Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Christopher Point Of View

Acordei sentindo os raios de sol em meu rosto e gemi quando percebi que não tinha fechado a cortina antes de dormir.

Me virei para o outro lado tentando dormir novamente, mas foi impossível com aquela claridade toda em meu rosto.

Suspirei frustrado vendo que eu não ia conseguir dormir enquanto não fechasse a cortina.

Sai do monte de cobertas quentes e tropecei quando tentei levantar e acabei enrolando meu pé em uma das cobertas.

Resmumguei pela dor e levantei do chão, indo até as cortinas e fechando elas. Não antes de apreciar o sol que acabava de sair no céu.

O jardim estava coberto por uma camada de neblina, não dando para ver nada, e me apressei em voltar para a minha cama quente.

O dia tinha amanhecido relativamente frio e isso em lembrou das manhãs em Nova York e do seu tempo frio.

Entrei debaixo das cobertas e escutei um resmungo ao meu lado, me fazendo revirar os olhos.

Sim, se você falou que era a Dulce, você cara pessoa, acertou em cheio. A Dulce estava sim dormindo comigo, mas não tinhamos feito nada.

Eu deixei a Dulce dormir comigo, desde que ela respeitasse o meu espaço e não me tocasse a noite.

Graças a Deus ela tinha respeitado o meu espaço pessoal e não tinha me tocado a noite, o que foi bom.

Eu só não contava que ela ia querer dormir sempre comigo, sim, desde que eu não via mais o Lucca, ela dormia comigo.

Segundo ela, eu estava abalado demais para dormir sozinho, e que tinha medo de eu passar a noite chorando e que depois ia me cortar.

Ela queria era se aproveitar de mim enquanto eu estava dormindo, e não garantir que eu ia me cortar.

Claro que eu não ia fazer isso, eu não era louco de entrar em uma depressão e me cortar até quase morrer.

Eu já tinha passado por isso e sabia o quanto doia ter depressão e ter os braços e pulsos todos cortados.

Essa minha fase já tinha passado, agora eu apenas queria esquecer meu passado e seguir em frente de cabeça erguida.

Senti Dulce passar os braços por minha cintura e se aconchegar com a cabeça em meu peito e apenas suspirei cansado demais para afastar ela.

Se não pode com o inimigo, junte-se a eles. E eu ia me juntar a Dulce só para descobrir o que ela tanto quer ao ter se casado comigo.

Me amar ela não amava, o que eu achava impossível e não queria. Então só tinha duas explicações para isso.

A primeira era que ela queria se casar comigo por causa do meu dinheiro, vamos combinar que ela era bem ambiciosa pro meu gosto.

A segunda era que ela tinha se casado comigo para tentar descobrir os segredos obscuros da minha família.

Eu apostava na última opção que era a mais provável. A Dulce era ambiciosa, e tinha se casado comigo pelos dois motivos.

Eu só me pergunto o que a Dulce queria descobrindo os segredos da minha família, ela não tinha nada a ganhar com isso.

A não ser que ela tinha chantageado o Flávio e em troca do dinheiro que ele não deu para ela, ela devia se casar comigo, tendo assim tudo o que quisesse.

Todas as teorias começavam a fazer sentindo na minha cabeça, e era por isso que o Flávio tinha feito aquele contrato para mim e Dulce assinar.

Olhei para Dulce que dormia tranquilamente ao meu lado, e sorri pensando no meu próximo passo para descobrir o que diabos a Dulce queria com esse maldito casamento.

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Acordei assustado com o toque irritante do meu celular tocando embaixo do meu tavesseiro, e xinguei a pessoa que estava me ligando.

Olhei para o depertador ao lado da cama e vi que eram 9:30 da manhã. O sol entrava pelas janelas do quarto e revirei os olhos querendo voltar a dormir.

Mas antes que eu pudesse encostar a cabeça em meu travesseiro, o maldito celular voltou a tocar insistentemente.

Peguei meu celular e vi que já tinha 9 ligações perdidas e 12 mensagens não lidas, e todas do Lucca.

Xinguei Lucca de todos os nomes possíveis que eu conhecia, antes de jogar o celular na cama e me levantar, para me preparar para mais um dia.

Dulce já não estava mais no quarto e eu agradeci por isso. Já bastava Lucca ter me acordado, eu não tinha paciência para aturar a Dulce logo de manhã.

Tirei minhas roupa a caminho do banheiro, e entrei no mesmo fechando a porta e entrando debaixo do chuveiro.

A água estava bastante fria e quis mudar a temperatura da água, mas não fiz isso, pois logo já estava acostumado com a temperatura da água.

Lavei meus cabelos com meu shampoo favorito com cheiro de bebê, e logo sai do banho, ficando em frente ao espelho.

Passei a mão nos cabelos e vi que a minha barba estava começando a crescer novamente, mas deixei ela do jeito que estava.

Escovei meus dentes e peguei uma toalha enrolando em minha cintura, antes de sair do banheiro.

Fui até o closet e vesti una roupa de academia. A casa tinha uma academia grande e eu gostava de usar ela as vezes.

Sai do closet e escutei meu celular tocar novamente, revirei os olhos e peguei o celular vendo Lucca me ligar mais uma vez.

Me pergunto o que Lucca queria comigo, ele devia estar bem desesperado para falar comigo, já que tinha mais de 10 ligações dele em meu celular.

Peguei meus fones e sai do quarto dando de cara com Maria entrando em um dos quartos, com uma pilha de toalhas na mão.

Ainda não tinha visto Dulce e eu agradecia muito por isso, já não bastava Lucca me logar sem parar, eu ainda tinha que aturar Dulce.

Desci as escadas encontrando a casa toda silenciosa, e fui até a cozinha encontrando ela vazia.

A mesa ainda estava posta, e eu me sentei começando a comer algo leve antes de ir para a academia.

Bebi um último gole de suco antes de me levantar e pegar meu celular com fone, e sair da cozinha indo em direção a academia.

Entrei na academia e agradeci por Dulce não estar ali, queria fazer meus exercícios em paz, longe de qualquer perturbação.

Conectei o fone no celular e vi mais uma mensagem de Lucca chegar, coloquei o celular no silêncio e escolhi uma música, colocando no último volume.

Subi em uma das esteiras e liguei ela, começando a me exercitar no ritmo da música, sem perder o foco.

Fechei os olhos apreciando a música que tinha escolhido, e abri eles por um momento para aumentar a velocidade da esteira.

Cantei um trecho da música, e tentei me concentrar em meus exercícios, mas estava um pouco difícil.

Mesmo eu sendo silenciado o celular, eu podia ver a tela se acendendo toda hora com uma nova mensagem de Lucca.

Meu melhor amigo poderia ser irritante quando queria, e eu tentava entender o que ele queria a essa hora da manhã.

Pelo horário ele devia estar dormindo e só ia acordar na hora do almoço provavelmente, mas parece que hoje ele tinha decidido acordar cedo e me perturbar.

Mesmo que eu tivesse enviado uma mensagem para Lucca no dia anterior, isso não significava que ele pode ficar me perturbando.

Desisti de correr na esteira e larguei meu celular em outro lugar. Se Lucca me mandasse mais uma mensagem, eu ia mandar ele ir para o inferno.

Peguei luvas de box e comecei a bater em um saco de pancadas, imaginando ser a cara de Lucca.

Eu ia bater tanto em Lucca quando eu encontrasse ele, que depois disso ele não ia me perturbar nunca mais.

Parei um pouco para descansar com a respiração ofegante, os cabelos grudados na minha testa, e minha camisa molhada de suor.

Tirei as luvas de box, e passei a mão nos cabelos para jogar eles para trás, e fui até o pequeno frigobar que tinha na academia, pegando uma garrafa de água, bebendo um pouco, e jogando o resto no rosto e nos cabelos.

Dul: Essa é a visão mais sexy que eu já vi até agora.

Pulei assustado e olhei para a porta da academia onde Dulce acabava de entrar. Deus, eu não podia nem ter um minuto de sossego.

Apena revirei os olhos com a fala de Dulce e deixei a garrafinha de água em cima do frigobar.

Dulce se aproximou de mim e colocou a mão em meu peito e eu olhei para a sua mão, tentando não ser ignorante e tirar sua mão dali.

Mas acho que ela percebeu que eu não estava com paciência para ela naquele momento e tirou a mão de mim se afastando.

Contive a vontade de revirar os olhos e me virei para pegar meu celular. Estava cansado e eu tinha um compromisso importante.

Dul: Então, eu estava pensando......

Ucker: Você pensa?

Dulce tinha claramente ficado irritada com o meu comentário, mas ela não tentava demonstrar isso.

Olhei entediado para ela e tirei a camisa, sendo observado por Dulce, que babava pelo meu abdômen perfeito.

Sorri malicioso e me aproximei lentamente de Dulce, parando em sua frente, vendo ela engolir em seco e tentar desviar os olhos do meu corpo.

Mas claro que foi uma tentativa inútil, já que Dulce praticamente babava em meu abdômen, e tentava se afastar de mim.

Mas ela parecia estar presa no lugar, ou talvez apenas estivesse hipnotizada demais pelo meu corpo para se afastar.

Ucker: Gosta do que vê Dulce?

Dul: Sim, muito.

A voz de Dulce era apenas um sussurro e eu tive vontade de rir da cara dela, mas não fiz, pois queria ver até onde ela iria.

Dei um passo ficando quase colado com ela, e senti sua respiração descompassada, tocar em meu abdômen.

Ucker: Pegue Dulce, pegue a vontade, ele é todo seu.

Passando a língua nos lábios, Dulce levantou a mão e tocou em meu abdômen, o que me fez arrepiar por um momento.

Dulce parecia hipnotizada por mim, e talvez, só talvez eu pudesse me aproveitar disso para perguntar sobre a história que levou a ela querer se casar comigo.

Talvez para alguns isso poderia parecer que eu estava me prostituindo por informações, mas não era nada disso não.

Respirei fundo tomando coragem, pois ela parecia ter acabado no último momento, e reuni toda a coragem que ainda me restou para fazer a pergunta.

Ucker: Dulce, posso te fazer uma pergunta?

Dul: Claro, desde que me deixe pegar o que eu quero. A sua virgindade.

Empurrei Dulce fazendo ela se desequilibrar e cair no chão, corri para pegar minha camisa e sair correndo da academia.

Sabia que Dulce ia se aproveitar da situação para pedir algo que ela queria, e claro que eu não ia ser o que ela queria.

Corri pela casa fugindo da Dulce e os empregados estranharam a minha correria, mas eu só queria fugir da Dulce e chegar em meu quarto antes dela me pegar.

Entrei em meu quarto batendo a porta e depois de trancar ela, me escorrei na porta soltando o ar que eu prendia.

Escxcutei batida na porta e dei um grito me afastando da porta, e olhando assustado para a mesma.

Dul: Ainda não terminamos o que começamos na academia Christopher, a noite você não me escapa.

Tudo ficou em silêncio e eu voltei a respirar normalmente, eu tinha tá medo de ir ver se a Dulce já tinha ido embora mesmo.

Por garantia, eu fechei a janela e tranquei ela. Vai que Dulce dava uma de louca e arrumava uma escada e pulava minha janela.

Ainda desconfiado de que Dulce podia entrar em meu quarto a qualquer momento, entrei no banheiro e tranquei a porta.

Tirei a roupa e entrei de baixo do chuveiro, eu ainda estava com medo de Dulce entrar em meu quarto e me pegar.

Meu banho não foi demorado, e logo eu já estava me meu closet escolhendo uma roupa para vestir.

Optei por uma calça de lavagem clara rasgada no joelho, uma blusa vermelha, um casaco amarrado na cintura, e nos pés um tênis branco com detalhes em preto.

Passei perfume e coloquei meu cordão que Lupita tinha me dado, e segurei ele por um momento, antes de colocar algumas pulseiras.

Me olhei no espelho e apenas passei a mão no meu cabelo que mais parecia uma juba de leão, e deixei ele do jeito que estava.

Respirei fundo sentindo meu coração bater acelerado e coloquei na cabeça que eu não podia desistir agora. E eu não ia.

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A sala branca em que eu estava me fazia ter calafrios, e me dava vontade de sair dali correndo.

Nas paredes tinham alguns quadros de pintores famosos que eu não lembrava o nome, e os sofás também era branco para a minha infelicidade.

Uma mesa na cor preta ficava no canto da sala de maneira que ficasse legal, e atrás dela uma mulher loira me encarava fixamente, mordendo os lábios.

Tinha mais uma pessoa na sala, mais ela estava mais concentrada em falar no celular do que prestar atenção em mim.

Olhei para a porta com o nome da psiquiatra colado na porta e suspirei pegando meu celular e olhando as horas.

Voltei meu olhar para a mulher loira que ainda me encarava, e ela pareceu suspirar e quase derreter ali mesmo na cadeira.

Resolvi jogar um jogo qualquer em meu celular para passar o tempo, e percebi que a mulher que estava na sala comigo, levantou e foi até a mulher que me encarava.

Logo depois ela saiu da sala ficamos apenas eu, e eu jurei que tinha visto um sorriso malicioso no rosto da loira.

Sério, o que as mulheres viam em mim que ficavam me encarando como se eu fosse um imã que atraí mulheres?

Bem que Lupita falou que eu tinha algo que atraia as mulheres, nunca entendi isso, mas agora eu entendo perfeitamente bem.

Escutei a porta da sala da psiquiatra abrir e respirei fundo para não desistir agora, eu não podia desistir.

Xxx: Você já pode entrar gracinha, é a sua vez.

Arregalei os olhos e me apressei em entrar na sala, e dei graças a Deus pela sala não ser branca igual ao resto da recepção.

A sala era toda em tons de bege, com tons de branco, um divã vermelho ficava em frente à umas prateleiras cheias de livros.

Uma mesa de cor negra ficava a esquerda, com uma janela com vista para a cidade. A sua frente, duas poltronas.

Fechei a porta e a psiquiatra me olhou sorrindo. Retribui o sorriso e sentei na sua frente, esperando ela falar.

Xxx: Você está com medo Christopher?

Ucker: Um pouco.

Xxx: Não precisa ter medo, estou aqui para te ajudar. Agora deite-se ali no diva e vamos começar.

Me levantei e deitei no divã, deitado percebi algumas fotos espalhadas pelas prateleiras de livros e nas paredes.

Olhei para mulher que acabava de se sentar na cadeira ao meu lado com um bloco de papel na mão, e vi que ela me lembrava alguém.

Seus olhos eram verdes, a pele era clara e seus cabelos negros como a noite. Arregalei os olhos quando percebi que ela era a mãe do Lucca.

Deus, o Lucca tinha me dado o endereço do consultório da sua mãe. Se eu soubesse disso, teria matado o Lucca.

Agora a mãe dele ia saber do meu passado conturbado e ia contra para o Lucca, e eu esteva ferrado.

Não era assim que eu queria contar para o Lucca o que tinha acontecido comigo no passado, eu queria contar pessoalmente para ele.

Isso não ia dar certo, como eu não desconfiei que ela era a mãe do Lucca? Acho que eu não descobri porque ela não tem o mesmo sobrenome do Lucca.

Xxx: Não precisa se preocupar Christopher, eu não vou contar nada para ele.

Ucker: Como?

Xxx: Eu sei que você é amigo do meu filho, ele me disse hoje de manhã o motivo de ter me procurado. Eu entendo seu medo, afinal você não quer que ele saiba de nada por enquanto.

Ucker: Você sabe ler mentes? É muito boa em descobrir as coisas.

Xxx: Eu sou apenas uma psiquiatra apaixonada pela sua profissão que vai te ajudar. Para começar, eu me chamo Kristinna Albuquerque, mas você pode me chamar de Kris.

A mãe de Lucca era bem simpática, um doce de pessoa, o que fez meu medo daquela consulta evaporar rapidamente.

Nunca imaginei que eu ia conhecer a mãe do Lucca assim de uma hora para outra e em um consultório médico.

Ela me mostrou algumas fotos da sua família e algumas fotos de quando o Lucca era bebê, ela até me deixou ficar com uma foto do Lucca bebê.

A família dela era incrível e unida, uma coisa que a minha família não era. Eu era sozinho no mundo, não tinha ninguém para fazer um piquenique em um domingo a tarde.

Depois que ela falou mais um pouco da sua família, voltei a me deitar no divã para iniciar a consulta.

Aquele tempo que eu tinha ficado conversando com ela, me fez sentir bem e senti que eu poderia confiar nela para contar os meus segredos.

Kris: Podemos voltar para a consulta?

Ucker: Não podemos voltar a conversar? Estava tão legal.

Kris: Quem sabe você não vá me visitar e conversamos mais, mas agora é hora de consulta. Posso fazer uma observação?

Ucker: Claro, você é a médica aqui.

Kris: Percebi que você é um pouco carente, mas nossas conversas, você olhava com um olhar vago para algumas fotos que mostrei. Como foi a sua infância e juventude Christopher?

Olhei para a janela e suspirei me lembrando da minha infância conturbada e sem um pai e uma mãe por perto.

Lembrar de tudo me fazia desejar que a Lupita fosse a minha mãe, e não a Nicole. Ela sim saberia me tratar com amor e carinho.

Mesmo eu sendo as minhas dúvidas sobre a Nicole e o Flávio serem meus pais, eu queria que a minha realidade fosse bem diferente.

Ucker: Conturbada, sempre fui criado pela minha babá, ela era meu pai e minha mãe ao mesmo tempo.

Kris: Seus pais não te davam amor e carinho? Não brincavam com você?

Ucker: Não, a Nicole, bom, ela cuidava de mim as vezes. Mas o Flávio, ele não me aturava. Ele sempre me colocava pra baixo e me dizia coisas horríveis.

A essa altura eu já queria chorar ao ter todas as minhas lembranças voltando de uma vez só, mas respirei fundo para tentar não chorar.

Mesmo com as lembranças dolorosas, pela primeira vez eu me sentia bem em contar para alguém sobre a minha vida.

Não tirei meu olhar da janela, nem mesmo quando a Kris me voltou a me fazer mais perguntas.

Kris: Me fale um pouco da sua juventude.

Ucker: Digamos que ela foi a pior fase da minha vida, o Flávio me travava muito mal e por muitas vezes ele queria me bater.

Olhei para o teto e suspirei fechando os olhos por um momento, que quase deixei me levar pelo sono.

Mas as perguntas continuaram e eu tive que continuar respondendo todas elas, mesmo que lá no fundo eu não quisesse.

Depois de uma hora e meia, sai da sala já com a próxima consulta marcada e claro, prometendo visitar a mãe do meu melhor amigo para a gente tomar um chá.

Estava mexendo no celular distraído, quando sou puxado por alguém para dentro de um banheiro.

Nem tive tempo de ver quem era, tudo aconteceu tão rápido que quando eu vi, estava dentro do banheiro sentando na pia.

Olhie para meu melhor amigo com os olhos arregalados, e tive vontade de tirar seu sorriso da cara com um soco.

Empurrei ele para longe e tentei descer da pai, mas Lucca foi mais rápido e me manteve no lugar, depois de eu lutar muito para sair.

Ucker: O que você quer Lucca? Ficou louco por acaso?

Lucca: Como você não atendia minhas ligações e nem respondia as minhas mensagens, tive que vim atrás de você.

Ucker: Você é tão irritante, e eu sei que você está aqui porque não veio me procurar, aposto que sua mãe te disse. Por que não me contou?

Lucca: Não era preciso. Como foi a consulta?

Ucker: Não é da sua conta, agora da licença que eu tenho mais o que fazer.

Empurrei Lucca e ele me deixou eu descer da pia, me virei e arrumei minha roupa em frente ao espelho, ajeitando os cabelos.

Pelo espelho, vi que Lucca me observava com um sorriso no rosto. Revirei os olhos e senti vontade de enfiar a cabeça dele na privada.

Olhei as horas no celular e vi que já estava na hora do almoço, e eu estava faminto, ia passar em um restaurante antes de ir pra casa.

Sai do banheiro sem olhar ou falar com Lucca e vi que a mulher que ficava me encarando, não estava mais ali.

Senti um puxão no meu braço e me desiquilibrei quase caindo, só não cai porque Lucca me segurou.

Sinceramente, eu já estava perdendo a minha paciência com o Lucca, ia acabar quebrando a cara dele.

Me virei para Lucca e só não empurrei ele, porque eu queria saber qual era a dele e o que ele queria comigo.

Ucker: Qual é a tua Lucca? Você me liga várias vezes, me irrita com um monte de mensagens e agora vem aqui no consultório da sua mãe. Você não veio aqui só para me ver, veio para tentar descobrir algo do que eu contei para a sua mãe.

Lucca: O que? Claro que não, eu vim te ver, mas vi que você não gostou nem um pouco disso. Eu vou te deixar ir, vou falar com minha mãe e levar ela pra casa.

Ucker: Lucca, me desculpa, mas você me irritou muito me mandando várias mensagens. Você é muito irritante as vezes.

Lucca: Então estou perdoado?

Ucker: Claro, você é meu melhor amigo.

Lucca correu até mim e pulou em meu colo, me fazendo desequilibrar um pouco e sorrir pela sua felicidade.

Soltei ele e segurei ele para não cair, pela maneira que ele pulava de felicidade. Deus, meu amigo era louco.

Vi sua mãe sair da sala sem o jaleco que ela usava antes, e me apressei em afastar Lucca, mas ele foi rápido e me segurou.

Bati em seu braço, mas ele nem ligou, apenas me ignorou. Desisti de tentar me afastar dele, estava difícil.

Kris: É muito bom ter ver aqui ainda Christopher, quero te chamar para almoçar comigo e com o meu filho.

Ucker: Oh não, essa eu passo, não estou com fome.

Pensei em recusar mais uma vez, mas fui traído pela minha barriga. Olhei para o chão corado e ouvir Lucca rir ao meu lado.

Empurrei ele e dessa vez ele me soltou, ainda rindo, o que fez ele quase cair no chão. Da próxima eu mato ele.

Kris: Que bom que está com fome, conheço um restaurante que serve uma comida deliciosa.

Não tive tempo de discutir, já que saíram me puxando para fora do consultório sem me darem tempo de reclamar ou falar algo.

No final das contas, o almoço foi muito agradável e eu amei conhecer mais da família do meu melhor amigo.

Eles me trataram como se eu fosse da família e eu sentia que realmente era da família e que podia contar com alguém para tudo.

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Quem tem conta no Wattpad, a história lá já está adiantada.