Fanfics Brasil - Capítulo cinco. Meet me – Mini fic. – Anahí e Dulce, AyD. [FINALIZADA]

Fanfic: Meet me – Mini fic. – Anahí e Dulce, AyD. [FINALIZADA] | Tema: Portiñón.


Capítulo: Capítulo cinco.

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Os seus pais estavam gritando neuróticos com ela. Depois que o policial Hanes a deixou em casa e explicou a situação para Blanca e Fernando, eles simplesmente surtaram. Dulce estava em uma espécie de torpor. Presa dentro de seus próprios pensamentos. Tanto que não conseguia distinguir o que eles falavam.


Onde estava a Anahí? Ela entrara na floresta sozinha?


– Como pode fazer isso conosco, Dulce? – Blanca chorou. – Você estava querendo se matar? Você sabe quantas coisas ruins tem dentro daquela floresta? E os animais selvagens? E as armadilhas para ursos? Você poderia ter se ferido. O que deu em você? Eu não quero nem imaginar você sozinha naquela floresta!


– Eu não estava sozinha! – Dulce disse nervosa. – Eu estava com Anahí.


Blanca parou e olhou para a filha com piedade. Lembrou-se do que a terapeuta e o psiquiatra falaram. Eles tinham razão...


– Você estava sozinha, Dulce. – Blanca murmurou sentindo-se enfraquecida.


– Não! Eu estava com a Anahí. O policial viu e...


– Ele não viu nada, Dulce, porque a Anahí não existe! – Fernando gritou assustando a esposa e a filha. – Ela não existe, é criação da sua cabeça. Uma amiga imaginária! Ela não passa de uma fantasia!


– Não! – Dulce gritou aos prantos. – Ela existe! Vocês não sabem o que estão falando! Ela é minha amiga, eu a amo!


– Ela não existe! – Fernando voltou a gritar.


– Fernando, por favor... – Blanca pediu.


– Ela existe! – Dulce insistiu, negando-se a acreditar. – Ela esteve comigo até antes do policial chegar, ele deve ter a assustado... Ela existe! – Confirmou chorando.


Fernando caminhou até o centro da sala e pegou o controle remoto com violência. Ligou a televisão, e deu play. Vários vídeos começaram... Vídeos de estabelecimentos que Dulce frequentara com Anahí, mas a diferença que nas imagens não existia a Anahí, só apenas Dulce... Falando, rindo, e se divertindo... Sozinha.


– Não... – Dulce murmurou em choque.


– Infelizmente, sim, minha filha. – Blanca sussurrou derrotada, abraçou a filha que estava inerte com os olhos fixos na tela. – Você fantasiou uma amiga... Você... Você está sofrendo de esquizofrenia, Dulce... Dr. Arthur e Dra. Cecília eles acham que devemos interná-la...


Dulce afastou da mãe com as lágrimas caindo silenciosamente, o coração batendo tão firme que chegava a doer. Esquizofrenia? Ela estava louca? Eles iam interná-la de novo, e deixá-la lá. Ela não queria isso. Ela queria morrer. Queria acabar logo com isso. O que lhe doía mais não era a doença em si, era sua amada Anahí nunca ter existido. Foi se arrastando para o quarto, deixando os pais para trás.


– Amanhã iremos para clínica, filha... – Fernando comunicou com a voz aquebrantada.


Dulce entrou em seu quarto e olhou em volta, sentindo-se tonta. Sentindo-se tão vazia que nada poderia preencher. O amor por Anahí preencheu o seu coração por dois meses. Agora, que Anahí era apenas uma fantasia, estava oca.


– Dulce! – Escutou a voz rouca.


Dulce olhou com espanto para a sua janela. Anahí estava lá. Do mesmo jeito que a viu da última vez. Fechou os olhos e balançou a cabeça, não era real. Mas quando abriu, a loira continuava lá com aquela expressão de dor. Mesmo sabendo que era uma fantasia, a morena foi até a janela.


– Você não é real. – Murmurou Dulce.


– Claro que sou real. Tudo foi real, Dulce. Os nossos corações sabem. Eles querem reduzir o nosso amor... Mas não vão. Eu existo, e você também. E nos amamos. – Anahí disse com convicção.


– Mas... Mas... Você... Eu... – As palavras morreram em sua boca num soluço.


Anahí tocou a mão de Dulce, fazendo olhar para ela.


– Eu sou real, Dulce. Sou real, e preciso de sua ajuda... Por favor... – Anahí pediu, seu rosto voltando a se transformar em angustia. – Por favor...


Dulce sentiu o coração bombardeando de adrenalina. O seu amor estava em sua frente. Era real. Ninguém poderia julgar aquilo que não entendia. Eles não sabiam de nada.


– Ajude-me a pular a janela... – Dulce pediu.


Elas estavam correndo pela floresta de Burkittsville. Era realmente aterrorizante. Mas, Dulce sentia-se segura por estar com a Anahí ao seu lado. A loira parecia que sabia muito bem onde pisava, já que sempre desviava das pedras, relevos, e armadilhas.


Ao contrário do que se pensavam, a floresta era silencioso como a morte. O único som que se escutava eram dos passos corridos e das respirações pesadas de ambas.


O vento estava muito frio. A escuridão da floresta aos poucos iam se acostumando aos olhos. O suor que escorria na testa de Dulce era frio, mesmo com o sangue quente da corrida. O esforço físico estava começando a cobrar, e sentia os seus músculos cansados.


– Falta muito? – Perguntou soltando uma bufada de ar.


– Não, meu amor. Estamos chegando... – Anahí informou. – Você memorizou o caminho, não é? É de importância que você saiba encontrar o caminho de volta, Dulce. – A voz era cansada, mas audível.


– Sim... Acho que sim... Eu, bom. Você não vai voltar comigo? – Dulce perguntou com o cenho franzido.


Anahí lhe lançou um sorriso triste, e Dulce soube. Ela iria ficar. A loira realmente iria ficar e deixá-la!


– Você precisa voltar para avisar a minha família... Ali! – Anahí apontou para uma grande árvore. – É ali! – A voz da loira mergulhou-se de dor. – Chegamos Dulce.


Dulce não entendeu. Apenas via uma árvore... Árvore esta que Anahí sentou-se para descansar. Apesar de ter dor no rosto de Anahí, também tinha alívio.


– Você precisa voltar agora, Dulce...


– Eu não posso voltar sem você e...


Dulce deu um passo á frente, mas acabou escorrendo um pouco para o lado. Tudo foi muito rápido. Quando escutou o grito de Anahí, foi no momento em que caiu de joelho, um barulho estranho e uma dor dilacerante a envolveu, deixando-a tonta e sem ar. Bolou o corpo para o lado, mas não conseguiu se mexer, sentia sua coxa latejando violentamente.


Olhou para Anahí desnorteada, e trêmula. A loira chorava a sua frente em um lamento. Enquanto, Dulce sentia algo quente e gosmento em sua coxa. Um frio abrupto a envolveu. O seu corpo reagiu com uma febre densa, fazendo-a bater os dentes.


Ela tinha caído em cima de uma armadilha de urso. Os dentes de ferro afiado da armadilham cravaram em sua coxa até atingirem o osso. A dor era terrível, o sangue desvairava de sua arteira femoral.


Dulce olhou para Anahí que a encarava chorando.


– Desculpa... – Dulce pediu com a voz cortada. – Eu não... – Soluçou e engoliu as lágrimas. – Eu não vou poder chamar a sua família... Desculpa...


– Shh... Shh... – Anahí puxou o tronco de Dulce para o seu próprio tronco. Beijou o alto da cabeça da morena. – Não foi culpa sua, você ficará bem... Você vai ficar. – A loira estava em choque.


Dulce levantou a cabeça e encarou a Anahí.


– Eu estou bem... Eu estou ao seu lado, apesar das circunstâncias, eu estou ao seu lado... – Dulce tocou o rosto de Anahí com as pontas dos dedos. – Você me amou do jeito que eu sou... – Não foi uma pergunta.


– Eu iria amá-la de todas as formas... – Anahí murmurou beijando o alto da cabeça de Dulce. – Você me achou...


Dulce deitou a cabeça no tronco de Anahí, um breve sorriso surgiu em seus lábios. A Anahí a amou... Foi tudo real...


– Você é real. – Dulce murmurou antes dos seus olhos pesados se fecharem.


A equipe de busca procuravam pela floresta por Dulce.


Junto com a equipe estava Blanca e Fernando, preocupados. Quando adentraram o quarto de Dulce e não a viu, o primeiro pensamento foi a floresta, já que a mesma foi interceptada na noite anterior tentando entrar na floresta. O que eles não sabiam o que era que tanto a sua filha queria naquele lugar!


Os cães farejadores se agitaram.


– Por aqui! – O chefe da equipe gritou.


Eles correram, seguindo os cachorros que estavam agitados. O lugar era de difícil acesso, e aquelas armadilhas de ursos perigosas. Viram pegadas. Pegadas humanas e pequenas. Blanca e Fernando ficaram esperançosos, encontraram a sua filha perdida. Finalmente. Gritaram por Dulce, na esperança de que ela respondesse.


A equipe estancou a corrida uns dez metros à frente. E tudo se silenciou. Quando Blanca e Fernando alcançaram a cena, gritaram.


– Dulce! – Blanca tentou ir até a filha, mas o seu marido impediu.


Não tinha mais o que fazer. Blanca gritou, e chorou, sendo arrastada por Fernando que também chorava daquela cena horrível. O mau cheiro era insuportável.


Á frente, Dulce estava pálida, sem nenhuma gota de sangue no corpo. O sangue tinha sido perdido na hemorragia, já que a armadilha de urso atingiu a sua artéria femoral. A terra tinha sugado o sangue de Dulce, deixando apenas a imagem do corpo pálido com algumas manchas de sangue pela coxa translúcida. O que impressionaram a equipe foi que Dulce estava com a cabeça deitada no tronco de um corpo em decomposição, irreconhecível, mas, os cabelos loiros estavam intactos.


Eles souberem quem era... Das desaparecidas, apenas uma loira faltava encontrar. As outras vítimas do serial killer foram morenas, e ruivas. Eles encontraram um caderno com anotação do assassino que continham os nomes das vítimas. Isso ajudava a identificar quem fora vítima ou não.


– Essa, provavelmente é Anahí Portilla. Desaparecida, vítima do serial Killer. – Uma policial informou com o tablet e a foto de Anahí na lista de desaparecidas. – Sumida a três meses.


O choro de Blanca e Fernando aumentaram. Eles não sabiam como Dulce sabia de Anahí... Lembraram da filha dizendo que estava com Anahí nesses dois meses que se passaram. Mas, se Anahí sumiu há três meses, como explicaria isso? Infelizmente, era algo que nunca saberia a resposta. Era algo que ficariam sempre em suas memórias... E que com toda certeza, marcaria a cidade...


O espirito de Anahí procurou a Dulce para ajudá-la a descansar em paz... Mas... O que eles não sabem é que a Dulce também encontrou a paz... Não carnal, mas a espiritual...


 


FIM.


 


E COMO ESTAMOS? HAHAHA. Não me matem, nem me odeie. Por favor! Duvidas? Questionamento? Nada? Ok! Cheiro de luz, e obrigada por pelas favs. (Eu disse que a estória era viajada). Até a próxima or not. Hahaha.


Fiz essa mini inspirada nesse vídeo:


https: //www.youtube.com/watch?v=FaoVpVXcZsA


(Só juntar as barras)


 



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Autor(a): ThamyPortinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • suzyrufino Postado em 12/06/2020 - 12:16:10

    Quando vc volta com mais estórias??

  • Kah Postado em 05/03/2018 - 16:02:14

    Ai, como adorei a história, claro que um final trágico, mas que dá beleza a história que já é um tanto quanto sinistra né. Continue explorando esse lado de escrita mais DARK que eu amei e quero mais, você tem talento e criatividade pra dar e vender, continue nos presenteando com isso tudo. Ameeei, já quero mais historias de terror e fantasmas sim. Parabens meu xuxuzão!

  • ..Peekena.. Postado em 05/03/2018 - 12:39:40

    Adorei a história!!

  • ..Peekena.. Postado em 04/03/2018 - 00:05:05

    Continua posta mais, mal começou já estou amando a história....

  • Lern Jauregui Postado em 03/03/2018 - 16:48:18

    História bastante boa meu anjoh,toh adorando...Coitada da Dulce,sofre bastante....Ja a Anahi,misteriosa rs,mas acho que ela deve ser Um Fantasma??

  • siempreportinon Postado em 03/03/2018 - 07:29:51

    Opa! Já estou aqui e já favoritei!


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