Fanfics Brasil - Capítulo 26 – Vida que segue... Aprendendo a Amar!

Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA


Capítulo: Capítulo 26 – Vida que segue...

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Vida que segue…


Dou um impulso, mergulho. Começo a dar braçadas firmes e constantes... essa é a minha terapia: nadar.


A primeira coisa que eu fiz quando decidi mudar para o Flamengo foi vasculhar o bairro. Um bairro com quase toda sua totalidade rodeada pela natureza. E fui me “esconder” o mais próxima a ela possível. Uma casa no estilo rústico porém bem moderna.


 


E o que me fez concretizar de fato a compra foi a belezura escondida entre o jardim uma piscina de azulejos azuis, de 20 metros, esplêndida... no meio de um jardim de folhagens largas arbustos e duas árvores bem estilo arte-decô como pontuou vó Judith.


 


Nado aqui, todo dia de manhã, assim que acordo ou quando preciso pensar, resolver algum problema ou simplesmente esquecer da vida e relaxar.


 


Nado... nado... nado... e hoje, as minhas braçadas não são de relaxamento. São de frustração.


 


Frustração por ter cedido aos encantos dela. Frustração por não ter conseguido fazê-la se apaixonar antes de nos entregarmos. Frustração por ter levado um pé na bund* como previ que aconteceria quando ela tivesse de mim aquilo que ela tanto desejou. Frustração por ainda sim ser o cara bonzinho e me preocupar com ela quando se levantasse. Frustração por não conseguir ter a vergonha na cara de que tanto necessito para não correr atrás dela de novo...


 


Nado... nado... nado... e quando sinto uma fisgada na coxa, decido que quatrocentas piscinas já foram suficientes.


 


Porém levo um baita susto, quando emerjo na borda e dou de cara com Vó Judith deitada na espreguiçadeira um pouco mais a frente.


 


– Credo cruz, vó! – Exclamando caindo e afundando o corpo na água de novo. – A senhora sabe da fragilidade do meu coração! – Digo subindo novamente.


 


– No sentido metafórico ou literal? – Diz com sua serenidade advinda da idade.


 


Me enrolo na toalha enquanto respondo a ela.


 


– A senhora também sabe que em ambos os sentidos. – Digo me sentando aos seus pés na espreguiçadeira.


 


– Problemas com a menina Annie? – Afirmo com um menear de cabeça. – Você contou dos seus sentimentos por ela, querido?


 


– Não vó. Nos entregamos. Fiz amor com ela.


 


– E por isso que está chateado filho? Nunca vi você dar 20 voltas nessa piscina sem para um minuto. Nem me notou chegar.


 


– Porque ela é que nem o Ucker, não quer relacionamentos em sua vida…


 


– Ohh – Ela exclamou – Porque esses jovens são tão aversos ao amor? Um sentimento tão lindo. – Ela diz acariciando meus cabelos.


 


– Ela se faz de durona vó. Acredito que ela goste de mim. Nem que seja um pouquinho assim… – Fiz o gesto com o polegar e o dedão. – Mas eu já não sei se consigo fazê-la se apaixonar por mim. – Digo com um aperto no peito. Minha vó me sorrir com carinho.


 


– Mas eu tenho certeza que sim, meu menino. Não há quem não se apaixone por você. – Decreta com sua voz melodiosa e suave. – Você só precisa ser você, Poncho. Você é o homem que sabe trazer a simplicidade, a beleza, o amor para esse mundo tão pesado. Você é tão precioso meu menino. É como uma concha com uma pérola... – Ela repousa a mão tão calejada pela vida, na vida que bate em meu peito. – Precioso de mais. Merece uma mulher que te enxergue na sua totalidade, e se essa for a Annie ficarei feliz por você e muito mais por ela, por se permitir ser amada por você. – Eu já estava chorando. Por tudo: pelas palavras, o amor dela por mim, pelo meu desespero relacionado a Annie. Eu sou um chorão e não nego! – Não chora querido. – Me puxa e repouso a cabeça em seu colo em seguida ela começa a acarinhá-la. – O que acha de um banho e tomar um belo café que fiz a você.


 


– Eu não estou com fome vó.


 


– Mas você precisa comer menino. Como você vai conquistar a menina Annie magrelo desse jeito. – Ela me fez soltar um sorriso. – Imagina quando ela te receber na porta dela e vendo você com um buquê de rosas e chocolates, porém magrelo e pálido? – Rapidamente levanto a cabeça para fitá-la com atenção.


 


– O que a senhora está querendo dizer com isso, vó? – Sorrio, porque já imagino o que seja.


 


– Eu?! Nada. – Se fez de ofendida. – Eu quando era mocinha, meu pretendente ia ate minha casa com buquê de rosas e chocolates após voltar do trabalho. Sabe? Eram noites agradáveis. Porém ele não era raquítico.


 


Gargalhei enquanto limpava o rosto das lágrimas. Só vó Judith para me fazer chorar e rir em poucos segundos. Creio que Annie também será capaz disso, mas deixamos isso para depois.


 


– A senhora acha que devo ir mesmo? – Sabe aquele sentimento que você vai fazer uma coisa mais precisa de um apoio? Então estou com ele agora.


 


– Eu sou a favor do amor, do sentimento, te criei a base disso. Sempre serei a favor do amor. Então, trate de tomar um banho, se alimentar, trabalhar e depois comprar um belo ramalhete com deliciosos chocolates para conquistar o coração da sua amada. – Ela me sorrir enquanto se levantava.


 


– Não sei o que seria de mim, sem a senhora vó. – Digo a abraçando-a.


 


– Só quero seu bem, meu menino. Agora vamos, você tem muitas coisas a resolver.


 


Assinto e entramos em minha casa. Realmente ela havia feito um belo café da manhã para nos dois, o que eu deixei para a Annie não chegava aos pés desse. Minha vó caprichava na culinária. A deixei na cozinha enquanto subi para o banho e uma hora depois eu já estava de saída, alimentado e banhado, pronto pra outra.


 


***


Eram nove e cinco quando cheguei a veterinária. Rafael estava realizando suas funções quando me aproximei.


 


– E aí Poncho, bom dia! – O cumprimentei com um aperto de mão.


 


– Bom dia irmão. Como estamos hoje? – Pergunto vendo minha agenda.


 


– Duas consultas de rotina, tosa e banho e uma castração a tarde. – Me informa.


 


E no momento seguinte a porta rangeu sendo aberta. Olhei rapidamente naquela direção. Era Carmen que entrava, uma das minhas clientes mais fiéis. Ela trazia ao seu lado, seu cão e companheiro. Segundo ela, após a morte do seu esposo, o animal tornou-se seu melhor amigo. Muitas pessoas diziam que ela era louca, que achava que o cachorro era seu esposo, mas eu não acreditava naquilo. Os animais são um alento ao coração.


 


– Olá, Doutor! – Mesmo eu sendo um simples veterinário, para ela, eu era um médico. Eu já tinha esclarecido esse assunto diversas vezes, mas não deu em nada. E acabei desistindo de explicar.


 


– Olá senhora Carmen! Seu amiguinho veio tomar banho? – Falei caminhando em sua direção, colocando o braço sobre seus ombros.


 


– Sim, ele já está sujo. Eu ia trazer ele amanhã, mas ele decidiu tomar banho hoje, fazer o quê? – Deu de ombros.


 


Entregou-me a coleira e foi em direção ao balcão, onde Rafael estava de costas ajeitando alguns produtos na prateleira. Assim que ele ajeitou os produtos ele foi até sua direção para abraçá-la. Carmen era uma excelente pessoa e uma amiga para as mais difíceis situações. Seus conselhos e sua sabedoria era algo extraordinário no seu caráter.


 


Pena que vó Judith sente ciúmes dela comigo.


 


Abaixei-me para acariciar o seu pequeno companheiro. Esfreguei a mão sobre sua cabeça, permitindo que ele lambesse a palma da minha mão. Era um cachorro pequeno da raça spitz alemão, seu pelo era amarelo amarronzado. Peguei-o nos braços e levei-o até os fundos da veterinária. Daria início um dia cheio de trabalhos e quem sabe o fim desse dia seja recompensado com a presença da minha deusa?


***


Durante a tarde, após a cirurgia de castração, tentei ligar para Annie umas três vezes e sempre caia em caixa postal. O que me deixou meio cabreiro. Pois das duas a uma: ou ela estava ocupada ou estava me evitando.


 


Mas munido da autoconfiança que minha vó ejetou em mim logo cedo, as seis da noite eu deixei a clínica aos encargos do Breno, meu outro funcionário para aquele turno, e fui para casa. Porém antes passei em uma floricultura e na Cacau Show para colocar as ideias de vó Judith em prática.


 


As sete em ponto eu estava em frente ao seu apartamento. Do carro mesmo eu mandei uma mensagem para ela, já que não me atendeu quem sabe ela não me respondesse por mensagem. Depois que enviei me toquei que fui burro. Pois eu já estava ali embaixo. Se ela respondesse sim, o que eu faria?


 


Falaria pra ela descer que eu já estava ali? Sorrio negando com a cabeça dessa ideia idiota que só eu sou capaz de ter. O mais sensato seria eu esperá-la dentro do carro até o horário que combinássemos. Sim isso seria sensato, se não fosse pelos chocolates repousados no banco ao meu lado. Eles derreteriam com certeza, se eu tiver que esperar muito.


 


Porém minhas vagações foram interrompidas quando o celular vibrou na minha mão ao ser desligado de repente.


 


Mas que droga foi essa?


 


Tentei reiniciá-lo mas a mensagem de sem bateria apitou na tela. Droga!


 


Vasculhei o meu porta-luvas atrás do meu carregador e o encontrei, pluguei no adaptador do carro e ao telefone. Porém o carro deveria estar ligado para a troca de energia. Então o liguei e dei uma volta pelo quarteirão. Eu só precisava de pouca bateria para trocar mensagem com ela e depois não mexeria mais no aparelho.


 


Quinze minutos depois, um homem me chamou a atenção parado em frente ao prédio dela ajeitando seu casaco e logo em seguida entrou no prédio. Estacionei o carro, enquanto as imagens do sujeito refrescavam minha memória.


 


Era o parceiro dela. Que estava discutindo com ela ontem e que veio me encarar.


 


Viegas! Isso.


 


Foi esse o nome que ela disse ao confrontá-lo quando entrou no meio de nos dois.


 


Ela havia me dito que ele era seu parceiro, mas o jeito que ele olhava para ela e depois pra mim não me deu a certeza de que eram somente colegas de trabalho. Um frio subiu pela minha espinha ao constatar algo.


 


O que me fez pular do carro e seguir para a portaria do prédio dela. Assim que pisei dentro do edifício o vi entrar no elevador. Minha intenção era entrar junto, mas o porteiro me bloqueio no caminho.


 


– Ei amigo, não pode entrar sem ser anunciado. – Disse ele a minha frente. Era um cara parrudo, com os braços que davam três dos meus. Eu não sabia como as meninas se interessavam por esses homens que só malham os braços e que se pareciam o Jhony Bravo. Mas né, vai saber?


 


– Desculpa, cara. É que eu queria ir para o apartamento da Anahí Portilla… – Ele fez uma careta, e logo vi que algo estava errado.


 


– Qual seu nome?


 


– Alfonso.


 


– Hi desculpa Alfonso, mas a dona Anahí saiu com dona Maite e dona Dulce. – Ele estava mentindo, pois seus olhos paravam em tudo e menos em mim.


 


– E o cara que entrou agora, Viegas. Ele foi vê-la? – Perguntei e o vi arregalar os olhos com minha indagação.


 


– Caralh0! – Xingou e logo se voltou para mim. – Olha cara, não é da minha conta, mas você me parece um cara legal e não merece passar por isso. Mas a dona Anahí está aí sim e me pediu para não deixá-lo subir. – Um baque foi o que senti. Senti meu coração perder uma batida com a informação. – E se quer um conselho? Não vale a pena. Esse aí já saiu daqui no dia seguinte, ela é… – Não o deixo terminar, porque só aquilo já me feriu demais e eu começaria a chorar em instantes, então sai do prédio as pressas.


 


E assim que bati a porta do carro o choro veio.


 


Não havia se passado nem vinte e quatro horas que eu estive com ela e perceber que eu não era nada pra ela doeu pra caramba. Nem quando Jéssica terminou comigo doeu tanto assim. Vocês podem não acreditar, mas me apaixonei por ela de verdade e depois de ontem só confirmou meus sentimentos.


 


Meu celular apitou, assim que ele reiniciou quando o quantitativo de energia o permitiu ser reiniciado. E quando o som de nova mensagem soou pelo carro, me arrependi amargamente de ter aberto e lido a mensagem dela. Foi a gota d’água para acabar com o meu coração.


 


O choro chega a ser angustiante, por chegar a conclusão que o amor, que minha vó sempre fala e viveu com meu avô, não é para mim. Eu busquei, me entreguei aos meus relacionamentos, aos meus sentimentos e em nenhum eu tive retorno. Em nenhum me senti amado por muito tempo.


 


Quero ir embora, sair daqui, mas eu preciso ver, preciso saber quando ele sairá para que em fim meu subconsciente e meu coração entendam que persistir nessa “relação” com Anahí não vai dar certo.


 


Então, enquanto eu espero, eu choro. Porque é a única coisa que sei fazer chorar…


 


Chorar pela relação desastrosa dos meus pais…


Chorar pela morte da minha mãe…


Chorar pelo meu primeiro fora…


Chorar pela morte dos meus animais…


Chorar pelos pés na bund@ que recebi…


Chorar agora, por ela… que nem me deixou chegar e já me expulsou da sua vida.


***


Três e quinze da manhã.


 


Esse é o horário que ele está deixando o prédio.


 


O acompanho sair com um sorriso no rosto. O sorriso da vitória.


 


Com a cabeça recostada no suporte do banco do meu carro, o vejo entrar no seu e sair sorrindo.


 


Enquanto eu encaro o nada após sua partida na madrugada, dos meus olhos nenhuma lágrima ousa sair. Com o passar das horas eu soube contê-las. Eu soube ferir meu coração como nenhuma outra doença soube. Eu soube que ali era o meu ponto final com ela.


 


Instintivamente eu olhei para o banco do carona e encontrei as flores e o chocolate. Olhei e reli o cartão. Com uma caneta que peguei no painel, rabisquei o que havia escrito quando comprei as flores e logo abaixo escrevi novas palavras.


 


Palavras tão verdadeiras que eu aprenderia a pô-las em prática.


 


Sai do carro munido das rosas e do chocolate, provavelmente derretidos.


 


Entrei no prédio e o mesmo porteiro me olhou assustado. Nem dei tempo dele falar...


 


– Entregue isso a ela por favor… – Deixo as coisas sobre o balcão e me afasto.


 


– Mas está muito tarde para…


 


– Entregue quando bem entender… – Digo já saindo pela porta que entrei, sem nem olhar para trás.


 


Entro em meu carro e saio dali com pressa. Dali nada mais me resta. Ali enterro uma linda história de amor que poderia ter dado certo se ela quisesse.


 


Mas ela não quis...


 


******* 0_0*****


Só eu que acho que a Annie perdeu um grande amor??


 


 


 



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Autor(a): lenaissa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 392



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  • beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08

    Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3

  • degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23

    Continua

  • beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05

    Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa

  • beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12

    Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss

  • NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50

    Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.

  • NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06

    Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.

    • lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46

      Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!

  • degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09

    Continua &#128591;&#128588;

  • lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31

    Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.

  • Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00

    Continua

  • Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40

    Continua por favor


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