Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA

Me desculpe as senhoritas que aqui estão lendo, não sou um cara adepto a palavrões, mas agora é necessário soltar um…

– Mas que casset&!!!!! – Levantei e soltei meus braços exasperado, enquanto via minha deusa saindo da minha clínica sem nem olhar para trás.

Ela é seguramente a mulher mais linda que eu já vi. Aliás, eu nem sei se já vi outras mulheres realmente, nesse instante eu sou incapaz de me lembrar disso. Mesmo com alguns metros nos separando, eu posso digitalizar cada detalhe dela. Seus lindos e brilhantes cabelos castanhos, que flutuam enquanto ela caminha até o ponto de taxi a sua frente;

Ela não é alta, ela bate em meu ombro, mesmo com os seus saltos. Ela tem um corpo bonito, curvilíneo e embora eu não queira ser esse tipo de cara; ainda sou um cara e esse detalhe não passaria despercebido para mim. Não é porque eu não sou sem vergonha, não é isso, eu posso ser um cara sem vergonha, que fala sacanagens e tal, mas não sou assim com frequência, no fundo eu sou um cara tímido que sonha em ter alguém especial. Atualmente sou 100% anjinho da vovó, mas pela minha deusa ela teria aquele 1% vagabundo, porque eu sei que ela curtiria esse meu lado entre quatro paredes, mas de resto eu seria o cara perfeito pra ela. Um cara pra casar! Sou um idiota romântico, pode rir!

E para vocês terem uma ideia da minha situação, enquanto os passos dela ecoavam alto pelo assoalho da clínica eu os assemelhava com as batidas do meu próprio coração. Eu realmente estou em apuros!

O que eu precisava fazer mesmo? Convidá-la para almoçar com minha vó.

Por que eu ainda estou aqui parado? Porque ela já entrou no taxi e se foi.

Passo as mãos pelo cabelo diversas vezes, frustrado comigo mesmo. Porque hoje não deveria ter sido o dia para mim perder a minha capacidade de fazer amizades, a minha eloquência e bom humor característico. Simplesmente me sinto um garoto de treze anos, com aparelho e espinhas, sem a menor habilidade social.

Naquele momento só me restava ir para casa de minha avó, cabisbaixo e com rabo entre as pernas. Porque nem um passa fora eu levei pelo meu convite, porque fui idiota o bastante para nem fazer o convite.

Anahí Portilla

Que p0rra estava acontecendo comigo?

O cara era bonito? Sim era. Ele tinha um sorriso molhador de calcinhas? Sim tinha. Mas outros caras também eram assim. Por que cargas eu estava furiosa por ele ser mais amistoso com as meninas do que comigo quando nos vimos pela primeira vez?

Ah, se situa Anahí! Meu interior berrava exasperado...

Mas caramba, eu queria ser bem recebida também e não ignorada daquele jeito. E eu me senti desconcertada quando ele insistiu em querer me levar até em casa. Ele me olhava com uma expressão besta de cachorro que caiu da mudança. Ok, estou viajando de novo.

Que p0rra aquele cara estava fazendo comigo? Era o sorriso, o olhar, ele todo molhava minhas calcinhas. Balancei a cabeça tentando me livrar desses pensamentos e me virei para Bartolomeu que tinha a boca aberta e a cabeça enfiada para fora do carro, olhando ao redor como se nunca tivesse estado em um.

Não muito tempo depois, o taxi estacionou em frente ao meu prédio e o mais discretamente possível, tiro Bartolomeu do carro, que precisaria de ajuda para se locomover nos primeiros dias, e que agora cheirava a um xampu esquisito anti-pulgas, juntamente das coisas que comprei para ele, e tento andar na direção do elevador sem cruzar diretamente com nenhuma câmera. Tudo o que eu não precisava era do seu Luiz enchendo o meu saco com as regras e toda a política que envolvia ter animais de estimação em apartamentos.

– Ei, Bartolomeu. – Digo, balançando-o na frente do espelho do elevador. Tinha dado um jeito de enfiá-lo debaixo do braço, enquanto sustentava seus 10 kg com a lateral do corpo. Ele, que cheirava freneticamente a minha camisa, nem mesmo levanta a cabeça para me olhar. – Ei, rapazinho! Esse é você. – Eu aponto para o nosso reflexo, me sentindo a mais idiota das mulheres.

Quando enfim entramos no apartamento, me agacho para deixá-lo no chão. Ele olha ao redor e se arrasta até o corredor que levava à cozinha, cheirando tudo ao redor. Vê-lo andar com aquela tala, com certeza, poderia me fazer rir para sempre.

***

– Oii. Podemos entrar?

– Não… e podem deixar minhas chaves em cima da mesa. – Respondi da cozinha enquanto limpava a bagunça que Bartô fez ali.

– Ah qual é Annie… Vai dizer que você não gostou da companhia do bonitão ao seu lado? – Perguntou Mai se aproximando do cômodo.

– Ele tava todo gostosinho com aquelas roupas... – Dul complementou com malícia. – Meu deus o que houve aqui??? – O espanto estava visível no rosto delas.

– Credo que cheiro horrível!!

– Bartô, essas são suas tias, Dul e Mai – Digo, tentando não desatar a rir do desespero de Maite.

– Tia uma ova!

– Ai, que nenêzinho! Oi, Bar... Bar... Bartô? – Dul franze a testa e olha para mim, uma de suas mãos ainda acariciando o pelo preto e liso de Bartô.

– Sim, Bartô. – Respondo. – Mas, para as não-íntimas, é Bartolomeu.

– Não íntimas? Anahí, você vai realmente ficar com ele? – Mai começou e logo olhou para o chão. – E o que é, exatamente, isso aqui? – Ela faz um gesto indicando o cachorro, o chão molhado e os jornais picados.

– Isso, amiga, é o tipo de compromisso que eu assumi. Não é, filho? – Olho pro Bartô, que agora estava me ignorando.

– Céus! Não faça essa voz! É muito, muito esquisito – Dul reclamou, mas riu.

– Annie, isso é loucura. Você sabe as responsabilidades de criar um cachorro? Já viu o tamanho do c0cô deles? – Mai começou a murmurar, preocupada e indignada, olhando do Bartô para mim, e depois para Dulce, que parecia nunca ter visto um cachorro na vida.

– Eu falei isso tudo pra ela Mai. – Dizia enquanto brincava com Bartô.

– Meninas eu sei cuidar de um cachorro, por mais que eu nunca tive um, mas não deve ser difícil.

– Ah não? – Disse Mai apontando para a bagunça que Bartô fez minutos antes.

– Ah, isso? Isso foi um acidente de percurso. Eu pensei que ele faria suas necessidades no banheiro, mas me enganei. Mas tarde irei ensiná-lo…

– A sentar no vaso? – Perguntou Dul rindo. Revirei os olhos e acabamos rindo.

No final as duas me ajudaram a limpar a bagunça de Bartô na minha cozinha. Eu vou ter que falar sério com ele, pois fazer essa bagunça toda e suas necessidades pelo apartamento não vai rolar.

– Viu como foi rápido limpar tudo. – Digo, abrindo um sorriso satisfeito.

– Quero ver você fazer isso tudo quando voltar de um dia intenso de trabalho. – Diz pegando meu pote de sorvete e indo para a sala, onde Dulce já estava colocando um filme.

– Não liga pra tia Mai, Bartô! Ela já ama você! – Digo rindo olhando para ele que estava deitadinho no canto da cozinha me olhando. – Quer ver TV com a mamãe e as titias? – Pergunto e ele late balançando o rabo. – Então vamos! – Digo saindo do cômodo com ele mancando com aquela tala.