Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Alguns dias depois do meu beijo com Christopher, as coisas estavam, digamos, estranhas naquela casa.

Primeiro, o Christopher me evitava e fugia de mim, igual o diabo fugia da cruz. Bom, eu já esperava esse atitude dele.

Segundo, Lucca toda vez que vinha ver o Christopher, olhava para mim com um olhar de puro ódio.

Acho que ele tinha visto o meu beijo com o Christopher. Devia estar se remoendo por não conseguir beijar ele, como eu consegui.

Terceiro, Christopher além de estar me evitando, também estava evitando a Nicole, o Flávio, e até mesmo a Lupita ele estava evitando.

Tinha acontecido algo para ele estar evitando todo mundo daquele jeito. E eu só queria entender o que estava acontecendo.

Devia ter acontecido algo muito sério para ele estar assim com todo mundo. A Nicole e o Flávio eu entendia, mas agora a Lupita, eu ficava confusa.

A Lupita era como uma mãe para o Christopher e eu não entendia porque ele estava evitando ela.

Será que Lupita tinha dando um sermão no Christopher e ele estava bravo com ela? Porque pelo o que eu sabia, o Christopher gostava muito da Lupita.

Então o que tinha acontecido com aquela família, para o Christopher estar daquele jeito com todos?

Será que ele descobriu a pessoa que o Flávio e a Nicole realmente eram e por isso estava assim? Não, isso não era possível.

Se Christopher estivesse realmente descoberto todos os segredos daquela família, será o fim.

Além dele revelar tudo para a mídia, eu ia ficar pobre novamente e sem o dinheiro que o Flávio prometeu me dar com o fim do casamento.

Eu não podia deixar o Christopher fazer uma coisa dessas, eu tinha que impedir ele de fazer uma besteira dessa.

Sei que o Christopher não queria olhar na minha cara depois daquele beijo, mas eu precisava tentar falar com ele.

Eu só precisava fazer isso sem o amigo do Christopher por perto. Do jeito que as coisas estavam, o Lucca ia me matar.

Mas que culpa eu tinha se o Christopher era hétero e o Lucca nunca conseguiu dar um beijo no amigo?

Nesse momento o Lucca que estava com o Christopher, devia estar morrendo de raiva, por eu ter beijado o Christopher.

Mas como eu ia falar com o Christopher se nesse momento, o Lucca estava mais grudado nele do que chiclete?

Ou então, eu simplesmente poderia ir no seu quarto e conversar com ele, e implorar para ele não contar nada do que sabe para ninguém.

Mas eu corria o risco dele se estressar comigo e me expulsar do quarto dele a pontapés. E eu sabia que ele era capaz de fazer isso comigo.

Bom, não custava nada tentar, e de quebra eu descobria porque ele estava evitando todo mundo.

Eu só não sabia o que eu ia falar quando estivesse na frente dele, isso é claro, se o Christopher quisesse falar comigo.

Depois de pensar muito sobre o que eu ia falar para o Christopher, decidi que eu não ia falar nada.

Sim, eu só ia no quarto dele e perguntar o que estava acontecendo e pronto, esperava ele se irritar comigo.

Pouco tempo de convivência e eu já estava acostumada com o Christopher se irritando comigo.

Uma hora ou outra eu ia ter que me acostumar com a bipolaridade do Christopher, afinal, eu era esposa dele.

Respirei fundo e bati na porta do quarto de Christopher, logo Lucca abriu a porta e me olhou com um olhar mortal.

Tentei entrer no quarto de Christopher, mas fui impedido por Lucca. Qual era o problema dele?

Revirei os olhos e tentei entra no quarto mais uma vez, mas Lucca me impediu novamente. Acho que alguém estava irritado.

Dei uma risada irônica e Lucca cruzou os braços se apoiando no batente da porta, ainda me olhando com ódio.

Acho que tinha alguém com raiva de mim. Mas eu não ligava nenhum pouco para isso, não me importava Lucca estar com raiva de mim.

Dul: Será que da pra mim deixar entrar? Quero falar com o Christopher.

Lucca: Ele não está e nem quer falar com você, então dá o fora.

Antes que eu pudesse abrir a boca para falar algum coisa, Lucca fechou a porta na minha cara.

Não acredito que ele tinha feito aquilo comigo, quem ele pensava que era pra fazer isso?

E essa história de que o Christopher não estava e não queria falar comigo, não tinha colado.

Bati na porta novamente e dessa vez quem abriu foi o Christopher, e minha Nossa Senhora dos Deuses Gregos.

Christopher estava sem camisa, me dando a bela visão do seu abdômen definido e cheio de gominhos, que desejei beijar um por um.

Levantei a mão para tocar o abdômen, mas fui impedida com um tapa que me fez voltar a realidade.

Ucker: Fala logo o que você quer Dulce e caí fora logo.

Dul: Eu....

Perdi o ar mais uma vez ao ouvir a voz de Christopher, que estava um pouco rouca naquele dia.

Christopher sem sombra de dúvidas, era um presente de Deus, porque não era possível existir um homem lindo como ele.

Suspirei em deleite e vi Christopher revirar os olhos. Olhei para outro lugar que não fosse o abdômen do Deus Grego e olhei para o chão.

Ucker: Eu não tenho o dia todo, fala logo.

Dul: Eu posso entrar?

Ucker: Não pode e nunca vai poder. Dá pra falar o que você quer logo? To perdendo a paciência.

Dul: Eu só queria saber por que você está ignorando todo mundo desse jeito, até mesmo a Lupita você está ignorando.

Ucker: Olha Dulce, isso não é da sua conta. Não se mete nas coisas em que você não é chamada. Agora se você me dá licença, eu tenho que ir.

Suspirei quando Christopher fechou a porta novamente na minha cara e saí dali, vendo que eu não ia ter respostas.

Fui para o escritório do Flávio e entrei não vendo ninguém alí. Fechei a porta e comecei a explorar alí dentro.

Fui até uma das estantes cheias de livros e comecei a procurar algum livro que me chamasse atenção.

Peguei um livro com a capa vermelha e que me chamou a atenção e acabei deixando cair uma pasta preta.

Coloquei o livro no lugar e me abaixei para pegar o que tinha caído. Se Flávio pegasse eu mexendo nas coisas dele, ele me matava.

Me levantei com a pasta em mãos e abri vendo papeis e mais papéis. Coloquei a pasta no lugar e me preparei para sair dalí.

Mas minha curiosidade era maior e algo me dizia que eu devia ver sobre o que eram aqueles papéis.

Mordi o lábio inferior e dei meia volta, pegando novamente aquela pasta estranha e que devia significar algo.

Peguei os papeis e comecei a ler eles um por um e o que eu via neles, me deixou chocada e assustada.

Por um momento senti medo do que Flávio poderia fazer e temi que ele pudesse realmente fazer algo contra mim.

Aproveitei que estava ali e fiz uma cópia das provas que provavam quem era o Flávio de verdade e depois saí dali rápido.

Fui para o meu quarto e tranquei a porta assim que entrei, com medo de que Flávio tivesse me visto sair do escritório dele.

Eu não podia deixar aqueles papéis alí no meu quarto, logo eu ia me mudar para outra casa e se alguém visse aquilo alí, eu estava ferrada.

Pensei por um momento e decidi onde eu iria guardar as minhas provas. Ia guardar no lugar onde eu guardei as outras.

**************

Any: Então você descobriu mais coisas sobre o Flávio?

Dul: Sim Any, isso significa que eu estou perto de saber tudo.

Any: Você está mexendo num vespeiro, isso sim. Isso é arriscado, se alguém tivesse te visto, você estava ferrada.

Any tinha razão, eu realmente estava mexendo em um vespeiro. Mas quem ligava para os perigos?

Eu não ligava, afinal, quem arrisca não petisca. Eu estava sim correndo um grande risco, mas eu fazia de tudo para conseguir o que queria.

Sei que se o Flávio soubesse que eu estava mexendo nas coisas dele só para descobrir toda a verdade, ele ia me matar.

Eu tinha levado as provas que eu tinha encontrado, para um lugar bem seguro e que ninguém ia saber que estava lá.

Agora eu estava aqui na casa da Any e tinha contado para ela o que eu tinha descoberto. E ela estava tão chocada quanto eu.

Eu agora nesse momento estava em uma corda bamba, estava tentando descobrir os segredos da família Uckermann e tentando não ser morta pelo Flávio.

Andei de um lado para o outro no quarto de Any, depois de contar para ela o que eu tinha descoberto e tentei ficar calma.

Se o que eu tinha descoberto era chocante, imagina as outras coisas que eu poderia descobrir.

A cada dia que passava, eu tinha mais certeza de que o Flávio não era a pessoa que todos pensavam que ele era.

Será que a Nicole sabia das coisas fazia pelas costas dela? Ou será que ela também estava envolvida no que descobri?

Eram tantas dúvidas na minha cabeça, que eu estava a ponto de ficar louca. Eu precisava me acalmar.

Any vendo meu estado, me fez sentar na cama e me entregou um copo de água, que eu tomei rapidamente.

Consegui me acalmar um pouco e dessa vez eu coloquei pensamentos positivos em minha mente.

Ia ficar tudo bem, o Flávio nunca ia saber que eu mexi nas coisas dele, descobri mais um dos segredos dele e fiz cópia dos papéis que encontrei.

Era só eu não ficar pensar muito nisso, que ninguém nunca ia saber de nada do que eu sei, nada ia acontecer comigo.

Any: Eii, fica calma tá bom? Eu não vou contar para ninguém que o Flávio....

Antes que Any pudesse falar mais alguma coisa, o celular dela tocou, fazendo ela revirar os olhos e ir atender.

Fiquei escutando a conversa enquanto ela falava ao celular, e fiquei feliz ao ouvir a palavra faculdade.

Eu sabia que uma hora ou outraa faculdade ao qual eu paguei para a minha amiga, ia entrar em contato com ela.

E eu ia ficar tão feliz ao ver ela realizando seu sonho e se tornando uma grande modelo como ela sempre sonhou.

Quando Any terminou a ligação, ela estava pulando de felicidade e não parava de sorrir, ela realmente tinha gostado da surpresa.

Dul: Quem era que te deixou assim tão feliz?

Any: Amiga, alguém pagou a minha faculdade de moda. Eu estou tão feliz.

Dul: Caramba Any, isso é demais. Você finalmente vai realizar seu grande sonho.

Any: Sim amiga, eu vou realizar meu grande sonho, graças a alguém que pagou a minha faculdade. Queria conhecer essa pessoa para agradecer ela pessoalmente.

Dul: Bom, eu aceito um abraço como agradecimento.

Any arregalou os olhos e eu abri os braços, esperando ela me abraçar. Minha amiga sorriu e pulou em meus braços.

Ficamos pulando de felicidade pelo seu quarto e nós duas mais pareciamos duas retardadas.

Any foi até a cozinha e pegou Nutella, chocolates e brigadeiro para a gente comemorar.

Deus, eu ia ficar gorda com tantos doces. Mas se fosse para comemorar a felicidade da minha amiga, uns quilos a mais não ia fazer mal.

**************

Depois de uma tarde divertida com Any, me despedi dela e fui para casa. Já estava de noite e eu estava cansada.

A volta da casa da Any foi rápida e assim que sai do carro, dei de cara com Christopher e Lucca na calçada.

Christopher e Lucca conversavam sobre algo que eu não sabia o que era, riam e se abraçavam o tempo todo.

Desnecessário aquela cena toda deles, pareciam um casal de namorados com aquele grude todo deles dois.

Revirei os olhos e passei por o casal do momento e entrei em casa, encontrando Flávio descendo as escadas.

Assim que vi Flávio, senti medo de que ele estivesse descoberto que eu tinha mexido nas coisas dele.

Fingi que estava procurando algo dentro da bolsa e Flávio não percebeu que eu estava assustada e com medo.

Escutei a porta abir atrás de mim e me virei vendo Christopher com um sorriso bobo nos lábios.

Mas assim que ele me viu, ele tirou o sorriso do rosto e revirou os olhos passando por mim e indo em direção as escadas.

Segui Christopher e vi ele parado na porta do quarto, com o gato que Lucca tinha dado para ele. O gato até que era bonito.

Dul: Christopher, posso falar com você?

Ucker: Não temos nada para conversar, me deixa em paz.

Dul: Por favor, prometo que te deixo em paz depois.

Christopher pareceu pensar por um momento, e depois se virou pra mim e confirmou com a cabeça.

Suspirei aliviada por ele querer falar comigo e me surpreendi dele não ter perdido a paciência comigo ainda.

Dul: Eu queria te pedir desculpas por ter te beijado aquele dia, sei que você não gostou e eu não culpo você.

Ucker: Você não devia ter me beijado, quando o que eu mais queria era distância de você.

Dul: Eu entendo que você não goste de mim, mais eu não sou a pessoa que você criou na sua cabeça.

Ucker: Então se você não é como diz ser, como você é então?

Aquela era a única chance que eu teria para provar para o Christopher que eu não era quem ele pensava.

Me aproximei mais um pouco dele e toquei seu rosto, fazendo ele corar e desviar o olhar para o pequeno gato em seu colo.

Toquei o pequeno gatinho com a ponta dos dedos e ele miou e lambeu a minha mão, querendo carinho.

Sorri e olhei para Christopher que observava eu fazer carinho no gato, e vi ele corar mais uma vez.

Dul: Por favor Christopher, me deixa te mostrar que eu não sou uma má pessoa, que eu só quero o seu bem e que eu não quero te fazer mal.

Ucker: Você não precisa provar nada pra mim, eu só quero que esse casamento acabe e eu possa viver em paz.

Dul: Eu sei que você não gostou nem um pouco de se casar, mas acredite, eu também não.

Ucker: Dulce, contra outra. Aposto que você queria sim se casar comigo, eu não acredito em você, isso é história pra boi dormir.

Dul: Eu não queria me casar está bem? Estou falando a verdade.

Agora eu entendia porque o Christopher se irritava facilmente comigo, ele não tinha paciência comigo.

Até eu já estava me irritando com o Christopher, acho que eu também não tinha paciência para aturar ele.

Passei a mão no cabelo para ter alguma paciência com Christopher e mordi o lábio inferior, para conter a vontade de gritar com ele.

Ucker: E eu não me importo se você está falando a verdade ou não.

Dul: Se você não acredita em mim, tudo bem. Mas será que pelo menos podemos ser amigos?

Ucker: Não, nem amigos e nem nada. Agora vê se me deixa em paz.

E mais uma vez, Christopher bateu a porta na minha cara. Isso já estava virando um costume dele.

Olhei para a porta fechada do quarto do Christopher e suspirei enquanto negava com a cabeça e ia para o meu quarto.

Bom, eu tinha tentando conversar com o Christopher e não deu certo, ele se irritou bem rápido comigo.

Tinha tentado ser amiga dele, mas isso também não deu certo. Se Christopher não queria ser meu amigo, eu não ia forçar uma amizade com ele.

Agora eu só tinha que me fazer de boazinha para o Christopher acreditar que eu não era uma má pessoa com ele acreditava.

E se ele acreditasse que eu era boa, eu poderia conseguir o que eu tanto queria. E pra isso acontecer, eu precisava tirar o Lucca do meu caminho.

Eu não gostava nem um pouco dessa amizade do Christopher com o Lucca, ele era uma pedra no meu sapato.

Tirando Lucca do meu caminho, eu ia conseguir ter o Christopher só para mim. E eu ia tirar ele do meu caminho, custe o que custar.