Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Christopher Point View

Nova York  - 4:35 A.M

Acordei suado e ofegante, depois de ter mais um dos milhares pesadelos que eu tinha. Passei a mão no cabelo e olhei no relógio vendo que eram 04:35 A.M.

Me levantei sabendo que não ia conseguir mais dormir, e resolvi tomar uma banho para fazer uma caminhada.

Essa era a minha rotina. Desde que tudo aconteceu, eu não conseguia mais dormir direito. Que os pesadelos não me deixavam dormir.

Fui tirando minha roupa à caminho do banheiro e parei diante do espelho para observar meu corpo.

As marcas ainda estavam lá e se eu fechasse os olhos, podia reviver tudo o que eu vivi. Os hematomas ainda estavam lá e não iam se curar tão cedo.

A dor ainda estava dentro de mim, e a dor não era apenas interna, como também era externa.

Observei que debaixo dos meus olhos tinham olheiras enormes e bem evidentes, e que eu estava mais pálido do que de costume.

Me arrastei para o banheiro e liguei o chuveiro na água fria. Mesmo que o tempo estivesse frio, eu já estava acostumado a tomar banhos frios pela manhã.

As lembranças do meu pesadelo, ainda estavam frescas na minha memória. Balançei a cabeça para tentar afastar as lembranças, mais nada adiantou.

Depois de aguentar tudo o que eu aguentei, achei melhor me mudar e viver uma vida tranquila e longe do meu passado.

Mais ainda sim, o passado insistia em me perseguir onde eu estivesse. Já tentei de tudo para tentar apagar as dolorosas lembranças que me atormentavam.


Consultas com psicólogos não resolviam, eu não aguentava me lembrar do que aconteceu. Era como se eu estivesse vivendo aquilo tudo de novo.

Eu queria falar com alguém sobre o meu passado, mais cada vez que eu lembrava, era como se as lembranças estivessem ali para me lembrar de tudo o que aconteceu.

O meu passado tinha nome e sobrenome. Flávio Escobar. Mesmo a Nicole tentando me ajudar, eu sabia que se ela fizesse alguma coisa para me ajudar, ela também ia sofrer nas mãos do Flávio.

Balançei a cabeça mais uma vez para tentar afastar as lembranças e desliguei o chuveiro, saindo do banheiro todo molhado.

Ainda com as lembranças na minha mente, tratei de me secar e vestir uma roupa qualquer para correr.

Eu não estava com fome, então apenas como uma maçã e peguei meu celular e fones, saindo do meu apartamento.

Eu morava sozinho, gostava da minha solidão. Mais às vezes sentia falta de alguém para preencher o meu vazio.

O tempo ainda estava frio, e quando cheguei na frente do meu prédio, fui recebido com o vento gelado da manhã batendo em meu corpo.

Eu gostava do tempo frio de Nova York, era muito melhor do que o calor de 90° graus do Rio de Janeiro.

Pensando nisso, coloquei meus fones e coloquei uma música pra começar a minha corrida matinal.

Era sempre assim, depois de acordar dos meus milhares de pesadelos, eu saía para correr e afastar as lembranças.

Não sei exatamente como tudo começou, mais sei que depois de sofrer um grave acidente com o Flávio e a Nicole, foi que as torturas começaram.

Por que não chamo eles de pai e mãe? Bom, talvez seja por tudo o que eu passei, desde esse dia, eu não considero eles meus pais.

Na verdade, eu não acho que eles sejam meus pais. Eu era tão diferente deles dois, não tínhamos nada de igual.

Eu tinha a pele branca, os olhos azuis piscina, cabelos loiros cacheados, e mesmo assim era tão diferente dos meus pais.

Flávio e Nicole nunca foram presentes na minha vida desde que tudo aconteceu. Eu sempre era cuidado por babás.

Comecei a correr mais rápido para tentar esquecer as desgraças da minha vida. Meus músculos estavam doendo e pediam por descanso. Mais eu não ia parar.

Cheguei ao Central Park e fui até a árvore mais próxima do lago e me deitei debaixo dela. Eu estava cansado e sentia meus pulmões doerem, pedindo por ar.

Alguém ficou na minha frente e eu revirei os olhos sabendo quem era. Olhei para cima e vi meu melhor amigo ali.


Ucker: Como me achou?

Xxx: Fui na sua casa e você não estava. Tive que perguntar ao porteiro e ele me disse que você tinha saído cedo para caminhar. O que deu em você?

Ucker: Eu tive outro pesadelo.


Meu melhor amigo era o único que sabia dos meus pesadelos. Desde que eu cheguei em Nova York, ele me ajudou a enfrentar o meu passado.

Mais o meu passado insistia em me perseguir. Acho que joguei pedra na cruz para merecer uma coisa dessas.

Lucca Hernandez era meu melhor amigo. Ele era o tipo de melhor amigo gay e que tinha um enorme interesse pelo melhor amigo hétero. Que no caso era eu.

Qualquer oportunidade que ele tinha, ele me agarrava e tentava me beijar. Mais claro que eu não deixava. Eu gostava de mulher.


Lucca: Você sabe que se precisar poder desabafar comigo, não sabe?

Ucker: Sei sim, mais eu não quero te encher com os meus problemas.

Lucca: Isso não importa pra mim. Agora vamos, você vai fazer café da manhã pra mim.


Me levantei com a ajuda do Lucca e ele tentou me beijar novamente. Empurrei ele e sai correndo enquanto ria.

Lucca veio atrás da mim e rapidamente chegamos na frente do meu prédio. O sol já começava a nascer e a vista era magnífica.

Entramos e o porteiro nos olhou e fez uma cara feia. Provavelmente ele pensava que a gente era namorado.

O porteiro já era um senhor de idade e bem simpático. Mais às vezes ele não era nada simpático com as pessoas.

Me aproximei do senhor Pedro sorrindo, enquanto Lucca olhava para a minha bunda. Revirei os olhos e dei língua para ele.


Pedro: Mr. Uckermann, your correspondence.

Ucker: Thanks.


Peguei as correspondências e fui em direção ao elevador com Lucca ao meu lado. Entramos no elevador e eu me mantive longe do Lucca.

Ele podia ser o meu amigo, mais era muito safado e pegador que daria tudo para me pegar. Só que esse corpinho aqui, ele não vai ter.

Entramos no meu apartamento e eu tirei nua tênis me jogando no sofá, eu estava cansado e meu corpo reclamava de dor.

Ainda com as correspondências na mão, vi que era apenas contas e mais contas. Mais uma única carta me chamou a atenção.

Abri ela rapidamente e li sentindo o meu coração bater acelerado e as lembranças voltarem novamente, de uma vez por todas.

"Saudades Christopher? Espero que sim.
Não sabe como foi difícil convencer a Nicole a me falar onde você estava, claro que eu pretendia contratar um detetive para te achar. Mais olha só, a Nicole colaborou comigo e me disse onde você estava.
Não se assuste com a minha carta, eu apenas quero que você volte urgentemente para o Rio de Janeiro.
Digamos que eu tenho uma supresinha para você, e tenho certeza de que você vai gostar.
Também podemos aproveitar e relembrar os velhos tempos. Você lembra? Se não lembra, posso refrescar a sua memória."

Ass: Flávio Escobar.

E esse final amores? Alguém aí mais já tá com raiva do Flávio? Se sim levanta a mão.

Amores, eu criei o grupo no whats da fanfic, quem quiser entrar o link vai tá aqui.

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