Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Depois de pagar as contas e empacotar os produtos, seguimos em direção ao endereço dela. Ela em seu carro e eu no meu, a seguindo. Deixei o meu carro estacionado em frente ao seu prédio e entrei no seu carro para poder entrar no estacionamento e poder ajudá-la com as compras.
Eu fiz um gesto indicando o corredor iluminado de seu andar depois que a porta do elevador deslizou para o lado. Ela saiu e eu sai logo atrás. Alguns passos depois, Annie puxou uma chave do bolso do jeans e abriu a porta.
As primeiras coisas que percebi foram:
1º – A ausência de silêncio. O barulho do tec-tec-tec da pata de Bartolomeu se tornava mais alto a medida que os segundos passavam.
2º – O cheiro. Pra quem tem cachorro em casa já deve ter sentido o cheiro de... pano-molhado-que-não-seca-e-...cocô.
3º – Era um cocô. Imóvel sobre o chão de madeira clara.
4º – Jornal picotado. O osso de borracha que dei a ele na clínica de plástico azul-escuro igualmente picotado. E um projeto de cobertor.
– Annie você nã... – Balbucio, mas me interrompo quando vejo Annie, a mulher durona e engraçadinha, se colocando de joelhos no chão da entrada, abrindo bem os braços e sorrindo como um anjo.
No segundo seguinte, Bartolomeu corre em nossa direção. Eu estava certo de que ele ia entrar no abraço da Annie (que sortudo), mas, de forma irreal, ele para num tranco, a centímetros de nós. Fixa os olhos lacrimosos nela, que estava quase na sua altura, e inclina a cabecinha. Depois olha para mim. E late.
Mas não era um latido de "saia da minha casa". Era o latido amigável de "Poncho, meu amigão". E então ele volta a correr só que em direção a mim.
– Oi amigão… – Começo, e ele se põe nas patas traseiras (apoiando as dianteiras em mim) e continua a latir sem qualquer sincronismo.
– Cachorro ingrato! – Annie diz, parecendo não muito feliz. – Bartô você é um ingratozinho que deveria correr para mim, como nos filmes!
Gargalho, me agachando para acariciar e brincar com o... Bartô?
– Por que Bartô? – Pergunto, agora passando a mão pela barriga enquanto ria das manhas do cão.
Annie se levanta e fecha a porta atrás de nós, onde também estavam colocadas as compras.
– Na verdade, para você e todo o resto, é Bartolomeu.
Engasgo a seco, ainda rindo, e olho para ela.
– Ué Por quê?
– Porque você não é íntimo!
– Ahn, não? Meu amor, ele mal me viu e já veio me pedir carinho. Te ignorou e está ignorando. O não-íntimo é você!
Annie meio amarra a cara, meio ri, mas ergue os olhos para o teto. Depois se abaixa para recolher os pedaços de jornal espalhados pelo chão.
– Meu Deus, que fedor! Bartô... – Ela chama, virando-se para o cachorro, que agora pulava, latia, sacudia a cabeça e babava no meu joelho. – ...o jornal é para mij@r! Não para comer!
Eu que, a essa altura, tinha lágrimas nos olhos de tanto rir, me adianto na direção dela para ajudá-la a organizar o apartamento, a final eu era o seu veterinário particular.
– Pelo visto você nunca cuidou de um cachorro. – Comento, me abaixando de frente a ela e recolhendo os pedaços do osso extremamente babado.
Ela olha para mim e abre um sorrisinho enviesado.
– Eu sei cuidar de um cachorro. – Devolvo o sorriso.
– O Bartô está aí para dizer o contrário! – Ela franze a testa, ri e depois se recompõe, apontando um dedo para mim.
– Bartolomeu! Sem intimidades Poncho!
(,,,)
Depois de arrumarmos o apartamento e abrirmos as janelas para ventilar, Annie sumiu por um instante, deixando Bartô e eu na sala de chão recém esfregado. Enquanto ele rolava de barriga para cima e implorava por carinho, olho para a varanda do apartamento, agora com a porta de vidro um tantinho aberta. Fui ate a mesma e avistei uma coleira verde-escura.
Eu precisava de duas duas coisas: ficar mais próxima a ela e não sucumbi aos desejos carnais que ela provavelmente tinha em mente. E para isso acontecer eu precisava de apenas uma desculpa. E aquela coleira parecia a solução dos meus dilemas.
Quando ela voltou ainda mais magnífica do que quando saiu, usando uma bermuda Jeans, chinelos e uma regata que me possibilitava ver seu sutiã rendado preto. Eu tive certeza que ela queria me provocar.
É gente, pelo visto, com a minha musa, eu terei que ser uns 5% vagabundo.
Ignorando o quanto a sua presença mexia comigo, Annie apontou para a coleira na minha mão e ergueu a sobrancelha.
– Vamos levá-lo pra passear?
– Sim, como seu veterinário tenho que te ensinar a orientá-lo a fazer suas necessidades em horário programado e em locais adequados.
– Certo, entendi. Adorei essa ideia. – Começou a rir com uma expressão de espertesa no rosto.
Já felei para vocês como a minha esposa é linda?
– Mas você sabe que também precisará recolher o servicinho sujo dele, não sabe? – Sorri com sua cara de espanto agora
– Como assim?
– Você precisa levar uma sacola, ué. Recolher o cocô. – Annie, de repente, pareceu muito infeliz com a ideia.
– Porr@, sério? – Perguntou e eu desatei a rir, assentindo energicamente. – É muito tarde para começar a pensar nos prós e contras de ter um cachorro?
– Sim, bem tarde – Respondo, puxando-a pela mão e saindo da varanda. – Vamos lá. A gente dá uma voltinha com ele, quem sabe você não tenha sorte.
– Ah claro! Sorte em colher cocô na rua… hahaha – Eu tive que rir de novo.
(...)
O primeiro passeio de Bartô foi, no mínimo, hilário. Ele, como um ex cachorro de rua, não estava acostumado a ideia de ter uma coleira com guia presa ao seu pescoço. Corria para tudo o que é coisa, desde bancos, arbustos e latas de lixo a pessoas, cheirava, latia e erguia uma das patas para marcar território.
Anahí, que era arrastada para tudo o que é lado e parecia dividida entre rir comigo ou xingar o cachorro, permaneceu com a sacolinha no bolso até o temível, mas iminente momento chegar.
– Vamos lá, não é difícil. Só... se abaixe, pegue o cocô e jogue na lixeira – Instruí, me obrigando a não gargalhar da cena e agir como um profissional.
Ela franze a testa, olhando para os lados.
– Ah, qual é Poncho, ninguém viu! Vamos embora!
– Não, senhorita. – Digo, balançando a cabeça. ─ Não seja mole, Annie! Agarre o cocô!
Ela se abaixa, encarando a própria mão coberta pela sacola, e se aproxima aos pouquinhos do dito cujo. Antes que o agarrasse, saco o celular do bolso e tiro uma ou duas fotos dela escondido. Seria a foto que mostraria aos nossos netos no futuro.
– Do que está rindo, idiota? – Ela diz em pé com a mão o mais afastada do seu corpo possível.
– Nada não. Tava falando com meu amigo. – Menti enquanto guardava o celular no bolso e voltei a olhá-la.
Linda até com um cocô na mão.
– E agora? – Me perguntou com uma careta.
– Amarre a sacola e jogue-a no lixo. – Digo e ela realiza o comando com perfeição. Ela sorriu para mim piscando em seguida. Meu coração errou uma batida.
O caminho de volta, foi preenchido com conversas informais (da minha parte) e com insinuações (da parte dela) que me deixava encabulado. Anahí me divertia, mas também me dava medo. Medo pelo fato dela conseguir o que quer de mim e nunca mais querer me ver. Medo dela não se apaixonar por mim, nesse período. Ou até mesmo o medo dela cansar da minha companhia e se afastar sem nem conseguir o que ela tanto deseja. Eu precisava deixar as coisas rolarem, sem espantá-la… e isso era difícil pra mim.
– Está entregue senhorita. – Digo para provocá-la. Ela sorriu e levantou os olhos azuis claros e os firmou nos meus.
– Obrigada. Se eu puder fazer algo para lhe agradecer pelas dicas… – Disse faceira com mais uma insinuação.
– Serio, não precisa. Fico feliz se me deixar ajudá-la outras vezes.
– Não quer subir? – Ela me olha com intensidade. E eu não sou louco…
– Deixa pra próxima… – Ela fechou os olhos em mim e sorriu. Um daqueles sorrisos que me deixa de quatro por ela. Tentando dissipar esse calor que eu sinto quando ela me olha desse jeito, me agacho para falar com Bartô.
Porém nada me prepara para o que acontece a seguir. Eu só sinto o impacto da minha bund@ no chão e com o peso de Anahí sentada em meu quadril.
Meu Deus!
Ela me jogou no chão e sentou em cima de mim!
– O que você está fazen...
E, como desafiasse a ordem e o sentido das coisas, Anahí me interrompeu com nada menos do que com a boca dela, o que, sinceramente e do fundo do coração, me pareceu bem justo, porque, eu não saberia o que fazer com aquela situação. Sinto a mão dela me agarrar a nuca e, sem hesitar, pestanejar ou qualquer coisa assim, me vejo completamente entregue àquele beijo que, céus, era magnífico. Anahí beijava maravilhosamente bem.
A beijei de volta segurando firme em sua cintura. As nossas línguas dançavam, cheias de sintonia com a boca um do outro. Annie passou os braços em volta do meu pescoço passando suas unhas de leve na minha nuca me fazendo sentir arrepios, levei minhas mãos a sua cintura, enquanto a beijava com intensidade. Mordidas nos lábios era o que me fascinava e ela dava cada uma que nossa!
Porém ela foi além, tirando minha sanidade.
Deixo um gemido escapar quando ela se movimentou em meu colo.
Céus!!
Aperto a sua cintura como resposta e ela repete o movimento me levando a loucura. Sem pensar levo uma das mãos até o pé de sua nuca e ali seguro seu cabelo, dando mais intensidade a situação. Ela geme e me aperta enquanto repetia o seu movimento com perfeição. Annie interrompe o beijo, mas continua beijando meu pescoço e eu estou hipnotizado com a situação, de olhos fechados enquanto sinto as carícias dessa mulher.
– Humm Beijo bom… – Ela sorri, bonitinha demais, e se inclina de novo para me beijar. Um beijo quente, molhado e sensual como nunca provei antes. – Boa noite Poncho. – Disse sedutora. E nesse momento noto que estamos na rua. Eu sentado na calçada com ela sentada em meu colo, com um cachorro eufórico ao nosso lado, que latia e resmungava ao mesmo tempo e eu queria, muito, beijá-la de novo.
– Eu..eu...Annie... – Minha voz saia entrecortada e desconexa.
Ela sorri enquanto se levanta e seu sorriso se amplia quando ela percebe o estado em que me deixou. A mulher me encara e morde os lábios, instantaneamente meu rosto ganha um leve toque de rubor. Levo minhas mãos até a frente de minhas calças, enquanto a mulher endiabrada me olhava como um pedaço de carne suculento, que não esperava a hora de me devorar.
– Até logo… veterinário. – Diz em tom sedutor enquanto se distanciava de mim.
Um pobre coitado, largo no meio na rua, de bunda no chão e com o…. bom deixa pra lá.
Estou ferrado. Definitivamente ferrado.
Autor(a): lenaissa
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Profana, promíscua, indecente, imoral, obscena, sem vergonha, sem limites... Inúmeros adjetivos que combinam exatamente comigo e, ainda assim, não me fazem sentir como uma mulher desvirtuada e corrompida. Desde que sou eu quem pago minhas contas, ninguém tem o direito de se ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
-
degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
-
beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
-
beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
-
NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
-
NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
-
degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
-
lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
-
Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
-
Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor