Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Ucker: Eu quero morrer.

Lupita: Meu menino, não fala isso. O casamento é a coisa mais linda que pode existir.

Ucker: Não quando você é obrigado a se casar com uma desconhecida, que quer o seu dinheiro.

Revirei os olhos mais uma vez e me levantei indo até a janela do quarto. Observei o jardim e percebi que tinha gente andando pra lá e pra cá para arrumar não sei o que.

Mais eu sabia muito bem o que era. Eles estavam arrumando as coisas para o tal noivado que estava se aproximando. O tal noivado ia ser no dia seguinte.

Se eu queria morrer? Claro que eu queria. Mais vejo que não vai ter jeito, eu vou ter que me casar querendo ou não.

Eu podia tomar veneno ou me cortar antes desse bendito casamento. Assim, eu não me casava e ficava livre da Dulce e do Flávio.

A idéia de me envenenar me pareceu muito tentadora. A de me cortar também era muito tentadora.

Olhei para meus pulsos brancos e imaginei eles cheio de cortes e o sangue escorrendo pela minha pele. Ou então o veneno descendo pela minha garganta e me matando lentamente.

Sorri e fiquei imaginando a cara da Dulce e de todos ao saber que da minha morte. Seria trágico eu morrer jovem, mais seria maravilhoso me livrar do casamento.

Olhei para a janela e vi que Flávio estava com Dulce no jardim conversando. Eu não sabia o que eles estavam falando, mais parecia muito sério, pela expressão sérias deles.

Quando Dulce olhou pra cima e sorriu, tratei de fechar a cortina e me jogar na minha cama. Lupita já tinha saído do meu quarto e eu podia pensar melhor no que ia fazer.

Fiquei um tempo olhando para o teto e percebi que alguém tinha entrado em meu quarto. Tomara que não seja a Dulce e muito menos o Flávio.

Sentei na cama e revirei os olhos quando vi que era a Dulce e o Flávio. Falando no diabo. O que eles queriam agora?

Tava demorando para um dos dois aparecer em meu quarto. Aposto que queriam falar do tal noivado ou do casamento.

Me sentei na cama e esperei um dos dois falarem alguma coisa. Queria que eles falassem o que queriam falar e saíssem do meu quarto.

Ucker: Falem logo e saíam do meu quarto.

Flávio: A partir de hoje você vai poder sair do quarto e andar por onde quiser. Mais nem pense em tentar fugir, vai ter gente de olho em você.

Ucker: Se era só isso, já pode ir que eu quero dormir.

Revirei meus olhos e me deitei na cama, me cobrindo dos pés a cabeça para evitar olhar para a cara da Dulce e do Flávio.

Graças a Deus eu já poderia sair do quarto, não estava aguentando mais ficar preso, como se eu fosse um pássaro preso na gaiola.

Estava quase dormindo quando senti alguém puxar minha coberta quentinha de cima de mim. Tapei os olhos me incomodando com a luz do sol entrando pela janela.

Suspirei sabendo que era a Dulce ou então o Flávio. Ou quem sabe poderia ser a Lupita. Se fosse ela, eu não ia reclamar.

Mais quando vi, era apenas o chato do Flávio. Ainda bem que a Dulce já tinha saído. Não estava afim de aturar ela também.

Ucker: O que você quer Flávio? Fale logo e sai do meu quarto.

Flávio: Finalmente você vai se casar e eu vou ficar livre de você. Durante todos esses anos, eu tive que aturar você e agora, chegou o momento de mim livrar de você. Dulce caiu do céu e eu vi nela a oportunidade perfeita para ela se casar com você.

Ucker: Por que está fazendo isso? Por que sempre mim tratou mal?

Eu não sabia porque, mais eu sentia uma sensação ruim na boca do estômago e uma vontade de vomitar.

Ouvir aquelas palavras do Flávio, me fizeram odiar ele ainda mais. Mas eu não aguentei e tive que pergunta o porque dele sempre me tratar tão mal.

Eu precisava saber, isso era importante para mim. Queria saber onde fui que eu errei. Onde eu não acertei para agradar o Flávio quando era pequeno.

Mais depois de um tempo, eu percebi que o Flávio não me tratava como se eu fosse seu filho. Ele me tratava como se eu fosse alguém desconhecido por ele.

A Nicole fazia de tudo para mim agradar, mais eu sabia que ela também não me tratava como filho dela.

Às vezes eu parava e ficava pensando, e chegava a conclusão de que eu era adotado. Essa só podia ser a única explicação para tudo.

Eu estava quase me agarrando a essa conclusão, e ia acreditar nela até eu descobrir toda a verdade. Sim, eu acreditava que tinha uma história por trás de tudo isso.

Achei que Flávio não fosse responder a minha pergunta. Ele estava se preparando para sair dia quarto, quando ele se virou e me disse o que eu apenas suspeitava.

Flávio: Simples Christopher, você simplesmente nasceu. Era pra você ter morrido, mais você está vivo e não morto.

Quando Flávio saiu do meu quarto, eu me levantei correndo e fui até o banheiro, onde me ajoelhei em frente ao vaso e vomitei tudo o que tinha comido.

Meu estômago doia e eu estava quase colocando minhas tripas para fora. Comecei a chorar e me sentei escorado na banheira.

Minha cabeça estava começando a doer e eu mais do que nunca, quis estar morto nesse momento, assim como o Flávio disse.

Voltei a vomitar e eu podia jurar que ia perder as minhas forças e desmaiar ali mesmo. Mais me fiz de forte.

Me levantei um pouco tonto e fechei a tampa do vaso, me sentando. Coloquei a banheira para encher e tirei minha roupa lentamente.

Tranquei a porta do banheiro e peguei a única coisa que ia me fazer sentir melhor naquele momento. Uma lâmina.

Entrei na banheira já cheia e me permitir relaxar um pouco. Fechei os olhos e fiz um pequeno corte em meu pulso.

Aquilo não era o suficiente para aliviar a minha dor. Então, fiz um corte maior no meu pulso.

A água já começava a ficar vermelha pelo sangue e eu não me assustei com aquilo. E minha mente dizia que eu deveria parar com aquilo.

Parei um momento e fiquei pensando se era certo fazer aquilo para tentar aliviar as minhas dores. Eu já tinha feito isso antes, mais fazia isso por causa dos meus problemas.

Agora é diferente, eu não sou mais o mesmo adolescente de anos atrás. Agora eu era um homem feito e ia me casar.

E só de lembrar dessa maldito casamento, que eu voltei a me cortar. Fiz cortes mais profundos na minha pele e voltei a chorar.

Eu não conseguia mais parar de me cortar, eu me sentia bem com isso. Respirei fundo e fiz um corte grande e profundo perto do umbigo.

A água já tinha uma coloração avermelhada e eu sentia minhas forças indo embora. Pude escutar ao longe alguém chamando meu nome, mais achei que fosse a minha alucinação.

Fiz o último corte em meu braço e a última coisa que eu lembro antes de desmaiar, foi alguém me tirando da banheira.

**************

Acordei sentindo minha cabeça e meu corpo doerem e escutei um barulho irritante e chato, próximo a mim.

Tentei abrir os olhos, mais minhas pálpebras pareciam estar colocadas com cola. Com muito custo, consegui abrir os olhos, mais fechei rapidamente, me incomodando com a luz.

Assim que me acostumei com a luz nos meus olhos, abri ele com cuidado e percebi que estava em um hospital.

Olhei ao redor e vi que o barulho irritante vinha do aparelho que monitorava meus batimentos cardíacos.

Me perguntei o que estava fazendo no hospital e quando olhei para meus braços enfaixados, foi que me lembrei de tudo.

Eu tinha me cortado para esquecer meus problemas e acabei no hospital. Mais eu não me arrependo de nada do que fiz.

Suspirei e olhei para o teto quando um médico entrou no quarto. Ele provavelmente ia perguntar porque eu tinha me cortado. Mas eu não estava afim de falar nada pra ninguém.

Xxx: Como se sente Christopher?

Ucker: Já estou melhor e quero ir pra casa.

Xxx: Você terá que ficar mais algumas horas no hospital, afinal perdeu muito sangue.

Ucker: Tanto faz. Só não deixa ninguém entrar no meu quarto, não quer ver ninguém.

Xxx: Está bem. Qualquer coisa é só apertar esse botão aí do seu lado para chamar uma enfermeira. Vou mandar alguém trazer algo para você comer.

Agradeci mentalmente quando o médico saiu do quarto e me deixou sozinho. Eu estava cansado e queria ir pra casa e dormir o tempo todo.

Escutei alguém bater na porta e revirei os olhos ficando quieto. Se eu não respondesse, a pessoa ia embora e me deixaria em paz.

Fechei os olhos e fingi abrir quando alguém entrou no quarto. Eu não sabia quem era, mais a pessoa se aproximou de mim e segurou na minha mão.

Pelo toque da não, eu sabia que era um homem. Será que era o Flávio? Cara, nem no hospital ele me deixava em paz.

Continuei fingindo que estava dormindo para a pessoa ir embora e me deixar sozinho novamente.

Minhas suspeitas se confirmaram de que era o Flávio, quando ele apertou um pouco o meu braço e eu tive que morde o interior da minha bochecha para reprimir um gemido de dor.

Flávio: Ah Christopher, foi um golpe baixo tentar se matar só para fugir do casamento. Você está muito enganado se acha que não vai se casar por causa disso. Amanhã é seu noivado, e você não vai escapar de se casar.

Cara, como eu odiava o Flávio com todas as minhas forças. Que um raio cai na cabeça dele no dia desse bendito casamento.

Ah mais que eu ia fazer da vida da Dulce um inferno eu ia. Ela que podia começar a se preparar, pois eu não ia descansar até me ver livre dela.

Não vou falar nada sobre essa atitude do Christopher, vou apenas deixar vocês falarem o que acharem do capítulo e da atitude do Christopher.

Até quarta amores!!😗😗