Fanfic: Made with love L.S | Tema: Larry Stylinson

N/A: 
O que vocês estão achando, huh?

Vejam a mídia/ escutem a música blá-blá-blá 
                                Boa Leitura!

[...]

Eu estava pintando um quadro
A imagem era uma pintura de você e
Por um momento eu pensei que você estava lá
Mas, novamente, isso não era verdade
E todo esse tempo eu estive mentindo
Oh, mentindo secretamente para mim mesma
Eu estive colocando tristeza 
nas partes mais distantes
De minhas prateleiras

E eu estava correndo para longe
Será que eu correrei para fora do mundo um dia?
Ninguém sabe, ninguém sabe
E eu estava dançando na chuva
Eu me senti viva e eu não posso reclamar

Mas agora me leve para casa
Me leve para casa, onde é o meu lugar
Eu não tenho outro lugar para ir
Mas agora me levar para casa
Me leve para casa, onde é o meu lugar
Eu não tenho outro lugar para ir
Mas agora me leve para casa
Me leve para casa, onde é o meu lugar
Eu não aguento mais

[...]

28.set.2k15

Lou...

Meu coração não cabe no peito, nós fizemos amor. Amor!!! E isso é o ápice do prazer pra mim, não apenas por questões físicas.

Eu nunca duvidei do seu caráter, obviamente, mas eu duvidei sim que algum dia você pudesse me amar com um pouco da intensidade que eu te amo. E, olha só, você simplesmente apareceu no meu estúdio com uma garrafa de vinho. Sem pedido de namoro.

Você tem noção que realizamos um ritual de casamento aos dezoito anos?

Daqui cinco anos abriremos a caixa, com a intenção de ler nossas expectativas e declarações. E eu não poderia estar menos do que otimista!

Não sou tão artista quanto você, mas juro que vou tentar.

Quando eu tinha 15 anos, e ainda morava na Irlanda, eu não tinha ninguém. Sempre pedi, para todas as estrelas cadentes possíveis, ter alguém para amar. Não no sentido romântico, mas como amigo.

Alguém que pudesse ouvir minhas reclamações de dores do ballet.

Alguém.

Simplesmente ter alguém.

Você sabe, depois que minha mãe morreu eu fiquei absolutamente sozinho no mundo. E Nikita, meu ex-tutor, apenas me despachou para algum lugar enquanto cuidava da herança que eu só poderia tocar aos dezoito.

Você apareceu.

Pouco tempo depois de eu mudar pra esse fim de mundo. Um pintinho assustado tentando arrombar o armário do melhor amigo.

Você tem esse brilho, que todo mundo enxerga menos você. Quando eu te conheci, tão perdido quanto eu, simpatizei imediatamente.

Por conseguinte, o amor veio junto.

O amor apareceu enquanto eu via você ler os livros e depois reler apenas os capítulos felizes "porque o mundo já é cheio de sofrimento".

O amor apareceu quando você chorou no meu colo a primeira vez, lembra?

O amor veio quando eu conheci seu ápice e queda.

O amor veio quando você riu das minhas piadas, e continuou rindo todas as vezes que a gente matava aula pra ficar no parquinho da ala infantil.

Lembra quando o time de futebol achou divertido enfiar as chuteiras na minha panturrilha e eu acabei lesionado?

Quando você me carregou no colo, e aprendeu a fazer tipos variados de massagens pra ajudar na recuperação eu te amei também.

Eu te amo tanto, tanto.

São milhares de pedacinhos que foram colando uns nos outros até que fosse o amor propriamente dito.

E serão outros milhares de pedacinhos que vamos juntar ao longo do nosso tempo juntos.

Não faço músicas como você, mas vou deixar minha tentativa registrada:

Quantas vezes tenho que te dizer
Que mesmo quando você está chorando você continua lindo
O mundo está te massacrando
Estou por perto a todo o momento
Você é minha ruína, você é meu muso
Minha pior distração, meu ritmo e tristeza
Não consigo parar de cantar
Está tocando uma música em minha cabeça para você

Minha cabeça está embaixo da água
Mas estou respirando bem
Você é louco e eu estou fora de controle

Porque tudo de mim
Ama tudo em você
Ama suas curvas e todos os seus limites
Todas as suas perfeitas imperfeições
Dê tudo de você para mim
Eu te darei meu tudo
Você é o meu fim e meu começo
Mesmo quando perco estou ganhando
Porque te dou tudo de mim
E você me dá tudo de você oh
Me dá tudo de você

As cartas na mesa, estamos mostrando os nossos corações
Arriscando tudo, apesar de isso ser difícil

Porque tudo de mim
Ama tudo em você
Ama suas curvas e todos os seus limites
Todas as suas perfeitas imperfeições
Dê tudo de você para mim
Eu te darei meu tudo
Você é o meu fim e meu começo
Mesmo quando perco estou ganhando
Porque te dou tudo de mim
E você me dá tudo de você oh

Te dou tudo de mim
E você me dá tudo de você oh

ps/1:

Eu odeio ser precavido, sério.

Caso nós nos separemos antes dos cinco anos:

A menos que você tenha me traído, eu não vou te odiar. Sei que você guardaria a caixa mesmo que nós nos separássemos porque você é assim, romântico e dramático ao extremo.

Então, se por ventura nós decidimos que foi melhor estar separados amigavelmente, quero que você siga em frente.

Relacionamentos não são feitos para durarem uma eternidade cronológica.

É uma eternidade abstrata, que cabe no tempo certo de cada relacionamento. Foi eterno enquanto durou, foi amor enquanto durou, e vai ser amor até o fim dos tempos, porque sou seu amigo antes de ser seu amante.

Não tenha medo de amar de novo, seja Harry ou outro alguém.

Acima de tudo, quero teu bem.

ps/2:

Eu odeio ser mórbido, você sabe, mas pode ser que eu morra amanhã se uma melancia cair do alto de um prédio bem na minha cabeça, então acho justo deixar algo sobre meu pós morte também, só por precaução.

Então, caso eu morra antes dos cinco anos:

Siga em frente.

Eu amo você, amo você por completo, e se meu fim chegar, não tenha medo de amar de novo um outro alguém.

Faça terapia, faça amizades, adote um cachorro, e, por favor, não abandone Harry.

Lou, a vida é imprevisível, você não pode contar com o ovo no cu da galinha. (Tentativa de quebrar a tensão, eu tenho dezoito anos)

Acho que é só isso... AMO VOCÊ COM TODO MEU CORAÇÃO.

Sempre seu, Niall.

.

"Isso foi profundo", Dr.Sheeran pigarreou "mas o que eu quero entender é o motivo de você querer que eu leia, sendo que é algo entre você e seu marido"

"Não sei bem", mordi meu lábio "quando a gente faz terapia, tem que tratar o doutor como seu melhor amigo, e eu apenas queria que alguém estivesse comigo na hora de abrir"

"Compreendo", tirou os óculos de leitura pra me encarar "Como se sente em relação a carta?"

"Com saudade", ri amargo "Eu imaginei que haveria algo sobre morte ou divórcio, Niall era muito realista"

"E te amava muito", o terapeuta completou "Sobre o que ele escreveu na parte da morte, como se sente?"

"Como se eu estivesse no caminho certo" suspirei e passei as mãos no estofado do sofá "Não é suposto que eu vá amar outro alguém tão cedo, mas saber que Niall não ficaria bravo se eu o fizer me deixa sem uma corda no pescoço"

"Você já não sabia disso?" me questionou

"Sim, mas uma coisa é você saber baseado no comportamento da pessoa. Outra coisa é ter a pessoa dizendo com todas as palavras" expliquei

"Louis, o objetivo da terapia é colocar todos os sentimentos na mesa, como se fossem cartas, e ajudar a pessoa a organiza-los" disse "Você tem sido um bom paciente, trata a memória do seu marido com a reverência esperada, mas eu acho que precisamos tratar de alguns pontos, como seu melhor amigo e a perda da sua família", rabiscou alguma coisa e eu engoli em seco "Eu acredito que a morte do seu marido e a maioria dos efeitos já foram resolvidos até aqui, mas Harry Styles e sua família são ainda assuntos que te deixam desconfortável, acho que a terapia seria mais eficiente se abordássemos esses tópicos também"

Eu senti meus olhos queimarem, não sei como lidar com isso. Dói.

"D-dói" gaguejei, limpando as lágrimas com as costas das minhas mãos

"Tudo bem" sorriu e levantou, sentando do meu lado "O objetivo é liberar seus sentimentos, se você precisar chorar no processo não fará mal" pegou minha mão, para passar conforto

.

"Como foi hoje, Hazz?" perguntei, estávamos sentados um em cada ponta do sofá, caixinhas de comida na mesa de centro e Titanic na TV

"Bem", sorriu bonito mostrando as covinhas e deitou a cabeça nos joelhos que abraçava "Ela disse pra eu mudar aos poucos, enquanto me encontro"

"Você tá feliz?" ele assentiu. "Então eu também estou. Quer me contar sobre as mudanças?"

"E-eu" as bochechas ficaram vermelhas e os dedos apertaram o tecido da calça, antes que eu dissesse que estava tudo bem e que ele não precisava falar se não quisesse, ele apenas respirou fundo e me encarou novamente, com um olhar determinado "Eu emagreci alguns quilos, e pretendo perder um pouco mais" levantou os dedos antes que eu protestasse "Não, nem ouse. É de maneira saudável, eu apenas quero perder todos esses músculos que não fazem parte de quem eu sou"

"Wow" ofeguei "Você sabe que é lindo de qualquer jeito, certo?"

Aí estava meu Harry, ficando vermelho de novo. Sorri quando ele acabou soltando uma risada envergonhada e tapando as bochechas.

"Sim, eu aprendi isso. Não são músculos ou cinturas finas que me fazem lindo. É o fato de eu olhar no espelho todos os dias e acreditar que independente de qualquer aspecto físico, eu devo ser a pessoa mais linda e desejável que eu conheço, porque se eu não achar isso, é impossível alguém achar"

"Eu tenho orgulho de você, sun" estiquei meu dedinho e ele pegou com o dele para assistirmos o resto do filme.

A terapia fazia tão bem pra ele, que cada dia eu sentia meu coração mais aquecido pelo sentimento de orgulho.

Meu menino conseguia a cada dia gaguejar menos. Ainda se encolhia quando escutava barulhos altos, ou quando recebia um olhar torto na rua, mas as coisas estavam mudando.

Harry estava florescendo e era maravilhoso ver isso acontecer.

[...]

05.out.2k15

"Eu vou vender meu apartamento" Harry disse enquanto enfiava o macarrão na boca "Vou procurar um lugar, não quero ficar lá, e também não quero abusar de você"

"Você acha que está pronto pra isso?" questionei derrubando queijo no meu jeans, Harry estalou a língua pro descuido

"Não" baixou os palitinhos "Mas se eu não fizer, eu nunca estarei pronto" completou

"Porque não espera até o ano que vem, huh?" sugeri "E, cala boca, você não me atrapalha nunca, eu gosto de te ter aqui" sorri e coloquei a caixinha na mesa de centro

"Não vou fazer isso agora" aumentou o tom no agora, zombando "Você ainda vai me ter te obrigando a comer legumes por muito tempo" riu "A propósito, como foi sua terapia?"

Meu sorriso morreu.

"Eu apenas chorei a sessão inteira" não menti

"Ah" fez projetou o lábio inferior pra frente, em um bico e então se moveu no sofá até estar sentado ao meu lado, com a cabeça no meu ombro "Eu queria poder te dar um abraço mais decente, mas prefiro não forçar muito contato físico entre a gente nesse momento, estamos muito vulneráveis" se desculpou

"Hazz" passei meu braço pelo seu ombro, para que ele ficasse confortável os cachos agora maiores formando uma cascata no meu peito "O importante é a sensação de conforto que temos apenas por estar juntos" beijei o topo da sua cabeça quando senti ele relaxar nos meus braços e esfregar a bochecha no meu peito como fazia antes.

[...]

12.out.2k15

"Você ainda ama Harry?" Dr.Sheeran perguntou

"Nunca deixei de amar" respondi envergonhado

"Como Niall se sentia sobre isso?"

"Ele me aceitou sabendo disso" coçei meus pulsos, nervoso "Eu superei Harry bem antes de estar com Niall"

"Defina superar"

"Eu desisti dele no sentido romântico" fui direto "Niall me ensinou que amar não é apenas estar junto mas ser também o que a pessoa precisa"

"Certo" me encarou sério "Como você se sente em relação a Harry?"

"Orgulhoso, ele vem melhorando um pouco a cada dia" comentei, lembrando das nossas conversas "Não entendi sua pergunta"

"Você o deseja?" Reformulou

"Não sei responder isso" fiquei nervoso "Acho que é muito cedo pra pensar em desejos desse tipo, eu estou passando por um momento difícil e ele também" suspirei "No momento, está tudo nos eixos, se por ventura eu sentir algo diferente em algum momento, vou falar"

.

Nessa sexta, em especial, eu estava me sentindo leve após sair do consultório.

Então decidi visitar o Nouie's.

Meu estúdio tinha partituras por todos os lados, algumas teias de aranha acumuladas pelos cantos.

Exatamente como eu deixei no dia que precisei sair correndo para o hospital.

O sofá de couro marrom tinha meu violão em cima, coberto por uma boa camada de poeira. Na mesa, a xícara suja do chá que eu tomei aquele dia.

Andei entre o piano e o violino, para a porta de vidro que dividia meu estúdio e o de Niall.

O piso de madeira do estúdio de dança de meu marido rangeu sob meus pés. Milhares de espelhos refletiram minha imagem intrusa.

A toalha de rosto dele ficou pendurada em uma das barras junto com um par de sapatilhas vermelhas. Caminhei até lá, erguendo-as pelas fitas de cetim.

A saudade inundou meu corpo, e eu sentei no chão sujo.

O mesmo chão que por varias vezes acabamos fazendo amor depois do trabalho. O ambiente era apenas sufocante e eu não aguentava estar ali mais.

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Fechei a porta de casa e senti o cheiro do perfume adocicado do meu melhor amigo em algum lugar.

"Cheguei, Hazza" gritei

[...]

24.dez.2k15

Tive uma reunião complicada com a Sony. O dono é retrógrado e teimoso. Dou glória por só ter trabalhado três meses lá, quando eu ainda era um formando ingênuo.

Pretendia chegar em casa e me trancar no quarto, sem paciência para nada, nem mesmo Harry.

Não bastasse ter que lidar com um idiota, ainda tinha o filho dele: Aiden. O garoto era simplesmente metido a cantor e não é capaz nem de compor, nem tocar, nem cantar.

Eu era capaz de sentir meu sangue em ebulição, e todos os músculos possíveis estavam tensos. Apenas entrei em casa e bati a porta, desejando que ela quebrasse ao meio pra ilustrar a raiva que eu tava sentindo.

Tirei os sapatos e joguei no canto, antes de passar pela soleira e ir para o meu quarto.

Eu apenas queria meu quarto e minha cama com lençóis macios.

Fui impedido de continuar o trajeto quando Harry apareceu subitamente no corredor, pulando no meu colo.

"Feliz aniversário, Boo" ele ficou pendurado em mim, com as pernas enganchadas na minha cintura "Te amo" beijou minha testa

"Hum?" eu fui pra trás, até ter as costas na parede, coração acelerado pela surpresa

Ele riu, mostrando as covinhas, e eu relaxei minha expressão quando ele começou a fazer carinho na minha nuca. Harry anda tão animado de ter perdido a maior parte dos músculos que ele simplesmente começou a pular no meu colo pra eu ver como ele é leve.

"Esqueceu do próprio aniversário?" riu e escaneou meu rosto com o olhar "A julgar pelo jeito que você tratou a coitada da porta, é um mau dia"

"Sony" falei entredentes

"Uh" suas sobrancelhas formaram um vinco entre si, ele desceu do meu colo e me puxou pela mão para a cozinha "Eu tenho presente"

"O que é?" minha curiosidade gritou

"Surpresa" respondeu, de costas para mim enquanto ia na dispensa buscar algo

Voltou um tempo depois com um bolo enorme de chocolate e eu queria apenas enfiar minha cara nele.

Assim que ele colocou o bolo na bancada eu pulei nele sussurrando vários obrigada e eu te amo. 

.

"Tem uma surpresa na sua cama" disse quando já estávamos enroscados no sofá, estufados de tanto bolo

"O que é?" levantei minha cabeça de seu peito

"Vai lá ver" deu dois tapas na minha perna

Atravessei o corredor em poucos passos e pulei os degraus de dois em dois, até chegar no corredor dos quartos, tropecei na mesinha e teria choramingado se não tivesse ansioso.

Eu adoro ganhar presentes.

Abri a porta num rompante.

Um filhotinho de cachorro.

Cambaleei até o pacotinho marrom que roncava sob meu travesseiro, e não pude evitar o amor à primeira vista.

Dei um beijo no topo da cabeça do bebê gordinho e desci as escadas correndo pra pular em cima de Harry, ganhando um grunhido irritado como resposta

"Lo-"

"Cala boca" ajeitei minhas pernas, uma de cada lado do seu quadril, e tornei a atacá-lo, segurando seu rosto

"Teamoteamoteamoteamo" beijei todo seu rosto, agradecido que ele não esqueceu que eu queria adotar um cachorro, só que no meio desses beijos eu acabei acertando sua boca.

O contato rápido fez eu pular de cima dele pra parede, e ele me olhar magoado