesa de centro da sala, Niall com certeza me faria pegar novamente o celular e colocar com jeito no móvel, sorri triste com a idéia, e a saudade apertou meu peito. Eu apenas estou muito bravo com Harry, e com a vida, para ter qualquer delicadeza. Era uma porra de um velório, ninguém apareceu, e meu melhor amigo não se dignou a estar lá para me apoiar, soltei a respiração cansado e deitei no tapete felpudo apenas querendo chorar enquanto o mundo não acabava. Não sei em quanto tempo perdi a consciência, quando eu acordei não tinha qualquer luz atravessando as cortinas da sala, e o ambiente era tomado pela campainha tocada insistentemente.


Harry.


"Eu não quero suas desculpas Harry" fui firme quando abri a porta e o encontrei de costas para mim "Nem me encara nos olhos porque sabe que fez errado, eu precisei de você Harry" eu conseguia sentir meu coração pulando no peito, tamanha a raiva "Tô cansado de aguentar suas merdas quando você pisa comigo com a única coisa que eu te peço em anos" frisei a palavra única, e tava pronto pra bater a porta nas costas dele ou chuta-lo pra algum lugar quando ouvi um soluço baixo rompendo pela garganta dele e os cachos deslizarem para frente ao que ele abaixou a cabeça "Ah, vai chorar? pois eu não vou te confortar, você me decepcionou hoje" empurrei as costas dele para que ele saisse do meu carpete, mas ganhei um gemido dolorido em resposta, e isso me alarmou, tomando em conta todos os anos que convivemos, eu sei que a dor é real.


"Desculpe.." ele sussurrou com a voz quebrada, e eu simplesmente quis pegar de volta toda ira despejada nele ao que ele virou de lado pra atravessar o jardim e ir embora. O rosto dele estava tomado de hematomas recentes, incluindo um corte na testa, proximo a raíz do cabelo. Eu só consigo me perguntar que merda aconteceu e como eu sou um idiota.


Óbvio que meu melhor amigo não ia me abandonar, ele nunca me abandonou, e tudo que eu fiz foi dar prioridade a minha dor e ignorar que Harry também tem suas lutas diárias. Primeiro dia sem Niall, e já estou decepcionando meu marido.


"Me desculpa Harry, pelo amor de Deus" sustentei seu corpo quando ele cambaleou para o lado, quase caindo.


"Eu nã-"


"Depois você explica" cortei sua fala e passei o braço atras de seus joelhos e o peguei estilo noiva enquanto fechava a porta e o carregava até o meu sofá "Não dorme babe" tirei a franja ensanguentada da sua testa e analisei melhor.


.


Sabe quando você dorme demais e a claridade incomoda suas pálpebras?


Em menos de 24 horas eu enterrei meu marido e vim parar em um hospital porque meu melhor amigo foi espancado, só quando Harry dormiu em meus braços- dividindo aquela cama porcaria de hospital- a adrenalina dissipou, e simultaneamente eu me entreguei ao sono.


As paredes claras e a ausência de cortinas encurtaram meu sono, covarde demais pra levantar e encarar a vida eu me permiti disfrutar do calor de Harry antes de colocar os pensamentos em ordem.


Os cachos caindo em cascata, cobrindo o rosto cheio de hematomas amassado no meu peito, a pele branca em contraste com aquela camisola verde ridícula de hospital, resisti bravamente ao impulso de levantar e matar Zayn quando enxerguei vergões subindo pelo braço de Harry, indicando que apanhou com algo.


Harry não merece isso.


Niall também não merecia.


28.julh.2k16


"Alô?"


"Harry?"


"Sim, Boo"


"Vendi a mansão, vou comprar um apartamento"


"Uou" ele engoliu em seco audivelmente "É um grande passo?"


"Sim" torturei meu lábio antes de perguntar "Você quer morar comigo?"



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): tommotops91

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

N/A: O que vocês estão achando, huh? Vejam a mídia/ escutem a música blá-blá-blá                                 Boa Leitura! [...] Eu estava pintando um quadroA imagem era uma pintura de você ePor um momento eu pensei que voc&eci ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais