Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Incrédula!
Era a palavra que me resumia naquele momento. Ver o Poncho com as mão na cintura, com o peso do corpo em uma só perna e se referindo a um outro rapaz daquela forma tão intima, me deixou atônita no meu lugar. Acredito que o outro rapaz que parecia acompanhar o cara a quem Alfonso chamou de Chaveirinho, também pareceu bastante surpreso com toda aquela cena.
– Ponchito! – O tal Chaveirinho levantou apressado da sua cadeira e olhava para Alfonso com espanto. – O que você está fazendo aqui?
– Eu que lhe pergunto, Ursinho. – Meu deus! Chaveirinho? Ursinho? – Como você pôde fazer isso comigo? Eu estava em casa fazendo nosso jantar de 10 anos juntos enquanto você está aqui com seus put0s…
– Ei auto lá. Eu não sou put0 não! – Disse o acompanhante do Chaveirinho ou Ursinho, tão afeminado quanto Alfonso.
– Ah não? – Alfonso deu uma jogada de pescoço e ajeitou o cabelo como se o mesmo estivesse saído do lugar e encarou o sujeito.
Levei minha mão a boca tapando o sorriso que queria escapar ao presenciar toda aquela cena.
– Não!
– Então por que você está em um encontro com o meu esposo? – Agora ele apontou o dedo indicador para o homem depois de uma quebrada de pulso.
– Oras eu não sabia que ele era casado.
Alfonso em uma virada triunfal e cheio de pompa virou-se para o Chaveirinho e deu um tapa na cara do rapaz, que o olhou espantado.
– Eu nunca... pensei que você... faria isso comigo, Chaveirinho. – Dizia enquanto forçava um choro e limpava uma lágrima inexistente do canto do seu olho. – Eu odeio você! – Disse e deu as costas ao Chaveirinho saindo dali, rebolando mais do que eu.
– Ponchito?! Meu amor espera… não é nada disso que você está pensando. – Disse Chaveirinho correndo atrás do Poncho.
Eu ainda me mantinha estática diante daquilo tudo. O homem, por sua vez se jogou na cadeira e suspirou forte e logo me olhou.
– Você conhece eles? – Sai do transe ao vê-lo questionar sobre, talvez, a veracidade daquela história.
– Sim. Sou madrinha de casamento deles. – Digo prendendo o riso. – Dá licença. – Saio dali o mais rápido que posso e os encontro um pouco mais afastados de onde estacionei minha moto.
– Você é um idiota Christian! – Proferia Alfonso enquanto o amigo, apoiado em um carro, curvado morrendo de rir. – Para de rir cretino! – Aquilo só fez o amigo rir cada vez mais. Meus saltos me fizeram ser percebida enquanto me aproximava de ambos. – Annie. – Ele veio até mim com um certo desespero. – Desculpe ter feito você passar por isso, mas eu…
Eu explodo em gargalhada que fez meu tronco inclinar para frente. O Chaveirinho riu mais ainda fazendo sentar-se no chão. Tal cena e todo o enredo do qual presenciei me fez rir mais ainda que precisei me escorar no carro onde Chaveirinho estava. Ambos riamos sem parar.
O pouco que vi, Alfonso estava de cara fechada e de braços cruzados a nossa frente. Onde que, com certeza, não via a mesma graça que eu e o amigo dele víamos.
– Dá para parar. Não tem mais graça! – Disse ele todo emburradinho cinco minutos depois.
Deu vontade de rir mais só pelo bico lindinho que ele fez. Porém tentei me recompor após puxar uma longa respiração. Meus olhos lacrimejaram tanto que chegou a arder.
– Muito amigo você Christian. Na hora de me chamar usou nossa amizade, agora fica aí rindo da minha cara. – Disse chateado com o amigo. – Devia ter deixado você lá com o bafo de mamute.
– Bafo de mamute??? – Foi o estopim para uma nova seção de gargalhadas do amigo.
Eu ameacei rir também, mas ele olhou pra mim sério e decretou:
– Se rir também acabou o nosso acordo. – Disse e eu rapidamente me recompus. Nem morta que eu ficaria sem meu pa*u amigo mais gostoso que eu já tive o prazer de desfrutar. – Anda Christian para de graça!
Christian ainda sorrindo foi até o amigo o abraçando pelo pescoço.
– Obrigado Poncho. Realmente você salvou a minha vida. Mas toda vez que você interpreta esse papel não tem como não rir.
– Hahaha muito engraçado você! Dá próxima vez nem chego perto. – Disse se livrando do abraço do amigo. – Vamos Annie…
– Ei espera, essa mulher maravilhosa é a sua Annie? – Arregalo os olhos e olho para Alfonso
– Sua Annie?! – O questiono e ele revira os olhos.
– Foi o jeito de falar… – Ele tentou mas o amigo o cortou novamente.
– Jeito de falar nada, queridinho. Você disse que ela era a …
– Cala boca Christian!!!!! – Alfonso voou até o amigo e tapou a boca dele que revirou os olhos.
– Ai seu bruto, meu botox!!! – Disse se livrando de Alfonso.
Mas quando eu os questionaria novamente, o bafo de mamute apareceu nos assustando. E como um instinto Christian pulou no colo de Alfonso, que o segurou com maestria e sem muito esforço.
Que homem gostoso, Jesus!
– Não queria atrapalhar… – Disse ele vendo a cena. – Só queria saber se vocês se acertaram e…
– O meu Ponchito me perdoou Bob. Ele é o amor da minha vida. – Christian alisou o rosto de Alfonso e depositou um beijo ali. Alfonso sorriu para ele e retribuiu o carinho.
Minha crise de riso queria voltar com tudo.
– Que bom. – Disse Bob meio decepcionado. – Foi bom conhecer você Chris. – Disse e saiu.
Assim que o homem sumiu de nossas vistas, Alfonso “largou” Christian no capo do carro e voltou-se para o amigo.
– Eu não sei por que você ainda insiste em arranjar encontros as escuras Christian. Eu vou falar com a Vovó Judith, se você não parar com essa loucura.
– Golpe baixo Poncho! Você sabe que ela vai arrancar minha pele macia se souber dos meus encontros…
– Mas é por isso mesmo. Você só vai parar quando algo grave acontecer e eu não estiver por perto pra te salvar.
– Isso é verdade… – Me intrometi na pequena discussão dos amigos. – Sou policial e sei que esses encontros são perigosos. Os noticiais estão aí para confirmar.
– Eu sei… – Ele disse cabisbaixo. Mas logo voltou a olhar para mim com curiosidade. – Desculpa mas nem me apresentei. Sou Christian Chaves, irmão de criação do Poncho.
Ele me estendeu a mão, com o punho “quebrado”. Sorri e segurei sua mão me apresentando em seguida.
– Anahí Portilla, amiga do Poncho.
– Hum então vocês já são amigos? – Ele disse com um sorriso contido enquanto olhava para mim e para Alfonso.
– Sim amigos com benefícios…
– Anahí!!!
– O que? – Dei de ombros.
– OMG PONCHO!! – Exasperou-se em alegria. – Você está transand0 sem namorar?? Quando você me contaria isso heim, seu traíra? – Disse Christian depois de bater no braço de Alfonso.
– Ai! Não exagera Chris. E minha vida não é um carro alegórico que todo mundo quer ver.
– Ingrato! E eu aqui te envolvendo em todos os meus casos e você aí me escondendo os seus. Vovó já sabe?
– Por deus! O que deu em você hoje, heim? – Ele briga com o amigo e se vira para mim. – Não liga não Annie ele deve ter bebido.
– Ai Poncho não canse minha beleza.
– E você não canse a minha... – Ambos começariam a discutir novamente.
– Ah não. Parem os dois! – Exasperei-me e ambos me olharam. – Put@ merd*, parecem cão e gato.
– Desculpe. – Disseram os dois. Olhando os dois ali, como verdadeiros irmãos deu um conforto no coração, que nem eu sei explicar.
– Vocês possuem uma relação tão bonita. – Ambos riram e se olharam um para o outro rapidamente antes de se voltarem para mim.
– Ele e Vó Judith, são minha família. Agradeço a deus todo dia por terem me acolhido e me aceitado do meu jeito. – Disse ele limpando uma lágrima, verdadeira, que rolou de seu olho.
– Apesar de maluco e chato, nós te amamos namorado de mamute! – Todos rimos e ele abraça meio corpo do amigo. – Você está de carro Chris?
– Estou Ponchito. Vou pra casa da vovó. Aliás ela quer ver você, viu? – Disse ajeitando sua jaqueta amarela.
– Adorei a jaqueta. – Digo e logo seu olhar vem a mim risonho.
– Gostou, nega? Foi o Ponchito que me deu! – Alfonso revirou o olho e Christian riu, assim como eu. – Bom já vou indo. – Beijou a bochecha de Poncho e veio até mim. – Anahí foi um prazer conhecê-la. Espero vê-la cada vez mais. – Ele disse e olhou rapidamente para Poncho que trincou o maxilar.
– Prazer em conhecê-lo também Christian. E pode me chamar de Annie.
– Ai que lindo! – Disse empolgado. – Um nome de anjo para uma anja. Né Ponchito? – Senti a provocação ao amigo que rosnou. Sorri franzindo o cenho não entendendo nada. – E você pode me chamar de Chris ou…
– Chaveirinho. – Digo e ele riu assentindo enquanto me puxou, literalmente para um abraço.
Alfonso revirou os olhos novamente, ele acabaria vesgo de tanto revirar aquelas belezuras.
– Você é maravilhosa, mulher! – Disse ao se afastar e deixar as mãos em meus ombros. – Está explicado o porque do Ursinho está deixando o celibato…
– Chega Chris. Por Deus, você tirou o dia pra me fazer passar vergonha? – Dizia enquanto afastava o amigo de mim e o enfiava no carro do qual estávamos próximo
– Aí Poncho, você que é muito chato, menino. – Ele fecha a porta e abre a janela colocando a cabeça dourada para fora. – Foi um prazer Annie. – Fala comigo e se vira para o amigo. – E você, vê se seja um bom p*u amigo e a leve em meu restaurante, vou adorar recebê-la. – Disse essa parte a mim que assenti sorrindo e ele me estende um dos seus cartões.
– Pode deixar. Irei sem precisar dele para me levar. Adorei você Chris.
– Ai, maravilhosa! – Deu um gritinho de dentro do veículo.
– Ninguém merece! – Resmungou Poncho ao meu lado enquanto via o amigo dar a partida todo animado.
– Adorei ele. – Digo a mim mesma mas alto suficiente para Poncho escutar.
– Percebi. E ele também. O que para mim… – Disse se virando para mim e eu o olho sorrindo. – Vai ser um problema.
– Posso saber o por que, Ursinho? – O provoco o que o faz revirar os olhos mais uma vez.
– Porque Christian é igual a você: “limites para que?” – Gargalho, enquanto ele me aperta e beija meu pescoço. – Podemos ir?
– Sem uma rapidinha? – Ele sorri travesso.
– Sem uma rapidinha. – Afirma e agora sou eu a revirar os olhos.
– O Chaveirinho tem razão, você é um chato, Poncho.
– Um chato que você ama. – Rebate enquanto nos dirigimos ate a moto.
– Já disse que eu amo o seu pa*u!
– Se ama uma parte, ama o todo também!
– Vai sonhando…
Ele resmungou algo que não ouvi direito mas tive a impressão de ter dito: “Sonho toda noite.”
Prefiro deixar passar e subo na moto com ele logo atrás. Em minutos chegamos em frente a casa dele.
– Podemos nos ver amanhã novamente? – Pergunta me entregando o capacete que eu devolvo ao suporte da moto.
– Não sei, você fica me tentando…
– Eu? Como assim? – Perguntou surpreso
– Ficar com você tão perto e não poder levar pra cama é um sofrimento para mim Poncho. – Digo zombateira, porém com um pingo de verdade, enquanto subo na moto novamente.
– Você é terrível. – Diz acarinhando meu rosto. Me deu um selinho, porém eu o puxei para um beijo mais intenso. Ele riu na minha boca e retribuiu o beijo. – Amanhã terá mais. – Disse após nos afastarmos.
– Assim espero! – Pisco e ele sorri, lindo.
– Boa noite, bonita.
– Boa noite Poncho. – Digo e dou a partida na moto.
***
Já em casa, sento em meu precioso sofá e Bartô vem me acompanhar, acaricio a cabeça dele e ele se derrete. Uma coisa a se salientar é que toda vez que olho para Bartô eu penso em Poncho. É batata. Eu o olho e penso nele, seja para xingá-lo, suspirar ou enaltecê-lo.
E em todo esse tempo que tive, desde de que o conheci, consegui perceber três pontos que já me dizem o tipo de homem que ele é.
Primeiro, Poncho é o tipo de homem raro no mercado. Um homem que gosta de namorar, de se envolver, um homem que vê as mulheres num pedestal e mesmo assim teve seu coração partido diversas vezes, segundo ele. O que me deixa ainda mais curiosa sobre ele. Um homem que quebrou o coração muitas vezes deveria está acostumado a certos macetes que os homens que perderam e recuperaram seus corações muitas vezes têm. Porém ele me parece não ter mudado. Alfonso entra em seu próximo relacionamento de cabeça, como fez no anterior. Ele não tem medo de se envolver, mesmo tendo motivos para tal.
A segunda coisa que já percebi em Poncho é que ele é fácil, easy-going; Minha quilometragem é grande, e isso me possibilitou ver que Alfonso não fica de joguinhos como os demais homens do mercado, ele é do tipo de cara que não fica com você ao mesmo tempo que está com várias outras. E isso é raro nos dias de hoje.
A terceira e a mais perigosa é que mais cedo ou mais tarde você pode se f0der, por um homem como Poncho. Ele é um cara bom, um cara que não merece ser magoado, um cara que deixa você receosa a dar o próximo passo com medo de magoá-lo. Tudo por que você acredita que ele não merece passar por certas dores. Ele é um homem que a minha mãe ia querer que eu me casasse, se viva estivesse. E eu vou me f0der, porque sabendo disso tudo eu não consigo deixá-lo ir, seguir seu caminho. Torci para que o sex0 fosse ruim e não foi. Torci para que não me ligasse no dia seguinte e me ligou.
Veja bem, não é que eu esteja, porque eu não sou dessas, mas por Alfonso é muito fácil cair de quatro. Os cabelos escuros e lisos sem disciplina, com um redemoinho na frente que fica parecendo um topete singelo; nada de Johnny Bravo não, só aquela elevação sexy em cima da testa. A pele é levemente queimada pelo sol, coisa pouca. Feições de galinha, de cafajeste, mas um cafajeste que sabe a hora de atuar e não esses moleques de hoje em dia que não pode ver uma moça de calça mais apertada e ele já está lá, pendurado nela, pronto para dar o bote como um cachorro o faria.
No único dia no qual transam0s, várias vezes, e na noite passada em que me fez ver estrelas somente com uma masturbaçã0, afirmo que Alfonso tra*nsa com a cabeça de cima. Digo isso não como depreciação, pelo contrário, ele tem cuidado de esperar a gente esquentar antes de sair por aí querendo meter o negociozinho por qualquer buraco. O que não se importa se vamos ou não envolver o pa*u dele na brincadeira. Poncho parece encarar o sex0 como um jogo, xadrez talvez.
Poncho tem um metro e oitenta e não é rato de academia. As costas são largas e as pernas são fortes, a bunda é bem boa de pegar e ele fica muito gato de boxer (o que eu estou louca para ver novamente). Tem um porte imponente sem precisar ser arrogante. O maxilar quadrado é o charme, junto dos olhos castanhos esverdeados que, acompanhados de sobrancelhas grossas, já te levariam ao 0rgasm0 só de ver. A boca, quando se curva num sorriso, é a cereja do bolo do meu agora amigo com benefício.
Olha a sorte que eu tive mulherada!!!
***
Acordei com o som horrível de um pato sendo esganado, sim, meu cachorro cada dia mais traidor, estava estrangulando o seu pato de borracha, que diga-se de passagem foi um presente do Poncho para trabalhar a dentição do cão. Antes de Bartô eu estava acostumada a acordar as sete para pegar as oito no serviço. Agora com Bartô acordo meia hora antes, para poder levá-lo a sua caminhada matinal.
Porém hoje ele resolveu invadir meu quarto, do qual esqueci de fechar, e junto com ele veio o brinquedo roído e barulhento. Olho para o relógio da cabeceira e eram seis e quinze da manhã.
Bastardo cachorro!
Me levanto contra minha vontade, já que uma vez desperta não consigo voltar a dormir. Bartô faz a festa como se não tivesse me acordado de propósito. Acaricio a cabeça dele, que por mais que eu esteja brava com ele, eu sou incapaz de não lhe dar carinho quando ele vem. Sigo ao banheiro faço minha higiene matinal e entro no box pra tomar um longo banho, pois além de me relaxar vai fazer espantar de vez o sono. Lavo meu cabelo e decido deixá-los secar naturalmente. Não tenho problemas com isso.
Saio enrolada na toalha e vou até meu closed escolher minha roupa. Olho para a janela e vejo o céu escuro porém sem nenhuma nuvem, o sol nascendo ao longe demonstrando o dia quente e ensolarado que fará. Então opto por uma calça jeans azul surrada que realça bem minhas pernas e bund*, uma blusinha de alças branca de seda e nos pés minhas famosas botas. Na maquiagem, faço apenas uma máscara para cílios e um batom rosa claro.
Pego minha bolsa e sigo para sala, seguida por Bartô. Deixo-a sobre o sofá e sigo para a cozinha. Bartô já estava lá pulando no seu cantinho de comida com as patas dianteiras. Segundo Poncho ele tiraria o gesso sábado. Vou até ele e pego sua vasilha de comida, coloco-a sobre o balcão e coloco sua ração e a ração pastosa. Vou ate ele colocando a comida ao lado do pote de água. Deixo ele ali e vou fazer o meu café. Preparo a cafeteira e a ligo e sigo para os armários, pego meu pão e frios e os preparos levando a torradeira logo em seguida. Enquanto tudo fica sendo preparado, vou até a sala e ligo a TV no noticiário local, pego a bacia de água de Bartô e vou a lavanderia, limpar a área do qual ele costuma ficar, limpo a vasilha e a encho com água limpa e fresca e levo de volta a Bartô. Lavo minhas mãos e volto ao meu café.
Depois de alimentada, lavo tudo e volto a lavanderia pego a coleira de Bartô e coloco no seu pescoço. Pego uma sacola e papel, para limpar as sujeiras dele na rua. Passo pela sala, pego minha arma e o distintivo e os prendo na calça por baixo da camisa um ao lado do outro.
– Vamos lá, garanhão!
Tranco a porta, e saio.
Fico aliviada por não dar de cara com a síndica chata que não gosta de mim, e nem do Bartô. Sempre que nos encontramos ela só reclama. Haja saco!
Quando chego à calçada, coloco-o no chão, e ele anda devagar na minha frente, e enrolo a coleira no meu pulso.
E assim começa um novo dia.
***
– Bom dia. – Cheguei a delegacia e já avistei Maitê e Viegas em suas respectivas mesas. Deixei minha bolsa pendurada na minha cadeira e me sentei ao lado de minha amiga e parceira.
– Bom dia amiga. – Só ela me respondeu e revirei os olhos para a atitude infantil do outro lá. – Temos um novo relatório do caso. – Ela me estende uma pasta que logo a abro para ler. – Ele não tá falando mesmo com você né? – Ela me sussurrou enquanto eu lia o documento.
– Só o essencial. – Digo e olho para ela. – Também não faço a mínima questão. – Volto a ler o documento – Afinal tenho um novo p*u amigo para me preocupar.
– Já rolou de novo? – Ela me pergunta sorrindo.
– Ainda não. Como disse a vocês ele quer firmar nossa amizade primeiro. – Paro de ler de novo e me volto para ela. – E vou te falar. Ate que estou gostando de passar esse tempo com o Poncho, claro que quero muito os benefícios, mas não tenho do que reclamar da falta não.
– Ai, o Poncho é um fofo…
– Ele é gostoso Mai. Eu…
– Será que podem voltar ao trabalho? Ou terei que fazer um relatório sobre a dispersão de minhas colegas de trabalho?
O Viegas é um tremendo de um filho da p*ta!! Não sei onde estava com a cabeça de ter dado a ele, duas vezes. Caralh0!!
Nem olho para ele enquanto falo em alto e bom som para ele escutar mesmo.
– Amiga depois eu te falo do tamanho da ereçã0 dele que senti ontem em cima da minha moto. – Digo voltando ao trabalho.
– Nossa você levou ele em sua moto? – Disse ela fazendo o mesmo, mexendo em seu computador. – Você nunca levou um homem na moto do seu pai.
– Pra você ver como o p*au dele mexe comigo! – Finalizamos o assunto rindo e com Viegas levantando da sua cadeira put0 da vida.
F0da-se!
– Temos um mandato para o Advogado? – Perguntei vendo as informações sobre Marcelo Castro, advogado da Genoa S9 e que defendeu Pedro no caso do galpão.
– O Juiz, acabou de emitir… – Disse Viegas entrando na sala com a pasta na mão e jogando em minha mesa. – Vamos fazer uma batida na casa dele agora. – Finalizou enquanto eu lia o mandato.
– Ok. Vamos! – Digo me levantando e indo ate a sala de armamentos. Cada um pegou um colete aprova de balas e mais uma arma extra. Viegas pegou logo uma Carabina 556, Mai, além da sua pistola 9mm pegou uma pistola 24/7. Já eu peguei mais uma glock, além da minha.
Chegamos ao local em vinte minutos com uma viatura da polícia conosco. Munidos de nossos distintivos fomos até a casa, alguns vizinhos assim que nos viram entraram em sua residência. Bati na porta duas vezes e ninguém atendeu. Viegas segurava o mandato quando um dos vizinhos apareceu na janela da casa ao lado aos berros: “Ele tá fugindo, fugindo” apontando para os fundos da casa.
– PELOS FUNDOS, VAI!! – Gritei para meus parceiros e para os outros policias e corremos para os fundos da casa.
O local havia um jardim com muretas delimitando a propriedade, avistei um homem pular o muro e corri mais ainda dando um impulso para subir ao muro sem muitas dificuldades. Sem muito tempo para aterrissar, já sai correndo. Viegas estava na minha frente e da Mai, porém ele desviou de uma árvore e se desequilibrou caindo na piscina. Agora estava com Maite e eu.
– VOU SEPARAR MAI! – Grito a minha parceira que corre na mesma direção do homem, enquanto eu desviei para a direita a fim de pegá-lo mais a frente. Na correria haviam muitas crianças na rua, o que me fazia lembrar a não utilizar armamento. Em uma rua paralela eu conseguia o ver correr olhando para trás por causa da Mai. O que facilitou ele não me perceber.
A minha rua terminava em uma obra em construção, uma pequena ponte que interligará as duas ruas futuramente. Segui e acabei subindo na pequena ponte inacabada no momento exato que ele passava na transversal dela. Não pensei duas vezes e me projetei para cima e cai bem em cima dele, que amorteceu minha queda, caímos no chão rolando. Como eu havia aplicado mais força no meu movimento rolei um pouco mais e saquei minha arma e quando parei levantei o tronco e apontei para ele a menos de um metro de mim. O homem estava dolorido pela queda, por isso não conseguiu se reerguer e fugir.
– PARADO, POLICIA!!! – Gritei para ele que deitou no chão novamente ainda atordoado pela queda. No exato momento que Maite chegou e o virou de barriga para baixo para algemar suas mãos. Tudo isso sobre a mira da minha Glock.
– VOCÊ ESTÁ PRESO! – Dizia Mai enquanto o algemava. – Qualquer palavra pode ser utilizada contra você nos tribunais.
Assim que ela o algemou o imobilizando, deixei meu corpo cair ao chão. Minha respiração estava muito irregular e minha barriga doia devido ao esforço da corrida. Maite, não tão diferente do meu estado, sentou assim que prendeu o homem, e puxava a respiração com esforço. Nos olhamos por um momento e assentimos uma a outra com um pequeno sorriso da vitória em nossos lábios.
Viegas chegou segundos depois com o seu carro do qual viemos. Ele desceu, todo molhado e foi até Mai e o suspeito, levantando-o com facilidade e o levando até o carro da polícia que havia estacionado junto com ele. Me levantei, com certo esforço e fui até Maite, ajudando-a a se levantar.
– Tudo bem? – Perguntei a ela, enquanto guardava minha Glock no suporte de arma no meu cinto..
– Tudo. Belo salto parceira. – Disse me empurrando de leve.
– Pior ideia que tive, pode apostar. – Digo levando a mão na lombar.
– Bom trabalho meninas. – Viegas nos cumprimentou quando voltou ao nosso encontro e assentimos em agradecimento.
– Quem é o cara? Perguntou Mai ao olhar o sujeito dentro da viatura.
– Henrique Batista. – Disse me entregando a carteira de identidade do homem, que ele revistou antes de colocá-lo na viatura.
– O que será que ele estava fazendo na casa do advogado? – Pergunto analisando o documento e a carteira do cara. Retiro de lá uma fotografia com uma mulher e uma criança. A viro e encontro os dizeres: “Amores para toda vida.” Entrego para Mai e olho para Viegas. – Vamos voltar a casa e revistá-la, depois voltamos e interrogamos o cara no DP.
– Certo. – Viegas vai até a viatura e pede pros policiais levarem e prenderem o cara.
– Esse caso está cada vez mais confuso. – Mai diz, colocando a foto e a identidade dentro da carteira.
– Confuso até demais.
– Vamos?! – Viegas nos chama de dentro do seu carro. E logo partimos dali e voltamos para a casa.
***
– Viegas vê com os vizinhos se você descobre alguma coisa. Mai e eu entraremos na casa.
– Ok. – Ele diz e sai.
– Vamos?
– Vamos.
Assim que entramos na casa, colocamos nossas luvas de látex preta. A casa estava uma bagunça, tudo revirado. Talvez tenha sido o tal Henrique que vasculhou.
– Se ele vasculhou isso aqui, é porque estava procurando algo. – Digo para Mai que assente.
– E é o que acharemos. – Afirmou Maite e assenti dando início as buscas.
Enquanto Mai vasculhava o andar de baixo, eu fui analisar o andar superior. Entrei no quarto e o estado do mesmo não estava diferente dos demais cômodos. Fui até a escrivania e vi fotos, contas, documentos de seus clientes e não tinha nenhum vínculo com a Genoa nesses documentos. Pequei as fotos e os documentos para investigação. Fui até o armário e o abri, roupas reviradas e uma caixa me chamou atenção. A peguei, abri e levei um pequeno susto com um palhaço espalhafatoso pulou da caixa preso a uma mola. Joguei aquela p0rra de volta para o armário e acertei uma bolsa com tacos de golfe que caiu ao chão e uma bola rolou para debaixo da cama pelo carpete do local. Eu poderia deixar a bola lá, mas algo me disse para pegá-la. Então vou até a cama e me agacho.
– Intuição filha da mãe! – Exclamo ao ver algo suspeito no carpete.
Deslizo pelo chão até o centro da cama e levo a lanterna até a mancha: Sangue.
Sorrio. Pois é uma evidência significativa. Tiro do bolso da minha calça meu canivete e começo a cortar o carpete ao redor da mancha para pegar a amostra. E mais uma vez, sou surpreendida. A madeira que deveria estar ali como no restante do piso, estava sendo substituído por uma placa metálica. Guardei o pedaço do tapete, no saco de evidências, e sai rapidamente de baixo da cama e afastei a mesma, puxei o carpete, que por sinal não havia pregas no canto da parede e com sangue também na borda, e me deparei com um cofre de chave eletrônica.
– MAITE!! – A chamei enquanto via o cofre.
Maite chegou ao quarto segundos depois. E parou ao meu lado.
– Aqui é a detetive Maite, precisamos de reforço e equipe tecnológica. Rua do Machado 45. – Desligou o celular e olhou para mim. – Como…
– Intuição amiga. Nunca duvide da sua.
******
– Dul, precisamos que identifique esse DNA. – Digo entregando-lhe o saco com o pedaço de tapete ensanguentado.
– Pode deixar. Mamão com açúcar. – Disse e logo me entregou outra pasta. – O homem que vocês prenderam mas cedo tinha sangue seco em uma das unhas. – Digo analisando o documento. – Aí esta a amostra de DNA, o sangue pertence a uma mulher chamada Eleonor Venâncio.
Viro a folha e me deparo com os dados de Eleonor e sua foto.
– Espera! – Digo puxando a foto que encontrei no quarto dele e comparo com a foto que Dulce me entregou era a mesma mulher abraçada a Marcelo em um parque.
– Devem ser namorados. – Disse Dul, analisando as fotos
– É uma possibilidade. Agora o que o sangue dela estava fazendo nas mãos do sujeito? Onde ela e Marcelo estão? – Digo reflexiva.
– Viegas vai interrogá-lo agora.
– Ok, vou para lá. – Digo já saindo do laboratório. – Quando tiver respostas da amostra me avise.
– Pode deixar! – Disse voltando aos seus equipamentos.
***
Entro na sala de interrogatório e encontro Henrique sentado algemado com Viegas apoiado na mesa aparentemente nervoso.
– Vou repetir, para quem você trabalha?
─ Eu trabalho sozinho ─ mente. Viegas dá um soco na mesa assustando o homem e se afasta e logo me vê na porta.
– Ele não fala. – Diz para mim, que assinto e vou ate o homem e me sentando a sua frente.
– Sou a detetive Portilla e estou a frente do caso do roubo de cargas e você, … – Confiro o nome dele na pasta. – Henrique Batista estará muito encrencado se não falar o que sabe.
– Eu já disse que não sei de nada! – Disse exasperado.
– Você quer que a gente acredite que você não tem nada a ver com tudo isso? – O encaro. – Você estava na casa do nosso principal suspeito, procurando algo que nos seria muito útil e ainda está com sangue seco da namorada dele nos seus dedos. E se não acharmos a Eleonor com vida, você estará muito mais encrencado do que agora. Então eu lhe pergunto, você vai mesmo continuar mentindo? – Ele olha para suas mãos algemadas. – Quem mandou você vasculhar a casa do Marcelo?
– Eu não.. Posso.
– Você está metido com pessoas muito perigosas, Henrique. Você colaborando com a polícia… – Digo abrindo a pasta e tirando a foto de dentro. – Você protegerá elas... – Arrasto a foto da pasta até ele que pega e chora.
Retiro a foto da mão dele e o encaro.
– Você nos contando a verdade, nós poderemos proteger sua família. – Ele enxuga os olhos e nos olha. – E então, pra quem você trabalha?
– Eu quero que garantam a segurança delas, eu quero ver vocês assinarem o termo.
– Você não está no direito de exigir nada, cara! – Viegas voltou a se pronunciar.
– Eu dou minha palavra. – Digo a ele, que tira o olhar raivoso de cima de Viegas e olha pra mim. Segundos depois ele assente.
– Eu não sei o nome. Eles me mandam um nome e o que devo pegar.
– Como entram em contato com você?
– Tem um orelhão em frente a minha casa sempre toca uma da madrugada quando é serviço.
– E qual era o último serviço? – Perguntou Viegas.
– Matar Marcelo que pegou algo do chefão e pegar os tais documentos.
– Por isso foi a casa dele?
– Sim. Pegar os documentos.
– Você matou Marcelo? – Pergunto.
– Não. A namorada chegou na hora e me acertou.
– E como o sangue dela foi parar nos seus dedos? – Continuei.
– Eu bati nela. Ela havia me visto eu teria que matá-la também. Mas o Marcelo conseguiu me acertar com alguma coisa pesada e eu apaguei, daí conseguiram fugir.
– Onde foi essa briga?
– Na casa dela. Na Eu estava seguindo-o.
– O documento você achou? Sabe o que pode ser? – Viegas questionou.
– Não, vocês chegaram enquanto eu estava a procura. E não sei do que se trata, só sei que é importante para os chefes. – Assentimos.
– Ok Henrique. Você será preso por tentativa de homicídio e invasão de privacidade. – Ele assentiu cabisbaixo.
– E minha família? – Suspiro.
Me levanto e vou até o telefone que a sala de interrogatório possui.
– Aqui é a detetive Portilla. Quero que encontrem e coloquem Simone Fontes Batista… – Digo lendo o nome delas na pasta. – e sua filha Isabella Fontes Batista no sistema de proteção a testemunhas. – Digo na linha e assinto. – Ok. Obrigada. – Desligo e olho para o homem angustiado a minha frente. – Feito!
Informo e saio da sala e dois policiais entram para levá-lo a prisão. Voltamos para o departamento e encontramos Maite conversando com outro agente.
– Gente esse é o Carlos do departamento de informática, eles conseguiram abrir o cofre…
– E o que tinha? – Pergunto curiosa.
– Nada, além das escrituras da casa e algumas gotas de sangue. As amostras já estão com a Dul.
– Falando de mim? – Dul entrou na sala com seu jaleco e novas pastas nas mãos. – O sangue no tapete é do Marcelo e os encontrados no cofre também. – Diz entregando as pastas para Maite.
– Então após a briga com Henrique ele voltou a casa pegou os documentos e fugiu com Eleonor. Encontramos Henrique depois que Marcelo saiu. – Digo ligando os fatos.
– Exato. – Confirmou Viegas. – Agora temos que encontrá-los para dar continuidade nas investigações.
– Chequem todos os hotéis e transportes se aparecem o nome deles. – Digo aos demais investigadores da nossa equipe. – Qualquer informação relevante pode nos contatar.
Os agentes foram saindo para suas funções, ficando as meninas, Viegas e eu.
– Vamos embora! – Disse Dul retirando seu jaleco.
– Que horas são? – Olho para o relógio e me assusto, já eram oito e meia. – Put* merd@ eu esqueci do Poncho! – Digo pegando minha bolsa e corro para fora. – Meninas depois falo com vocês!
– AGUARDAREI ANSIOSA!! – Gritou Maite, debochada.
****
O caminho até em casa eu fui meio que orando para Poncho aceitar numa boa adiarmos a nossa saída ou até mesmo tenha desistido de me esperar. Não me levem a mal, estou gostando da companhia dele, mas hoje estou toda quebrada e gostaria de ficar sozinha. De preferência.
Mas um suspiro frustrado saiu de mim ao ver o carro dele estacionado em frente ao meu prédio. Ele estava encostado no mesmo, vestindo uma bermuda jeans branca e uma blusa de flanela.
– Você estar bem? – Foi a primeira coisa que falou ao me ver se aproximar. Beijei seus lábios e me afastei em seguida.
– Se cansaço ao extremo for estar bem, nossa, estou ótima! – Ele riu.
– Bom, então você está sem humor para sair.
– Como você adivinhou? – O fato dele estar descartando nossa saída me alegrou.
– Sua expressão corporal está me dizendo. – Sorriu acanhado. Escondi minha surpresa por ele estar notando detalhes sobre mim.
– Acertou. Tudo que consigo pensar é em como uma cama seria bem-vinda. – Ele riu e tirou uma sacola de compra do banco do passageiro.
– Nosso passeio deu ruim, então você aceita esse humilde homem para lhe fazer um jantar? – Ele fez uma cara fofinha.
– Humilde? Jantar? – Perguntei tirando onda com sua cara. – Acho que seria bem-vindo.
Ele sorriu em resposta. Voltamos para nossos carros e entramos no prédio. Assim que entramos no meu apartamento Bartô apareceu e ficou matando a saudade de Poncho.
Deixei minha bolsa em cima do aparador, juntamente com meu distintivo. A arma levei junto para o quarto.
Liguei a banheira enquanto tirava minha roupa, mas não deu tempo de encher. Segui em direção da cozinha ouvindo as panelas bater.
– O que irá fazer? – Perguntei me encostando na bancada.
– Lasanha de frigideira. – Ele sorriu orgulhoso do que disse. – Mas a senhorita será paparicada essa noite, não precisa se preocupar com nada. – Ele me sorriu antes de me entregar uma taça de vinho e me empurrar em direção ao quarto.
– Por acaso você tem planos de me embebedar e me afogar na banheira? – Perguntei, mas deixei a taça em cima da mesa. Apesar dela parecer ótima.
– Como você descobriu?! Meus planos foram por água abaixo! – Gemeu teatralmente.
– Grande plano, Poncho. Devo admitir. Mas estou com dor de cabeça e dor na lombar, pretendo tomar remédio.
– Ok, bonita. Vinho dispensado. Agora relaxe. – Ele sorriu após me deixar na porta de meu quarto. – Estarei na cozinha caso precise de algo. – Disse e rumou de volta.
Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim. A banheira já transbordava quando entrei dentro dela. Lembrei-me de como me apaixonei por esse objeto. Foi em uma das investigações que fiz em São Paulo, onde me hospedei em um quarto que continha uma assim, me viciei tanto na banheira que na volta para casa tive que instalar uma em meu quarto.
É muito relaxante! Qualquer um devia ter o prazer de usar uma do tipo.
Ela consegue fazer qualquer problema desaparecer.
A prova disto foi que só sai de dentro dela uma hora depois. Com os dedos irrigados e só acordei por que o cheiro de comida saída do fogo preencheu meu olfato. Passei um pouco de gel nas têmporas e na lombar e sai enrolada no mesmo roupão que usei mais cedo e vesti um short de moletom cinza com uma camisa de alguma banda de rock famosa. Tomei os remédios para minhas dores. Prendi meus cabelos em um coque e sai à procura de comida.
– Você é míope ou estar tentando me seduzir? – Tirou sarro por eu estar olhando com os olhos quase fechados por causa de gel.
– Primeiro, coitado dos míopes! E segundo, não estou tentando lhe seduzir, mas admita, eu faço isso bem. – Continuei o olhando do mesmo jeito. Ele riu e se voltou para o que estava fazendo. – Terceiro, nenhumas das alternativas.
– Ah, então porque está assim? – Perguntou enquanto mexia na pia.
– Passei gel nas têmporas. – Respondi olhando o que ele fazia por cima do ombro.
– Já estava saindo a sua procura. É aí, relaxou? – Ele servia o segundo prato com algo bastante comestível.
– As dores ainda existe, mas melhorei bastante. – Respondi sentando em uma das cadeiras.
– Então coma, logo depois irei colocá-la na cama. – Serviu um copo de suco no lugar do vinho de mais cedo. Sorri agradecida.
E logo em seguida estávamos devorando o jantar feito por ele. Pouco tempo depois o mesmo jantar já não existia.
– Hum! Estava maravilhoso, obrigada. – Sorri. – Quem lhe ensinou isto?
– Receita da minha vó. – Largou os talheres e recolheu a louça para a pia.
– Ela deve ser uma ótima cozinheira.
– Ela é, cozinha tão bem quanto se comunica com as pessoas. – Ele lavava as louças enquanto eu enxaguava a louça. – Eu costumo dizer que ela é tagarela. Mas isso não vem ao caso. Como foi seu dia?
– Extenso e cansativo. Tivemos que perseguir um suspeito hoje. E nessa acabei dando jeito na lombar. – Ele me olhou preocupado, enquanto deixava os pratos na pia. – É só uma dor, nada mais.
– Posso fazer uma massagem se você quiser. – Disse ainda com o semblante preocupado.
– Adoraria ter suas mãos em mim, Poncho. – Sorrio travessa, tirando um sorriso e o semblante preocupado do rosto dele.
– Você é terrível. Mas vai indo lá, que já vou e faço pra você.
– Você não existe, Poncho! – Beijo os lábios dele castamente e ele me sorri carinhosamente.
O deixo e volto para o quarto. Tiro a camiseta e o short e deito de bruços. Minutos depois sinto sua presença no quarto e ao meu lado ele se senta na cama.
– O gel massageador estar ai na mesa de cabeceira.
Ele pigarreou e assentiu com “humhum” e eu sorri do outro lado. Eu não o via, mas sabia do seu desconforto ao me ver só de calcinha de renda branca e de bruços com minha exuberante b*nda pra cima.
– Com licença. – Diz e começa a passar as mãos em minhas costas. Ele me pediu licença mesmo para me tocar? Sorrio. Mas logo solto um suspiro
Mas logo solto um suspiro, quando pôs as mãos em mim e começou a massagem, apertando cada parte das minhas costas. Do pescoço aos pés. O gel que escorregava para cada depressão e de cada vale do meu corpo, não muito, só o suficiente para que as mãos dele deslizassem.
Sorrindo me virei ficando de frente para ele, que parou, me olhou e corou. Porém voltou a sua tarefa. Seu pomo de adão subia e descia. Seu autocontrole era de admirar. Ele fazia massagem, apenas. Do ombro aos pés. E quando chegou aos meus seios ele me olhou, assenti, permitindo o toque. E quando o fez eu quase g0zei. Poncho os massageavam com certa admiração. Suas mãos não eram pesadas e nem leves e faziam uma pressão deliciosa. Eu queria esquentar as coisas, e ele estava quase zen. Minhas mãos passaram a apertar seu membro. Enquanto as suas eram habilidosas tocavam os pontos certos, nas costelas, nos quadris, nas coxas. E parava nas coxas. Sem entrar onde eu queria que entrasse. Os olhos dele que não perdiam um pedaço nem de mim nem das minhas ações. Ele estava sedendo, o via respirar com mais força a cada aperto que eu dava. Ele me surpreendeu quando seus dedos se deslocaram para o meu centro e sentiu que eu já estava molhada. Bem molhada, por sinal. Gemi quando ele encostou e movimentou o dedo, bem baixo e bem suspirado, quase sem voz, só ar.
Porém Poncho levantou tão rapidamente que levei um susto.
– Porque parou?! – Perguntei me sentindo frustrada.
– Você está mal, e vim até aqui para cuidar de você. Então não faremos nada, apenas cuidarei de você. – Ele me deu um sorriso. Se esse sorriso não fosse tão bonito eu bateria nele por me deixar assim!
– Tudo bem, mas não pense que isso ficará assim. – Resmunguei, ele me entregou a camiseta, que coloquei muito contrariada enquanto ele se arrastou até a cabeceira e se encostou nela. Parecia estar fazendo yoga com aquela posição, mas não comentei. Colocou um dos meus travesseiros em cima do seu colo, em cima daquela ereçã0 maravilhosa, e me chamou para perto dele, fui, deitei a cabeça ali.
– Eu sei que não ficará assim, anjo. Já sei que você não é do tipo que deixa passar batido. – Sufoquei a risada. Ele começou a fazer cafuné no meu cabelo, cafuné é golpe baixo, mas não reclamei.
Ele já havia me feito uma massagem, foi bom, relaxante, foi quando as coisas saíram dos trilhos e Poncho parou. Decepcionada? Talvez!
Mas Poncho estava me mostrando que esse é o jeito dele de cuidar das pessoas ao seu redor. Isso deveria me assustar, mas por algum motivo, isso não acontece.
– Você vai passar a noite? – Odiei fazer esta pergunta, me fez sentir carente por atenção. Mas eu precisava saber se ele iria embora ou não!
– Não poderei. Tenho que colocar a comida de Gabriel. Mas posso ficar até você dormir, se quiser. – Assenti.
Era até melhor ele ir, pois não saberia dizer que eu não dormia com homens em uma cama. E não gostaria de magoá-lo com tal recusa.
– Obrigada pela noite Poncho. – Digo já muito sonolenta devido ao cafuné. – Mas eu vou chutar suas bolas por ter apagado meu fogo.
– Desculpa, não foi minha intenção. – Ele fez cara de cachorrinho que caiu da mudança. Me lembrou Bartô quando quer comida.
– Dá próxima vez, farei. – Foi as últimas palavras que me lembro de ter pronunciado aquela noite ao lado dele e senti algo gosmento se esquentar dentro de mim. Certifiquei que amanhã reveria meus conceitos.
***
Finsh...
Para compensar minha falta... fiz um capitulo GRANDÃO pra vcs!!
Espero que gostem e bom Carnaval de folia e de descanso!
Nós vemos Domingo que vem!!
Bjs
Autor(a): lenaissa
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
– Ei, vamos almoçar? – Perguntou Dul entrando no nosso departamento. Me encosto em minha cadeira que pende para trás e fito minha amiga. Depois da janta que Poncho fez para mim ontem eu não comi mais nada. Tudo porque acordei atrasada, devido ao sono profundo que tive depois da massagem dele. Não poderei culp&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor