Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Definitivamente meu sábado foi uma merd@ total. Tudo começou quando cedi aos meus desejos carnais pelo Viegas, piorou quando encontrei aquela velha fuxiqueira e meu dia foi por água a baixo quando em uma batida policial acabei tirando a vida de homens e ainda por cima baleando um inocente e por causa disso (pois fui ajudá-lo sem pensar no perigo por ficar tão exposta) quase parti para o andar de cima quando fiquei na mira de um fuzil, se não fosse por Viegas, aqui eu não estaria, com certeza. Era visível meu possível abalo perante a morte. Eu morreria, você tem noção disso? E quando Viegas foi tentar me abraçar em apoio ou conforto, sei lá, eu o enxotei. Eu não queria ser fraca. Eu não daria aquele gostinho aqueles homens que acham que a 9ª DP não era meu lugar. Eu preferiria contestar minha existência em outro lugar. Em um lugar no qual, minhas angústias e medos sempre dão as caras em momentos como estes.
E agora eu estava aqui, as três da madrugada sem conseguir dormir, pensando em toda a merd@ em que me afundei no dia anterior. Mesmo que eu odiasse admitir, hoje eu me sentia impotente e frágil. Sim, frágil. O meu passado caía por sobre meus ombros sem titubear e naquele momento eu pensava em tudo o que havia me feito chegar até aqui. Eu gostava de ter tudo sob o meu controle, entretanto, às vezes a realidade me espancava de forma dolorosa. Eu não podia simplesmente controlar as pessoas ao meu redor, não podia fazer do mundo um lugar menos cruel. Gostaria de não ser sentimental às vezes, de passar por situações de quase morte com a maior naturalidade do mundo e tirar vidas como se fossem frutas em uma árvore.
Mas aí eu lembro deles.
E eu não poderia me tornar igual ao homem que tirou a vida de um casal na frente da filha deles de apenas 11 anos.
Não. Eu não posso me tornar o assassino de meus pais.
O dia que sempre voltava a minha cabeça quando eu abaixava minha guarda.
O pior dia de minha vida. O dia que meu pai tirou folga para comemorar meu aniversário. Estávamos voltando do parque de diversões que na nossa cidade era montado uma vez a cada semestre. E naquele ano tive a “sorte” deles abrirem na semana do meu aniversário. Era o melhor dia da minha vida até eles serem arrancados de mim, com crueldade e sem arrependimentos.
O sujeito nos abordou para nos assaltar, ele queria as joias que mamãe usava. Eu comecei a chorar o que pareceu irritar o homem. Meu pai como bom policial tentou acalmá-lo e garantia que ele sairia dali com os pertences. Mas o que aconteceu a seguir me marcou definitivamente. Não sei como e nem porque, mas o sujeito reconheceu meu pai e lhe jurou fazê-lo passar pela mesma dor que ele, meu pai, o fizera passar.
Não deu nem tempo de processar tais palavras quando um estrondo foi ouvido e no segundo seguinte minha mãe caia por cima de mim. Lembro-me do vestido florido que ela adorava quando eu vestia-o manchado de sangue. Sangue que não era o meu, e sim de minha mãe que havia se jogado a minha frente recebendo aquela bala, que tudo indicava ser para mim o alvo dela.
O grito de desespero de meu pai foi o segundo som ensurdecedor que ouvi naquela noite. Ele se ajoelhou em nossa frente e aparou minha mãe em seus braços enquanto gritava em desespero. O terceiro som do qual escutei foi a risada do sujeito que se contemplava pelo feito. Não pude mais encarar o homem a minha frente porque meu pai puxou minha cabeça para recostar em seu peito e sussurrar um pedido de desculpas depois de dizer que me amava.
E tudo não passava de borrões pelos meus olhos cheios de lágrimas quando vi meu pai movimentar-se em direção ao seu bolso interno do terno mas foi quando ele virou-se com tudo para direção do homem, foi quando ouvi o quarto som angustiante daquela noite do meu tão esperado aniversário de 11 anos. Não era som de fogos, balões de festas estourando, cornetas nada daquilo. Era o som do tiro que tirou meu pai de mim... também.
Eu não sei porque ele não me feriu. Não sei se foi por eu ser uma criança, não sei se foi só pela crueldade pura que eu vi em seus olhos quando ele olhou para mim, sorriu e foi embora ou se foi pela esperança de eu me tornar a pessoa que o pegaria no futuro.
Eu não sei.
Mas o fato é que ele fez tudo isso e saiu de lá como se nada tivesse acontecido e deixado uma criança ao lado de dois corpos sem vida. Os corpos de seus pais.
Dali pra frente eu não consegui mais sorrir, brincar, conversar… eu só sabia chorar, eu só sabia me culpar pela morte de meus pais. Culpa por fazê-los prometer que me levariam ao parque no meu aniversário. Culpa por querer brincar em mais um brinquedo, quando minha mãe já havia dito que já estava tarde. Culpa por parar no carrinho de algodão-doce adiando mais ainda nossa ida para casa e nos colocando no minuto exato daquele assalto.
Sem parentes próximos, tive que me mudar para o Rio de Janeiro para viver com meu tio Pedro, irmão de meu pai, que assumiu minha tutela mesmo não sabendo lidar com uma criança de onze anos. Digo isso, porque ele não mudou seus hábitos quando fui morar com ele. Pois continuou a beber e a levar para casa mulheres e mais mulheres que nunca acordavam com ele, pois ele sempre as mandavam embora depois do que ele queria.
Eu via nos meus pais a paixão que os unia, o amor que eles diziam ter entre eles. Mas foi com meu tio que aprendi que se prender a uma pessoa só me causaria sofrimento, dor. E que no dia em que me tornasse policial que nem meu pai a pessoa a quem eu supostamente amasse sofreria que nem minha mãe sofreu, com a angústia da incerteza se a pessoa amada volataria ou não para casa, para sua mulher e filhos.
E se minha decisão de ser policial já estava formada aos onze anos eu não me prenderia a ninguém para não fazer tal pessoa sofrer como eu sofri com a perda de meus pais por causa de uma supostamente vingança. E foi com meu tio Pedro que aprendi a não me apegar a ninguém.
Eu era até então uma menina extrovertida e feliz, e transformei-me praticamente do dia para a noite em sinônimo de problema. A babá que meu tio contratou para cuidar de mim enquanto ele trabalhava, pediu demissão, pois eu era um monstrinho com lindos cachinhos dourados, com medo de me apegar a uma pessoa tão carinhosa e divertida. Depois disso, nenhuma babá durou mais de quinze dias, eu as aterrorizavas, aprontava tudo o que eu podia, para evitar delas se aproximarem o bastante.
A rotina da casa se transformou num caos. Tudo estava mudando rapidamente e de forma tão drástica. Eu continuava com meus pesadelos diários, todos eram sobre a morte de meus pais, a minha falta de apetite, a agressividade gratuita com todos a minha volta e a queda do rendimento escolar.
Meu tio foi chamado na escola quando orquestrei um plano diabólico de vingança contra um grupo de meninas que me chamaram de louca no meio do pátio para chamarem a atenção para si. Quase fui expulsa daquela vez, fato exigido pelos pais das cretinas, já que algumas delas tiveram a pele e o cabelo danificado, pela minha "brincadeira". Tio Pedro, como bom advogado conseguiu contornar a situação com a promessa de que eu faria terapia intensiva.
E foi na terapia que consegui controlar minha raiva “do mundo” como costumavam dizer meu tio, professores, alunos... mas ela ainda estava lá pairando como uma nuvem negra sobre minha cabeça, pronta para explodir.
Aos 16 anos descobri que a atenção dos meninos era mais que bem-vinda e o sex* uma ótima válvula de escape. Portanto, na adolescência andei pelos corredores da escola como se fosse uma rainha com o seu séquito de bajuladores atrás de mim, prontos para atenderem a qualquer pedido.
Voltei a excelência acadêmica, tirava boas notas em Química, física, português, recebi vários troféus em torneios esportivos, pois fazia parte da equipe de natação e de atletismo do colégio.
Como no Rio, para ser detetive eu deveria ter primeiramente uma graduação, optei pela Faculdade de Educação Física, pois apesar de gostar de me exercitar, tal graduação facilitaria meu ingresso na Academia de Polícia e foi lá que conheci Maite e como vocês já sabem, isso tudo me levou ate aqui, neste sofá em meio a escuridão de meu apartamento, agora as quatro horas da manhã de domingo.
Lembrar do meu passado turbulento me fazia chorar que nem bebê. Eu não me importava de chorar com tanto que fosse sozinha e em meu apartamento, nem mesmo Maite e Dulce eu permito me ver neste estado. Eu lutei, eu mudei, eu melhorei, mas eu continuo com os problemas que carreguei durante toda a vida. A diferença é que agora, aos vinte e sete anos, eu sou cínica o suficiente para disfarçá-los. E no que tange o sexo oposto, sou uma cadela com todos que cruzam o meu caminho, com eles eu continuo não me importando, com eles eu sigo as regras de meu tio: não se apaixone, evite o sofrimento. Amigos eu consigo manter. Com as meninas, consegui evoluir meus relacionamentos de amizades. Hoje tenho Maite, Dulce, Peixoto e dona Lourdes como pessoas próximas a mim, do qual eu enfrentaria o inferno para protegê-los.
E pra mim, só eles bastam.
Só eles e mais ninguém.
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Bom amores.... Agora Poncho começará a entrar em cena em definitivo.
Demorou mas ele chegou. Nosso menino é devar, quase parando kkkkkkkkkk
Tentarei postar mais um capítulo essa semana ainda. Ok?
Bjundas
Autor(a): lenaissa
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor