Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Olhei no relógio. Uma e meia da manhã e dentro de meia hora eu estaria com Maite e Viegas fazer uma batida policial. Hoje pela manhã Jorge nos chamou para avisar sobre uma denúncia anônima de um galpão supostamente abandonado na zona Oeste do RJ com movimentação suspeita ontem de madrugada. Nós não poderíamos ir até lá ainda sem um mandato que ficaria pronto hoje por volta do meio-dia. E nós não tínhamos tempo de esperar, por isso resolvemos checar por conta própria e sem a autorização do nosso superior.
Bom eu resolvi, mas como meus parceiros não conseguiram me fazer desistir desta ideia resolveram ir comigo. Então depois do expediente cada um foi pra sua casa sem levantar suspeita ao Jorge e combinamos de nos encontrar as duas da manhã para ir até o local.
Rolei na minha cama e levantei muito rápido, ficando tonta com isso. Entrei em meu closet e vesti uma calça jeans de lavagem escura, botas pretas, e uma camisa cinza e um moletom escuro. Coloquei meu celular no bolso da calça e peguei algum dinheiro na minha bolsa, o distintivo e minha arma com o coldre o prendendo em minha cintura e o cobrindo com o moletom em seguida.
Desci as escadas e fui vê se meu cachorro ainda estava vivo, coloquei um pouco de comida para ele. Por fim, sentei-me no sofá e fiquei olhando para o nada. Olhar para o nada era bom, às vezes.
As duas em ponto Viegas mandou uma mensagem com “Desce!” para mim. Algo em mim dizia que para Maite a mensagem deve ter sido outra e sinceramente, to pouco me fodend* para o ego ferido dele. Conferi se estava tudo ok. Ajeitei a minha arma e o suporte onde guardava os pentes da Glock. Caso fosse necessário elas me seriam uteis mais uma vez.
Assim que entrei no elevador, apertei o botão da portaria e trinta segundos depois ele parou para que a morena mais gostosa que eu conheço entrasse toda sorridente como se estivesse indo a uma balada e não para uma batida policial.
– Amiga!! – empolgada ela me abraça e é impossível não sorrir na presença de Maite Perroni.
– Boa noite gatona. Que animação é essa Mai?
– Annie você sabe quanto tempo que eu não faço isso? Desobedecer um superior e invadir um lugar sem nem saber o que nos espera? – Ela diz toda altiva quase em estado de euforia.
– Desde de quando resgatamos a ruiva demoníaca. – Digo o que nos fez rir com a lembrança da nossa primeira missão juntas.
– E o Jorge pensa que eu te controlo…
– Pois é. Você é tão desobediente quanto eu… Vai ver você esteja dando para ele para te livrar dos sermões dele. – Digo rindo enquanto Mai leva um dedo na boca em repulsa ao meu comentário.
– Nem que fosse o último homem da face da terra! – Exclamou. – Tenho culpa se o cara gosta das minhas coxas?
– Nem um pouco. To quase aderindo as suas calças de couro que marcam bem as suas coxas e bund*
Continuamos brincando até chegar a portaria e avistarmos Viegas encostado em seu carro de braços cruzados.
– Me diz uma coisa Mai, como foi a Mensagem do Viegas para você? – Não contive a minha curiosidade.
– A de agora? – Assenti enquanto abria a porta do prédio chamando a atenção do sujeito a poucos metros a nossa frente. – “Oi Mai, cheguei.”
Bingo!
– Por que?
– Só queria comprovar uma teoria… Boa noite. – Digo assim que chegamos até ele, e logo fui entrando no carro dele sem chance dele responder a minha educação.
– O seu carro novo é bem discreto, Santiago. – Maite disse enquanto ele segurava a porta para ela entrar após analisar o Jeep Renegade amarelo do Viegas.
– Eu gosto da cor – Disse e deu de ombros.
(…)
Vinte e cinco minutos depois chegamos perto do galpão escuro. Ele se localizava em um acesso da rodovia para uma estradinha de terra e havia muito mato ao redor, então Viegas diminuiu a velocidade e pegou a saída para lá. Não era longe, mas era praticamente impossível ver da estrada, o que deixava quem quer que seja livre de qualquer suspeita ou risco de batida policial. Ele parou o carro e desligou o motor.
– Como vai ser? – Perguntou Viegas olhando para o galpão a nossa frente.
– Eu entro e vocês rodeiam o lugar…
– Você vai sozinha? — Mai me olhou alarmada. — Nem morta, vou junto.
– Então vamos.. – Peguei minha arma conferindo-a pela última vez.
– Tem certeza de que não quer que eu vá com vocês, Annie? — Viegas perguntou alarmado.
– Não, está tudo bem, estamos em duas. Tome cuidado Viegas.
Saímos do veículo e olhei em volta para garantir que não havia mais alguém ali além de nos três. Ao nos aproximar do galpão, olhei para Maite e fiz o sinal para ela ficar a minha esquerda enquanto checava a porta.
– Merd@! Correntes – Sussurrei para Maite que também bufou a minha frente.
– Vê se dá pra passar. – Tento entreabrir a porta porém foi em vão pois as correntes estavam bem apertadas.
Um baixo assobio nos chamou atenção, era Viegas escorado na lateral esquerda do galpão
“Janela” silabou ele apontando para suas costas. Assentimos e fomos ate ele. Nas laterais do galpão haviam duas grandes janelas na parte superior. Viegas puxou o seu carro, em ponto morto, para estacioná-lo ao lado do galpão, para que pudéssemos subir nele para alcançar as janelas.
– Parece vazio. – Disse Maite analisando o interior do galpão em cima do teto do carro assim como Viegas e eu.
– É muito alto para vocês… – Começou Viegas
– Não nos subestime Viegas. – Digo analisando um caminho de tubulações que chegava até uma pilha de caixas do outro lado. – Vamos entrar e usar essas tubulações para chegar ao outro lado para descer.
– Tem várias caixas por aqui, com certeza vamos encontrar algo. – Maite completou enquanto prendia sua arma na cintura e se preparava para entrar junto comigo.
– Eu vou entrar com vocês!
– Viegas não…
– Não adianta Anahí, entrarei também. Serei mais útil lá dentro do que aqui fora. – Revirei os outros e resolvi não contrapor, vai que precisássemos mesmo dele.
Com extrema calma e precisão nos escorávamos pela tubulação para chegar ate o outro lado. Um passo em falso poderíamos cair e ter sérios problemas.
Viegas foi o primeiro a chegar nos caixotes e nos ajudou a descer. Seguros no chão empunhamos nossas armas e nos separamos para analisar o local. Peguei minha pequena lanterna e a segurei a cima da arma. O feixe de luz iluminava meu caminho revelando caixas e mais caixas. Andei pé ante pé no enorme galpão, ate chegar em uma das enormes caixas que ali tinham. Com um pouco mais de esforço consegui abrir e me deparei com o que procurávamos.
Havia tantos produtos eletrônicos ali naquela caixa, que dariam milhares se nas outras tivessem a mesma quantidade. Eram as cargas roubadas da Orange Inc, que provavelmente seriam revendidos sem o pagamento de impostos que o valor chegava a ser inestimável. Fotografei os produtos dentro da caixa e me dirigi mais a frente, encontrando alguns papéis em cima de outra caixa, que indicava a quantidade contida ali, quando seria despachada e quanto valia.
Concentrei-me nos números e em fotografar tudo o que eu achava pelo caminho. E então eu escutei.
Passos apressados e pesados, o que talvez não seriam de meus parceiro. Abaixei-me atrás de algumas caixas por precaução.
– Porr@! Temos que limpar o local… o chefe ficou sabendo da denúncia, a qualquer momento os “tira” aparecem aqui.
— Os dois caminhões já estão a caminho, só temos que dar cobertura a eles até tudo estar limpo.
Me escorei no caixote a fim de saber quantos homens ali tinham e qual ação traçar. Engatinhei de modo silencioso até outro corredor e confiei na minha audição para me dizer onde, exatamente, eles estavam. Me levantei um pouco, e pude vê-los a duas caixas de mim. Eu consegui visualizar quatro homens fortemente armados.
— Put@ que pariu. – Amaldiçoei baixinho, enquanto conferia minhas munições no suporte. Só havia levado dois pentes além do que estava na arma. Eu esperava que meus parceiros estivessem bem munidos e que não tivessem mais homens pelo local, se não estaríamos ferrados.
Os passos dos homens começaram a ficar mais próximos…
– Pedro?! – Um homem correu até o cara que estava próximo de mim. – Tem um carro parado no lado do galpão. Ta vazio, mas ele serviu de apoio para as janelas.
Porr@! Fomos descobertos.
– Se espalhem e atirem para matar. – Ordenou e escutei os passos se espalhando enquanto o barulho das armas sendo engatilhadas eram ouvidos.
Agora era tudo ou nada. Eles atirariam e nos atiraríamos. Era torcer para que saíssemos ilesos dessa operação.
Ao meu lado, um passo estava bem próximo, e eu já estava preparada para encontrar quem quer que fosse, quando o tiroteio começou ao lado Sul do galpão. Sem pensar me levantei e mirei na pessoa que estava se esgueirando ao meu lado, identifiquei um dos bandidos e atirei. O cara caiu e eu passei por ele, pegando sua arma em seguida como reserva. Os tiros começaram a ser constantes para aquele lado e eu fui para lá dá apoio aos meus parceiros, pelo caminho acertei mais dois. Pela quantidade de tiros, haviam mais homens pelo local.
Chegando ao sul do galpão consegui ver Viegas se protegendo de tiros em sua direção e ergui minha arma para lhe dar cobertura, porém um chute acertou minha mão que fez a minha arma cair ao chão, me virei e recebi um soco na altura do queixo que fez minha cabeça girar.
Porr@ isso dói caralh0!!!
Quando o homem me acertaria novamente consegui desviar e acertar um soco na altura de suas costelas o que o fez cambalear, aproveitando sua guarda baixa desferi um soco certeiro em seu rosto que o levou ao chão. Não satisfeita, chutei seu rosto novamente a fim de deixá-lo desmaiado o que consegui e sem pensar na minha dor, virei a metralhadora que peguei do sujeito e mirei nos homens que alvejavam meu parceiro.
Consegui derrubar os três, corri até minha arma e a peguei indo em direção ao Viegas, que já estava em pé mirando em outros homens que vieram até nós.
– Cadê Maite? – Perguntei agachada atrás da caixa enquanto eramos alvejados
– Na ponta leste do galpão. – Respondeu do mesmo jeito e recarregando a sua arma. – Vamos até ela! Pronta?
– Sim. – Ainda com a metralhadora, levantamos juntos e atiramos, parecíamos que estávamos nas gravações de Srº e Srª Smith, mas assim que derrubamos mais que a metade dos homens uma cena nos fez parar e se proteger.
O cara que eu suponho ser o tal Pedro estava com Maite. Minha melhor amiga estava de joelhos ao lado dele, com as mãos na cabeça e na mira da arma do infeliz.
– COMO É QUE É PORR@ APAREÇAM, ANTES QUE EU ESTOURE A CABEÇA DESSA VADI@.
Uma raiva cresceu dentro de mim, ao ouvi-lo xingá-la daquela maneira, eu estouraria os testículos dele.
Ele atirou em uma caixa perto da minha, mas me mantive fria. Qualquer movimento brusco ele poderia acertar Maite.
— ANDA LOGO PORR@ ESTOU COMEÇANDO A FICAR IRRITADO.
Fiz um sinal para Viegas de que daria a volta e pegá-lo por trás, Viegas assentiu e levantou a camisa me mostrando o seu colete a prova de balas. Acenei positivamente para ele enquanto comecei a engatinhar entre as caixas, no exato momento em que Viegas ficou de pé atraindo a atenção do homem.
– QUEM É VOCÊ FILHO DA PUT@?? – Perguntou alternando a mira entre Viegas e Maite.
– Viegas Santiago. Polícia Federal. Abaixe essa arma e você poderá ter garantias.
– VAI A MERD@ CARA!! VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA? CADE A OUTRA MULHER QUE ESTAVA COM VOCÊ?
– Ela foi baleada… – consegui escultar o susto de Maite com a informação falsa, que ela obviamente não sabia. – Ela está bem Mai… – Ele disse a minha amiga que já soluçava. – Cara você já feriu uma agente da Federal, não piore as coisas, solte-a.
– Você tá falando que eu vou sair daqui ileso. Ta me tirando filho da put@??
Eu levantei um pouco os olhos a fim de ver onde ele estava. Sua figura estava de costas para mim. Viegas estava conseguindo prender a atenção dele, porém a arma ainda estava apontada para Mai. Eu poderia vencer ali ou pôr tudo a perder.
Juntei toda a minha confiança e levantei-me de onde estava, ficando completamente exposta. Andei devagar até ele, tomando todo o cuidado do mundo para as minhas botas não fazerem barulho. E, por incrível que pareça, elas cooperaram.
Viegas havia me visto mas seu olhar não vacilou, o que eu agradeço por isso. Porque eu continuei me aproximando sem ser notada por ele. A um passo dele e com certa agilidade eu me joguei em cima de Maite, que a fez seu corpo ir para frente com o baque do meu, no exato momento em que Viegas atirou no ombro do infeliz que o fez urrar de dor ao cair no chão.
– Ai meu deus Anahí!! Você está ferida? – Maite começou a me apalpar enquanto Viegas algemava o cara, nos deixando em segurança.
– Eu estou bem Mai… eu não fui atingida. O Viegas estava distraindo o cara. E você? – Disse eu agora analisando o corpo dela.
– Eu estou bem. Ele só me rendeu.
– Eu chamei por reforço antes de você me encontrar Annie. – Comentou Viegas. – Eles já devem estar a caminho.
Assenti e logo olhei para Maite e por um momento o medo de perdê-la naquele momento me assombrou.
Mas Maite não estava morta. Estava tudo bem.
Aquilo seria ótimo...
Se eu não me sentisse estupidamente culpada.
A abracei com tanta força que as lágrimas desceram. Foi inevitável não pensar que mais uma vez eu coloquei em risco a vida de uma pessoa que eu amo por causa da minha teimosia e impulsividade. Eu quis vir sem autorização. Não quis escutar quando eles me disseram que seria perigoso e eu quase perdi minha melhor amiga por querer mostrar algo que eu nem sei o que para sei lá pra quem.
Autor(a): lenaissa
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– Tem certeza de que não quer que eu fique aqui com você? – Maite perguntou preocupada. – Tenho Mai. Eu estou bem. – Você não devia ter assumido essa culpa sozinha Annie, por que fez isso? – Mai, eu arrastei vocês para lá, eu tive a ideia, vocês foram para ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor