Fanfic: Amor Por Contrato | Tema: Vondy

Sou Flávio Escobar, aquele que manda e todos obedecem. Aquele que sempre está acima de qualquer coisa.

Sou o poder, eu mando e desmando. Todos seguem as minhas ordens ao pé da letra, e se isso não acontecer, alguém sofre as consequências.

As pessoas costumavam seguir todas as minhas ordens, menos o Christopher, que fazia questão de quebrar todas as minhas ordens.

Christopher era diferente das outras pessoas que faziam o que eu mandava, ele não tinha medo de me enfrentar e sofrer as consequências.

Christopher era como uma bomba explosiva preste as explodir, intenso e não tinha medo de nada. O que me intrigava bastante.

Mas o que mais me deixa intrigado era a sua capacidade de me enfrentar e não ter medo das consequências.

Anos atrás quando fiz o que fiz para chegar onde estou hoje, era tudo muito diferente, ninguém me conhecia e não me respeitava.

Agora tudo era diferente, todos me conheciam e me respeitavam. Eu ditava as regras e todos tinhas que seguir.

Não foi nada fácil chegar onde eu estou hoje, confesso que tive que matar algumas pessoas para isso, mas ninguém nunca vai saber disso.

Mas depois que a Dulce entrou na minha vida e fez a chantagem de contar tudo o que ela sabia, foi que eu vi tudo o que eu tinha conseguido desmoronar.

E como eu sou inteligente e não ia deixar uma pirralha acabar com tudo o que eu construi, eu tive o melhor plano de todos.

Claro que ele não se comparava a meu plano de anos atrás, que eu confesso foi o melhor de todos. Ele até merece o Oscar.

Eu queria acabar com o Christopher e fazer a Dulce não abrir a boca, então eu uni o útil ao agradável.

Confesso que eu não esperava que meu plano fosse dar certo, mas vejam só, o meu plano mais um vez deu certo. Mereço um prêmio.

E no final quem saiu ganhando fui eu, ver a infelicidade do Christopher é a minha maior alegria.

Só que a Dulce não colaborava muito não, ela deixava o Christopher ficar andando pra lá e pra cá com aquele tal Lucca.

Eu não aprovava essa amizade, mas fazer o que, já que o Christopher escolhia as amizades dele, eu não podia fazer nada.

Se a Dulce passasse mais tempo com o Christopher, isso não ia acontecer. Mas ela é lerda demais e eu que tenho que fazer tudo sozinho.

Era óbvio que eu queria que a Dulce passasse mais tempo com o Christopher, claro que ela não podia se apaixonar por ele, isso nunca.

As pessoas fazia de tudo para me destruir, e a Nicole estava nesse meio. Eu sabia que ela não estava feliz ao meu lado, mas eu nunca ia dar o divórcio para ela.

Ela até podia ter um amante, mas eu nunca ia correr o risco dela se separar de mim e contar tudo o que sabe para alguém.

Nicole sempre ficou ao meu lado, me ajudando a planejar o meu próximo passo, mas depois que o Christopher chegou, ela mudou.

Nunca imaginei que a Nicole ia ter essa coisa que as pessoas chamam de instinto maternal, ou algo assim.

Nicole sempre dizia que não queria ser mãe para não estragar o seu perfeito corpo, mas seus pensamentos mudaram quando veio o Christopher.

Ela era tão bobinha, tão ingênua e tão idiota. Ela achava que podia enganar todos com o seu amor e cuidado pelo Christopher.

A Nicole não pensava em mais ninguém além dela mesmo e do dinheiro que ela queria ter todo para ela.

Todos achavam que a Nicole era uma boa pessoa, um anjo em pessoa. Mas apenas eu conhecia a sua verdadeira face.

Xxx: Senhor Flávio, chegou uma encomenda para o senhor, já está no seu escritório.

Flávio: Obrigado, pode ir.

Depois que a empregada saiu, fui até o meu escritório e entrei vendo uma caixa grande em cima da mesa.

Tanquei a porta e fui até a grande caixa em cima da minha mesa. Peguei uma tesoura e abri a caixa, vendo um monte de papel picado em cima.

Tirei aquele monte de papel que me atrapalhava, e quase gritei quando vi duas cabeças de bonecos dentro da caixa.

Aquilo era medonho, e eu daria tudo para descobrir quem tinha sido o infeliz que tinha me mandado aquilo.

Vi que tinha uma carta dentro da caixa e peguei a carta, abrindo e vendo que estava tudo escrito com letras recortadas.

"Eu sei o que você fez no passado". O que diabos era aquilo? Um tipo de código? Uma ameaça?

Eu não conseguia acreditar que estava sendo ameaçado por alguém que sabia mais do que devia.

Isso só podia ser obra da Dulce ou então até mesmo da Nicole. Tinha mais pessoas que sabiam de tudo, mas delas eu não desconfiava.

Então só podia ter sido a Dulce e a Nicole que deviam ter mandado aquela caixa com aquela carta e aquelas cabeças de bonecos.

Fechei a caixa e coloquei ela embaixo da mesa e guardei a carta em um cofre que ficava escondido atrás de um quadro.

Sai do quarto e fui a procurar da empregada que tinha recebido aquela caixa. Por sorte encontrei ela na sala, arrumando um jarro com flores.

Quando ela me viu, parou de fazer o que ela estava fazendo antes de eu chegar e espero eu dar uma ordem para ela.

Eu não lembrava o nome dela, então por isso só perguntei para ela o que eu queria saber. Eu nunca lembrava o nome das empregadas.

Flávio: Você sabe quem entregou aquela caixa?

Xxx: Foi um garoto senhor, e quando eu perguntei ele quem tinha mandado, ele apenas foi embora.

Flávio: E ele estava de carro ou de moto?

Xxx: Ele estava de bicicleta senhor. Se me der licença, vou ajudar a Lupita a preparar o almoço.

Droga, eu estava em um beco sem saída, o único jeito de descobrir quem tinha mandado aquela caixa, era saber a placa da moto ou do carro da pessoa.

Como eu sabia que a Dulce estava no quarto com a Nicole, era hora de saber quem das duas tinha enviado aquela

Subi as escadas e antes mesmo de chegar ao quarto da Nicole, eu já podia ouvir as risadas escandalosas das duas.

Como a porta do quarto estava entreaberta, fiquei escondido para as duas não me verem, e assim eu podia ouvir sobre o que elas estavam falando.

Nicole: Então você está conseguindo fisgar o Christopher?

Dul: Não exatamente, mas está tendo um progresso entre a gente. Eu até estou dormindo com ele, isso quando ele não está irritado.

Nicole: Então em breve vocês vão ter consumado o casamento.

Olho para o teto e agradeço por finalmente a Dulce estar tomando alguma atitude em relação a ela e o Christopher.

Achei que eu ia ter que fazer tudo para ela e no final ela ter os devidos créditos, sendo que fui eu que fiz tudo.

Entrei no quarto e vi um monte de roupas espalhadas pela cama e pelo chão. Aquilo parecia uma zona se guerra.

Segurei uma peça de roupa quando Dulce jogou ela em mim e a peça quase acertou o meu rosto.

Flávio: O que está acontecendo aqui? E que bagunça é essa?

Nicole: Tenho um desfile amanhã a noite e estou escolhendo uma roupa adequada. Dulce querida, você vai no desfile com aquela sua amiga loira que não lembro o nome.

Dul: Ela se chama Any e ela vai gostar de ir em um desfile.

Elas voltam a conversar e esquecem totalmente que eu estava ali, até tinha esquecido o que eu tinha ido fazer ali.

Meu celular vibra em meu bolso e pego vendo uma mensagem aparecer na tela. Sorrio e deixo para depois o assunto que eu tinha para falar com a Dulce e a Nicole.

Vou até o quarto em que eu dormia com a Nicole e que agora é apenas meu, e pego a chave do meu carro.

Atravessei o jardim e vi o carro do Christopher estacionar na minha frente, e ele sair e sair aquele amigo irritante dele.

As vezes eu achava que o Christopher era mesmo gay, por andar tanto com esse amigo dele.

Mas como eu não podia afastar eles, então que o Christopher fosse gay, bissexual, ou seja lá o que ele escolher ser.

Flávio: Olá Christopher, que surpresa te ver por aqui.

Ucker: Me poupe da sua falsidade Flávio, só estou aqui para ver a Nicole.

Era evidente que o Christopher me odiava, estava estampado na sua face o quanto ele me odiava.

Eu até entendi o seu ódio por mim, afinal, eu era responsável por fazer da vida dele um verdadeiro inferno.

Claro que esse era um dos meus passatempos favoritos, irritar o Christopher e ver ele perder a paciência era bem divertido.

Se bem que ele tinha a quem puxar no seu jeito rebelde e seu temperamento difícil de lidar.

Passei por ele que me olhava com um olhar mortal, com um ódio contido e entrei no carro, partindo em direção ao meu destino.

Cheguei ao meus destino em uma parte afastada da cidade e que eu achava meio perigosa, mas tudo bem.

Desci do carro e observei a fachada do prédio de 2 andares, pintada de vermelho, com uma placa com o nome do local em neon.

Passei pelos dois seguranças que já me conheciam e entrei no local, vendo algumas pessoas arrumando o local e outras ensaiando no palco.

Passei pelo bar pegando um copo de Whisky e fui até o escritório, vendo meu sócio me esperando.

Eu gostava de pessoas que eram pontuais, odiava atrasos. Eu era uma pessoa extremamente pontual e odiava quem se atrasava.

Xxx: Está atrasado, estou te esperando a um tempo.

Flávio: Quem manda aqui sou eu, então eu posso chegar a hora que quiser.

Sentei em minha cadeira e meu sócio se sentou em minha frente, ajeitando seu terno caro.

Tomei um gole do Whisky, sentindo a bebida descer queimando pela minha garganta. Era desse tipo de bebida que eu gostava.

Flávio: Então, o que tem de tão importante para me falar.

O que ele me falou a seguir, me fez rir e olhar para ele em choque total. Mas ele parecia estar falando sério.

Conversamos por uma hora e no final, eu já estava meio alterado pela bebida, mas ainda sim estava consciente.

Peguei um dardo e joguei acertando na parede, onde tinham fotos dos meu inimigos e das pessoas que ficavam no meu caminho.

Sorri quando vi de quem era a foto, eu não precisava me preocupar mais com ele, ele já estava morto a anos.

Pego mais um dardo e acerto dessa vez no meu próximo alvo. Ele ia ser mais um pouco complicado, mas ele ia sair do meu caminho.

Vejo meu sócio pegar uma foto da minha família em que estávamos eu, a Nicole e o Christopher.

Por incrível que pareça, nesse dia fizemos um piquenique e resolvemos tirar a foto em que todos estavam felizes e sorridentes.

Esse foi o nosso único momento feliz, depois disso, as coisas mudaram e nunca mais tivemos momentos como esse.

Peguei a foto das mãos meu sócio e coloquei ela dentro de uma gaveta, que por sorte tinha uma chave pra trancar.

Flávio: Diga logo o que você quer André, sei que não está aqui por causa de negócios.

André: Eu já te disse, só estou esperando uma resposta.

Flávio: Se você não quiser amanhecer em uma cova 7 planos abaixo da terra, acho bom desistir dessa sua loucura.

André: Eu tenho direito, eu te ajudei a.....

Aquele infeliz já estava me enchendo a minha paciência. Foi por isso que dei um soco na sua cara, fazendo ele se calar.

Meu punho tinha acertado o canto da sua boca, e ele pegou um lenço em seu terno, e limpou o canto da boca, com um sorriso cínico no rosto.

A minha vontade era de matar aquele idiota, mas eu não podia. Ele sabia de mais e podia colocar tudo a perder.

Me sentei novamente em minha cadeira, e tentei ficar calmo. Se eu não podia matar ele, então eu quebrava a cara dele.

Eu não ia ficar mais ali, não enquanto aquele idiota estava me pedindo uma coisa que ele não iria ter nunca.

Me levantei e peguei o copo com o restante do Whisky e tomei todo, deixando o copo em cima da mesa e indo até a porta.

Parei com a mão na porta e me virei para ver aquele idiota, que não tinha se movido do lugar ainda.

Flávio: Desista dessa loucura, ou você vai conhecer o meu outro lado que ninguém nunca conheceu.

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Cheguei em casa e estranhei ela estar toda silenciosa. Parecia que todos tinham saído e deixado a casa só para mim.

Joguei minhas coisas no sofá e quando eu pensei que ia ter um momento de paz e sossego, ouvi passos na escada.

Esperei por um momento e vi Christopher descendo as escadas com Nicole ao seu lado. Eles pareciam conversar sobre algo importante.

Tentei ouvir a conversa dos dois, mas quando eles me viram, pararam de conversar na hora, me deixando curioso.

Olhei para Nicole e ela parecia nervosa com alguma coisa. Quando olhei para Christopher, ele estava calmo e parecia não estar nem aí para mim.

Será que Nicole tinha contado alguma coisa para o Christopher? Eu não podia acreditar que ela tinha feito isso.

Se Nicole achava que aquilo ia ficar barato, ela ia me pagar. E ia me pagar caro por ter aberto a boca.

Passei por eles e ouvi Christopher me xingar de idiota bem baixinho. Como eu estava perto dele, eu tinha escutado.

Dulce parecia ter ido embora e eu agradeci por isso. Não queria que ela se intrometesse em assuntos pessoais.

Fui para meu quarto e esperei pacientemente, e quando pareceu uma eternidade, ouvi Nicole se despedir de Christopher.

Fui até a janela e vi Christopher sair junto com Dulce e aquele amigo do Christopher que eu nunca lembrava o nome. Mas isso não me importava.

Ouvi a porta do quarto da Nicole abrir e fechar e corri, até seu quarto, abrindo a porta e fazendo ela me olhar assustada.

Nicole: Está doido Flávio? O que quer aqui?

Flávio: Por que contou para tudo o Christopher?

Nicole: Você só pode estar drogado, eu não contei nada para o Christopher. O que ele veio falar comigo não é sobre esse assunto e se fosse, eu ia ter muito gosto em dizer tudo para ele.

Flávio: Você não sabe com o que era mexendo, está colocando tudo em risco.

Nicole: Eu não me importo Flávio, a muito tempo eu não me importo com mais nada. Muito menos com esse segredo sujo que escondemos.

Olhei para Nicole incrédulo e ela estava sentada na poltrona do quarto, me encarando com um olhar mortal.

Nicole parecia não ter mais medo de mim, o que me deixou bastante surpreso e intrigado com a sua coragem em me enfrentar.

Percebi que a Nicole já não tinha medo de mim a muito tempo, e a muito tempo ela aprendeu a se defender sozinha.

Ela já não era a mesma de anos atrás, em que eu podia controlar ela e seguir os seus passos. Agora era tudo diferente.

Nicole era diferente das outras mulheres que eu já conheci e me relacionei, mas quando eu vi ela pela primeira vez, eu tinha certeza de que ela seria minha.

E ela foi minha. No início não tínhamos muitas ambições, mas com o passar do tempo, eu queria ter sempre mais.

O que acabou me tornando no que eu sou hoje. Não me arrependo de nada do que fiz para chegar até aqui.

Se eu tiver que fazer tudo de novo, eu faria mil vezes só para ter o que quer e para tirar todos aqueles do meu caminho.