Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
A campainha estava soando muito alta. Deve estar com problemas, deduzi. Mas porque meu celular estava entrando em clima de Carnaval? Aquele caralh0 estava alto demais. Lembrei da madrugada. De ter virado uma sonâmbula do sex0 com Poncho e de como tudo terminou entre nós. Mas apesar de tudo, sorri com a lembrança das últimas doze horas.
Levantei da cama sentindo minha cabeça girar por causa do movimento brusco. Jesus, quantas horas eu havia dormido? Pior, que horas é?
Mas que campainha infeliz!
Andei até ela xingando mentalmente quem quer que seja. Que diabos, isto são horas?
Mas se nem eu sei a hora, como jogarei isto na cara de quem quer que seja. Abri a porta e dei de cara com Maite. Toda alegre e serelepe como sempre.
– O que diachos você faz aqui? Cadê a sua chave?
– Nossa! Isso é lá jeito de receber sua melhor amiga? A que suporta todos os seus surtos? – Ela entrou e logo se sentou na mesinha de centro. Eu queria a chutar de lá, mas estava com muita preguiça para isso. Logo me taquei no sofá, a sua frente.
– Olha, primeiro: não taca nossa amizade na minha cara, porque amiga é pra isso mesmo. Segundo: caramba, Mai, que horas são? – Ela riu antes de falar.
– Se eu não tacar, qual é a graça de ser sua amiga?! – Taquei a almofada nela que gargalhou. – Mas continuando, são meio dia. – Ela olhou para o relógio pendurado na minha cozinha antes de me encarar. – Está com uma cara de quem f0deu maravilhosamente bem. – Deu seu sorriso indecente. – Quero detalhes sobre o macho. Mas antes, o que é aquilo ali?
Perguntou apontando para um post-ir colado em meu abajur que estava ao lado do sofá. Estava com tanto sono que não o percebi. O li rapidamente e assim que o compreendi meus olhos se deslocaram para minha cozinha. Deixando minha boca completamente aberta.
"Annie, já deve estar bem tarde para um desjejum quando despertar. Mas não quis deixar você sem esse prazer. Espero que goste.
Poncho."
Mai sumiu dentro da minha cozinha e a escutei suspirar alto enquanto provava algo da mesa terrivelmente recheada feita por Poncho. Algo que fez eu me sentir mal por ser tão insensível com ele hoje de manhã.
Caminhei lentamente até a cozinha e sentei na cadeira. Enchi somente a minha xícara de café, para tomar. Eu realmente estava incomodada com tudo aquilo. Entretanto Maite comia tudo o que tinha naquela mesa.
– Está tudo bem?
– Sim. Não. – Balançou a cabeça se confundindo com as próprias respostas. – Na verdade, estou intrigada.
– Porque?
– Apareceram novas pistas, e tipo você sabe que meu forte não é desvendar códigos, coisa que você sabe fazer muito bem. Só que o Viegas não aparece desde de ontem. Toda vez que eu falo com ele pelo telefone ele diz que está resolvendo uma pista do caso. – Ela revirou os olhos antes de continuar. – Mas p0rra, querendo ou não estamos junto e com você suspensa, tive que vir até aqui escondida.
Me interessei de imediato pelo assunto.
– O que você descobriu? – Perguntei tomando mais um gole do café para despertar completamente.
– A concorrente da Orange pode estar envolvida no roubo.
– A Genoa S9? Como assim?
– Primeiro, está tudo organizado nas pastas que eu trouxe pra você ver. Segundo, não pense que desistirei dos mínimos detalhes da sua noite! Quero saber de tudo agora, porque estou em hora de almoço e preciso voltar a DP. Quem te preparou este banquete, sua vaca?! – Sorrio ao me lembrar dele.
– Poncho. – Ela arregalou os olhos e me olhava esperando as próximas palavras que a tanto interessava. – E sim, nos trasam0s. Quatro vezes.
– VADI@!!!! VOCÊ CONSEGUIU LEVAR ELE PARA A CAMA??? NÃO ESTOU ACREDITANDO ANAHÍ…
– Para de gritar sua louca! – A repreendi com um sorriso no rosto. – Os vizinhos não precisam saber que fui muito bem comida!
– Como assim muito bem comida? Poncho parece um principezinho. Deve fazer um papai e mamãe gostozinho…
– Amiga, eu também pensei isso. Mas ele me surpreendeu. Ele é muito gostoso, tem um p@u maravilhoso, uma língua expert em dar orgasm0s que put@ que pariu. – Conto tudo o que aconteceu entre mim e Poncho nessa madrugada.
Me lembrando de todos os toques.
Tudo.
******
Depois que Maite foi embora, eu arrumei minha cozinha, guardei o café da “manhã” que Poncho havia feito para mim, mas antes comi um pedaço de bolo com dois pães de queijo com um copo de suco. Limpei tudo, até mesmo a área onde Bartô fez suas necessidades, já que não consegui levá-lo para passear de manhã. Tomei um banho e voltei a dormir logo depois.
Somente lá pelas sete horas da noite que despertei com o toque de meu celular avisando mensagem. Haviam três ligações de Poncho e uma mensagem.
“Oi
Espero ter gostado do café.
Podemos nos encontrar novamente hoje?”
Eu sabia, antes mesmo de acontecer, que ele seria como um imã, sempre me puxando para mais perto. Mas eu esperava conseguir controlar essa força. Senão, tudo iria por água abaixo.
Pode não parecer, mas tenho coração e sei que posso ser muito boa em não me apegar. Mas também sei que uma atração pode pular para amarração.
Algo que não gosto.
Não quero.
Nem planejo.
Então o respondo com rapidez e lucidez.
“Hoje não vai dar Poncho.
Terei que sair mais tarde. Vou com as meninas na casa da mãe da Dulce.
Ps: Obrigada pelo café.
Bjs”
Assim que enviei, me toquei o quanto mentirosa fui. Já que não pretendia sair de casa e muito menos ir a casa da mãe de Dulce que havia falecido a seculos. Mas sem deixar espaços para o arrependimento e como boa investigadora que sou em não deixar pistas soltas, fui ate o interfone no hall e liguei para a portaria e informei ao crápula do turno da noite, para que avisasse que eu havia saído com as meninas caso Alfonso procurasse por mim.
Vai que ele não visualizasse minha mensagem a tempo e resolvesse vir até mim? Melhor não dar chances ao destino, né?
Voltei até o sofá e resgatei meu celular novamente. E dito e feito, ele ainda não havia visualizado minha mensagem. O aparelho berrou novamente em minhas mãos e levei um baita susto, respirei aliviada quando vi o nome da Dulce em meu visor. Atendi de imediato.
– VADIAAA… PORQUE FUI A ÚLTIMA A SABER QUE VC PEGOU O GOSTOSÃO DO PONCHO?!!
– Não grita amiga…
– COMO VOCÊ QUER QUE EU NÃO GRITE, ANNIE?? VOCÊ SABIA QUE AS AMIGAS DEVEM CONTAR SOBRE AS TR*NSAS MINUTOS DEPOIS QUE ROLOU?
– Dul, não sou mais virgem… Há muito tempo. E se continuar a gritar não contarei nada
– Tá, tá… to me acalmando. – Soltou e puxou a respiração do outro lado. Tive que sorrir com sua intenção de se acalmar. – Pronto já estou calma. Olha realmente as aulas de Yoga fazem milagres com nosso autocontrole.
– Autocontrole? Não foi isso que você apresentou segundos atrás..
– Annie cala a boca e para de me enrolar. Me conta como foi a cruza com o Poncho?
– Eu não sou uma cadela para cruzar Dulce Maria!
– Há controvérsia, amiga. – Ele diz com um sorriso zombateiro na voz. Cretina. – Anda logo, conta como foi!!
Passo praticamente meia hora no telefone, contando tudo e nos mínimos detalhes a Dul assim como fiz com Mai, por que somos dessas. A final não é todo dia que você é bem comida, né?
─ Até que enfim, você pegou um homem que sabe levar uma mulher aos mais alucinógenos orgasm0s.
─ Verdade. E ele ainda foi atencioso comigo depois que botei ele pra fora, acredita? Fez um banquete antes de sair enquanto eu estava pregada no sono. Nem levei Bartô para o passeio matutino dele. – Digo, esticando o pescoço para procurar pelo bendito. Havia sumido na cozinha. Mau sinal. ─ Mas o pior você não sabe, ele passou a tarde me ligando e me mandou uma mensagem ainda pouco perguntando se poderíamos nos ver de novo.
– E você vai, né?
– Claro que não Dul. O Poncho é um cara bacana, ele parece se apegar com facilidade…
– E daí Annie? Talvez ele seja o cara que vai te sossegar.
– Primeiro, você sabe muito bem que eu não me apego a homem nenhum Dulce. Não quero um relacionamento. Meu trabalho não me permite isso. E segundo, não quero sossegar!!
– Um caralh0 que não permite Anahí. Há vários agentes casados e com filhos no departamento. Isso tudo aí é medo de acontecer o mesmo o que aconteceu com teus pais.
Falar dos meus pais nunca será fácil para mim. Ainda mais sabendo o porque eles morreram e não me envolver com relacionamentos era de fato para não ocorrer o mesmo que com eles: Por uma vingança eles foram tirados de mim friamente.
E eu não quero causar essa sensação de ver a pessoa que você mais ama há mercê de bandidos que nada tem a ver com a pessoa. E a convivência com meu tio foi fundamental para eu aprender a não me apegar a relacionamentos.
– Não estou te reconhecendo. Agora virou defensora dos relacionamentos? – A acusei.
– Não vejo mal nenhum em ter um relacionamento. Eu só não encontrei aquele que me fez querer mudar minha vida.
– E nem eu Dulce. Você fala como se o Alfonso fosse esse cara…
– E por que ele não pode ser? Ele me parece ser um homem incrível, sem falar no sex0…
– Por isso mesmo. Ele é perfeito de mais. E eu não sou mulher para ele.
– Anahí…
– Chega Dul, não quero mais falar sobre isso. – Ela solta um muxoxo do outro lado, mas quando volta a falar, tenho certeza de que está sorrindo. – Já que você não quer, bem que poderia me deixar investir, né?
─ Vai a m&rda Maria! Tchau!
E, antes que ela possa fazer alguma gracinha, eu desligo. Volto a abrir o aplicativo de mensagem e percebo que Poncho ainda não visualizou minha mensagem. Suspiro e volto a olhar a foto do perfil dele e foi inevitável não sorrir com ela.
Ele realmente é um homem diferenciado. Um homem com um corpo maravilhoso, espirituoso, engraçado, de um coração grandioso que merece uma mulher a sua altura. E com certeza essa não sou eu. Continuo com meu devaneio por algum tempo e só paro ao perceber o estranho silêncio ao meu redor. Não havia talas em contato com o chão, nem nada que pudesse me dizer que Bartô estava por perto.
─ Bartô? ─ O chamo. Nada.
Ah, porcaria. Esse cachorro vai acabar com a minha paz!
(…)
"Quanto é que custa uma lata de lixo?"
Foi a mensagem que enviei à Dulce e Maite, que provavelmente estavam felizes pelos meus prejuízos com o Bartô. Depois de limpar toda a sujeira que ele havia feito na cozinha e descartado os pedaços da lata de lixo, deixei-o na área dele. Quando voltei, ele havia entrado num sono aparentemente pesado, o que agradeci e ainda estou agradecendo, mesmo agora, no banho.
Ao sair do box, enrolo a toalha em meu corpo e volto ao quarto. Antes que eu pudesse terminar de me secar e começar a me vestir, ouço o som do interfone no hall. Se fosse o escroto do porteiro do turno da noite para avisar sobre Alfonso eu daria um jeito de demiti-lo dessa vez.
– Fala?
─ Dona Anahí?
– Você interfonou para o meu apartamento, Antônio. – Respondo com grosseria mesmo, pois não suporto esse homem.
– É que tem um homem aqui querendo falar com…
– Mas que merd@ Antônio! Eu não disse que era para falar ao Alfonso que eu não estava?
– Mas não é ele. Esse que está aqui se chama Viegas…
Demorei para responder pensando qual seria o motivo da visita dele. Isso no mínimo é suspeito ou melhor é provocador. Não posso negar que a minha mente foi invadida por pensamentos pecaminosos, embora tenha ficado decepcionada com a atitude imatura dele ontem a noite.
– Posso mandá-lo subir? – A voz do asqueroso soa novamente.
– Sim, pode. – Suspiro levando os dedos esquerdo à têmpora.
– Pode subir, cara ─ O ouço dizer, num tom cheio de ironia. Ele não fala, mas tenho certeza que pensa que sou uma mulher da vida. E ele me odeia não por isso, mas sim porque não dei condições a ele e ainda esculachei com o macho escroto.
Bato o interfone com certa força no gancho. Vou até a porta do apartamento e a destranco deixando-a um tanto quanto escancarada, só para poder voltar ao quarto a fim de vestir uma roupa. Quando volto à sala a porta já estava devidamente fechada e Viegas se encontrava num canto do sofá. Olhava para Bartô com curiosidade.
─ Ele até que é bonitinho ─ Ela diz, erguendo os olhos de Bartô para mim.
Não sei dizer se é o meu ego ou se ele realmente pousou o olhar um tempo além do necessário em mim. Por mais que ele já tenha visto tudo, esse olhar foi diferente.
─ Claro que ele é! Ele é como eu ─ Digo, me juntando a ele no sofá. – A que devo a honra? – Perguntei encarando-o.
– Boa noite Annie, queria me desculpar pela noite de ontem... – Disse sem jeito.
– Foi uma atitude bem idiota Viegas. – Respondi me recostando no sofá e cruzando as pernas.
– Eu sei que foi. Por isso que estou aqui. Eu só fiquei preocupado de verdade com você.
Vi sinceridade em suas palavras então logo me desarmei, a final ele era meu parceiro e entre parceiro deve haver confiança um no outro. Isso era fundamental em nosso trabalho.
– Entendo, sua preocupação e agradeço; Só não esquece que sei me defender muito bem, ok? – Ele assente e me sorri mais relaxado agora. – Quer beber alguma coisa?
– Aceito.
– O que quer beber? – Indaguei levantando em direção ao bar do outro lado da sala.
– Você escolhe, qualquer coisa.
Peguei uísque e servi em dois copos sem gelo, ele levantou-se e caminhou até a sacada ficando de costas para mim, meus olhos não saiam das costas e do seu belo traseiro.
– Quer gelo? – Perguntei me aproximando.
– Não, puro mesmo.
Ele pegou o copo e tomou um gole e colocou-o na mesa de jantar. Retornou e parou tão próximo de mim, que seu aroma amadeirado inebriante invadiu minhas narinas. Levou sua mão até o meu rosto para dali tirar uma mexa do meu cabelo.
Viegas é um homem bonito e estiloso. Trans*r com ele novamente não está nos meus planos.
– Viegas… – Tentei protestar. Mas ele já estava em meu pescoço exalando meu cheiro, e causando arrepios por onde passava. – Acho… melhor ir… – Suspirei quando uma lambida foi dada naquela região.
– Você não quer isso, Annie.. – Sussurrou no meu ouvido e mordeu de leve meu pescoço. – Admita, você gosta que eu te toque. Assim… – Desceu a mão livre para o meu seio. Suspirei em resposta. – Uma distração, lembra?
Olhando por esse lado. Ele seria uma boa distração novamente, principalmente hoje depois dos acontecimentos com Poncho.
F0da-se! Eu faria, mesmo que seja para eu relembrar a mulher que sou!
Levei minhas mãos até seus cabelos e os soltei agarrando sua nuca e o puxei para um beijo. Nossas línguas duelaram uma com a outra, fazendo movimentos eróticos que imitavam sex0. Era desejo puro, cru entre nossas peles. Viegas agarrou a minha cintura com força e eu mordi seu lábio inferior passando as unhas pelas suas costas.
Eu tiraria Poncho dos meus pensamentos. Eu tiraria a sensação da pele dele em contato com a minha, que me perturbava a todo momento. E o Viegas seria minha válvula de escape para isso. E f0oda-se o que pensariam de mim. Eu sou assim e nunca neguei a ninguém!!!
Autor(a): lenaissa
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Vida que segue… Dou um impulso, mergulho. Começo a dar braçadas firmes e constantes... essa é a minha terapia: nadar. A primeira coisa que eu fiz quando decidi mudar para o Flamengo foi vasculhar o bairro. Um bairro com quase toda sua totalidade rodeada pela natureza. E fui me “esconder” o mais próxima a ela poss&iac ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor