Fanfics Brasil - Capítulo 41 – Eu não gosto de sentir vontades grandão Aprendendo a Amar!

Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA


Capítulo: Capítulo 41 – Eu não gosto de sentir vontades grandão

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Uma semana depois...

 

Estávamos exaustas com aquele caso. Trabalhávamos efusivamente até eu ser interrompida por um office boy que adentrou no departamento.

 

Detalhe: Um buquê enoooorme de flores vermelhas.

 

 

– Você é a Anahí? – Perguntou ao meu lado. Atônita, apenas assenti. – Ok. Isso é para você.

 

Não é tamanho normal, é grande. Recebo o pacote atônita, sob sorrisinhos de Maite e Dulce que pararam o que estavam fazendo para soltarem piadinhas. Ignoro as duas e apenas agradeço ao homem que sai.

 

As flores são muito bonitas, de qualidade. Parece até de plástico. Sem falar que o aroma é ótimo.

 

E outro detalhe, no meio das rosas tem bombons diversos.

 

 

– Olha elaaaa! – Dulce debocha da mesa de Maite e suspendo meus olhos para vê-la rindo em escarnio. – O céu vai desabar depois dessa.

 

Reviro os olhos enquanto ela rir. Ainda atônita de quem me mandou aquilo, pego o cartão. Deve ser erro, com certeza. Eu lá sou de buquê e romance? Quem fez essa brincadeira sem graça?

 

– Ela recebe flores agora, ela. – Maite não deixa sua piadinha de lado também.

 

Ignoro ambas e abro o papel, ignorando os olhares de expectativas delas curiosíssimas  leio a seguinte mensagem: ''Tenha um ótimo dia. Poncho''

 

Alfonso só podia estar ficando louco. Ele não deveria fazer isso! É só sexo!

 

Estou muito surpresa e put@ com isso. Para que merda ele me mandou flores? Ainda mais aqui no trabalho! Ele é maluco ou que p0rra?

 

O que deu na cabeça dele para fazer isso? Em breve saberei!

 

– Me dá um bombom desse aí, Amiga. Ou não vai dividir? – Dulce me pede e eu jogo na cara dela de qualquer jeito que me xinga, assim como Maite pidona.

 

Fomos trabalhar, mas logo tivemos que parar para irmos a uma reunião com Jorge sobre uma nova pista.

**

 

Saímos da reunião já no horário do almoço. Recebo uma mensagem de Alfonso avisando que estaria me esperando no estacionamento para almoçarmos juntos em dez minutos.

 

– Vamos almoçar juntas? – Maite me questiona com o próprio celular na mão.

 

– Não vai dar. Vou ver o Alfonso agora.

 

Ela arqueia uma sobrancelha e sorrir.

 

– Diz a ele que os bombons estavam maravilhosos. – Diz Dulce pegando suas coisas e saindo com Maite, com sorrisinhos irritante nos lábios. Se eu não estivesse tão put@ com outra pessoa, minha raiva seria descontada nelas. Com certeza.

 

Apanho o buquê de flores e desço para o almoço, sigo para o estacionamento encontrar Alfonso que estava com o carro parado já me esperando.

 

Entro no seu carro e jogo no seu colo o buquê querendo saber que porra passou na mente dele ao aprontar isso. Mas não deixo de sentir seu perfume gostoso. Esse homem exala masculinidade crua.

 

            Poncho

 

Olho para aquele meio metro de mulher com cara de brava e só sei sorri, mesmo que tenha jogado as flores que mandei para ela em cima do meu colo me deixando confuso.

 

– Que p0rra você acha que estava fazendo, Alfonso? – Estudo a expressão zangada dela.

 

– Como assim? – Calmamente pergunto.

 

– Que porra você acha que está fazendo, mandando flores para mim! – Sua voz aumenta um decimal, arrumando os cabelos para trás. – Você é louco? Que brincadeira sem graça é essa?

 

Franzo as sobrancelhas. Ela não gosta de flores?

 

– Não. Só quis te agradar. – Percebo que ela ficou irritada de verdade. – Foi só flores, Annie. – Tento contornar a situação.

 

– Me agradar? Quer me agradar me faço um oral, meu querido. – Exaspera, arrumando os cabelos novamente.

 

Olho novamente para o ramo de flores no meu colo e acabo abrindo um sorriso novamente.

 

– E se não gostou, cadê os chocolates? – Arqueio uma das sobrancelhas.

 

– Eu comi. Não faria desfeita. – Dá de ombros como se fosse uma resposta plausível. – Mas sério, não faça mais isso, eu já te contei como não gosto de parecer frágil no meu trabalho. – Mais amena, ela pede.

 

 

– Tudo bem. Só queria te agradar. – Dou de ombros.

 

– Sem contar, que não gosto desses presentes. É romântico demais para o que temos. A gente só f0de. Nada de presentes, agrados só na cama. – Pontua.

 

As palavras dela ferem sem ela nem mesmo perceber.

 

Anahí é diferente de qualquer mulher que me relacionei. Nunca vi nenhuma mulher recusar flores e nem ser fria nesse tipo de coisas. Eu gosto de agradar mulheres que me relaciono. Eu queria agradar ela também, mas pelo jeito ela não curte muito.

 

Acho que o tamanho das flores que foi exagerada.

 

Se eu mandasse uma menor quem sabe?

***

            Annie

 

– Prontinho, entregue sã e salva. – Disse divertido enquanto desligava o carro.

 

– Obrigada Poncho. – Digo retirando o cinto e me virando para ele. – Desculpa, pela minha explosão. Mas eu não consigo me dar bem com essas coisas... – Digo olhando o ramalhete gigante no banco traseiro do carro.

 

– O mesmo você não pode dizer dos chocolates. – Ele riu. Tentou disfarçar, dada minha cara feia para sua piada, então pigarreou e, lentamente trouxe a mão em direção ao meu rosto, tocando-me gentilmente por poucos segundos. – Vou tentar não fazer de novo. Pode deixar. – Diz e me rouba um selinho. – Vamos nos ver mais tarde?

 

Suspiro e me recosto de novo no banco enquanto minha cabeça repousa no mesmo. Foi inevitável não fechar meus olhos e levar a mão a têmpora.

 

– Não sei se será possível. Vamos fazer uma operação hoje a noite e provavelmente vai varrer a madrugada. – Ele solta um som assentindo.

 

– Bom, eu trabalharei até tarde em casa. Tenho uma operação para fazer e preciso estudar, então deixarei a chave da porta embaixo do carpete. Se quiser ir, fique à vontade. – Olhei para ele, que sorria travesso. – É só uma sugestão é claro.

 

– Você está muito saidinho, sabia?! – Impliquei enquanto me inclinava até ele e o beijei. – Pelo que me lembro você não era assim. – Digo sorrindo depois que finalizei o beijo.

 

– Culpa sua. – Me acusou. – Eu era um rapaz puro… – Gargalhei.

 

– Puro Poncho??? Onde que você era puro? Só se fosse antes daquela lá. – As palavras saíram sem controle. E logo nossos sorrisos foram morrendo enquanto nos olhávamos. – Bom deixa eu ir. Obrigada pelo almoço o lugar era incrível. – Digo rápido e na mesma velocidade saio do carro. Sem dá-lhe chance de falar algo sobre minha fala.

 

Mas que boca grande a minha também.

 

Por que ultimamente eu tenho sempre que soltar uma frase que pode me comprometer ou gerar ilusões na cabeça dele?

 

Que saco!

 

Entro na delegacia e logo encontro o insuportável do Frederico.

 

– Ora, ora! O furacão chegou! – Ele disse em tom sarcástico. – Primeiro recebe flores no trabalho e agora chega atrasada depois do horário de almoço… será que está virando gente, gracinha?

 

Fechei meus olhos e contei até dez respirando bem fundo para não bater nele.

 

Eu odeio esse cara!

 

Bati meu cartão de ponto e me voltei para encará-lo com o sorriso mais sarcástico que eu pude colocar nos lábios. Um sorriso que eu sabia que ele odiava.

 

– E você onde estava oficial? Manobrando os carros? Comendo “rosquinhas”? Ou suplicando casos para subir de patamar no DP?

 

Frederico odiava quando eu o chamava de oficial. Ele sabia que eu o lembrava de que seu posto era b0sta na frente do meu, por isso seus olhos brilharam com fúria. Ele tinha o costume de pedir todo e qualquer tipo de caso. Pois só assim, com êxito nos mesmos, ele poderia subir de cargo e deixar de ser patrulheiro da polícia civil.

 

– Muito engraçado! – Ele riu com desdém e cruzou os braços recostando no balcão. – Você se acha não é mesmo, Anahí? Quero ver até onde vai essa marra toda quando Peixoto se aposentar...

 

Eu soltei uma gargalhada. Ele achava mesmo que Peixoto me protegia ali dentro? Só por ele ter sido amigo de meu pai? Pobre coitado, se soubesse que eu sou a que mais sofro nas mãos dele.

 

– Bom se ele se aposentar, meu currículo será bom o suficiente para assumir o lugar dele e por méritos. E ai.. – Chego mais próximo a ele. – Eu me torno a coordenadora de todo o departamento de detetives deste batalhão e você continuará sendo esse saco de merda, que você é!

 

Frederico grunhiu e deu um soco na lateral do balcão, então apontou um dedo para mim e falou entre os dentes.

 

– Um dia, Anahí... Um dia eu a verei sangrar até morrer!

 

– Bem, – Debochei com um sorriso. – Por que não entra na fila? Essa dá inúmeras voltas no quarteirão e vai até São Paulo.

 

Ele grunhiu quando dei meia volta e segui para a escada indo em direção ao meu departamento para reiniciar minhas atividades da tarde.

***

– Então vamos lá. – Iniciou Jorge após uma nova reunião de equipe. – O pessoal da equipe tática já avaliou o possível local onde vai ocorre o novo roubo. O navio com os novos equipamentos da Orange SA vai chegar no porto as 23h30. É um acordo que fiz com os empresários para podermos pegar em flagrante e não atingir um maior número de reféns caso haja conflitos. – Dizia enquanto mostrava no telão da sala de Inteligência do DP. – O roubo só acontecerá quando as cargas forem descarregadas. São dois contêineres com os produtos da Orange.

 

– O senhor disse mais cedo que há um deputado nesse esquema de Espionagem Industrial junto com Otávio Rangel, já que na pasta que recuperamos tinha depósitos do deputado para Rangel. Quando vamos interrogá-lo? E o Rangel quando volta de viagem? – Pergunto.

 

– Então, ainda não o interroguei porque quero ter provas concretas do envolvimento dele nisso tudo. Afinal, estamos falando de um Deputado Federal. Se ele aparecer por lá, será uma prova irrefutável. Então vamos esperar a operação de hoje para agir. Quanto Rangel ele volta sexta feira. E pelo que fiquei sabendo não desconfia de nada. Será pego de surpresa também. – Assenti.

 

– Vamos ter mais homens nessa batida? – Perguntou Viegas.

 

– Sim. Além da equipe anterior, pedi reforço a outros agentes federais do DP de Copacabana.

 

Maite olhou para mim e sorriu. A final ela tinha um paquera naquela unidade. O cara é um gato de primeira.

 

– Vamos agilizar pessoal! Vocês partiram as 8h para se colocarem apostos no local.

 

Ele dizia enquanto levantávamos e saímos da sala. A noite seria longa. E só esperaria sair viva dela mais uma vez.

***

– Estão vendo isso? – Bruno um dos agentes nos alertava pelo rádio de comunicação.

 

Já fazia uma hora e meia que estávamos de tocaia espalhados pelo porto. Estávamos em duplas. Maite ingrata preferiu fazer tocaia com Willian, seu paquera. Logo fiquei com Viegas.

 

– Estamos. – Respondeu Viegas enquanto víamos uns cinco carros Suv pretos e um caminhão entrando no porto. Havia chegado a hora.

 

– Vamos! – Bati no ombro de meu parceiro e descemos de um dos contêineres para ficar no solo e poder atacar quando chegasse o momento.

 

No chão avistamos as equipes espalhadas, todos de olho na movimentação a nossa frente. Homens desciam do carro fortemente armados, sem chamar a atenção dos funcionários do porto que estavam descarregando o último contêiner.

 

Porém um daqueles homens chamou atenção.

 

– É o deputado Daniel Coelho – Digo no rádio aos meus companheiros.

 

Ele havia saído do carro e conversou com os homens. Que após essa conversa eles colocaram capuz e se prepararam o ataque. Enquanto o deputado voltou ao carro e deu meia volta saindo do lugar.

 

– O predemos? – Perguntou Willian.

 

– Não. – Decretou Viegas. – Tirei fotos que comprovam o envolvimento dele aqui. Vamos precisar de vocês aqui.

 

No minuto seguinte tiros passaram a ser ouvidos. Ele iniciaram o assalto.

 

– VAMOS!! – Foi o comando que todos ouvimos no rádio e logo entramos em ação.

 

Os tiros agora eram trocados entre eles e a polícia. No momento que entramos em ação ele se assustaram e se espalharam. Os poucos funcionários do porto se escondiam como podiam.

 

Quando as rajadas cessaram, ficamos apostos para nos aproximar e pegar aqueles que ainda estavam de pé.

 

Eu já estava só. Viegas estava de outro lado se escorando nos contêineres em busca dos caras. Ouvi um barulho e mudei minha rota.

 

– Parado! – Digo encostando a ponta do meu fuzil na cabeça do homem que mirava em dos nossos. – Larga ou estouro seus miolos!

 

Lentamente ele largou sua arma e a colocou no chão. A chutei afastando-a dele. O Jogo no chão e o prendo com uma das várias algemas que carregava naquela noite. Para não perder o criminoso, o prendo junto a um contêiner. Quando me virei para voltar a minha posição fui acertada por outro. Cai no chão com a potência do soco.

 

Ele avançou e eu consegui me recuperar e logo entramos em uma luta corporal.

 

Dessa vez e diferentemente da outra luta recente eu estava me saindo melhor. Acertava vários socos e chutes que o cambaleava. Ele me acertava também, porém seus golpes não eram tão efetivos como os meus.

 

– LEVANTA CRETINO! – Digo puxando-o do chão para prendê-lo junto ao outro.

 

– Vadi* – Me xingou entre gemidos de dor. Só pelo afronte dei uma coronhada nele, que voltou ao chão.

 

Prendermos a maioria e derrubamos outros tantos para obter o sucesso na operação. A carga não havia sido roubada e tivemos boas prisões. Bastava interrogá-los e prender os peixes grandes do qual tínhamos informações.

***

Já passavam das quatro da manhã e não conseguimos nenhuma informação valiosa através dos interrogatórios dos homens presos. Viegas e eu já havíamos interrogado dois homens e nada.

 

Eu já estava quase acertando um soco no maldito a minha frente que estava soltando piadinhas sobre nossa investigação, quando Willian entrou na sala nos chamando.

 

– Diga! – Disse Viegas fechando a porta atrás de si, quando saímos da sala de investigatório.

 

- Um dos caras abriu o bico! – Disse Willian nos entregando uma folha de ofício. – Segundo ele, amanhã terá uma festa com peixe grande. O Deputado Daniel estará presente.

 

-- Será o momento ideal para pegá-lo... – Willian negou.

 

-- Não Annie. O Jorge quer estender a corda. Quer ver quem está nesse esquema com ele. Por isso ir nesse evento seria fundamental.

 

-- Ele sabe quem vai. – Ele sorri, e logo sei quem iria. – Ele pensou na dupla feminina mais sensual do Departamento.

 

-- Sensual? – Ergui uma sobrancelha em escárnio.

 

-- Sensual é pouco! As duas juntas é de enlouquecer a cabeça de qualquer homem. – Graceja.

 

-- As duas cabeças né? – O provoco.

 

-- É serio isso? – Viegas se mete em nossa conversa. – Será que dá para voltar ao caso. – Esbraveja.

 

-- Oras meu amigo. Estamos fazendo isso. – Respondeu Willian sem paciência para o outro.

 

-- Estou vendo. – Debochou.

 

-- Bom Willian a Mai já sabe? – Digo ignorando o sujeito ao meu lado.

 

-- Sabe. Ela só foi beber café e já vai te encontrar na sala de vocês com o restante da equipe.

 

-- Ok. Então vamos. – Digo e entrelaço meu braço ao dele e saímos dali, deixando Viegas put0, por ser ignorado.

**

-- Então as duas entrarão na festa, circularão e tentem chegar próximo do Daniel. Ele tem uma queda por morenas... – Jorge olhou para Maite que assentiu. – Talvez você possa tirar proveito disso.

 

-- Pode deixar que o abordarei em algum momento.

 

-- A equipe estará espalhada pelo local como garçons e funcionários da festa. Derrubar uma taça de champanhe será o sinal de socorro. Ok?

 

-- Ok! – Dissemos juntas.

 

-- Quando iremos? – Pergunto

 

-- Às 22h. Será o momento em que praticamente todos os convidados estejam no local.

 

-- Tudo bem. Estaremos prontas. – Completou Maite. – Mas alguma coisa senhor?

 

-- Não. Estão dispensados. Com exceção das meninas todos estejam aqui às 15h? Para traçar estratégias e preparar os equipamentos para a infiltração das duas.

 

Todos assentiram. Após alguns minutos já estávamos nos dirigindo para a garagem para irmos embora.

 

-- Amiga se importa de eu com o Levyr? – Perguntou Maite, toda empolgada. Claro que eu não atrapalharia foda da minha amiga.

 

-- Claro que não, né Mai. Até porque quem estava a pé era você. – Digo destravando o me carro. Eles me sorriem. – Se cuidem!

 

-- Você também, miga. – Ela me beija e Willian logo vem se despedir de mim também.

 

Assim que entro em meu carro os vejo partir no carro dele. Logo a frente a equipe também se vai e eu sou a única parada no estacionamento em plena 5h da manhã, na dúvida se devo ou não ira casa dele.

 

Há quer saber? F0da-se.

 

Dei partida no carro e segui meu caminho.

***

             Poncho

 -- Hummm... só mais um pouquinho... humm. – Uma sensação boa na minha nuca, me fez me remexer na cama. – Na orelha não... covardia isso. – Me espreguiço na cama ainda de olhos fechados, quando uma sucessão de lambidas frenéticas atinge minha boca. – Gabrielllll nãooo!!!!

 

Tento sair das garras poderosas do meu cachorro em miniatura, enquanto ele pula, morde e me lambe.

 

-- Sai Gabriel! Se não, não te darei biscoitinho! – Sentencio e o cão logo corre para o fim da cama e dali fica me olhando. Suspiro, pois estava em um sonho muito bom com minha musa.

 

Que por falar nela, no primeiro minuto me frustro, pois ela não veio, mas logo em seguida me preocupo. Será que aconteceu algo no trabalho que a impossibilitou de vir?

 

Me estico um pouco mais, e alcanço meu celular na mesinha de cabeceira.

 

Nada.

 

Nenhuma ligação.

Nenhuma mensagem.

 

Mando um “Bom dia” e um “como você está?” antes de me levantar e seguir direto para o banho.

 

Hoje iria trabalhar mais cedo. Para adiantar meus compromissos para ter um tempo livre antes da operação que farei em um gatinho mais tarde. Tadinho vai ter que perder os movimentos das pernas para poder sobreviver.

 

Saio do banheiro e procuro uma roupa e logo me visto. Gabriel já estava impaciente na cama me esperando com o seu biscoitinho.

 

-- Interesseiro. – Digo após pegar o biscoito na cômoda e entregar a ele.

 

Ele devora o biscoito em minutos, nem parece um cachorro filhote e em depressão.

 

Ele desce da cama pela sua rampinha de acesso e sai do quarto sem mais nem menos.

 

-- Nem um latido de obrigado? – Pergunto ao vento e sorrio por ser ignorado pelo animal.

 

Volto a me vestir, calço meus sapatos e penteio os cabelos e saio do quarto.

 

Assim que saio do corredor e desço as escadas avisto Gabriel sentado próximo ao sofá olhando para o mesmo sem nem mesmo piscar.

 

Franzo o cenho e vou até ele.

 

-- O que foi monstr...Annie? – Avisto-a toda esparramada em meu sofá. Ela estava vestida e de botas, um braço caído para fora, os cabelos castanhos esparramados pelo sofá e até em seu rosto.

 

Parecia que estava mor...

 

Angustiado me sentei na beirada do sofá ao seu lado. Estava com a barriga virada para cima, com o decote dos seios a mostra. Estendi meu braço, posicionando a mão em seu colo e meio segundo depois comecei a sentir sua vida pulsar de leve.

 

Todos os músculos do meu corpo relaxaram.

 

            Annie

Como detetive criminal eu aprimorei meus sentidos ao máximo. Então quando sinto um toque em meu corpo sem eu esperar, reajo por reflexo levando a pessoa ao chão e meu antebraço em sua garganta.

 

Os olhos esverdeados do homem se arregalam. Poncho.

 

Deixo seu pescoço e fico de pé. Ele demora um pouco para fazer o mesmo.

 

- Eu só queria ter certeza que você estava respirando! - Diz segurando a garganta.

 

- Se eu não estivesse você faria respiração boca a boca? - O provoco.

 

Ele está vestindo jeans e uma camiseta dos Looney Tunes. Deus, o que aquele homem era? Algum tipo de extraterrestre muito lindo? Um anjo caído? Eu não conseguia colocá-lo em nenhuma categoria, pois todas pareciam não alcançar a beleza que Poncho tinha. Até mesmo vestido com uma camisa tão infantil quanto aquela.

 

- É uma das minhas especialidades. – Diz divertido e vem até mim. – Bom dia. – Circulou  minha cintura e me roubou um beijo casto.

 

-- Bom dia... -- Respondo após o beijo. – Desculpa pelo pescoço foi  um reflexo.

 

-- Tudo bem. -- Apertou seus lábios contra os meus novamente. -- Você está muito tentadora com essa cara toda amassada, mas estou muito faminto para ignorar minha barriga.

 

Eu concordava plenamente. Minha barriga também gritava um pedido nada silencioso para que fosse alimentada.

 

-- Você pode tomar um banho enquanto eu dou um de recatado e do lar e preparo o café.

 

Dou um sorriso para ele. Do qual ele retribui. Seu sorriso olhando-me pela manhã parecia mais intenso que nunca.

 

- Obrigada. – Digo me afastando. – Porém antes de subir o olho mais uma vez -- Maldito de homem gostoso. – Murmuro para mim mesma, mas parece que ele escutou pois soltou uma senhora gargalhada.

 

Sorrio e refaço o caminho até o quarto dele, a cama estava bagunçada, no mesmo lado que o encontrei as 5h30 da manhã quando cheguei aqui.

 

Ele realmente havia deixado a chave debaixo do carpete. Então não tive dificuldade de adentrar na sua casa, fui até o escritório e não o achei, e como tudo estava escuro ali embaixo pressupus que ele estava dormindo. E foi assim que o encontrei em seu quarto. Num sono profundo no lado direito da cama e com Gabriel ao seus pés. Alias o cachorro apenas levantou a cabeça ao me ver entrando no quarto e voltou a dormir. Acho que ele não batia bem da cabeça não.

 

Fui até Alfonso e retirei o livro sobre uma especialidade felina, que estava em seu peito. Provavelmente ele deve ter pego no sono enquanto ainda estudava. Apaguei o abajur ao seu lado e me retirei do quarto.

 

Confesso que a cama estava muito apetitosa e eu poderia deitar-me ali ao seu lado e até mesmo despertá-lo. Mas eu estava cansada e acredito que ele também, pois dormiu estudando.

 

Então para não cair em tentação sai do quarto e acabei capotando no sofá dele.

 

Após tomar um banho enrolo minhas roupas em uma só trouxa e vou até o closed dele. Pego uma das boxers dele e outra camisa social, que parece um vestido em mim.

 

Volto para cozinha e paro para observar seu traseiro se mover atrás do fogão.

 

Eu quero apertar.

 

Como não passo vontade, vou até ele e aperto. Alfonso dá um pulo pelo susto.

-- Quer me matar mulher! – Diz colocando a mão no coração. Sorrio e o puxo para um beijo. Dessa vez um beijo devorador. – Eu não gosto de sentir vontades grandão. -- Digo a ele que ri.

 

-- Estou aprendendo que eu também não. -- Antes mesmo terminar de falar ele se moveu... mais rápido do que eu acho que seja humanamente possível. Em um segundo, um braço está ao redor das minhas costas. Outra mão agarra a minha nuca, abro a boca para ofegar e protestar ao mesmo tempo, mas ele abaixa a cabeça e ataca a minha boca chupando os meus lábios.

 

E eu contra-ataco. Envolvo os braços em seu pescoço, passo a língua em seu lábio inferior e mordo duro. Ele recua de repente. Sua respiração está pesada, assim como a minha e quando penso que vai me xingar ou desistir, abre um sorriso sacana.

 

-- Gostoso do cacet*e! – Mordisco seus lábios novamente.

 

-- Boca suja!

 

-- Não imagina o quanto! – Agora sou eu que o ataco, partindo para cima dele.

 

Agarro os cabelos macios enquanto segura a minha cintura... depois de um impulso, acabo com as costas pressionadas à porta e as pernas em torno de seus quadris.

 

Delicio-me com a pressão do seu corpo... Chupo a língua ousada com um prazer que não cabe em mim. A barba instiga a minha pele... Jesus Amado, isso dá um tesão. Ele aperta a minha bu*nda e desço as mãos tateando os músculos das costas.

 

Nós beijamos, chupamos, lambemos, ofegamos, gememos e queremos mais.

 

Tateio cada parte que alçando dele em um esfrega-esfrega desesperado. Isso me atiça num nível perigoso de quase insanidade que nenhum outro conseguiu. Minhas feminidades pulsam, umedecem e meus quadris começam uma dança involuntária, um vai e vem delicioso... pressiono meu clitóris no baixo ventre e no cós da calça em busca de alívio.

 

Gemo, esfrego e devoro. Poncho suspira na minha boca e interrompe o beijo. Não para! Afunda o nariz no meu pescoço e inala profundamente. Dou mais espaço inclinando a cabeça para o lado.

 

Se meu coração bater um ponto a mais, tenho certeza que vou enfartar.

 

Ofego com a boca entreaberta em busca de ar...

 

-- Desculpa anjo, mas não podemos continuar... --  Lambe da base do meu pescoço até a orelha. – Eu tenho que trabalhar... -- Chupa a parte molinha da minha orelha e quando a morde, eu estremeço.

 

O quê?

 

Parar?

 

Não... não... não!

 

-- Só uma rapidinha Poncho... -- Poncho afasta o rosto do meu pescoço e vira a cabeça para me olhar. Seus lábios estão inchados dos beijos que trocamos.

 

-- Estou atrasado anjo. – lamentou-se.

 

-- Por favor...

 

-- Oh céusss... – Ele diz apresado enquanto me afasta do seu corpo e desabotoa sua calça.

 

Eu sorrio como uma criança quando ganha o que tanto deseja.

 

 

Ele me puxou para mais perto, abocanhou com urgência minha boca me reergueu e me invadiu. Com os pés apoiados no chão criou impulso socando forte, excessivas vezes, muito fundo dentro de mim. Eu tinha unhas cravadas em seus ombros mais nem ligava, seu p*au ia e voltava com tanta rapidez que o prazer me dilacerava. Era grosso demais para que a fricção deliciosa não me causasse mil espasmos poderosos.

 

-- P0rraaa! -- Gritei.

 

Alfonso segurou meus cabelos e mordeu meu ombro enquanto entrava com arremetidas firmes, criando um barulho úmido de nossos órgãos se chocando.

 

Abraçados, suados, gemendo como loucos estávamos chegando juntos.

 

-- Vai anjo... estou chegando.

 

-- Me*rda! -- Gemi, mordi seu ombro, como ele mordeu o meu e nesse instante Poncho não conseguiu suportar. Começou a meter mais forte e tremer conforme se liberava. E eu o segui. Nossas bocas grudadas, corpos colados.

 

Descansei ali mesmo, enquanto ele nos sustentava.  Beijei-o sem pressa, no peito, na marca de minha mordida no ombro e no queixo.

 

Ele abriu os olhos e me observou.

 

-- Peguei pesado...? -- Estava preocupado.

 

-- Você foi perfeito.

 

-- Você... eu fiquei louco. Estou louco ainda. -- Olhou para baixo onde o p*au acabava de deixar meu interior. Desci do seu colo e ele começou a se vestir novamente, assim como eu. Estávamos saciados, porém ele estava atrasado.

 

-- Você pode perder a cabeça assim, sempre. Não irei reclamar.

 

Sorrimos.

 

-- Infelizmente tenho que ir. – Segurou meu rosto e beijou meus lábios. – Pode ficar a vontade e tomar seu café.

 

-- E a chave? – Perguntei.

 

-- Eu tenho uma cópia no chaveiro. Você pode deixar essa na caixa do correio após fechar a porta ou levar com você e ter um motivo para vir aqui de novo. -- Sorri com sua ousadia. Porém achei a ideia bem relevante. – Adorei a manhã. – Me beijou enquanto eu sorria sei lá pelo que.

 

Nós despedimos com mais um beijo caloroso e logo ele saiu deixando Gabriel e eu nos entreolhando.

 

Cachorro estranho.

 

Eu heim...

 


 



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Autor(a): lenaissa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 392



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  • beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08

    Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3

  • degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23

    Continua

  • beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05

    Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa

  • beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12

    Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss

  • NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50

    Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.

  • NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06

    Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.

    • lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46

      Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!

  • degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09

    Continua &#128591;&#128588;

  • lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31

    Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.

  • Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00

    Continua

  • Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40

    Continua por favor


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