Fanfics Brasil - Capítulo 35 – Um plano perfeito. Aprendendo a Amar!

Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA


Capítulo: Capítulo 35 – Um plano perfeito.

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É fácil falar de um amor novo, todo mundo sabe como é, todo mundo já sentiu e tem mil explicações para as borboletas. É coisa de maluco, eu sei, você sabe, todo mundo sabe. É coisa que te deixa noutro mundo, imaginando mil frases e mil encontros surpresas e românticos para a pessoa amada.


 


Um novo amor tem muito do gosto do bom mistério, da surpresa, da descoberta. É teste de força bruta, descobrir o que vai surpreender e o que vai fazê-la/lo chegar lá. É levar no cinema e descobrir o que a pessoa vai querer assistir. É ir no restaurante e descobrir o que a pessoa quer comer. É jogo de tentativa e erro.


 


Conhecer Anahí foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Sendo bem clichê mesmo. E descobri-la será sensacional. Todos os mínimos detalhes. Todas as nuances, as matizes. Até mesmo como é que ela prefere o macarrão: se o molho separado derramado por cima, ou se o molho misturado junto. Ela será meu projeto mais bonito, a peça mais interessante, a mulher mais inteligente, mais emocionante.


 


Tudo isso, porque Anahí não é doce, não é passiva, não é mansa.


 


Anahí é agressiva, é sexy, arredia, teimosa, e eu estou amando essa mulher, do jeito que ela é.


 


Ela é divertida, sensual, inteligente, independente.


 


Na verdade Anahí é Intimidadora. O que para muitos assustam, para mim passei a admirar.


 


Eu quero fazer parte da vida dela, estar nos sonhos dela, dormir e acordar com ela.


 


Porém ela não me quer como eu a quero.


 


Quando eu fui embora daquela delegacia depois que ela despejou toda aquela confissão, desejei dia após dia que ela me procurasse de novo, me ligasse mesmo que fosse pelo Bartô para ir vê-lo.


 


Só que ela não me pediu, não me ligou, não nada. Aí eu comecei a me arrepender profundamente de ter ido embora sem falar com ela, de ter tido aquela crise de ciúmes. Eu sou do tipo que sempre diz as coisas. Tento ser sincero porque quero que o sejam comigo. Eu sou um homem para casar, fui criado para ter mulher e filhos, eu vi minha mãe e minha avó aguentando poucas e boas para me criar com um mínimo de decência. Fui criado para ser honesto comigo e com os outros. E a esse tipo de coisa não se desaprende.


 


E casar. Bom, só se for com aquela que vai te pentelhar a vida toda. Tem que ser aquela que a conversa não tem fim, nem as piadas, nem as risadas. Tem que ser aquela que você sonha em um dia poder voltar para casa depois de um dia de serviço e esquecer que trabalhou, esquecer que é segunda-feira, esquecer que está chovendo. Seu coração estará em casa, você voltará para o seu lar e tudo estará bem.


 


E será com essa que me casarei.


 


Mas para isso, eu preciso que Anahí me veja com outros olhos. Preciso que ela me aceite. Eu preciso fazê-la me querer, precisar de mim. Mas veja bem, não é minha intenção fazê-la dependente de mim, presa numa gaiola. Eu a quero como um pássaro livre que escolhe ficar. Ficar só comigo.


 


E foi com essa ideia que sai da escola após o papo com Gisela, dois dias depois do nosso incidente na delegacia. Gisela é uma grande amiga que conheci ainda adolescente. Foi com ela que aprendi muitas coisas, entre elas a me relacionar melhor com as mulheres.


 


A conheci em um bordel, do qual fui obrigado a ir pelo meu pai, que não aceitava um filho de dezessete anos ainda virgem. Ele me apresentou a ela para que a mesma fizesse o serviço em mim.


 


Eu tremia que nem vara curta e ela percebeu. Ela até que tentou, mas viu meu desespero e minha relutância para aquilo e me propôs uma conversa, e assim passamos a uma hora e meia que meu pai havia pago pelo serviço. Ela me prometeu que falaria com ele que eu havia “dado conta do recado” e ainda botou o ego do meu pai lá em cima. O que me deixou muito mais raivoso com ele. Nunca contei isso a ninguém, nem minha vó sabe. É vergonhoso de mais contar isso.


 


Mas deixando isso de lado. Minha história com Gisela é antiga e extensa. Porém ela também sabia ser bem chata quando queria. Depois que terminei com a Jéssica eu passei um tempo me refugiando no meu apartamento ou na escola e ela sempre me incentivava a seguir em frente, que eu encontraria novos amores, mas eu me recusava, tanto que um dia, saturado daquela conversa, eu havia dito que tinha encontrado um novo alguém, na pressa a denominei de Letícia e daquele dia a diante ela acreditava nesse meu novo amor, porém as constantes recusas de levá-la até lá para conhecê-la a fazia desconfiar da veracidade do romance. Até o dia que Anahí apareceu lá. Pegando todos de surpresa inclusive e principalmente eu.


 


E quando Gisela conheceu minha namora de mentira, que futuramente será oficial, se Deus quiser, ela ficou super feliz. Claro que me senti mal em mentir para ela, mas se eu revelasse eu poderia estar colocando a vida da Annie e também da Gisa em risco. E eu não queria pagar para ver.


 


Então quando Annie me propôs o “amigos com benefícios”, não pensei duas vezes. Eu a conquistaria. Não serei hipócrita ao dizer que os benefícios com ela não seriam relevante na nossa relação. Pelo contrário. Eu sou respeitador mas não sou santo. Eu desejo a Annie a todo dia, eu adoro estar nos braços dela, a ver chegar no seu ápice é maravilhoso, eu posso chegar ao meu só de vê-la chegando lá.


 


Só que para conquistá-la eu não quero só esses momentos de entrega de um ao outro. Eu quero mais, eu preciso de mais. Ela precisa sentir segura ao meu lado, sentir que em mim ela poderá confiar. Que ela queira me encontrar em casa após um dia longo de serviço. Que os outros caras não tenham mais graça para ela. Que eu seja o único que a complete.


 


E será nessa relação que eu a ensinarei a amar. A se entregar ao amor entre homem e mulher. A ter meu coração, como ela já tinha o meu.


 


Se eu conseguiria eu não sei, mas que tentarei, com certeza.


***


Naquela noite, a noite do nosso primeiro encontro, depois de deixar Anahí em casa, voltei para minha, tomei mais um banho e me deitei. Gabriel como em todas as noites quando me via deitar em minha cama chorava para deitar-se comigo. Claro que em algum dia cortarei essa manha dele, principalmente quando me casar com Annie, mas por agora deixarei. A final ele é tão bonitinho que não resisto. Já passava da uma da manhã quando fechei o olho e voltei a abri-los novamente com o meu celular tocando.


 


Era uma cliente desesperada pedindo socorro, pois sua cadela não estava conseguindo parir. Troquei de roupa as presas e peguei meus equipamentos e parti em direção a sua casa. Era pouco mais de quatro e meia da manhã. Eu praticamente não dormi direito, mas não podia negar um pedido de urgência.


 


Sua cadela era um pastor alemão de um ano e meio e na última consulta que realizei notei que possivelmente poderia ter problemas na hora do parto. Mas não imaginei que seria em plena madrugada. Assim que toquei a campainha o portão foi aberto de supetão.


 


– Entre doutor! – Pediu sua dona.


 


– Onde ela está?


 


– Na varanda lá nos fundos da casa, não consegue se mexer e está ganindo a horas.


 


Fui em direção aos fundos da casa. Encontrei o animal debaixo da mesa ganindo baixinho. Notei sangramento. Coloquei as luvas e alisei seu focinho. Como eu já cuidava dela há meses, estávamos amigos.


 


– Por favor, doutor, não deixe ela morrer!


 


– Farei o possível, mas pelo que estou vendo precisarei levá-la para a clínica.


 


– Sério?


 


– Sim, ela precisará de anestesia, não tenho como fazer o parto desse jeito, ela já está sofrendo muito. E tudo indica que precisarei fazer uma pequena cirurgia.


 


Com cuidado a levei para o carro enrolada num lençol, pois eu não tinha preparado nada para isso, e parti junto da sua dona para a clínica. Eu sabia que a situação da cadela estava ruim, o canal dela era pequeno e pela última ultrassom que eu havia tirado, notei como seus filhotes eram grandes, apenas cinco, mas que dariam trabalho para sair.


 


Preparei a sala e a coloquei sobre a mesa com cuidado. Ela pesava bastante. Me preparei e apliquei uma anestesia, dando início a uma pequena cirurgia. Sua dona ficou no corredor sentada esperando. Eu não costumava fazer partos cirúrgicos sozinho, sempre eu chamava um auxiliar, mas cinco horas da manhã não era horário para isso. Então terei que dar conta de tudo sozinho.


 


Notei que ela só precisava de uma ajuda, e não de uma cirurgia, pois para sua sorte havia dilatação no canal, mas ficou com medo de parir. Fiz algumas contrações em sua barriga e minutos depois o primeiro filhote saiu. Era preto e gordinho. O peguei com cuidado o colocando de lado. Olhei para a porta e vi Cassandra sua dona olhando pelo vidro. Sorri para ela.


 


Após alguns minutos o último filhote saiu e o sofrimento chegou ao fim. Eram quase seis horas da manhã. Limpei-os e chamei sua dona.


 


– Cinco filhotes saudáveis e uma mãe lutadora.


 


– Obrigada doutor!


 


– Fiz o meu dever. Já fiz os curativos nela, assim que ela acordar coloco os filhotes perto dela. A tarde você já pode vir buscá-la.


 


– Ok. Preciso ir, as crianças ficaram sozinhas.


 


Assim que ela saiu fui me sentar na entrada da loja para descansar. Estava muito cedo para Rafael chegar, por isso eu teria que ficar esperando por ele, não poderia deixar a cadela sozinha.


 


Eu estava quase dormindo sentado, quando as sete e meia um sinal de notificação apitou em meu celular. O abri e sorri feito um idiota quando vi que era uma mensagem da Annie. Abri o aplicativo para ver a mensagem dela com nada mais nada menos que um emoji do cocozinho.


 


Eu ri.


Muito.


 


Tá me xingando, anjo?” Respondi ainda sorridente.


 


Não.”


Estou na merd@, por ter acordado excitada!”


Culpa sua!


 


Respondeu em sequência, segundos depois. Eu ri mais ainda.


 


Posso te ligar?”


 


Pode, estou terminando meu café.”


 


Li e logo cliquei no botão para realizar chamadas, Annie atendeu no primeiro toque.


 


– Bom dia bonita.


 


– Bom dia Poncho. Bom, meu dia poderia ter começado melhor, né? – Disse sorridente, o que me fez sorrir ainda mais.


 


– Sentiu falta de mim Annie.


 


– Do seu pa*u mais especificamente Poncho. – Sorri acanhado, por mais que ela não possa me ver, mas ela sempre me deixava desconcertado. – O que faz acordado a essa hora? A clínica só não abre as nove?


 


– Sim abre. Mas tive uma emergência as quatro e meia e tive que vir para clínica. Há poucas horas fiz um parto de cinco filhotinhos. Eles estão aqui e não posso deixá-los sozinhos. Você já vai trabalhar?


 


– Hum entendi. Vou sim, só vou terminar meu café e ir.


 


– Aceita jantar hoje comigo?


 


– Nada de encontros? – Sorri assentindo.


 


– Sem encontros. Só uma janta e bate papo…


 


– Mãos bobas...?


 


– Anahí…


 


– Ai que chato. – Desdenhou sorrindo. – Mas ok. Pode ser um podrão?


 


– Um o quê? – Perguntei realmente confuso.


 


– Você nunca comeu um podrão Poncho? – Ela perguntou parecendo bastante chocada. E eu me questiono se eu deveria mesmo conhecer tal podrão.


 


– Eu não sei o que é, então não posso afirmar se já comi. – Dei de ombros.


 


– Jesus onde foi que te encontrei. – Debochou o que me fez revirar os olhos. – Podrão se refere a esses lanches de rua: Cachorro quente, hamburguer, batata frita essas coisas.


 


– Hãã. E porque você não chama pelo nome dos lanches.


 


– Porque eles são conhecidos por podrão, Poncho.


 


– Mas eu conheço pelo nome deles. – Afirmo.


 


– Mas você é estranho.


 


– Eu não sou estranho…


 


– É sim. Agora me diz… podemos comer um podrão?


 


– Não posso.


 


– O que? Por que não Alfonso? – Pareceu chocada.


 


– Porque tenho intolerância a certos alimentos.


 


– Indicação médica?


 


Pensei um pouco, poderia afirmar mas prefiro deixar isso de lado, por hora.


 


– Não, por opção mesmo. – Digo e sorrio ao escutá-la bufar do outro lado.


 


– Tá vendo, como você é um homem difícil? – Sorrio ainda mais. – Vou realmente fazer aquele cartaz e te pregar na testa.


 


– Que exagero, anjo.


 


– É a realidade. Bom vou ter que desligar, eu saio do serviço as oito e passo na sua casa para lhe pegar. Só não escolhe aqueles lugares chiques porque vou com a roupa do corpo, heim Alfonso?


 


– Ok pode deixar, anjo. Bom trabalho.


 


– Pra você também. E não me chame de anjo por que de anjo não tenho nada.


 


Disse e simplesmente desligou o telefone na minha cara.


 


Sorrindo que nem um idiota, fiquei olhando para o celular como se fosse ela a minha frente.


 


Patético eu sei.


 


Mas sou assim, fazer o que?


***


As oito e quarenta Anahí apareceu em meu portão e para meu total espanto ela estava guiando uma moto. Ela estacionou do outro lado da rua. Ela vestia uma calça djens clara, uma camisa verde musgo e uma jaqueta preta bem bonita por sinal. Aliás o que não ficava bonito naquela mulher? Quando retirou o capacete, balançou os cabelos que se desfizeram de um possível coque que ela tenha feito. Colocou o equipamento no retrovisor do veículo. Abaixou o aparador com o pé direito, fazendo a motocicleta se inclinar para o mesmo lado e ela sair magistralmente de cima da moto. Abriu o compartimento do banco e de lá retirou outro capacete.



E veio até mim com passos firmes. Toda poderosa com um capacete na mão.


 


– Você tem uma moto?? – Minha expressão ainda era de pura incredibilidade.


 


– Sim uma Harley Davidson.


 


– Você está de brincadeira?


 


– Claro que não Alfonso. Era do meu pai. – Ela dizia enquanto olhava a monstra do outro lado da rua. E eu não desviava os olhos dela. – Ele adorava motos Davidson. Até que conseguiu comprar uma. Era o seu xodó. Então quando ele morreu meu tio ficou com ela e quando fiz dezoito ele me deu. Ela também é o meu xodó, mas por lembrar dele, meu pai. – Sorriu.


 


– Nossa você é realmente uma caixinha de surpresas. – Sorrimos enquanto o olhar dela veio até mim.


 


– Você está um gato! – Disse me medindo dos pés a cabeça. E eu só tinha posto uma djens escura e uma camisa de mangas longas rosa. – Rosa é a sua cor! – Disse rindo.


 


– Está debochando de mim?


 


– Não imagina. – Ela disse, mas algo me diz que ela estava. – Até porque não será uma cor que vai determinar sua masculinidade não é mesmo? – Disse isso tudo se aproximando de mim e envolvendo meu pescoço com um dos braços. Não resisti e a beijei.


 


Ela repousou a mão na minha nuca, sem apertar apenas sentindo para que direção a minha cabeça se movimentava. O nosso beijo se encaixava perfeitamente, onde todos os movimentos eram cronometrados e planejados para que saíssem perfeitos... Mas ali não tinha nada de mecânico, tudo era movido pela sensação. Pelo menos era o que eu esperava.


 


Vamos? – Digo após finalizarmos nosso beijo. Ela assente e me estende o capacete no qual ela segurava a todo momento. – O que? Eu não vou subir na moto com você, Annie, você não vai aguentar meu peso.


 


– Que bobagem! Não vou deixá-lo cair, donzelinha, não precisa ter medo.


 


– Está frio, por que não vamos no meu carro?


 


– Você paga a comida, eu banco o transporte. Se formos no seu carro vamos comer podrão. – Disse indo em direção ao monstro de duas rodas.


 


O que é que eu estou fazendo?


 


Penso segurando o capacete, enquanto a sigo. Com maestria, ela empina o traseiro, lançando-me um olhar provocador e sobe na moto, então dá dois tapinhas para que eu suba atrás dela.


 


– Eu até vou subir na sua moto, mas se a gente cair, você vai ter que ir outro dia no abrigo comigo.


 


– Não vamos cair, e eu vou ao abrigo com você, a final adorei aquele lugar. Agora suba.


 


Subo na moto, coloco o capacete e ouço sua instrução.


 


– Agarre-se a mim, Poncho. Você não está fazendo isso direito.


 


Rio alto de sua provocação e seguro onde é mais seguro, e, com certeza, não é no corpo lindo e pequeno dela. Dou o endereço do local escolhido e ela arranca com a moto.


 


As ruas do Rio de Janeiro passavam por nós com rapidez. O ronco do motor potente da moto era assustador, e ela cortava o trânsito com velocidade, desviando dos carros e transeuntes. E não é que ela sabia manobrar aquilo com maestria? Agora acho que ela combinava perfeitamente com aquela moto. Era charmoso demais. O que fez surgir um incomodo apertar minha calça. Se é que me entendem.


 


Faltava três quarteirões para o Centro da cidade, onde se localizava o barzinho que escolhi. Anahí avançava enquanto forçava o acelerador a ir mais rápido. Minutos depois estamos em frente ao bar. Ela estaciona desço e tento me recompor sem que ela perceba. Percebo que todos os homens neste local a desejam. E também não é para menos ela estava maravilhosa de mais usando aquela calça que abraçou seu quadril e pernas com perfeição. Ela sorriu para cada um deles e parou diante de mim novamente, que nem em meu portão, com seus lábios cobertos de vermelho e seus olhos azuis destacados pela maquiagem que fez.


 


– Adoro sentir seu desejo Poncho. – Disse marota. – Já lhe disse que não precisa esconder a ereçã0 que senti cutucando minha bu*nda na moto a minutos atrás. Mulheres gostam de saber que são desejadas por homens como você.


 


Ela estava perto demais de mim para sussurrar essa afirmação em meu ouvido. Me deu um selinho e se afastou, me deixando atordoado por alguns minutos.


 


A sigo enquanto procuramos uma mesa no lugar cheio.


 


– Acho que encontrei uma mesa! – Ela diz e puxa minha mão, me levando até a mesa desocupada.


 


Por quinze minutos sou agraciado por ouvi-la cantar as músicas que tocavam no ambiente, mesmo com sua voz desafinada e sua dança estranha na cadeira. Eu sou um homem apaixonado, então por quinze minutos, fiquei apenas observando-a ser ela, com seu jeito sexy e provocador, sem medo do que vão pensar. Passando vergonha com aquela cantoria toda e não se importando com isso. Rindo para mim como uma menina fazendo arte. Eu a estava descobrindo e estava adorando aquilo. Pego meu celular e bato uma foto dela, que se assusta.


 


– O que está fazendo?


 


– Apenas eternizando o momento, para pintá-lo depois.


 


– Você não vai fazer isso.


 


– Com certeza vou. – Sorrio para a careta dela. – E então, como foi seu dia? – Faço a pergunta mais clichê entre um casal, como quem não quer nada e ela me sorri.


 


Olha para mim com um sorriso provocador no rosto ao invés de responder. Quando o faz, passeia os dedos pela minha mão sobre a mesa e usa seu tom baixo e provocante.


 


– Passei o dia desejando o seu pa*u.


 


– A diabinha ataca novamente. – Brinco segurando sua mão e levando-a aos meus lábios, deposito um beijo leve e a pouso de novo sobre a mesa.


 


– Meu dia foi estressante. Viegas consegue ser um pé no saco quando quer. – Meu estômago embrulha só na menção do nome dele.


 


– Não tenho dúvidas. – Pigarreio e pergunto o que ainda me incomoda. – Vocês… um...é…


 


– Não Poncho. Você é o único homem do qual desejo. – Responde prontamente e pareceu arrepender-se daquilo em seguida. Ela desviou o olhar, focando no garçom que se aproximou com o nosso lanche.


 


Por dez minutos comemos no completo silêncio. E eu a via perdida em seus pensamentos. Ficou nítido que sua frase a incomodou e eu poderia estar radiante, pois ela pode estar gostando de mim só que ainda não saiba.


 


– Você está caidinha por mim mesmo, heim? – Ela sorri da minha provocação e alcanço meu objetivo de desviar seus pensamentos do que quer que esteja a incomodando.


 


– Primeiro,… – Diz estendendo o dedo. – Eu não estou caidinha por você! E segundo eu só quero receber prazer. De preferência vindo de você.


 


A maneira como ela fala com seus olhos fixos no meu, faz aquele incômodo voltar a apertar minha calça, e dou um jeito de pedirmos a sobremesa para que eu possa levar essa mulher provocadora para a sua casa, e deixá-la quietinha lá. Antes que ela acabe de vez com o meu autocontrole.


 


– Eu preciso conhecer suas ex namoradas, Poncho. Pois elas te ensinaram muito bem a dar prazer a uma mulher.


 


Eu engasgo na mesma hora, fico vermelho que nem um pimentão, pois posso sentir meu rosto arder. Se ela soubesse que não foi minhas ex namoradas que me ensinou tais técnicas nos momentos a dois...


 


Sou salvo pelo meu celular que começou a tocar. Vejo o nome do Chris na tela. Peço licença e atendo na mesa mesmo enquanto ela acaba com o seu sanduíche de peito de peru.


 


– Oi Chris…


 


Poncho, preciso da sua ajuda. Código 3…”


 


– Chris agora não posso eu estou ocupado. – Olho para Annie que sorri.


 


Alfonso eu estou usando o código! Prometemos que sempre estaremos um para o outro quando usarmos o código. E o meu é de NÍVEL 3!!”


 


Afasto o aparelho da orelha após ele gritar a última palavra comigo.


 


– Tá bom. Já to indo. Me passa o endereço onde você está. – Digo e ele me agradece e desliga logo depois.


 


E segundos depois uma mensagem aparece com a sua localização. Bufo e olho para Annie que me olha curiosa.


 


– O que houve?


 


– Eu preciso ajudar um amigo. Você pode me dar uma carona até lá?


 


– Claro. Vamos! – Ela se levanta e eu levanto em seguida após deixar dinheiro suficiente na mesa para pagar os lanches e a gorjeta.


 


Saímos do estabelecimento e logo pegamos sua moto rumo ao regate de mais uma enrascada em que Christian me meteria.


***


– Promete pra mim, que não vai me deixar depois do que você presenciar ali dentro?


 


Anahí coloca os capacetes nos retrovisores e olha para mim e depois para o restaurante requintado a nossa frente.


 


– Depende. – Seu olhar se volta para mim novamente. – Se você for casado, pode ter certeza que eu mesma estouro suas bolas.


 


– Não sou casado! – Digo ofendido. – Eu só vou salvar um amigo.


 


– Então vamos logo, ué. – Diz e eu reviro os olhos.


 


Sigo em direção ao restaurante com ela logo atrás. Avisto Christian em uma mesa com mais um de seus pretendentes. Respiro fundo e vou até eles, apropriando-se do meu papel.


 


– Mas que palhaçada é essa, chaveirinho?!


 


Digo de uma forma bem afeminada e espalhafatosa chamando a atenção de todos ao redor daquele restaurante, e só Deus sabe a cara de Anahí presenciando isso tudo.


 


Domingo que vem eu volto amores  *_*



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Autor(a): lenaissa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 392



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  • beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08

    Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3

  • degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23

    Continua

  • beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05

    Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa

  • beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12

    Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss

  • NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50

    Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.

  • NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06

    Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.

    • lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46

      Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!

  • degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09

    Continua &#128591;&#128588;

  • lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31

    Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.

  • Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00

    Continua

  • Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40

    Continua por favor


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