Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Christopher acordou sentindo a luz do sol bater em seu rosto e resmungou, se virando na cama voltando a dormir novamente.

O loiro abriu os olhos de repente como se uma luz se acendesse em sua mente e se sentou na cama atordoado.

Christopher olhou em volta do lugar em que estava e viu que não estava no seu quarto, e sim em um quarto totalmente diferente.

O loiro riu incrédulo e se levantou indo até a janela do quarto. Começou a xingar todas as gerações, quando viu que estava em uma ilha.

Ucker: Ela me paga, vai ver só.

Christopher saiu do quarto e olhou para o corredor que estava silencioso. Sorriu diabólico e foi atrás de Dulce.

Começou a abrir todas as portas que tinham ali no corredor e só viu quartos e mais quartos. Mais um chamou a sua atenção.

O quarto estava decorado como se fosse para uma noite de núpcias. A cama com lençóis vermelhos, pétalas e velas espalhadas pelo quarto.

Christopher revirou os olhos e fez careta fechando a porta e abrindo outra porta e encontrando seu objetivo.

Dulce estava deitada na grande cama King Size, vestida uma camisola azul e coberta até a cintura.

O loiro que estava parando na porta observando a mulher dormindo, saiu do quarto calmamente e foi até a cozinha.

Abriu a geladeira e pegou as bandejas em que continham gelo e colocou em cima da mesa, procurando por um balde.

Assim que achou, colocou água até a metade e logo depois colocou gelo. Pegou o balde e voltou para o quarto onde Dulce estava.

Christopher observou Dulce dormir calmamente e colocou a mão na boca, para evitar rir.

Pegando o balde com água e gelo, o loiro jogou todo o conteúdo em Dulce, que acordou com um grito.

Dulce se sentou na cama ainda tremendo pela água fria e tirou o cabelo do rosto, olhando para Christopher que ria.

Christopher não aguentou ver a cara de desespero de Dulce e começou a rir, vendo ela toda molhada.

Dulce abria e fechava a boca várias vezes, mais não saía nenhum som. Só aí ela entendeu o motivo do loiro ter molhado ela.

Aquilo era como uma vingança por ela ter trazido o loiro para a ilha particular da família, para a "lua de mel" deles.

Dul: Por que diabos você fez isso?

Ucker: Isso é uma pequena amostra do que você vai passar daqui pra frente Dulcinha. Bons sonhos.

Christopher jogou o restante de água que tinha no balde em Dulce e saiu do quarto batendo a porta com força.

O loiro estava com raiva, muita raiva e era capaz de matar o primeiro que ficasse na sua frente.

Voltou para o quarto em que estava antes e procurou por seu celular em suas malas. Queria saber quem tinha arrumado suas malas.

Quando encontrou o aparelho, saiu do quarto, afim de dar uma volta e explorar o lugar. Para ficar longe de Dulce para ser mais exato.

Chegou na sala e viu Dulce perto da porta ainda toda molhada. Estava com os braços cruzados e batia o pé irritada.

Dul: Onde você pensa que vai? Você não vai sair daqui.

Ucker: Eu vou dar uma volta e você não vai me impedir de sair. Ou você sai da minha frente por bem, ou vai sair por mal.

Dul: Então, boa sorte ao tentar passar por mim.

Christopher deu de ombros e pegou Dulce jogando ela no ombro e jogando no sofá logo em seguida.

Dulce olhou incrédula para Christopher e viu ele dar um sorriso cínico para si, antes de sair pela porta.

Christopher sorriu ao sentir a brisa fresca bagunçar seus cabelos e roupas. Olhou para o mar a sua frente e começou a caminhar pelo local.

Tinha que admitir, que o local era mesmo de tirar o fôlego. E o loiro pretendia aproveitar os dias em que ficaria naquela ilha paradisíaca.

Andou mais um pouco pelo local e acabou entrando em um local desconhecido por si. Olhou em voltou e viu árvores e mais árvores.

O loiro deu de ombros e resolve explorar toda ilha, afinal de contas, gostava de explorar os diversos lugares que ia.

Andou por mais um tempo até avistar um pé carregado de manga. Sorriu e resolveu pegar algumas mangas.

Olhou em volta e viu que estava sozinho. Pelo menos Dulce não veio atrás de mim. Foi o que pensou o loiro.

Christopher subiu no pé de manga e começou a recolher alguns frutos, para logo depois degustar da fruta doce.

Voltou pelo mesmo lugar que tinha vindo, e rapidamente estava de volta na ilha. Andou novamente até estar de volta a casa.

Entrou e estranhou estar tudo silencioso. Foi até a cozinha e se assustou com uma mulher já de idade, preparando o café.

Ucker: Olá?

A mulher se assustou e se virou sorrindo para Christopher que olhava para ela com curiosidade.

Christopher viu que a mulher era um pouco mais baixa do que si, a pele morena e tinha os cabelos pretos lisos com alguns fios brancos aqui e ali.

Xxx: Olá, eu sou Maria. Fui mandada pela Lupita para cuidar da casa, enquanto vocês estão aqui. Vejo que já achou o pé de manga.

Ucker: Eu sou Christopher Maria, mais pode me chamar de Chris ou Ucker. Espero que não tenha problema em ter pegado algumas mangas.

Maria: Fica tranquilo que você pode pegar quantas mangas quiser.

Christopher sorriu e colocou as mangas dentro da pai e lavou a mão, se sentando logo em seguida.

Observou a mulher tirar algo do forno e sorriu mais ainda quando viu que era bolo de chocolate. O seu preferido.

Maria colocou o bolo em cima da mesa e viu Christopher olhando para o bolo em cima da mesa.

Ucker: Isso parece delicioso.

Maria: Espera eu jogar a calda de chocolate por cima que te dou um pedaço.

Ucker: Está bem.

Christopher observou a mulher mexer algo em uma panela no fogo e deduziu ser a calda de chocolate para colocar no bolo.

Os olhos do loiro brilharam quando Maria jogou a calda de chocolate quente, em cima do bolo.

Suspirou em deleite quando um prato com um pedaço de bolo foi colocado em sua frente, juntamente com um copo de suco.

Provou um pedaço do bolo e gemeu ao sentir o sabor do chocolate em sua boca. Estava divino o bolo na opinião do loiro.

Ucker: Está divino esse bolo. Mas me diga, você e a Lupita se conhecem a muito tempo?

Maria: Fomos criadas juntas e quando a Lupita foi trabalhar com o Vict.... com a Nicole e o Flávio, foi que nos separamos.

Christopher estranhou a fala da mulher ser cortada no meio e ficou um tempo tentando entender o que ela ia falar.

Será que ela ia falar um nome? Afinal para o loiro parecia o nome de um homem, e podia ser Victor.

Mais o que aquilo poderia dizer? Christopher estava confuso e prometeu que iria pesquisar o que aquele nome queria dizer.

Terminou de tomar café ainda confuso e foi para o seu quarto rapidamente. Tomou um banho longo e se jogou na cama com o notebook em mãos.

Abriu a página de pesquisas e logo digitou o provável nome que Maria ia terminar de dizer, vendo um monte de resultados sobre a pesquisa.

Uma notícia em específico chamou a atenção de Christopher, e ele abriu a página vendo notícias sobre um acidente de anos atrás.

Christopher pretendia ler a notícia, mais foi interrompido por uma chamada de vídeo, do seu melhor amigo.

O loiro sorriu animado e se ajeitou na cama para falar com o melhor amigo. Estava longe dele 1 dia e já sentia saudades dele.

Chamada de vídeo On

Ucker: Lucca, que saudades.

Lucca: Também estou com saudades. Como foi acordar em um lugar estranho?

Ucker: Bom, eu fiquei surpreso e depois descontei a minha raiva na Dulce.

Lucca: O que você fez? Mandou ela de volta para o mar junto com a família dela? Pelo o que eu sei, piranhas sabem nadar muito bem.

Christopher não aguentou e jogou a cabeça para trás em uma gargalhada espontânea e gostosa na visão de Lucca.

Se recuperou e enxugou as lágrimas ainda sorrindo pela fala do melhor amigo. O que fez o loiro voltar a rir novamente.

Ucker: Essa é uma boa opção, vou fazer isso da próxima vez.

Lucca: Então me fala o que você fez, estou curioso.

Ucker: Joguei água com gelo nela quando ela estava dormindo.

Dessa vez quem riu foi Lucca que quase caiu da cama ao ouvir o que o amigo tinha dito. Queria ter visto a cena.

Christopher esperou o amigo se acalmar e sorriu quando o amigo voltou a olhar para a tela do notebook, com o rosto vermelho.

Lucca: Essa eu devia ter visto, queria ver a cara da Dulce quando você jogou a água nela.

Ucker: Podemos fazer isso de novo quando eu voltar.

Lucca: Eu acho ótimo. Chris, será que a Dulce fez algo para te levar para aí?

Ucker: Acho que sim, deve ter sido aquele suco que a Nicole me deu. Depois que eu tomei ele, me senti estranho e com muito sono.

Lucca: E colocando boa noite Cinderela no seu suco, assim ficou mais fácil para te levar para onde ela quisesse.

Ucker: Exatamente, e isso deve ter sido obra do Flávio.

Lucca: Claro que foi obra dele, o Flávio faz de tudo para te ver com a Dulce.

Ucker: Se você soubesse a vontade que estou de estrangular o Flávio e a Dulce, você nem falava isso.

Lucca: Não está mais aqui quem falou.

Christopher suspirou e passou a mão nos cabelos, enquanto via o amigo levantar as mãos em sinal de rendição.

Para o loiro, Flávio era como um carma junto com Dulce. Não largavam do pé dele um minuto sequer.

E isso já estava o irritando bastante, acabando com a paciência que ele não tinha e nunca ia ter.

Lucca: Desculpa ter te irritado com esse assunto, sei que você não gosta da Dulce e nem do Flávio. Acredite, eu também não gosto nem um pouco deles dois.

Ucker: Sabe por que não gosto da Dulce? Por que ela tenta uma aproximação que nunca vai dar certo.

Dulce que passava na frente do quarto de Christopher, acabou se encostando na porta e ficou ouvindo a conversa.

Ela sabia que Christopher falava dela, pois o principal motivo da conversa era a aproximação que Dulce tentava, desde que conheceu o loiro.

Se ele soubesse que ela só queria o seu bem, ele não reagiria desse jeito com ela, e veria que ela não era uma pessoa má.

Por um lado Dulce queria apenas o dinheiro da família de Christopher, pelo outro ela desejava saber todos os segredos que a família escondiam.

Mesmo assim Christopher pensava mal de si, e por isso odiava Dulce mais do que tudo. E ele tinha razão em odiar ela.

Afinal de contas, Dulce entrou na vida de Christopher sem mais nem menos, querendo se casar com ele.

Lucca: É isso que ela quer Chris, que quanto mais você tente afastar ela, mais ela vai tentar se aproximar de você.

Ucker: Pior que você tem razão. Mais eu não quero que a Dulce se aproxime de mim. Pelo contrário, quero ela bem longe de mim.

Lucca: Olha, não fica pensando nisso não. O melhor que você tem que fazer, é pensar positivo. Logo esse casamento acaba e você está livre.

Ucker: Como sempre você tem os melhores conselhos.

Lucca: Sou seu melhor amigo e sempre vou ter conselhos para você. Eu tenho que ir, tenho que resolver algumas coisas, depois nos falamos.

Ucker: Está bem. Estou com saudades e prometo voltar logo.

Lucca: Vou ficar te esperando.

Chamada de vídeo Of

Christopher terminou a chamada de vídeo e suspirou desligando o notebook e colocando ele no chão ao lado da cama.

Deitou na cama e se cobriu até a cintura, fechando os olhos e dormindo logo em seguida.

**********

Christopher acordou suado e ofegante e se sentou na cama, ainda respirando com um pouco de dificuldade.

Olhou em volta do quarto e viu que estava sozinho. Foi apenas um pesadelo, e nada mais. Pensou Christopher.

O loiro levantou da cama e saiu do quarto, encontrando o corredor silencioso e escuro. O que fez o loiro suspirar aliviado.

Andou a passos lentos até a cozinha e sentiu o coração bater acelerado e a respiração se tornar ofegante.

Chegou a cozinha e acendeu a luz, indo até a geladeira procurar algo para comer. Optou por um pedaço de bolo e um copo de suco.

Quando se virou, tomou um susto ao ver Dulce para na porta da cozinha lhe observando atentamente.

Ucker: O que faz aqui? Não vê que me assustou?

Dul: Acordei com sede e vim beber água e te vi aqui.

Ucker: Da próxima vez, faça mais barulho ao aparecer.

Christopher saiu de perto da geladeira e se sentou ignorando Dulce completamente, que não estranhou nem um pouco.

Dulce pegou um copo de água na geladeira e se sentou de gente para Christopher, observando ele comer.

Ucker: Se veio aqui para ficar me observando, vou voltar para o quarto.

Dul: Por que me odeia tanto? Não te fiz nada.

Ucker: Jura que você não sabe? Então vou te falar. Eu te odeio por simplesmente entrar na minha casa sem mais nem menos, ainda por cima, querendo se casar comigo. Como você acha que eu me senti ao saber que o Flávio tinha escolhido alguém para me casar? Bem que não foi. Então se coloca no meu lugar e pensa em como eu reagi ao saber que eu ia ter que me casar com alguém desconhecido. Já imaginou se fosse você? O que você faria? Como reagiria ao ter um estranho dentro da sua casa que te segue por todos os lados? Como você acha que eu me sinto agora?

Dul: Não sabia que pensava assim.

Ucker: Você nunca pensa. Boa noite pra você também.

Christopher se levantou e saiu da cozinha rapidamente, indo para seu quarto. Já não aguentava mais ficar perto de Dulce.

Assim que entrou no quarto, trancou a porta e se jogou na cama, deixando as lágrimas caírem de vez.

Mas era lágrimas de frustação, raiva e tristeza. Frustação por ter se casado com alguém que não amava, raiva que então pela Dulce e tristeza por não ter seu melhor amigo consigo.

Mas o choro durou pouco, logo Christopher já estava secando as lágrimas e pensando no pesadelo que tinha tido.

Desde que tinha ido ao psicólogo se consultar, era que não tinha tido mais nenhum outro pesadelo.

Mas parece que as coisas não eram como Christopher pensava. Sua vida era uma caixinha de surpresa.

Christopher suspirou e resolveu esquecer aquele assunto. Afinal, não era nada de mais, só mais um pesadelo.

Resolveu dormir e esquecer os problemas, quem sabe assim, não ficava em paz consigo mesmo.