Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Os dias seguintes se passaram tranquilamente e eu agradeci por Dulce não ficar mais no meu pé o tempo todo.

O que eu achei bom, já não aguentava mais a Dulce no meu pé o tempo todo. Eu ainda tinha que ouvir as besteiras que ela fala.

Por um lado eu estava feliz que Dulce parou de me perturbar, por outro eu estava triste pelo meu melhor amigo.

Já que ele estava em uma viagem com a família e o lugar para qual ele tinha viajado, não pegava sinal.

Por Deus, Lucca tinha viajado para onde Judas bateu as botas? Isso não era possível, ele não entendia que eu não aguentava muito tempo longe dele.

Já não basta a Nicole e o Flávio terem mandando e eu a Dulce para uma ilha no meio do nada, meu melhor amigo ainda fazia isso comigo.

Mas eu não podia reclamar de nada, já que ele passava tanto tempo comigo, ele merecia um bom descanso.

Só espero que ele não demore muito nessa viagem, ficar sozinho sem ele é muito chato e solitário.

Só faltava uma coisa para tudo ficar perfeito, eu voltar para o Rio de Janeiro e me ver livre dessa ilha que não me trazia boas recordações.

Eu apenas queria estar em casa e bem, bem longe da Dulce se possível. Que ela fosse morar na China.

Eu sabia que quando a gente voltasse, o Flávio ia vim com a idéia da Dulce e eu morar em uma casa só nossa.

E isso era algo que me dava calafrios e que eu não queria. Nunca que eu iria morar em uma casa sozinho com a Dulce.

Pra isso acontecer, eu tinha que morrer e nascer de novo e por enquanto, eu não queria morrer.

Eu já estava ficando entendido nessa casa, nessa ilha não tinha nada para fazer e eu só tinha a Maria para conversar.

Bem que a Nicole podia fazer o favor de mandar o helicóptero para pode nos buscar. Já não aguentava mais ficar parado.

Sério, essa foi a pior idéia que a Dulce e a Nicole tiveram. Maldita Dulce que inventou essa coisa de ter lua de mel.

Quer dizer, lua de sal. Para uma lua de mel acontecer, as duas pessoas tinha que se amar muito. E eu apenas odiava a Dulce ao extremo.

Suspirei entediado pela milésima vez naquele dia e revirei os olhos olhando para a televisão que passava um filme qualquer.

Nem o filme que passava na televisão conseguia me tirar do tédio. Eu precisava ir embora daqui urgentemente.

Desliguei a televisão e me levantei saindo do quarto indo em direção a cozinha, onde Maria preparava o almoço.

Me sentei enquanto observava Maria andar de um lado para o outro na cozinha. Até ela tinha o que fazer e eu não.

Maria: Menino Christopher, não tinha até visto chegar.

Ucker: Eu estou entediado Maria, não tenho nada para fazer e a única coisa que eu quero, é ir embora daqui.

Maria: Já que tocou nesse assunto, chegaram duas cartas para você.

Me animei na hora e pensei em Lucca, com certeza ele tinha me mandado uma carta contando como estava.

Peguei as cartas que Maria me entregou e abri a carta de envelope branco. Revirei os olhos ao ver que era da Nicole.

Só espero que não seja ela falando sobre qualquer outra coisa que envolva eu e a Dulce, já não aguentava mais.

Comecei a ler a carta e fiquei feliz ao ver que Nicole ia mandar alguém para buscar eu e a Dulce na ilha, se possível até amanhã.

Graças a Deus, as minhas orações foram atendidas e eu finalmente ia poder ir embora daqui.

Deixei a carta de Nicole de lado e abri a segunda carta com o envelope azul e reconheci a letra perfeita de Lucca.

Sorri ao ler a carta de Lucca e me surpreendi ao ver que ele estava voltando de viagem ao saber que eu ia voltar também.

Lucca era o melhor amigo que alguém poderia ter, e eu tinha a sorte de ter ele como melhor amigo.

Suspirei agora mais feliz por ter notícias de Lucca e por saber que eu iria voltar para casa amanhã.

Me levantei indo até a geladeira e pegando um copo de água. Aproveitei que Maria tinha ido fazer não sei o que, para dar uma espiada nas panelas.

Lupita e Maria conheciam os meus gostos tão bem, que eu achava que eu tinha o sangue delas duas.

Maria tinha feito strogonoff de frango e eu não podia estar mais feliz do que já estava. Faltava eu soltar fogos de artifício para completar.

Tive que revirar os olhos quando vi Dulce entrar na cozinha. Era só ignorar ela, que ela rapidamente ia sair.

Mexi a panela em que continha o strogonoff e provei um pouco, gostando do sabor e do tempero.

Maria logo voltou com frutas para fazer suco e agradeci por ela ter voltado, não aguentava mais Dulce me olhando.

Me afastei do fogão e peguei as cartas em cima da mesa, indo para a sala. Só não contava que Dulce ia me seguir.

Mas era só ignorar ela, que logo ela se tocava que eu não queria ficar perto dela e saía de perto de mim.

Dul: Que cartas sãos essas?

Ucker: Não é da sua conta.

Tive que contar até 10, quando Dulce pegou umas das cartas da minha mão. Ainda bem que não foi a de Lucca.

Ela começou a ler a carta e ficou chocada quando viu que íamos embora em breve. Tadinha, deu até pena dela agora.

Era bom ela aproveitar muito bem os últimos minutos que a gente tinha aqui, pois em breve isso não ia passar de uma lembrança.

Eu só tinha o que comemorar, não ia ter que ficar mais sozinho com Dulce e ia rever o meu melhor amigo.

Dulce jogou a carta em mim e saiu furiosa da sala. A coitada estava achando que ia ficar para sempre nessa ilha.

Bom, se ela quisesse ficar aqui para sempre, eu não me importava nem um pouco. Achava até bom.

Assim eu ficava livre dela e ela não ia poder me perturbar. Eu ia ficar grato se ela fizesse isso.

Me levantei do sofá assim que Maria apareceu na porta da cozinha e veio avisar que o almoço estava pronto.

Guardei a carta em um lugar que Dulce não pudesse achar ela e fui até a cozinha almoçar, eu estava morto de fome.

Agradeci quando Dulce não apareceu para o almoço. Ela deve estar chorando nesse momento porque seu sonho vai acabar.

Fala sério, já passamos tempo de mais aqui nessa ilha. Se ela quisesse, podia vim aqui quando quisesse.

Mais dessa vez, ela iria vim sozinha. Porque eu não ia vim com ela, nem morto eu ia fazer isso.

Eu tinha dignidade o suficiente para não me deixar cair facilmente na lábia barata da Dulce. Patético.

Desde o dia em que a bendita botou os olhos em mim, é que ela tenta me fazer se render a ela.

Fala sério, eu devia ter algo em mim que a Dulce se interessou muito e pensou que podia me conquistar.

E eu sabia muito bem o que a Dulce queria de mim, ela queria o meu precioso e lindo corpo só para ela.

Mas ela estava enganada se eu ia deixar ela encostar um dedo em mim. Tá pra nascer alguém que faça isso acontecer.

E só de pensar na possiblidade da Dulce profanando o meu lindo corpo, me dava um embrulho no estômago.

Então, o melhor que ela tinha que fazer, era ficar bem longe de mim e nunca, tentar algo a mais comigo.

Depois que terminei de almoçar, resolvi subir para o meu quarto e arrumar as minhas malas, para ir embora amanhã.

Ajudei Maria a lavar as coisas que ela sujou e cansado, subi para meu quarto, mais parei em frente ao quarto de Dulce, ao ouvir ela quase gritar.

Devia estar falando com alguém no celular e devia ser com a Nicole. Tadinha da Nicole que ia ter que ouvir os chiliques da Dulce.

Estranhei a conversa da Dulce com a Nicole e achei a conversa estranha. Dulce quase gritava com alguém e fazia ameaças para a pessoa.

Dul: Escuta aqui, toma cuidado comigo. Se eu descobrir tudo o que vocês fizeram, eu vou contar tudo o que eu sei para todo mundo. E aí, você e todos que te ajudaram com isso, vão cair.

Coloquei a mão na boca chocado com o que eu tinha escutado e me perguntei com quem Dulce estava falando.

Ela claramente não estava falando com a Nicole, ela nunca gritaria com ela. E a pessoa com quem ela falava, devia ter feito algo sério para ela falar assim.

E o que a Dulce sabia? Será que era algo grave? Um segredo que alguém escondia e ela sabia?

E por que ela disse que se descobrisse tudo o que ainda não sabia, todos iam ficar sabendo? Do que diabos ela estava falando?

Ainda chocado e curioso com tudo o que ouvi, sai dali rapidamente e fui para meu quarto, trancando a porta.

Eu não queria nem imaginar o que a Dulce sabia e o que isso poderia causar quando ela falasse tudo o que sabe para todos.

*************

Na manhã seguinte, acordei meio indisposto e me esforcei para levantar e me arrumar, para poder ir embora.

Eu não tinha conseguido dormir muito bem a noite, tive vários pesadelos, todos sem sentido algum.

Queria tanto poder decifrar os meus pesadelos e descobrir o que eles significam e por que eu tenho esses pesadelos.

Todos esses pesadelos, eles ficavam na minha cabeça e cada vez que eu tentava decifrar eles, eu não encontrava nenhuma resposta.

Me levantei sentindo minha cabeça doer e fui até o banheiro pra tomar banho e tentar acabar com a minha dor de cabeça.

Fiquei de frente para o espelho e me assustei com a minha imagem. Eu tinha enormes olheiras em baixo dos olhos e minha imagem era deprimente.

Meu cabelo estava mais parecendo um ninho de passarinho e minha pele estava mais pálida do que o normal.

Realmente, eu precisava de boas horas de sono, para repor as energias e tentar esquecer meus pesadelos.

Tirei a roupa e entrei debaixo do chuveiro, me arrepiei assim que a água gelada entrou em contato com meu corpo.

Tomei um banho rápido e sai do banheiro enrolado em uma toalha. O tempo tinha amanhecido um pouco frio hoje e parecia que ia chover.

Me vesti com uma roupa quente e desci rapidamente para a cozinha, encontrando Maria colocando o café na mesa.

Eu ia sentir tantas saudades dela, que queria levar ela para o Rio de Janeiro comigo, pra ela ficar perto de mim e da Lupita.

Ucker: Bom dia Maria.

Maria: Bom dia menino Christopher. Dormiu bem?

Ucker: Dormi sim Maria.

Menti para Maria porque não queria preocupar ela e era capaz dela ligar para a Lupita e contar que eu não tinha dormido bem a noite.

Me sentei e comecei a tomar o meu café calmamente. Dulce apareceu pouco tempo depois, com a maior cara de enterro.

Tive vontade de rir mais me segurei, vai que ela fazia a louca e me matava. E eu só queria distância dela.

Depois que terminei de tomar café, resolvi fazer a proposta para a Maria, dela ir para o Rio de Janeiro comigo.

E ia fazer isso sem a presença de Dulce. Não queria que ela ficasse sabendo de nada. Muito menos o que eu pretendia.

Ucker: Maria, vamos até o meu quarto comigo. Preciso da sua ajuda para arrumar algumas coisas.

Dulce me olhou desconfiada não falou nada. Me levantei e fui na frente, e esperei Maria entrar em meu quarto e fechar a porta.

Sentei na cama e Maria se sentou ao meu lado pegando a minha mão. Sorri por ela ter um grande carinho por mim.

Ucker: Maria, eu vou direto ao ponto. O que acha de ir para o Rio de Janeiro comigo? Eu gostei muito de você nesses dias que eu fiquei aqui.

Maria: Eu....

Ucker: Eu sei que você não pode largar tudo de uma hora pra outra e ir para uma cidade desconhecida. Mas pensa em mim e na Lupita que deve tá morrendo de saudades suas.

Maria: Está bem, eu vou porque não ia conseguir ficar longe de você e porque estou com muitas saudades da Lupita.

Ucker: Então vamos hoje mesmo.

Maria: Não, vou voltar mais não hoje. Ainda tenho que arrumar algumas coisas.

Ucker: Tudo bem.

Horas mais tarde, eu e Dulce estávamos no helicóptero que nos levaria até o aeroporto da cidade.

Peguei meu celular e coloquei fones de ouvido, colocando em uma música e olhando para a vista.

Eu estava aliviado, ia voltar para casa e ia ver o Lucca, que já devai ter voltado de viagem e devia estava me esperando.

**************

Quando chegando no aeroporto do Rio de Janeiro, ele estava cheio de jornalistas, querendo uma entrevista.

Revirei os olhos e coloquei um óculos escuro, tentando esconder a minha raiva por ver tantos jornalistas.

Fomos até o carro que já esperava por nós e entrei me sentindo aliviado. Tirei meus óculos e mandei uma mensagem para Lucca.

Será que ele já tinha chegado de viagem? Ou ainda estava viajando com a família? Eu apostava na segunda opção.

Rapidamente chegamos em casa e agradeçi por isso. Já não aguentava mais a Dulce me olhando.

Quando estava prestes a descer do carro, senti Dulce segurar o meu braço. Deus me ajude a não matar ela agora.

Ucker: O que foi Dulce?

Dul: Devia ter mais cuidado, tem muita gente perigosa a sua volta.

Me soltei de Dulce e sai do carro rapidamente, batendo a porta. Definitivamente ela estava louca.

Vi Lupita no jardim e corri para abraçar ela. Fiquei um tempo abraçada Lupita e me separei dela sorrindo.

Ucker: Estava com tantas saudades suas Lupita.

Lupita: Eu também meu menino

Abracei Lupita mais uma vez e vi Dulce passar por nós e me olhar. Desviei o olhar para o canteiro de rosas e não liguei para ela.

Sorri quando Lupita passou a mão em meus cabelos e deu um beijo na minha testa. Eu gostava tando dos carinhos da Lupita.

Lupita: Está tudo bem meu menino?

Ucker: Está sim Lupita. A propósito, em breve a Maria vai estar aqui.

Não queria preocupar Lupita com o que Dulce tinha falado, e se ela tivesse mesmo falado a verdade, eu ia descobrir.

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