Fanfics Brasil - Capítulo 27 – Lembrei dos seus olhos, lindos e profundos como um oceano. Aprendendo a Amar!

Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA


Capítulo: Capítulo 27 – Lembrei dos seus olhos, lindos e profundos como um oceano.

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Aprecio o nascer do sol de minha varanda, com Bartô em meu colo, em um sono dos justos. O que eu não consegui fazer desde quando Viegas saiu de minha casa há três horas.


 


Trans*r com ele foi um erro? Foi. Não nego. Mas eu precisava colocar as ideias no lugar. Mas a droga da minha mente não me mantinha afastada das lembranças da noite com Alfonso. E a tentativa frustrada de tirar esses pensamentos do meu sistema com o Viegas foi a gota d’água.


 


No início eu fiquei com tesã0, estava no clima, mas, de repente, quando já estávamos em ação, Poncho invadiu a minha mente e eu perdi completamente o fio da meada, por um momento já não era mais Viegas me prensando contra a parede do meu apartamento, era Poncho ali. Mas a realidade logo veio a tona e percebi quem realmente estava transand0 comigo naquele momento. A excitaçã0 que eu sentia antes desapareceu de imediato, e tudo que pude fazer foi deixar apenas que Viegas g0zasse e fingir um orgasm0 logo em seguida. Tentei enxotá-lo depois, nem oito horas eram ainda. Mas ele acabou me pegando no meu ponto fraco: meu trabalho. E ficamos o resto da noite estudando o caso que Maite havia levado mais cedo.


 


Mas voltando ao Poncho… Eu achei que precisaria apenas de uma noite com ele pra me livrar daquela vontade que eu sentia de ter o seu corpo contra o meu, mas eu admitia agora que estava enganada. Parece que eu precisaria ter um pouco mais dele ao meu redor para finalmente me sentir saciada e seguir em frente.


 


Merd@, eu precisava ter o Poncho de novo.


 


E ali, sentada com meu cachorro, eu pensei nas minhas possibilidades para tê-lo novamente. Eu tinha três regras em relação ao sex0:


 


1° Tentar não repetir uma trans*.


 


Não que eu saísse por aí transand0 com todos os caras que apareciam na minha frente. Eu gostava de sex0, mas não era ninfomaníaca. Eu apenas não gostava de figurinhas repetidas no meu álbum. Se os caras podiam variar, eu também podia.


 


2° Amizade com benefícios.


 


Era assim que se resumiam as minhas relações mais duradouras com as raras tr*nsas repetidas. Caso repita o par, deixar bem claro as minhas intenções seriam baseadas no sex0 sem compromisso, na amizade colorida. Sex0 sem cobranças. Sem ciúmes. Sem possessividade. Sex0 com prazo para acabar, quando qualquer um dos dois tiver vontade de colocar fim em tudo. Simplesmente acaba. Sem crises, sem choradeira. Rápido, pratico e fácil. Como arrancar um band-aid. Foi assim com o Allan, meu ex p@u amigo do DP.


 


3° Não me apaixonar.


 


Em hipótese alguma. Nunca.


Paixão ou amor estava fora de cogitação para mim. Se Deus quiser e Ele há de querer que dessa água não beberei!


 


Relembrando minhas regras, notei que infelizmente Poncho já se encaixaria logo de cara na regra número dois. Eu queria repetir a dose com ele, era uma droga admitir isso para mim mesma, mas eu queria.


 


Porém eu pensei também nele, em como ele ficaria nessa regra. Como ele reagiria. Mas se eu deixasse claro todas as minhas intenções com essa regra e ele aceitasse, eu não teria culpa se ele se magoar no final, né? Para ele também seria vantajoso, já que ele não queria que eu o afasta-se de mim.


 


Então decidida eu apanhei meu celular, disposta a fazer uma proposta irrecusável a Alfonso Herrera. Bartô resmungou quando me mexi para fazer a ligação. Mas a informação no canto superior esquerdo me tirou um pouco dessa animação.


 


Ainda eram seis e quinze da manhã. Com certeza ele ainda estava dormindo. Então prefiro ligar mais tarde. E como estou sem sono, decido tomar meu banho, tomar café e levar Bartô para sua caminhada diária. Quem sabe assim o tempo passe mais rápido do que o esperado.


***


Desci até o hall do meu prédio e o idiota do porteiro não estava lá. Provavelmente estava de gracinhas com alguma funcionaria do prédio. O turno dele terminava as nove, então provavelmente eu o encontraria quando voltasse. Foi inevitável não reparar no buquê de rosas azuis intensos em sua mesa. Se fosse dele, ele, pelo menos, tinha bom gosto para escolher rosas. Travando minha curiosidade de vasculhar o bilhete que estava sobre elas, puxo Bartô para fora do edifício dando assim inicio a nossa jornada.


 


Eu já amava meu cachorro, mas ele era completamente louco.


 


Bartolomeu não passava de um vira-lata com apenas três meses de idade, com uma pata quebrada e estava naquela fase de comer tudo que havia de mais emporcalhado pelo caminho.


 


Ou ao menos eu esperava que fosse só uma fase. Eu tenho que perguntar isso ao Poncho depois.


 


Mesmo Bartô sendo meu primeiro cachorro e aqueles eram minhas primeiras semanas com ele, eu me esforçava para entendê-lo da melhor maneira possível, mas meu conhecimento se limitava a ficar em desespero com a quantidade de porcaria que ele comia e fazia enquanto não estava dormindo.


 


Isso me deixa exausta.


 


E nessa manhã não foi diferente, eu checava meu e-mail pelo celular com uma mão e segurava a guia de Bartô com a outra quando ele parou num determinado ponto do caminho para fazer suas gracinhas.


 


A gracinha do momento era comer pedrinhas.


 


Se eu estivesse com o humor melhor, teria rido da situação. Mas não foi isso que eu fiz.


 


– Seu filhote de araque! Só vai aprender que nem tudo é comestível quando algo te fizer mal. Aí você vai ver o que é bom pra tosse! E então eu quero ver! Vai correr pro meu lado chorando? Eu vou rir da sua cara há-há-há, bem assim! – Reclamei em alto e bom som.


 


O problema era que alguém além de Bartô escutou.


 


– Que feio. Brigar com uma coisa tão fofa dessas. – Assim que bati meus olhos nele o reconheci.


 


– Bom dia estranho.


 


– Bom dia Furação Anahí Portilla!


 


Era o cara do abrigo do Poncho. E devo confessar que ele estava uma delicia com uma bermuda de moletom, marcando seus atributos, uma regata cinza que delimitava todo o seu tórax definido e regado de suor. Uma visão dos deuses.


 


– Gostou? – Me diz depois de ser pega o analisando de cima a baixo. Sorrio.


 


– Já vi melhores. – Ele explode em uma gargalhada que me faz sorrir.


 


– Definitivamente Anahí você é inesquecível. – Ele me sorrir e mostra todos os seus dentes brancos e alinhados. – Lucas Gonçalves, a seu dispor. – Ele me estende a mão que eu o aperto em seguida.


 


– Não me lembro de perguntar seu nome. – O provoco enquanto ele mantém o sorriso.


 


– Não me importo. – Da de ombros. – Esperei que me ligasse…


 


– Jura? – Ele assente ainda sorrindo. Será que ele nunca vai parar de sorrir desse jeito? – Pensei que fosse um homem experiente Lucas…


 


– E eu que você fosse uma mocinha ingênua, que cairia facilmente em minha rede. – Agora fui eu a gargalhar com a sua provocação. Realmente ele tinha senso de humor. – Aceita uma água de coco na minha companhia?


 


Olho para o relógio e já são oito e dez da manhã. Faltando vinte minutos para o tempo que estipulei para ligar para Alfonso.


 


– Aceito. Uma delicia dessas de manhã não se dispensa.


 


– Quem? O coco ou a minha pessoa?


 


– Quem sabe os dois. – Digo piscando para ele e seguindo com Bartô até o quiosque que tinha ali na praça.


***


As nove e quinze volto ao meu prédio, após conversar mais do que o esperado com Lucas. E confesso que ele é uma companhia agradável. Em nossa conversa descobri que ele já foi casado por cinco anos e depois de uma traição ele está se permitindo a desfrutar dos prazeres da vida, ele até tentou me convencer a ser um desses seus prazeres, mas meu foco estava em outro no momento, mas não o descartei. Ele é advogado criminalista e trabalha como voluntário no abrigo desde quando a mãe do Poncho, fundadora do local, faleceu. Fiquei curiosa a perguntar mais sobre a história do abrigo, mas eu queria escutar essa história da boca dele. Lucas me disse que estava em um caso complicado onde estava tentando colocar nas grades um marido acusado de matar a mulher brutalmente. Caso do qual eu tinha conhecimento, pois não se falava em outra coisa nas delegacias da cidade. Ele queria saber da minha profissão porém policiais não saem por aí falando que são policiais, por isso disse a ele que era consultora de imóveis. O papo girou em torno de banalidades e flertes, mas quando olhei o relógio realmente me espantei e esperava pegar Alfonso em casa ainda.


 


– Dona Anahí? – O traste do porteiro me chama assim que passo por ele.


 


– Fala. – Digo o olhando e o pego me medindo das cabeças aos pés. Eu ainda darei uma surra nesse homem.


 


– Deixaram isso aqui para a senhora ontem. – Ele me estende o ramalhete de rosas azuis, o cartão e uma caixa embrulhada com uma embalagem da HelloKate. Franzi o cenho ao olhar aquilo. Quem me mandaria uma embalagem daquelas?


 


Peguei o cartão e me assustei com o que li.


“Só não precisava mentir… Pode deixar que te deixarei em paz.”


Se eu pudesse me ver em um espelho, com certeza eu estaria branca que nem papel. Um nó se formou na boca do meu estômago. Eu só menti para uma pessoa. Mesmo assim eu fiz a pergunta para Antônio com meus olhos ainda fixo no bilhete.


 


– Qu.. quem enviou isso? – Digo num fio de voz.


 


– O rapaz que a senhora pediu que eu não deixasse subir…


 


– Que horas foi isso Antônio? – Olhei para ele furiosa, como se ele tivesse culpa de alguma coisa. Mas aquelas palavras tinham tanta tristeza, que meu faro policial me alertava para o pior.


 


– De madrugada dona An…


 


– QUE HORAS DEMÔNIO?? – Grito com ele sem nem me importar onde estávamos. Ele arregalou os olhos com o susto num primeiro momento, mas depois seus lábios exibiram um sorriso que eu conhecia muito bem.


 


O sorriso da vingança.


 


– Depois que o rapaz que estava em seu apartamento desceu. – Nauseada. Eu estava a ponto de colocar meu café para fora. – Acho que ele nem foi embora depois que eu liberei a passagem do outro. – Ele finaliza e eu me apoio no balcão.


 


Eu não podia acreditar que ele viu o Viegas subindo e saindo altas horas da madrugada. Ele deve estar pensando que eu trans*ei a noite toda com ele, sendo que nem ao ápice cheguei.


 


PUT@ QUE PARIU!


 


Pego o ramalhete, o cartão, os chocolates e Bartô e subo pelas escadas. Estava atordoada de mais para esperar pelo elevador e ainda ficar no mesmo ambiente que aquele crápula. Assim que entro em meu apartamento, deixo Bartolomeu no chão e alcanço meu celular e disco o número de Alfonso.


 


O telefone… toca, toca, toca, toca e cai na caixa postal.


Tento de novo. E dá no mesmo.


 


– Droga! – Largo o celular no sofá e vou até o cartão novamente.


 


Nele havia algo escrito anteriormente, pois estava rabiscado. Munida dos meus conhecimentos policiais, vou até o meu bloco de notas ao lado do telefone fixo e repouso o cartão em cima. Com a caneta repasso a tinta sobre o rabisco e poucos minutos depois descubro o que ele havia escrito anteriormente.


 


“Assim que as vi, lembrei dos seus olhos… Lindos e profundos como um oceano.


Poncho”


 


 


*** 


Lucas Gonçalves



Bom é isso amores.  Com um dia de atraso, mas postei ;)


Nos vemos na próxima semana!


Beijocas!!!!


 



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Autor(a): lenaissa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 392



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  • beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08

    Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3

  • degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23

    Continua

  • beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05

    Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa

  • beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12

    Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss

  • NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50

    Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.

  • NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06

    Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.

    • lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46

      Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!

  • degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09

    Continua &#128591;&#128588;

  • lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31

    Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.

  • Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00

    Continua

  • Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40

    Continua por favor


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