Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Acordo com alguém me sacudindo fortemente, estou quase mandando quem quer que seja pro caralh* quando reconheço a voz, após minha consciência voltar depois de um sono profundo.
– Anahí Giovanna, acorda casset*!! – Dulce Maria me sacudia, fazendo meu corpo doer, não pelos seus safanões e sim por uma noite mal dormida no sofá da sala.
– Put@ que pariu, Maria. O que foi? – Digo tentando levantar do meu sofá, que agora tinha uma mancha enorme em seu estofado. – Porr*.
– Serio que você vai precisar de um babador, Annie? – Diz risonha.
– Eu quero minha chave de volta. Não quero mais você entrando aqui. – Digo e a ruiva do capeta cai em gargalhada.
– Nem morta princesa. Sua casa tem mais comida que a minha. E uma vez amigas…
– Sempre amigas… – Resmungo de má vontade. Levanto em definitivo e sinto meu corpo estalar todinho.
– Meu deus o que aconteceu com você? Foi o Vieg… – Começou a me provocar mais logo parou. – Você estava chorando Anahí? – Seu tom agora não tinha nenhum tom de brincadeira.
– Dul, por que me acordou? – Tento mudar de assunto enquanto me dirijo a cozinha fugindo de seus olhos investigativos.
– Ei não adianta fugir. – Disse me seguindo. – Você estava chorando e eu quero saber o por que? – Diz me fitando enquanto eu bebia um copo d’água em um gole só.
Suspirei.
Nesses seis anos de convivência com as meninas, nunca chorei na frente delas e nas poucas vezes que desabafei com elas, contei tudo sobre meus pais (dois anos depois que nos conhecemos), do meu tio e do meu medo em me apegar as pessoas devido ao meu emprego. Vez ou outra a Bad batia, como ontem, e nunca precisei contar a elas, até porque nunca me viram na e no pós Bad.
Até agora.
– Ontem na batida, eu quase morri Dulce… – O olhar de espanto dominou o rosto de minha amiga. – Eu baleei um inocente e fui socorrê-lo sem me importar com minha segurança em meio ao tiroteio. Se não fosse o Viegas eu não estaria aqui e para piorar minha consciência eu ainda agi como uma cadela com ele, após ele ter salvo a minha vida. – Digo atrás do meu escudo que me mantêm forte, escondendo minha real situação.
– Você se sentiu culpada por tê-lo tratado mal?
– Não. Eu me senti mal pelo meu pensamento após ele ter me salvado. – Digo me sentando a sua frente na banqueta da cozinha.
– No que você pensou?
– No porque eu não consigo levar com naturalidade quando eu entro nessas operações e acabo tirando a vida de alguém. Dul quando eu acertei aquele cara inocente eu me desesperei e fui ao seu encontro sem me importar com minha própria vida, com a vida de vocês que sofreriam pela minha imprudência. E tudo isso me levou ao meu passado. Eu não quero ser fria e calculista como o cara que matou meus pais, mas eu também não quero colocar minha vida em risco sem pensar no sofrimento de vocês. Eu não quero ser de novo a causa do sofrimento de alguém. Lembrar que pelo meu jeito impulsivo meus pais morreram, morreram por minha teimosia, pela minha impulsividade em querer brincar mais sem me importar com nada eu…
– Annie, por favor, não se machuque desse jeito amiga… – Diferente de mim, Dul soltava suas lágrimas, enquanto eu as prendia fortemente. – Nossa profissão exige sacrifícios, e você ser uma pessoa sentimental em momentos como estes, onde há mortes, a torna humana Annie, todos a conhecem pelo fato de você atirar em locais no corpo humano não letais. E se aconteceu você não teve escolhas. E por favor, chora caralh*!!! Você não precisa se manter forte na minha frente.
– Você ainda não me disse o que veio fazer aqui tão cedo. – Mudo de assunto me levantando pra colocar o copo na pia.
– Vaca desgraçada. – Resmungou Dul depois da minha fuga repentina. Bufando ela completou. – Você esqueceu que dia é hoje? – Olhei para ela com as sobrancelhas franzidas, enquanto ela secava seu rosto.
– AI MEU DEUS!! – Sai correndo para meu quarto me trocar, sem me importar com as dores no corpo.
– Não demora, porque se não a Mai vai cortar seus seios e dar para os cachorros comerem. – Diz gritando para que eu pudesse ouvi-la em alto e bom som.
Não contive a risada, pois Mai seria capaz disso mesmo se deixássemos ela esperando no aeroporto.
***
– VACAS LEITEIRAS!! ESPERO QUE AS FOD*S TENHAM SIDO BOAS PRA VOCÊS TEREM ESQUECIDO A MELHOR AMIGA DE VOCÊS NESSE AEROPORTO POR MEIA HORA!!! – Maite gritava no meio do saguão quando nos viu. Tivemos que rir do seu surto psicótico.
Tipico de Maite.
– Antes fosse uma boa foda… Mas a princesa aí dormiu de mais. – Caguetou Dulce e eu a fuzilei com o olhar.
– Anahí Giovanna eu vou cortar suas tetas, sua vaca leiteira.
– Ai como eu senti sua falta Mai. – Digo a puxando para um abraço enquanto ela retribuía com fervor.
– Sentiu minha falta é? Em que momento? Quando o gostosão do Viegas estava entre suas pernas? – Ela dizia enquanto ia abraçar Dulce. E sem se importar com os espectadores a nossa volta
– Maria você está virando uma fofoqueira de carteirinha, heim?
– São seus olhos, minha flor. – Provocou a ruiva endiabrada.
Sorrimos. Como era bom ter elas ao meu lado.
– Vamos sentar em uma cafeteria, por Deus meu estômago está reclamando por comida a horas e já são dez da manhã.
– Vamos que temos muito papo para colocar em dia. – Digo a ajudando com as bagagens
***
– E você não o viu mais a oito dias? – Perguntou Maite tomando seu cappuccino, enquanto me ouvia falar do veterinário. Claro que o assunto foi puxado pela Dulce Maria.
– Mai você sabe muito bem que não sou mulher de ficar correndo atrás de homem. – Ela revirou os olhos assentindo. – Tentei ficar com ele por duas vezes e ele nem aí. Então deixei pra lá. Na verdade acho até que ele seja gay. – Maite sem cerimonia alguma cuspiu toda sua bebida, que se não fosse pelo reflexo de Dulce ela estaria uma arara agora e seria bem feito por deixar de ser linguaruda.
– MEU DEUS MAITE!! – Bradou a ruiva.
– Foi mal Dul… é que levei um susto aqui. – Dizia enquanto passava o guardanapo na mesa limpando o excesso de café. – Gay? Como assim Gay Anahí. Você disse que o cara era quente como o inferno.
– Ué, mas ele é quente… o problema é que a caldeira dele ferve para outro lado. – Digo e não evitamos a gargalhada que se seguiu.
Meu celular vibrou insistentemente ao meu lado e por um momento cogitei apenas deixá-lo tocando na mesa enquanto mantinha minha conversa com as meninas. Mas vencida pelo seu tremor insistente eu o seguro, olhando com curiosidade para o número desconhecido na tela.
– Alô? – Eu digo impaciente.
– Anahí? – Uma voz masculina soa do outro lado. Acho que já ouvi essa voz antes, mas não consigo lembrar com exatidão onde foi.
– Sim, é ela. – Eu digo intrigada, voltando a olhar para a tela, como se magicamente o nome da pessoa tivesse aparecido. – Quem é? – Ele fica mudo por um tempo e chego a pensar que desligou. Então volto a ouvir apenas a sua respiração calma. Aquilo já estava me irritando. – Então você tem um nome e um motivo para me ligar? – As meninas perceberam que algo estava estranho na ligação e logo se passaram a prestar atenção em mim.
– Alfonso, aqui é o Alfonso.
– O veterinário? – Eu pergunto surpresa, me endireitando na cadeira enquanto Maite e Dulce também se endireitaram prestando muito mais atenção agora na conversa.
– Sim eu mesmo. – Ele disse com um sorriso na voz.
– Aconteceu alguma coisa com Bartolomeu? – Pergunto e vejo Dulce e Maite se entreolharem e sorrirem.
– Não, Bartolomeu está ótimo. E é por isso que estou te ligando…
***
– Eu nem acredito que vou conhecer o veterinário gostosão. – Dizia uma Dulce empolgada enquanto estacionava em frente a clínica veterinária Coisas de Bicho.
– E eu não acredito que Anahí vai ficar mesmo com aquele cachorro.
– Você vai ver como ele é bonito.
– Quem o veterinário gostosão ou o cão?
– Eu estou falando do Bartolomeu Dulce Maria.
– Bartolomeu. Olha o nome que ela dá ao cachorro. – Maite diz rindo enquanto caminhávamos para dentro da clínica. – Da onde saiu este nome Annie?
– Eu n…
– Também gostaria de saber. – A voz de Alfonso se fez presente e quando olhei para ele fiquei petrificada.
– Put@ que pariu – Dulce resmungou.
Ele estava lindo. Ele é, na verdade. Mas, com essa camisa e esse short, e o boné branco, ele parece um milhão de vezes mais atraente. E estou absorta. Primeiro, o vejo formal, e agora desbotado. E ele consegue causar o mesmo efeito. Estou impressionada e assustada.
– Desculpe-me pelos meus maus modos. – Ele ainda sorri, parecendo estar se divertindo. – Mas como é domino aproveitei minha corrida para passar aqui na clínica e liberar o cão. – Ele sorria. Aquele sorriso molha calcinha, sabe? – Volte à sua cor normal, por favor. Já estou achando que a senhorita está sem ar. – Disse me encarando enquanto eu estava parada, petrificada com aquela visão.
Cretino!
Gostoso!
Cafajeste!
Gostoso!
Inspiro e expiro o ar, com força.
– Oi – Consigo dizer.
– Olá, Alfonso Herrera ou Poncho se preferirem. – Diz sorrindo estendendo a mão as meninas que parecendo duas pamonhas lesadas apertaram a mão dele e só faltaram babar. Aff
– Essas são minhas amigas: Maite, minha parceira e Dulce Maria detetive forense.
– Uau… Nunca tinha chegado tão perto de mulheres tão bonitas quanto vocês. – Disse ele se referindo a Maite e Dulce Maria, SOMENTE!!!
É ou não é um Filha da put@ este veterinário?
– Meu querido, pode apostar que foi minha pessoa que nunca esteve tão perto de um Deus grego como você. – Essa foi minha amiga da onça chamada Maite.
– Olha que eu acredito heim? – Disse o cretino galanteador.
Ele estava flertando com minhas amigas na minha frente.
Tudo bem que eu não tenho nada a ver com isso, mas porr* eu flertei com ele inúmeras vezes e ele nem para me dar a atenção e agora isso?
Eu que não vou ficar aqui assistindo essa palhaçada.
Como ele estava distraído o bastante, fui ate os fundos da clínica encontrar o real motivo que me levou até ali: Bartolomeu, meu cão.
Assim que me vê, Bartolomeu se agita dentro do canil. Segundo Alfonso no telefone, Bartolomeu já estava pronto para ir para casa. E vê-lo naquela alegria, me senti realmente feliz em estar ali.
– O meu bebê lindo. Como você está em príncipe? – Ele latiu enquanto lambia minha mão de felicidade.
A única coisa que indicava que ele fora atropelado há duas semanas era sua pata traseira enfaixada.
Agora, aqui com ele me lambendo desse jeito, me sinto culpada por não voltar para vê-lo mais vezes.
Mas poxa, se eu voltasse teria que ficar a merce da beleza insuportável daquele cretino. Bartolomeu terá que me perdoar por isso. Sorrio acariciando as orelhas dele.
– Pelo jeito que ele está, arisco a dizer que ele estava com saudades de você. – A voz do cretino surgiu atrás de mim. – Pensei que você tinha desistido dele?
Ele queria papo, deve ter cansado de flertar com aquelas traidoras, vulgo minhas amigas.
– Eu não desistiria dele…
– Mas você sumiu. Não voltou mais aqui.
– Não via a necessidade de vir ate aqui… – Levantei e o encarei já irritada com esse joguinho dele. – A final você me avisaria quando eu pudesse levá-lo, não? – Ele assentiu me encarando.
Mas que merd@. Eu não posso olhar muito pra ele, caso contrário me perderei na imensidão de seus olhos.
Por que Deus colocou tanta beleza nesse homem, com tantos ai fora precisando um tiquinho de beleza?
– Já posso levá-lo? – Digo impaciente com a presença altiva dele a minha frente.
Que incomodo, credo!
– Pode. Só vou assinar a alta e levo vocês até sua casa.
Eu quase cai de meus saltos quando ele acabou de falar.
Que merda é essa que ele queria?
Que joguinho fodid0 ele estava tramando?
Por que quando eu queria ele me dispensou, minutos atrás me ignorou enquanto flertava com minhas amigas e agora tava todo cuidadoso, solicito pro meu lado?
Ele pensa o que, que sou uma garota que vai cair nos seus encantos de Adão?
P@u no c* dele.
Enquanto ele vai com o trigo eu já estou voltando com o pão.
– Não precisa. Estou de carona com Dulce e... – Alfonso sorriu e levou a mão a nuca. Não gostei disso, não mesmo. – Por que você está rindo?
– Bom é que elas me perguntaram se demoraria, eu disse que não muito. Mas a Mai queixou-se de cansaço e disse se eu não podia levá-los até em casa. Por que ela tava muito cansada da viagem para esperar.
– Mai? – Eu ergui uma das sobrancelhas com cinismo.
– Ela disse que eu podia chamá-la assim. A Dul também. – Cretino! Cretino! Ainda me sorriu como se nada tivesse acontecendo ali.
Espera, mas nada estava acontecendo mesmo, Anahí.
Ha mas vai acontecer, não ali e sim no edifício Oscar... eu mataria aquelas duas traidoras que me deixaram aqui sozinha com essa tentação em forma de homem.
– Chega! – Grito para o meu próprio espanto e pro dele também, porque Alfonso deu um pulo para trás coitado.
– O que foi?
– Nada. Me dê meu cachorro, eu vou embora. – Digo pegando a correia das mãos dele e puxando Bartolomeu comigo. Por um momento Alfonso ficou estático, mas quando me viu passando pela porta ele correu até mim e segurou em meu braço, fazendo eu me virar para encará-lo.
Por incrível que parece, fiquei imóvel olhando para ele por alguns segundos. Parece que ele também foi pego naquela pegadinha do destino, porque também ficou me olhando. Porém eu vi algo no olhar dele que não consegui identificar, mas era diferente… estranho.
– E então? – Sai do tapor e o encarei com seriedade enquanto ele ainda segurava meu braço.
– O que? – Se fez de desentendido. – Quer alguma coisa? – Sorriu em deboche agora.
Esse cara só poia ter problema, só pode. E eu já estava me cansando de sua cara de pau. Então me aproximei dele sem me intimidar pela altura.
– Eu que lhe pergunto, mais alguma coisa? Pois você não larga do meu braço.
Ficamos nos encaramos e cometi o erro de descer os olhos para sua boca entreaberta. Seus lábios rosados pareciam tão macios e convidativos que por um segundo pensei em beijá-lo.
– Me deixe levá-la. – Ele tinha a respiração falha e a voz mais rouca. – Eu prometi a suas amigas que a levaria.
– Não precisa Alfonso. Eu pego um taxi. – Digo me soltando dos dedos dele e volto a caminhar com Bartolomeu até a saída da clínica.
– Anahí?? – Ele me chamou e eu parei novamente para olhá-lo. – Se precisar de qualquer coisa… – Olhou para mim e depois rapidamente para Bartolomeu. – Com o cachorro, claro… – Ele estava corado de novo? – pode me ligar. É.. no inicio ele vai estranhar, chorar ou qualquer coisa… então.. Você pode me ligar, tá? – Ele estava nervoso. Era evidente. Eu só não sabia o porque.
Apenas assenti e sai de lá, quase correndo com Bartolomeu em meus braços (pra andar mais rápido), pegando o primeiro taxi que parou em minha frente.
Tentei colocar meus pensamentos em ordem.
Em pleno domingo de manhã e eu totalmente confusa sobre os últimos acontecimentos.
Autor(a): lenaissa
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor