Fanfics Brasil - Capítulo 40 – Ele ainda é a fim de você. Aprendendo a Amar!

Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA


Capítulo: Capítulo 40 – Ele ainda é a fim de você.

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03 de Março – Segunda – feira


– Bom dia pessoal. – Digo aos meus colgas do departamento assim que entro com meu café expresso em mão.


– Bom dia. – Respondem em unissoro.


– Alguma novidade? – Digo acomodando minha bolsa e meu casaco no encosto de minha cadeira.


– Sim. – O detetive Rodrigo veio com uma pasta até mim. – Identificamos o uso do cartão de crédito da Eleonor. – Pego a pasta e avalio as informações. – Ela abriu uma reserva no hotel Plazza em Vila Nova, interior do Rio.


– A quatro horas daqui. – Digo.


– Jorge pediu para que nossa equipe vá, com equipamentos precisos. – Disse Maite entrando na sala junto com Viegas, ambos de colete.


– Ok. Melhor ainda, somos uma equipe de 8 agentes, será mais fácil as buscas ou um lidarmos com alguns imprevistos.


– Exatamente. Partiremos em 20 minutos. – Completou Viegas.


Todos os agentes levantaram, inclusive eu e fomos até a toca nos equipar. Faríamos uma operação de buscas e podemos nos deparar com qualquer coisa.


– Ainda está brava com a Dul? – Perguntou Mai vindo ao meu encontro no vestiário enquanto colocava meu colete.


– Obrigado. – Digo pegando o café que deixei na minha mesa quando vim para cá. – A Dul me irrita com as “verdades” que ela diz ter, mas ainda assim não consigo ficar muito tempo longe dela e nem de você. – Sorrimos.


– Te amamos e só queremos o seu bem. – Ela diz assim que fecho meu armário.


– Eu sei amiga. E agradeço muito a vocês por estar ao meu lado em todos os momentos. – Abraço Maite no momento que Viegas entra no vestiário da toca.


– Prontas?


– Sim. – Diz Mai após nos separar. Bebo o retante do meu café em dois goles, já que agora ele estava morno e não mais pelante como eu peguei.


Saímos da delegacia e fomos a garagem cada detetive pegou seu carro, Maite foi junto comigo. Peguei a sirene e coloquei em cima do carro e liguei, os outros fizeram o mesmo, já que nosso carro não eram uma viatura de polícia. E assim partimos a mais uma busca.
***
– Boa tarde. – Digo a recepcionista do hotel mostrando meu distintivo me identificando. – Preciso do número do quarto de Eleonor Venâncio. – A atendente me olhava com certa tensão, mas logo me entregou a informação que pedi. – Obrigada.


Me afasto do balcão e aperto o rádio comunicador preso no ombro do meu colete.


– Quarto 315, 3ª andar.


Vou com Maite e Viegas para o elevador. Assim que chegamos nos distribuímos, ficando homens nas entradas e saídas do hotel.


Assim que chegamos ao terceiro andar, algo suspeito foi ouvido. Era um choro de mulher. De armas a punho, fomos nos beirando pela parede até chegar a porta 315.


Estava aberta e uma mulher chorava, com cautela eu olhei para dentro e avistei um homem caído no chão com uma mulher chorando em cima dele.


– POLÍCIA! – Digo ao entrar no quarto. Eleonor que eu logo reconheci, se afastou do homem e engatinhou para a sacada, corro para pegá-la enquanto Viegas e Maite vasculham o quarto.


– Limpo!


– Limpo!


Eles disseram assim que voltaram ao meu encontro enquanto eu algemava Eleonor.


– Precisamos de uma ambulância. Hotel Plazza, em Vila Nova, quarto 315, 3º andar, homem baleado na altura do peito. – Viegas chamou pelo seu rádio.


Maite avaliava o homem.


– Parece ter sido a curta distância.


– O que aconteceu? – Pergunto a Eleonor que ainda chorava.


– N..não...sei… – Soluçava. – Saí...do...banho… e … e – Chorou mais ao olhar o namorado ao chão.


– Está sentindo falta de alguma coisa no quarto? – Ela olha em volta e assente. – O que? – Ela me olha assustada, talvez se lembrando da sua atual situação. – Você quer pegar aquele que fez isso com seu namorado? – Aponto para o cara caído no chão. Ela olha e volta a chorar, porém assentindo. – Então colabore com a Polícia Eleonor. O que levaram?


– A ma..la preta dele.


– Mala de roupas? – Franzo o cenho.


– A… única que... trouxemos…


– Ok. – Digo e me afasto no momento em que um outro agente entra no quarto. – Tenta pegar mais alguma informação dela. Vamos a sala de vídeo ver as câmeras do hotel. – O detetive assentiu e nos dirigimos a porta. – Há Eleonor, que horas mais ou menos você o encontrou?


– Uns… vinte minutos. – Assentimos e logo saímos, voltando a recepção. A mesma atendente estava atendendo agora uma família.


– Com licença assunto Federal. – Mostrei o distintivo e logo a família se afastou com a mãe protegendo suas crias. – Quantas pessoas estavam hospedadas no terceiro andar.


– Só o casal… Só a senhorita Eleonor abriu conta ali nos últimos dias. Muitos dos nossos hóspedes pedem os últimos andares por causa da vista.


– Aqui tem sala de segurança? – Ela assentiu. – Precisamos ter acesso as câmeras do hotel, houve um assassinato em seu hotel e precisamos encontrar o criminoso. – Ela se espanta e leva as mãos a boca. – Onde fica a sala?


– vou… chamar um funcionário para levá-los até lá. – Diz pegando o telefone do gancho.


Minutos depois um homem nos levou até uma sala restrita e encontramos dois seguranças almoçando em frente aos monitores.


– Boa tarde. – Assumiu Viegas. – Precisamos rever as gravações do 3º andar entre meio dia e uma hora.


Os homens se assustaram ao nos ver, mas logo assentiram e largaram suas refeições para nos atender.


Depois de alguns minutos de vídeo um homem sai do elevador encapuzado impossibilitando ver seu rosto já que também caminhava de cabeça baixa. Ele caminhou até o quarto de Eleonor e bateu à porta, pelo movimento de seu braço identificamos que ele retirou uma arma da cintura. Assim que a porta foi aberta ele mirou e acertou seu alvo.


– A arma estava com silenciador. – Observou Maite no momento em que vimos ele atirar em Henrique.


Segundos depois ele entra e sai do apartamento arrastando a mala de rodinhas preta e entra novamente pelo elevador. Tudo com cuidado de não mostrar seu rosto.


– O elevador tem câmeras? – Pergunto.


– Não senhorita. – Me responde o funcionário.


– Ok, vamos segui-lo pelas outras câmeras do hotel. Coloque na câmera do saguão que pegue o elevador. – Ele fez e logo depois o homem sai do mesmo, de cabeça baixa e encapuzado arrastando a mala.


Na câmera seguinte ele passa porém a cabeça estava erguida, mas para nossa infelicidade essa nova câmera pegava ele de costas, e assim ele foi até a saída do hotel.


– Tem outra câmera que possa pegá-lo saindo do hotel de frente? – Perguntou Maite.


– Não senhorita. Todas, a partir daqui, o pegarão de costas, já que ele está saindo do hotel, a não ser que em algum momento ele se vire.


– Ok. Volte a câmera no momento em que ele levantou a cabeça. – O funcionário assentiu e voltou ao momento em que pedi. – Olha. – Apontei na tela. – Esse menino deve ter fotografado o rosto dele.


Digo avistando, um menino tirando fotos no saguão e no momento em que o assassino levantou a cabeça o menino estava a sua frente tirando fotos.


– Vou localizar ele e a família e pedir a câmera. – Diz Viegas enquanto sai da sala.


Maite e eu assentimos e continuamos assistindo as gravações até o momento em que ele some das mesmas, sem olhar para trás em nenhum momento.
***


– Aqui. – Viegas nos entrega a foto que o menino tirou. – Pelo ângulo dá pra enviar para o DP e puxar o reconhecimento facial.


A foto mostrava um quadro na parede em sua totalidade, porém para o azar de nosso criminoso o seu rosto apareceu no momento em que o menino tirou a foto.


– Sorte a nossa, amigão. – Diz Maite olhando a foto. Ela tirou uma foto pelo celular do rosto do homem e enviou ao departamento para fazer o reconhecimento.


Enquanto não recebíamos respostas ficamos no hotel para colher novas provas ou suspeitas. Até porque o homem parecia ter o conhecimento onde cada câmera estava e em qual ângulo ele devia se esconder, e ele só saberia se tivesse estudado elas antes e se estudou ele estava hospedado no hotel também.
***


– E aí o que descobriram? – Perguntou Jorge, nosso chefe, assim que entramos no departamento.


– Eles estavam hospedados a um dia. E com certeza o atirador… – Olho para a pasta com as informações do homem. – Guilherme Arouca estava os seguindo tanto que fez reserva no mesmo hotel minutos depois do casal.


– Durante aquele dia ele estudou o hotel, posições de câmeras e saídas que facilitasse a sua ação, tanto que ele foi ate o quarto deles no dia seguinte, encapuzado e com um silenciador. Atirou, roubou e fugiu sem levantar suspeitas. – Completou Maite.


– Checaram as últimas informações dele? – Questionou nosso chefe.


– Ele usa um cartão de crédito. – Interviu Viegas. – puxamos os últimos dados e ele é um viajante, não tem lugar fixo, nem família ou algo do tipo que ligue a ele.


– Já colocamos as informações do cartão no sistema, quando ele utilizar novamente saberemos. – Digo sentando em minha mesa.


– Ok. E a Eleonora?


– Está fazendo exames no laboratório. Quando terminar iremos interrogá-la. – Completou Maite.


– Quero estar presente quando interrogá-la. – Disse Jorge saindo pra sua sala. – Bom trabalho pessoal.


Assentimos e logo voltamos ao nosso trabalho no instante em que recebo uma mensagem, olho e logo sorrio.


“Posso agendar Bartô amanhã para retirar o gesso?”
Leio e logo digito.
“Que horas seria?”
“Só tenho no primeiro horário. O dia será corrido amanhã.”
“Nesse horário estarei no trabalho. Tem outro dia?”
“Posso buscá-lo e ficar com ele. Amanha tiro o gesso e você o busca na clínica quando sair do trabalho. Pode ser?”
“Adorei a ideia. Posso ate dar uns amassos em você. Tô precisando.”
Respondo colocando um emoji sorrindo em seguida. Ele me responde com um emoji de vergonha. Amplio ainda mais meu sorriso.
“Ok. Eu posso conviver com isso e meu coração continuará aberto.”
Brinca enquanto coloca um emoji de coração gigante agora
“Até mais tarde Anjo.”
“Até Grandão.”


Finalizo a conversa e deixo o telefone em cima da mesa. Olho pro lado e Maite está sentada em sua cadeira enquanto me encara com um sorriso debochado no rosto.


– Que foi? – Digo me endireitando e ligando a tela do meu computador.


– Nunca vi você sorrindo ao telefone enquanto conversa com um P.A. – A olho com firmeza.


– Não começa.


Ela me lança um sorriso sarcástico.


– Seria bem mais fácil se você assumisse…


– Olha só, eu...


– Meninas? – Dulce entra no DP. – A garota está liberada e tudo indica que ela está grávida. O exame de sangue que fiz vai me confirmar.


Olhamos para ela enquanto nos levantamos.
– Seria uma boa notícia se ela não estivesse na situação que se encontra. – Conclui Maite.


– Vou chamar o Jorge. – Digo saindo da sala a tempo de escultar Dulce perguntando “o que deu nela?”


E com certeza eu e Alfonso seriamos pauta nos próximos minutos.


Ter amigos é muito bom, mas as vezes enche o saco, e saco é uma coisa que eu nem tenho!
***
– Eleonor, somos as detetives Portilla e Perroni e esse é o Delegado Castro. – Digo sentando a frente dela com Maite ao meu lado e Jorge as nossas costas. – Precisamos que você nos conte tudo o que sabe sobre o envolvimento do seu namorado com o roubo de cargas da empresa Orange.


– Eu não sei de muita coisa eu.. eu.. – Ela ainda estava abalada, enquanto segurava sua cabeça. – não posso falar com a polícia.. vão me pegar… eu... eu


– Você está grávida. – Maite solta a bomba e eu olho para ela, afinal nada estava confirmado. Mas Maite não se abateu e continuou. – Você agora precisa proteger o seu bebê. Eles virão atrás de você de qualquer jeito. Você colaborando com a polícia sua chance de proteger você e ele triplica.


A mulher olhava para Maite em choque. Como não acreditasse naquilo que ouvira.


– Grávida? – Um fio de voz saiu de seus lábios. – Como é possível…


– Os seus exames apontaram. O exame de sangue confirmara as semanas.


Será que a conversa entre Dulce e ela foi sobre a gravidez da mulher e não minha vida? Porque olha como ela está segura nas informações que está passando.


– E então Eleonor, vai colaborar conosco? – Disse Jorge, aparentemente, sem se importar com a ousadia de minha parceira.


Ela assente ainda em choque.


Eu arregalo os olhos e suspiro, se fosse eu já teria levado uma bronca.


– Bom, e o que você sabe sobre o roubo Eleonor? – Pergunto com minha caderneta aberta.


– Henrique era advogado da Genoa S9, mas Otávio o fazia trabalhar em questões pessoais dele…


– Que Otávio? – Pergunto atenta.


– Otávio Rangel. Presidente da Genoa. – Mai e eu nos entreolhamos, enquanto Jorge buscou uma cadeira e sentou ao nosso lado, tão interessado quanto a gente.


– Que tipo de trabalhos? – Ele questionou e Eleonora a olhou com medo.


– Sua segurança será assegurada se colaborar Eleonor. – Digo e ela assente, levando a mão ao útero, uma lágrima escorre pelo seu rosto quando voltou a nos fitar.


– Ele pedia pro Marcelo defender homens que nada tinham haver com a empresa…


– Pedro da Silva era um desses? – Perguntou Maite, relembrando do homem que a fez de refém no galpão.


Ela assentiu.


– Ele foi encaminhado para defender um criminoso, Marcelo se negou mais foi obrigado e ameaçado.


– Que tipo de ameaça? – Pergunto.


– Otávio ameaçou me matar se ele não fizesse o que mandasse. Por isso Marcelo defendeu o homem e dali pra frente ele buscou procurar provas contra Otávio, para sair das mãos dele.


– E ele conseguiu. O que ele havia descoberto Eleonor? – Pergunto. Ela pigarreia e novas lágrimas descem.


– Espionagem industrial. – Disse enquanto levou as mãos ao rosto e chorou novamente.


Me recosto na cadeira e solto um suspiro de cansaço. O caso havia subido dois patamares. Não era mais um simples caso de roubo, agora era mais complexo.


Já que casos como este consiste em roubo de informações que pode acarretar prejuízos e é muito perigoso se essas informações caírem em mãos erradas.


– Então Otávio está espionando a Orange? – Perguntou Mai.


– Acho que sim, não sei. Ele não me disse e fomos atacados e.. e… – Ela voltou com o choro.


Suspiramos. Já com uns dos nós amarrados.


– Tudo bem Eleonor. Por hoje é só. Vamos mantê-la segura. Um policial vem lhe buscar para resolver os procedimentos. – Diz Jorge se levantando e fazemos o mesmo. – Agora temos um grau mais elevado no caso.


– Sim. A s empresas envolvidas são do meio da comunicação. Informações pessoais, dados de empresas, bancos e sei lá mais o que podem estar sendo raqueados…


– Vou emitir um mandato a Otávio, quero eu mesmo interrogá-lo…


– Encontramos o cara. – Viegas vem ao nosso encontro. – Está a uma hora daqui seguindo pelo leste.


– Ok! Vambora. – Digo e logo corremos em direção a toca.
***


A casa era de dois andares, toda a equipe estava armada e protegida com coletes. Estávamos esquadrinhando a casa e me deparo com a porta dos fundos. Faço sinal aos outros e abro lentamente.



– Espere. – Sussurro e me aproximo da porta olhando por dentro. – Limpo!


Digo e avançamos para dentro do imóvel. Entramos pela cozinha e logo a equipe se espalhou para ver os outros cômodos. Todos com as armas em punhos e preparados caso haja troca de tiros.


Maite começa a subir a escada comigo logo atrás. Assim que ela chega ao topo avista duas pessoas correndo.


– PARADAS POLICIA!! – Diz e corre em direção a elas.


– O que viu? – Pergunto a ela quando chegamos a porta onde as fugitivas estavam.


– Duas adolescentes e uma arma. ABAIXEM A ARMA OU VAMOS ATIRAR!! – Ela grita e as mulheres falam entre si e eu franzo o cenho. Sério? – UM, DOIS…


– MAI, ESPERA. – Digo batendo no ombro dela e saindo da posição para entrar no quarto onde as duas estavam para o desespero de Maite.


– ANAHÍ!! – Ela me chama e entra no momento em que eu tiro a arma da mão da garota que está tremendo que nem vara verde. – O QUE FOI ISSO? – Ela pergunta pra mim, porém mirando nas meninas.


– Elas diziam que não tinham balas. Estavam apavoradas. – Digo e ela se vira para mim abaixando a arma.


– Não sabia que falava italiano. – Questiona irritada. Só dei de ombros, no momento que alguém passa correndo pelo corredor.


– SUSPEITO FUGINDO PELO TELHADO!! – Grita Viegas logo atrás.


Maite prende as meninas enquanto eu corro em direção a eles. Mas a frente a visto Viegas em luta corporal com Guilherme, ele acerta Viegas que cai e se segura na calha do telhado, sem tempo de ajudá-lo corro atrás do homem que agora foge pelo solo.


Ele entra numa casa abandonada e eu pego minha arma. Aviso minha localização pelo rádio preso no colete e entro. O local não estava todo escuro mais ainda sim dava para ver pouca coisa. Vou me escorando pela parede e pelos objetos que encontrava enquanto o procurava com arma em punho.


No momento seguinte, ele saiu de sei lá onde e caiu em cima de mim, me acertando um soco no rosto.


Filho da put@


Ele tenta me acertar de novo mas eu consigo desviar e acertar sua costela. Ele se desequilibra e eu o derrubo indo pra cima dele e lhe dou uma sequência de socos, mas ele segura meu pescoço e aperta.


Se aproveitando desse momento, ele nos vira e fica por cima dando mais pressão no meu pescoço. Ele estava montado em cima de mim o que dificultava tirá-lo dali. Eu estava perdendo a força quando ele foi arrancado de cima de mim. E pude ver que João um dos detetives entrar em luta corporal com ele.


Eu tentava me levantar, mas estava zonza e com dor na garganta. Por sorte Viegas conseguiu chegar e ajudar João a derrubar e a prender Guilherme. O infeliz era forte.


– Ei tudo bem? – Perguntou Maite assim que chegou e foi ao meu encontro. Eu apenas assenti ainda zonza. – Vem, deixa eu te ajudar.
***
– E ai, o que o médico disse? – Perguntou Maite entrando com Viegas e Dulce no vestiário no momento em que eu colocava minha jaqueta.


– As marcas não foram profundas. Amanhã pode não estar mais. – Me refiro a vermelhidão que ficou no meu pescoço. – O olho vai demorar mais um pouco.


– Desculpa Annie, por não ter conseguido chegar a tempo… – Lamentou Viegas visivelmente abatido.


– Não foi culpa sua Viegas. Ele também lhe deixou em situação complicada. E outra ele me pegou de surpresa.


– Pois é o cara é um mamute de tão grande. Precisou de dois homens para detê-lo. – Completou Dulce.


– Vamos pra casa. O documento que ele roubou já está com Jorge, amanha vamos atrás de Otávio. – Disse Maite e logo assentimos.


– Quer que eu te leve? – Perguntou Viegas.


– Não precisa as meninas vieram comigo hoje pro trabalho. Vamos juntas. – Ele assente contrariado e logo eu e as meninas saímos dali.


– Ele ainda é a fim de você. – Disse Dulce.


– Entre ele e eu não há mais nada. – Digo me sentando no banco do passageiro do meu próprio carro.


– E sabemos bem o porque. – Completou Maite, dando partida no carro. Revirei os olhos com a direta dela.
***
Chego ao meu apartamento e deixo arma, distintivo e bolsa na mesa e me jogo no sofá. Exaustão me domina. A dor no olho e na garganta nem me incomodam tanto do que saber como frágil eu fiquei na mão daquele cretino. Isso me aborrece profundamente. Porque eu treino para ser a melhor, para derrubar homens o dobro do meu tamanho e força porém hoje não consegui nem me defender. E as marcas no meu corpo comprovam isso.


Sigo para o banheiro, deixando pelo caminho minhas roupas. Entro debaixo de um jato frio e relaxante, deixando meus cabelos molharem sem nenhum arrependimento. O banho era só para tirar a sujeira do dia, pois descanso eu não teria naquela noite. Coloquei um short e um top de malha. Fui até o quartinho onde eu guardo minhas bugigangas e de lá saio arrastando o meu saco de pancadas ate a sala. O penduro no suporte que ali tenho, coloco minhas luvas e começo a socar. Imaginando a cara do fudid0 do Guilherme naquele saco e soco com tanta força para aliviar a frustração de não ter acertado ele como eu estava acertando aquele saco. Só paro de bater quando minha campainha toca.


Poncho


Assim que ela abriu a porta, perdi um milésimo do ar que eu respirava. Ela vestia um short curto preto, deixando a mostra suas longas pernas torneadas. Um minúsculo top preto apertava os seios volumosos que tentavam sair pelo decote. Os cabelos estavam úmidos e presos no alto da cabeça em um coque e alguns fios escapavam caindo em seu rosto suado. As mãos estavam envoltas em faixa negra, assim como seus pés descalços. Havia um saco de areia pendurado no meio da sala e um par de luvas caídas no chão. Como foi que ela pendurou aquilo?


– Oi Poncho.


– O que houve com seu rosto? – Me assustei quando de fato olhei para o rosto dela. Alguém bateu nela, e aquilo me revoltou absurdamente. Quando fui tocá-la ela se afastou e entrou, deixando a porta aberta para mim. – Annie, o que houve? – Digo a seguindo depois de fechar a porta.


– Acidente de trabalho, Poncho…


– Isso não parece um acidente e sim uma agressão…


– Qual é Poncho? – Perguntou irritada com as mãos na cintura. – Eu sou policial, entro em confronto com bandido o tempo todo, você acha mesmo que isso não é um acidente de trabalho?


Respirei fundo ignorando sua agressividade.


– Ok. Desculpa tá legal. Eu só não estou acostumado com você no seu trabalho..


– Agora você vai dizer que por ser mulher eu não devo estar trabalhando na polícia? – Ela cruzou os braços na frente dos seios e aquilo fez seu volume dobrar de tamanho.


– Claro que não! Eu nunca seria machista a esse ponto. Eu só… estou preocupado com você.


– Não precisa ficar preocupado. Sei cuidar muito bem de mim!


Com um sorriso forçado ela se virou e seguiu novamente para onde estava o saco de areia recomeçando a socá-lo com força. Sua habilidade era tanta que eu estava sentindo pena do pedaço de plástico e terra. Annie tinha a força de dois homens juntos e se movia muito rápido. Tão rápido que eu fiquei imaginando onde ela adquiriu aquela habilidade. Será que a academia de polícia treinava tão bem assim seus agentes? Mas vendo alguns policiais pela vida eles não eram tão habilidosos como ela.


– Você vai mesmo levar Bartô com você? – Ela perguntou sem tirar o foco do saco e me tirando dos meus pensamentos. Cruzei os braços na frente do peito.


– Vou. Ele tá há tempo de mais com o gesso. – Suspirei indo até o saco e me postei segurando-o. – Então, você não vai descansar depois do dia de hoje?


– Vou. Só preciso acabar com essa frustração que sinto. – Ela respondeu com voz suave. – Quando ingressei no DP, todos me viam como uma mulher indefesa tudo por eu ser mulher e ter feições tão delicadas. Nunca deixei que me diminuíssem ali dentro e nunca dei o prazer deles me verem fragilizada, como me viram hoje. – Ela fez uma pausa se concentrando em um golpe que quase me fez cair. – Eu treino, me esforço a cada dia para derrubar qualquer um que me enfrente. Só que hoje isso não aconteceu, levei a pior e eu preciso descontar minha raiva em alguma coisa.


Annie estava concentrada nos golpes e começava a suar. Sua respiração estava ofegante, mas ela permanecia bem concentrada no que fazia. O que aconteceria se esse foco todo fosse tirado? Eu sorri para Annie decidido a provocá-la, por isso mudei de assunto.


– Eu estou sem cueca. – Digo de repente.


Annie errou o golpe, que resvalou na lateral fazendo o punho escorregar fazendo com que ela perdesse o equilíbrio. Todo seu peso a jogou em direção ao chão e ela bateria a cabeça na mesinha que estava mais a sua frente, se eu não tivesse sido rápido o bastante para segurá-la.


– Opa! – Exclamei segurando sua cintura e a puxei contra meu peito. Ela se virou e colocou as mãos em meus ombros. – Pensei que fosse eximia lutadora. Onde foi parar seu foco?


Eu sussurrei no ouvido dela afastando o cabelo que caia pelo seu rosto. A pele de seu pescoço se arrepiou e o batimento cardíaco dela acelerou, fazendo Annie ofegar ainda mais.


– Merda! – Ela xingou entre os dentes, estava afetada e não queria demonstrar. Eu ri de sua expressão e a pressionei ainda mais contra meu corpo.


– Sabia que você tem uma boca muito suja?



– Você está muito engraçadinho hoje. – Disse com voz extremamente irritada e me deu um soco no ombro. – Você está mesmo sem cueca? – Ela leva a perna entra as minhas e percebe o meu amigo livre dentro da calça de moletom que eu vestia.


– Você disse que queria me dar uns amassos. – Dei de ombros. – Pensei em facilitar sua vida.


– Só a minha né? – Perguntou enquanto tirava as amarras do punho com desespero. Eu sorria dando de ombros.


– Talvez facilite a minha também.


– Tenho certeza que sim.


Ela me empurrou e eu cai sentado no sofá e logo ela veio para a posição que ela adorava. Subi a mão esquerda e segurei a parte de trás de seu pescoço mantendo o braço na linha da coluna. Soltei seu cabelo e ele caiu em uma cascata de cachos castanhos por sobre seus ombros.


– Estou adorando esse Alfonso que toma a iniciativa. – Ela disse mordiscando a região de minha orelha, ainda embolada com as faixas nos punhos.


– É por você… – Dito isso segurei a base de seu maxilar e chupei o lábio inferior dela e em seguida a beijei. Apertei ainda mais seu corpo contra o meu e a senti remexer o quadril contra o meu.


A senti puxar meu lábio com os dentes enquanto jogava o corpo no meu. Eu explorava a boca dela com a língua faminta, possessiva, dependente e ela retribuía o beijo com igual fome e vontade. Sentia ela reivindicar meu gosto, meu corpo, cada mínimo espaço de pele.


                    Annie


Poncho segurava minhas coxas com uma pressão excitante, mas foi quando suas mãos passaram a adentrar o meu short próximo a minha virilha apenas o suficiente para passear de forma provocativa por ali, eu comecei a tremer inteira em uma reação louca a uma zona erógena que eu desconhecia.


Quando o ar faltou, Poncho passou a descer os beijos lânguidos pelo meu pescoço e involuntariamente, eu acho, rebolei em seu colo. Sentindo seu pen1s duro como rocha e completamente livre naquelas calças. Sorri, enquanto ele suspirou.


Aquilo estava gostoso de mais.


Comecei puxando a camisa dele com alguma pressa. Só de pensar em passear minha língua de novo pelo peitoral daquele homem já fazia minha boca encher de água. E Poncho não ficou atrás, pois ele invadiu meu top sem cerimônias e me agarrou um seio em seu aperto firme.


Com a camisa longe, minha mão desceu pelo peito e a pelugem macia me excitava em uma proporção absurda, nunca antes sentida. Desci ate sua calça e a invadi em busca do seu p*au. Comecei a estimulá-lo enquanto ele cuidava de um dos meus seios com sua boca.


Os carinhos mútuos despertou os animais que existia em nós. Pois passamos esfregar nossos corpos hiperaquecidos em todas as regiões certas, e...


Nós caímos do sofá.


Eu por baixo, ele por cima, acabamos trocando olhares antes de cair na risada sem ter como ser diferente.


Poncho se ajoelhou entre as minhas pernas, ainda mordendo a língua achando graça pelo acontecimento, e passou a se livrar da minha roupa. Quando ele foi se livrar da sua própria calça aproveitei a visão magnífica dele em cima de mim para puxar uma almofada para amparar minha cabeça, seu corpo se juntou ao meu de novo e dessa vez parecíamos ainda menos pacientes. Então assim que o abdômen dele se juntou à minha barriga, começamos a nos movimentar com fúria e ritmo, iniciando mais um beijo regado a intimidade e desejo.


E então ele estava dentro de mim.


Poncho era diferente. Ele era um puta de um homem maravilhoso com alma de menino, o amante ideal com quê de melhor amigo. Dessa forma, o sex0 com ele era diferente e intenso. Me olhou nos olhos do momento que se enterrou em mim e só parou quando eu arfafa tão alto e desesperada de prazer que ele precisou encarar o ponto no qual nos tornávamos um, o som dos quadris se batendo preenchendo o cômodo.


Respirou meu ar, apertou minha cintura me fazendo sua e g0zou longamente, acompanhando as nuances que meu corpo ainda desenhava no tapete da sala pelo orgasmo arrebatador.


Caindo ao meu lado Poncho ficou deitado olhando para o teto assim como eu por um tempo antes de levantar e ir para o banheiro, se desfazer da camisinha que nem vi quando ele colocou. Fiquei olhando a sua bunda e não resisti a assoviar. Ele parou no meio do caminho, virou de lado para mim e fez aquelas posições que os caras de competição de fisiculturismo fazem. Joguei uma das almofadas nele rindo e voltei a me esparramar no tapete.


Mais. Um. Melhor. Sexo. Da minha. Vida!


Era a frase que piscava em letras neon na minha mente. Logo Poncho voltou e deitou ao meu lado, me puxando para deitar a cabeça no seu peito. Mas eu preferi puxar outra almofada e repousar a cabeça ali.


– O que foi? – Perguntou assistindo eu me ajeitar na almofada.


– Não gosto dessas coisas depois d sex0.


– Que coisas?


– Carinhos, deitar no peito, dormir juntos… essas coisas. – Ele franze o cenho mais assente.


– Você não sabe o que tá perdendo. – Sorrio. Batendo de leve no peito dele. – E aí relaxou?


– E como. Adorei me desestressar com você – Digo e vejo o sorriso maravilhoso que ele tem. – Poderia me fazer isso mais vezes.


– E te deixar mal-acostumada? Nem pensar, senhorita.


– Ora, podemos fazer uma troca.


– Começo a gostar da ideia. – Diz com um sorriso travesso nos lábios. – Adoro dormir de conchinha. – Eu gargalho com a insinuação dele e logo me ajeito sobre meu tórax e mordo seu queixo.


– Essa troca está fora de cogitação. – Digo trassando beijos até o pescoço dele, que sorri esperto. – Que horas são? – Pergunto, fungando sua pele suada. Pele de macho.


Poncho levanta seu braço e procura pelas horas no seu relógio de pulso.


– Quase dez da noite.


– Aceita jantar comigo? – Murmuro em seus lábios, roubando um beijo em seguida


– Com todo prazer. – Diz rindo.


– Ótimo. Já matei minha fome de você, mas nem só de sex0 viverá uma mulher.


Levanto-me com um pulo enquanto Poncho ri ainda mais, também se levantando e se espreguiçando.


Gostoso pra caralh0!


– E quem foi que disse essa frase célebre? — Me indaga procurando sua calça. Estamos completamente nus, e se eu continuar a olhar para sua nudeza, vou querer fazer f0der com ele outra vez.


– Uma grande pensadora contemporâneo chamada Anahí Portilla.


Ele joga minha calcinha que encontrou enquanto sorri.


– Imagino que como essa ela tem um monte de pensamentos semelhantes. – Diz vestindo sua calça e parando a minha frente com meu top em mãos. – Vou adorar descobrir cada frase, anjo.


– Só se você fizer por merecer, grandão. – Digo puxando seu queixo e beijando-o com fervor.


 


 



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Autor(a): lenaissa

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  Uma semana depois...   Estávamos exaustas com aquele caso. Trabalhávamos efusivamente até eu ser interrompida por um office boy que adentrou no departamento.   Detalhe: Um buquê enoooorme de flores vermelhas.     – Você é a Anahí? – Perguntou ao meu lado. Atônita, apenas assen ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 392



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  • beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08

    Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3

  • degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23

    Continua

  • beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05

    Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa

  • beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12

    Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss

  • NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50

    Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.

  • NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06

    Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.

    • lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46

      Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!

  • degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09

    Continua &#128591;&#128588;

  • lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31

    Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.

  • Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00

    Continua

  • Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40

    Continua por favor


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