Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Após um dia turbulento no DP, retornei para meu apartamento para continuar minhas análises. Descobri que eu tinha em mãos um grande esquema de desvios de verbas públicas de uma empresa estatal para a concorrente da Orange Inc, a Genoa S9. Tal esquema envolvia muitos políticos, autoridades, empresários, funcionários públicos de alto escalão, etc. resultaria em um grande número de processos, prisões e certamente desestabilizaria as finanças da estatal envolvida. Porém o motivo para tal esquema ainda era obscuro pra gente. Porém Maite e eu desconfiamos que seja espionagem Industrial entre as empresas, mas o motivo para a participação estatal nisso ainda não desvendamos. Sempre que conseguia um documento importante, apresentava para Viegas também, que avaliava e me certificava a autenticidade dos documentos.
Por falar nele, nosso contato era apenas profissional, nem bom dia ele me dava e eu também não fazia de questão alguma. Eu agora tinha Maite como minha parceira oficial e ele estava como detetive complementar, isso não nos obrigava a buscar e a estudar pistas juntos. Mas apesar dos pesares Viegas era um excelente investigador e sempre compartilhávamos informações valiosas de nossas descobertas
Passei o sábado inteiro trancafiada em meu apartamento e com o celular desligado, se tinha algo que eu adorava fazer, além de sex0 claro (que alias estava em falta a muito tempo), era o meu trabalho, não poderia ter escolhido outra profissão. A medida em que minhas investigações avançavam eu ficava tão empolgada que esquecia até de curtir a noite, era algo que eu estava fazendo com bastante frequência nas últimas semanas.
Minhas investigações avançaram consideravelmente, estava em êxtase com as descobertas recentes. Mas, minha concentração foi interrompida quando Maite e Dulce adentraram em meu apartamento com sacolas de supermercado nas mãos.
– Não sei o que está acontecendo com você… – Começou a Ruiva endiabrada. – Mas você está meia aérea em sua vida social que nem supermercado fez essa semana.
– Como você sabe disso? – Perguntei me virando para ambas que deixavam as compras na bancada da cozinha.
– Vim aqui ontem a noite para jantar. E olha só a minha surpresa? Não tinha nada em sua dispensa.
– E olha só a minha surpresa Maria? – Digo me levantando e indo até elas. – Eu nem sabia que você tinha vindo aqui!
Elas simplesmente riram da minha cara.
– Pronto. – Se manifestou Maite após guardar as compras do armário. – Eu disse a você que dar a chave na mão da Dulce era suicídio. – Disse em minha frente quando sentou-se na banqueta.
– Se arrependimento matasse. – Digo revirando a sacola que a ruiva estava esvaziando e guardando os produtos na geladeira. – Chantilly?? Pra que isso? – Dulce revirou os olhos.
– Ai Annie, imagina essa belezura na Annizinha e a boca do Poncho limpando-a?
– Eu já disse que não tenho mais contato com o Poncho e segundo ele não parece que topa esse tipo de coisa.
– Você só pode estar louca Anahí. Você mesmo disse que o Poncho é o Deus do sex0…
– E ele é Mai…
– Então ele, com certeza, vai aprovar o gosto da sua periquita com Chantilly. – Dulce Maria chega a ser a mais depravada do que Maite e eu juntas, Jesus Cristo.
– Ele não quer me ver nem pintada de ouro. – Digo a elas o que já disse a milhares de vezes.
– Como você sabe? – Maite questionou. – Você mesmo disse que depois que ele saiu da delegacia você não procurou por ele.
Faz mais de uma semana que não nos vimos, o que significa mais de dez dias desde que ele saiu da delegacia sem me olhar. Eu não fui mais na veterinária e, a essa altura do campeonato, desconfio de que ele já tenha me esquecido, pois ele também não fez questão de me procurar. Mesmo depois de tudo o que eu disse a ele aquele dia.
Durante estes dias eu o acompanhei pela televisão, pelo caso do cachorro. O admirei ainda mais, pois ele foi incansável na busca pela justiça ao cão. Ele chegou a participar da segunda operação do qual o cachorro sofreu. E que tudo indicava ele vai levar o cão para o seu abrigo quando ele estiver alta.
Minha mãe, em vida, sempre dizia que pessoas que amam os animais são pessoas diferenciadas. E vendo Alfonso tão participativo naquele caso, sua preocupação com o cão e com tantos outros animais, como vi no abrigo, só comprova ainda mais o quanto esse homem é especial.
O que me dava mais vontade de ficar perto.
O que era bastante estranho vindo isto de mim.
– Eu acho que você devia ir atrás dele. Para quem sabe, uma despedida decente entre vocês.
– E como seria isso Dul? – Digo sorrindo pois sabia que viria sacanagem a seguir.
– Com um excelente sex0, regado a Chantilly e 0rgasm0s múltiplos. Que segundo você mesma, ele é capaz de dar. – Diz simplesmente e coloca um morango na boca. Maite ri e faz o mesmo, concordando com a ruiva.
– Vou pensar no caso. – Digo ainda sorridente por ter duas loucas sexu@is como amigas. – Vamos pedir uma pizza para terminar a noite?
– Já pedimos meu bem. Enquanto subíamos no elevador. – Reviro os olhos.
Sem muita alternativas, ajudo Dulce a guardar as compras enquanto Mai pega os utensílios para comermos a pizza.
Eu tentei evitei por muitos dias, mas nunca consegui parar de pensar em Alfonso. Por que eu tenho que ser tão estúpida?! A minha pretensão sempre foi encontrar homens bom de cama, sem amarras, sem mimimis, caras de f0das sem compromisso. E não um cara legal, que fosse gentil, inteligente e fodástic0 na cama e que, agora, parece me odiar.
***
Após uma noite de muita conversa a cerca de Alfonso Herrera, Maite e Dulce foram embora quase uma da manhã. E eu não consegui dormir devido as caraminholas que elas implantaram na minha cabeça. Pra elas eu deveria dar uma chance ao Poncho. Pra elas eu devia baixar a guarda quanto a ele. Pra elas eu tenho que procurá-lo e tentar me acertar com ele. Pra elas Poncho não é um menino e sim um homem e que vai saber entender as minhas ressalvas sobre relacionamentos. Pra elas eu mudei depois dele, pois não pego mais ninguém a dias.
P0rra!
Eu não sabia mais o que fazer.
A última coisa que me lembrava de ter feito nessa madrugada, foi ter ficado olhando a foto dele no perfil do WhatsApp. Dormi em cima do meu celular, o que não foi nada legal, já que eu me esqueci de ativar a porcaria do alarme e acabei acordando muito atrasada. A final não é todo domingo que eu tenho plantão no DP.
Como já era sete e meia da manhã, eu precisei me levantar às pressas. Acordei com muita dor de cabeça e um péssimo humor, como sempre acontecia quando eu me atrasava por algum motivo estúpido.
Vesti as primeiras coisas que encontrei em meu guarda-roupa uma calça jeans escuro, um suéter branco de gola V e uma jaqueta de couro preta me protege do frio que tenho certeza que faz lá fora. Solto um palavrão quando a ponta do pincel do delineador atinge meu glóbulo ocular. Essa merd*a arde!
Meus cabelos estão soltos, e as ondas, por incrível que pareça, domadas. Calço meu salto preto e apanho a minha bolsa e meu equipamento e, desesperada, corri para fora do apartamento, como se correr fosse adiantar de alguma coisa. Deixei o estacionamento como uma louca, o que me rendeu muitas buzinadas, mas não me importei nem um pouco.
A única coisa chata no meu trabalho é os plantões de final de semana. Esses plantões se davam para não deixar as delegacias sem policiais e agentes durante os finais de semana tranquilos (aqueles em que não há eventos pela cidade). Se o quadro funcional de um Departamento de Polícia é de 100% durante os dias úteis, nos sábados e domingos os plantões eram divididos. Ou seja, se temos quatro finais de semana em um mês, os departamentos internos devem dispor 25% do seu pessoal para cada final de semana.
Então aqui estou. Enquanto o tempo passa eu faço os meus relatórios de progresso no caso da semana que passou. Toda semana os agentes precisam fazer tal atividade, para que nada passe despercebido em suas investigações. A tarde ainda fiz uma batida em uma casa abandonada que segundo nossas investigações era a casa onde Pedro frequentava. Lá encontrei bastante notícias de jornais e revistas sobre a Orange Inc e um cartão do Advogado da Genoa S9, Marcelo Castro, o mesmo que o defendeu e que conseguiu o habeas corpus para ele. Que as duas empresas estavam relacionadas ao roubo era óbvio, mas ainda não encaixava a peça da empresa estatal neste caso.
As seis bati meu ponto. Pronta para ir para casa e descansar minha cabeça. Eu estava com um cansaço mental absurdo. Peguei meu carro e rumei pelas ruas cariocas, liguei meu som e deixei o relaxamento momentâneo instaurar-se em meu corpo.
Mais a frente avisto a minha panificadora preferida, a "Doces Corações". Aquele lugar possuía as melhores sobremesas da cidade, dezenas de coisas que você não deveria comer, expostas em um mesmo lugar. E naquele momento, eu, definitivamente, estava precisando de uma sobremesa.
Comprei sonhos de doce de leite, algumas fatias de bolos, incluindo um de chocolate, mini churros e, como não poderia deixar de ser, alguns brigadeiros. Quando percebi que havia exagerado na compra, eu já estava dentro do meu carro, com as sacolas no banco de trás.
Virei-me para apanhar a embalagem que armazenava os sonhos. Não liguei o carro antes de dar a primeira mordida naquela bomba calórica e, com uma mão no volante e a outra no sonho, segui pela estrada, devorando-o completamente.
Quando o sinal fechou, eu voltei o meu olhar para o outro lado da rua e observei o movimento, enquanto o semáforo não ficava verde. O que chamou minha atenção não foram as belezas da cidade, mas um homem, um muito familiar, com umas sacolas nas mãos e entrando em seu carro.
Passei tanto tempo encarando-o que não notei quando o sinal abriu, o que fez com que várias buzinas soassem, alertando-me para aquela grande falta de atenção. Mas, por sorte, Poncho não notou que eu o observava, como uma verdadeira stalker adolescente, do tipo que passa horas em frente ao computador, com a página do Facebook do ex-namorado aberta, checando todas as pessoas que estão curtindo as fotos dele.
– Que ridícula você está se tornando, Anahí! – Digo a mim mesma. Mas quer saber?
F0da-se.
Não pensei duas vezes e peguei a mesma rua que o moreno, seguindo-o a uma boa distância, diminuindo as chances de ser vista.
Naquele momento, tudo o que eu mais queria era saber para onde ele iria e se encontraria com alguém. E por mais que isso não fosse acrescentar em nada à minha vida, tampouco nas minhas chances de ter mais uma trans* de despedida com ele, eu queria saber.
As ruas por onde Poncho dirigia, passou a me deixar em alerta e não demorou muito para que eu constatasse que estávamos adentrando em uma favela. Por um minuto eu pensei em retroceder a final eu sou policial e caso houvesse traficantes por ali, eu teria momentos conflituosos. Mas a curiosidade era maior, então eu prossegui.
O carro dele estacionou em frente a um grande barracão, que parecia ser uma instituição popular. Quando ele deixou o veículo, eu finalmente identifiquei o que estava dentro da sacola que ele carregava.
Sem dúvida alguma, eram garrafas de refrigerantes, o que me deixou ainda mais confusa.
Só desci do meu carro quando Poncho passou pelo portão e após eu conferir o local ao meu redor. Caminhei até a grande armação de metal e visualizei a fachada do lugar.
Eu estava certa. Ali é uma instituição social ou, no mínimo, algo bem próximo disso.
Eu tinha duas opções, que eram bem simples. Eu poderia caminhar em direção ao meu carro e ir embora afinal eu poderia correr risco naquela região. Ou então, eu poderia entrar com uma grossa camada de óleo de peroba no rosto e sofrer as consequências pelos meus atos.
“As coisas que nós não fazemos, no final das contas, são sempre as que mais nos arrependemos” dizia sempre Maite, antes de fazer algo cabuloso.
Nesse instante, eu me apeguei as palavras de minha amiga, pois precisava continuar com aquela loucura, que tinha tudo para dar muito errado.
Caminhei lentamente até o portão, refazendo os passos do meu alvo. No entanto, meus passos sessaram no instante em que cheguei próximo ao portão, quando um homem armado apareceu na minha frente.
– Aonde vai moça! – Perguntou.
Put* que pariu!
Fud*u!
– Jesus Cristo!!! – Alfonso apareceu atrás do homem, que virou-se para olhá-lo.
Eu poderia atacá-lo agora, com certeza eu levaria a melhor. Porém eu não poderia tomar tal atitude, porque eu estava em um ambiente desconhecido, tinha o Poncho que poderia sair ferido e sem falar na instituição a minha frente, com certeza haveria inocentes ali como em todo o ambiente ao meu redor.
– Você a conhece, doutor? – A sua atenção voou em direção ao Poncho, esperando pelas palavras que certamente estavam por vir.
Depois de alguns segundos em um silêncio torturante, acho que Alfonso se tocou da situação e logo meneou a cabeça em positivo.
– Sim… conheço. – O vi engolir em seco, quando vinha em minha direção e passou o braço por cima do meu ombro. – Essa é a Annie, minha namorada.
Autor(a): lenaissa
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor