Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Lupita: Está tão triste meu menino, você está bem mesmo?

Ucker: Estou bem sim, não precisa se preocupar.

Suspirei entendiado e me virei para Lupita que me olhava preocupada. Não gostava quando ela se preocupava comigo.

Fazia alguns dias que já tínhamos voltado da ilha do Caribe e até hoje não tive notícias do Lucca.

Lucca não me mandava cartas, não me ligava e nem me mandava sinal de fumaça. Já estava preocupado com ele.

Foi uma péssima idéia ele ter ido viajar com a família, mesmo eu sendo egoísta em relação a isso.

Sei que ele tinha direito de viajar e sair com a família, mas eu sentia muita falta dele. Nunca tinha ficado tanto tempo longe dele.

Eu sabia que devia deixar de me preocupar com ele, ele devia estar bem e logo logo ia aparecer.

Eu só estava preocupado de que Lucca não pudesse mais voltar dessa viagem e tivesse encontrado alguém por lá.

Vai que ele achava um namorado ou até mesmo um novo melhor amigo, isso ia ser trágico se isso acontecesse.

Acho que se a Nicole, o Flávio ou até mesmo a Dulce viessem falar comigo, eu ia conversar com eles.

Sério, eu estava tão entediado que era capaz de conversar com os meus inimigos. Isso era tão deprimente.

Lupita já devia saber que eu estava assim por causa do Lucca, ela sabia o quanto eu estava triste e tentava a todo custo me animar.

Mas era em vão, eu estava triste e precisava do Lucca perto de mim, ou então, alguma notícia dele falando que está bem.

Eu ia matar o Lucca quando ele voltasse, pra ele aprender que não se deve fazer uma coisa dessas comigo.

Bom, talvez Lucca tivesse encontrado alguém para ser o seu novo melhor amigo e resolveu ficar por lá mesmo.

Claro que se todos soubessem dos meus traumas do passado, eles iam fugir para bem longe de mim.

Lucca não sabia dos meus traumas do passado, e por isso ele era o meu amigo. Porque se ele soubesse o que eu escondo, ele surtava.

Lupita ainda me olhava preocupada, e suspirei me sentando na cama e olhando atentamente para a minha babá.

Era tão estranho e normal chamar a Lupita de babá, mesmo eu estando grande e velho para isso.

Lupita: Então, vai me contar porque está tão triste?

Ucker: Aí Lupi, é por causa do Lucca. Faz tempo que ele não me dá notícias, estou preocupado.

Lupita: Não fique assim meu menino, em breve ele vai aparecer.

Ucker: Deus te ouça.

Que Deus escute Lupita e que Lucca apareça logo, ele fazia muita falta aqui. O que era bem solitário sem ele.

Me joguei na cama e Lupita negou com a cabeça, enquanto arrumava o quarto que estava um pouco bagunçado.

Depois que eu voltei da minha lua de sal, eu fiquei apenas no quarto, para evitar encontrar com um dos meus inimigos.

Não queria ver a cara de ninguém tão cedo, principalmente a cara da Dulce e do Flávio, a qual eu odiava.

Aposto que a essa hora, eles dois devem estar fazendo planos para comprar uma casa para mim e para a chata da Dulce.

Que Deus me perdoe, mas a Dulce e o Flávio era o capeta em forma de gente, lobos em peles de cordeiros e tudo mais.

Se Lupita me escutar dizendo isso, ela vai me dar o maior sermão da minha vida, que nunca mais vou esquecer.

Sei que quando eu era criança eu levava vários sermões da Lupita quando aprontava, mais ainda levo sermão dela.

Lupita: Christopher, você não pode ficar só nesse quarto, vamos para a sua estufa, suas plantas precisam de água.

Ucker: Mais eu não quero, só quero ficar no meu quarto, na minha cama, vendo a minha série favorita.

Lupita: Nada disso, desse jeito vai ficar preguiçoso. Anda, levanta daí e sem discutir.

Me levantei contrário, e peguei a camisa que Lupita jogou na cama para mim vestir. Droga, lá se vai meu descanso.

Fui atrás de Lupita quando ela saiu do quarto e encontrei ela na sala, com algumas coisas nas mãos.

Não sei porque Lupita ainda insistia em me tirar da bad e da minha solidão, prefiro ficar trancado no quarto.

Lupita: Tome, pegue essas coisas e vá indo para a estufa, vou pegar um regador.

Peguei as coisas da mão da Lupita e revirei os olhos, fazendo o meu caminho para a minha estufa.

Fazia tempo que eu não ia alí e confesso que eu sentia falta da paz e da tranqüilidade que as plantas me passavam.

Entrei na estufa e estranhei ela estar aberta, que eu lembre ela ficava sempre fechada e a chave ficava comigo.

Me apavorei com medo do Flávio ou da Dulce terem entrado alí e terem feito algo com as minhas plantas.

Deixei as coisas que Lupita tinha me dado e fechei a porta da esfuta e procurei algum sinal de que alguém esteve alí.

Ouvi uma movimentação perto de alguns plantas e me surpreendi quando vi um gatinho pequeno e fofo sair do meio das plantas.

Peguei o gatinho no colo e logo ele começou a escalar o meu peito, ficando em meu ombro. Sorri com aquilo.

Ucker: Você é muito fofo. Cadê o seu dono e o que faz aqui?

Fiz carinho no pêlo do gatinho e percebi que ele tinha os olhos azuis iguais aos meus, e o pêlo branco com algumas machas claras.

Percebi que o gato era macho e resolvi dar um nome e ficar com ele para mim. Se alguém procurasse ele, eu ia devolver.

Xxx: Você gostou?

Me assutei com uma voz vindo de trás de mim, e me virei dando de cara com a pessoa que eu mais estava querendo ver.

Coloquei o gatinho no chão, e corri pulando no colo de Lucca, que riu e me segurou enquanto me rodava no ar.

Me soltei de Lucca e dei um tapa em sua cara. Ele me olhou surpreso e indignado, colocando a mão no rosto.

Lucca: Por que fez isso? Está louco?

Ucker: Isso é para você aprender a nunca mais sumir e me deixar sem notícias.

Lucca: Acho que já entendi o recado.

*************

Ucker: Como foi a viagem com a sua família?

Lucca: Foi divertida, me diverti muito com a minha família. E como foi a sua lua de sal?

Alguns minutos depois de eu ter matado a saudade do Lucca, resolvemos vim até uma sorveteria.

Sentamos em uma mesa do fundo e Lucca começou a me contar como tinha sido a sua viagem.

Só que eu não imaginava que meu melhor amigo, ia me perguntar como tinha sido a minha lua de sal.

Revirei os olhos diante da sua pergunta que ele sabia muito bem a resposta. Ele só perguntava porque se fazia de burro.

Ucker: Sabe muito bem a resposta. Mais vou te dizer, o lugar era lindo e a companhia era péssima.

Lucca: A Dulce te irritou muito?

Ucker: Você não imagina o quanto.

Preferi ocultar para Lucca a parte do quase beijo com a Dulce e resolvi não falar nada por enquanto.

Mas meu amigo me conhecia tão bem, que ele poderia adivinhar o que eu estava tentando esconder.

Então resolvi contra para ele que a Dulce quase me beijou, afinal contavamos tudo um para o outro.

Ucker: Lucca, tem uma coisa que eu quero te contar. A Dulce, ela quase me beijou.

Lucca ficou em silêncio e eu fiquei com medo de olhar para ele e ver a sua reação para a minha revelação.

Fiquei de cabeça baixa e terminei de tomar o meu sorvete que já estava quase derretendo, só para não encarar Lucca.

Escutei um suspiro e engoli em seco, quando levantei a cabeça e olhei para Lucca que tinha os olhos tristes.

Levantei a mão e fiz carinho em sua bochecha que era bem gordinha e boa de apertar, e Lucca sorriu com isso.

Ucker: Fala algo.

Lucca: Eu já sabia que isso ia acontecer, e uma hora ou outra, a Dulce vai conseguir o que ela tanto quer de você.

Ucker: Mas eu não quero isso, eu só quero que a Dulce fique longe de mim.

Lucca: Chris, escuta bem o que eu vou te dizer, se algo acontecer algo entre você e a Dulce, saiba que ela só vai te usar para conseguir descobrir algo sobre você e sua família.

Lucca tinha razão, Dulce apenas queria me usar para conseguir descobrir algo sobre mim e a minha família.

Eu só precisava afastar ela para longe de mim e manter meus segredos guardados as setes chaves.

Dulce só tinha se casado comigo por causa do meu dinheiro e por muitas outras coisas que eu estava curioso para saber o que era.

Fiquei com Lucca na sorveteria até tarde e depois de termos tomado sorvete, fomos até um parque perto do lugar que estávamos antes.

Ucker: Eu adorei passar a tarde com você.

Lucca: Eu também gostei e muito. Acho que devia ir para casa, se você demorar mais, eles mandam alguém atrás de você.

Ucker: Nem brinca com uma coisa dessas, tudo o que eu quero é ficar em paz.

Fomos andando calmante até a minha casa e fiquei feliz por ter passado um tempo com meu melhor amigo.

Quando chegamos em minha casa, fomos direto para a estufa, já que eu tinha deixado o gatinho que Lucca me deu lá dentro.

Encontrei o gatinho tomando água na pequena lagoa e sorri quando ele veio até mim, querendo colo.

Lucca não poderia ter me dado presente melhor, o pequeno gatinho ia me fazer companhia e eu não ia ficar mais sozinho.

Ucker: Obrigado pelo presente, eu adorei.

Lucca: Resolvi te dar esse gato para você não ficar tão sozinho nessa casa quando eu não estiver com você.

Ucker: Obrigada mais uma vez, ele é fofo. Mais me diz, quando foi que você voltou de viagem com a sua família?

Lucca: Antes de você voltar da sua lua de sal.

Não acredito que Lucca tinha voltado a muito tempo de viagem e não veio me visitar um dia sequer.

O que ele queria, que eu fosse atras dele? Que eu ficasse esperando ele aparecer quando bem entendesse?

Comecei a bater em Lucca com uma mão, enquanto a outra segurava o pequeno gatinho fofo.

Lucca segurou minha mão e eu me soltei dele, saindo de perto dele, para não correr o risco de eu matar ele.

Lucca: Eii me desculpa, eu só queria te fazer uma supresa.

Ucker: E que bela supresa, agora você já pode ir embora. Já está tarde e não pode ficar andando sozinho na rua.

Lucca: Está bem, amanhã venho te ver.

Lucca passou por mim e eu fingi estar entredido com o meu novo animal de estimação.

Escutei uma risada ao meu lado e fiz um bico por Lucca estar rindo da minha cara. Ele ia ver só quando eu batesse nele.

Senti um beijo na minha bochecha e tenho certeza de que eu estava corado, sentia minhas bochechas quentes.

Observei Lucca ir embora e suspirei olhando para o pequeno gato em meu colo que já dormia. Preguiçoso.

Resolvi que era hora de entrar e encarar a minha querida família de frente. Fechei muito bem a estufa e entrei em casa escutando a pior coisa do mundo.

Flávio: Acho que você e Christopher deviam ter uma casa apenas de vocês dois. Agora que se casaram, não podem ficar morando para sempre na casa dos sogros.

Revirei os olhos e decidi sair dali enquanto era tempo, para evitar delas me verem e começarem com as paranóias.

Tentei sair dali rapidamente, mais não deu muito certo não, Flávio acabou me vendo e me chamando.

Coloquei um sorriso falso no rosto e me virei para Flávio que estava sentado juntamente com Dulce. Já Nicole estava sentanda no outro sofá.

Nicole: Que gato adorável Christopher, foi presente do Lucca?

Ucker: Foi sim, ele me deu hoje.

Flávio: Estávamos aqui falando sobre você e a Dulce terem uma casa apenas de vocês dois. O que acha da idéia?

Ucker: Bom, se você quiser Flávio, pode morar com a Dulce em uma casa só de vocês dois, que eu não vou me importar. Se vocês me dão licença, eu vou subir.

Saí correndo para o meu quarto e desejei não ter dado corda para as coisas que o Flávio falava.

Assim que entrei no quarto, tranquei a porta e coloquei o gatinho na cama e ele voltou a dormir.

Vi um buquê de rosas azuis em cima da minha mesa se estudos, e me aproximei vendo como as rosas eram bonitas.

Vi que tinha um cartão no meio das rosas e peguei vendo a letra de Lucca. Não acredito que ele tinha me dado flores, e das minhas preferidas.

Minha noite tinha acabado de melhorar muito, nada poderia estragar a minha felicidade, nem o que veria no dia seguinte.