Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
– Como você não informa ao seu superior que está saindo com o filho de Alberto da Motta, Portilla?!! – Furioso, Jorge jogou a informação assim que entrei em sua sala.
Depois que sai da veterinária, fui trabalhar. Fui até a casa de uma possível informante colher detalhes do envolvimento de um dos filhos da mulher com Otávio Rangel. Não colhi nada substancial, então quando voltei ao Departamento por volta das 10h30 fui informada que Jorge queria falar comigo em sua sala.
O sorriso discreto de Viegas não me passou despercebido, mas também não perdi meu tempo ali. Então fui logo ao encontro de meu superior.
– Eu não…
– NÃO MINTA!!! – Ele joga uma pasta, típicas das de investigação que usamos, que deslisa sobre a mesa até minha pessoa que a pego antes que ela caísse.
Abri e o que vi lá me surpreendeu. Várias fotos minha e de Alfonso durante a semana passada e a mais recente a de hoje de manhã. Quando nos beijávamos no seu local de trabalho.
Eu teria que falar com Alfonso para botar fumê naqueles vidros da “Coisas de Bicho” qualquer pessoa via o interior da loja.
Perigoso isso.
Mas voltando ao meu caso…
– Eu não mentiria para você. Eu só diria que eu não via necessidade de informar isso…
– Há você não viu a necessidade?
– Não e continuo não vendo.
– Então deixa eu refrescar sua memória! – Ele deu a volta na mesa ficando ao meu lado, eu tive que virar meu corpo para continuar olhando para ele. – Você está saindo com o filho de um suspeito de espionagem industrial. Ele pode estar envolvido nisso tudo, pode estar te usando para beneficiar o pai, ou até mesmo passar nossos passos ao pai… – Ele estava furioso. Mais eu fiquei mais ainda. – Pode haver conflitos de interesse nisso, Anahí.
– Eu não sou idiota senhor!! – Levantei de rompante, com aquelas argumentações dele. – Primeiro por que eu sou uma das melhores agentes que você tem aqui dentro, nunca coloquei uma operação em que estive em risco por motivos pessoais. Se eu continuo saindo com ele é porque tenho a certeza de que ele não está envolvido nesse caso. Na verdade ele nem sabe a podridão em que o pai está envolvido. Então continuo afirmando que meu envolvimento com Alfonso em nada interfere no nosso caso. Não há conflitos de interesse.
– Eu não quero saber. Ou você se afasta desse rapaz ou te afasto do caso. – Determina e meu sangue ferve.
– O senhor não pode fazer isso. – Argumento estupido Anahí. Put* que pariu. Ele veio até mim e parou a sentimetros fitando-me nos olhos.
– Vamos ver se eu não posso. – Eu queria socá-lo, ele podia me afastar do meu trabalho. Claro ele é meu superior. Mas aquilo era uma injustiça com a minha pessoa, eu nunca daria um mole daquele. Eu posso botar minha mão no fogo que Alfonso não estaria metido naquilo tudo.
Posso, não posso?
Quando eu tentaria interpor novamente a sala foi aberta pela Mônica, assistente de comunicação da polícia.
– Senhor conseguimos a autorização para a escuta telefônica do Rangel. Acho que vai gostar de ouvir um dos áudios. – Ele assentiu ainda olhando para mim de forma furiosa.
E sem nenhuma palavra ele cortou nosso olhar e seguiu junto a Mônica.
Eu suspirei levando a mão à têmpora. Olho para a mesa e vejo nossas fotos ali exposta.
Era só o que faltava.
Bufando, fecho a pasta com violência e saio da sala com ela em mãos e logo me deparo com Viegas.
– Temos um áudio…
– Foi você não foi? – O corto sem um pingo de paciência.
– Eu o que? – Diz e sorri.
Filho de uma put@.
Sem pensar duas vezes soco o queixo dele, que cambaleia com a mão no mesmo.
– TÁ LOUCA? – Grita chamando a atenção de alguns policiais que passavam por ali.
– Se eu souber que você está me seguindo novamente eu acabo com você Viegas. – Dou um passo ficando rente a ele. Raiva saindo pelos meus poros. – Escuta bem o que eu estou dizendo. Eu acabo com você!!
– Ele é filho de um suspeito. Se eu descobri isso, com certeza você também. Então eu só estou querendo te ajudar a manter o teu emprego.
– Me entregando ao superior? – Debocho. – Você não é nada meu, nem meu parceiro é mais. Então não se meta na minha vida. Se eu quiser fud3r com o meu emprego o problema é meu! Fui clara?!
– Então vá se f3der! – Saiu irritadinho.
– PODE DEIXAR QUE FAREI MUITO HOJE A NOITE! – Gritei em alto e bom som, só para afrontá-lo mesmo. Até porque eu já não tenho tanta certeza se farei mesmo.
***
Entrei na sala de comunicação e estava toda a equipe lá ouvindo a interceptação telefônica de Otávio Rangel.
“A mercadoria tá pronta, o chefe pode usar.” – Dizia uma voz não identificada na chamada.
“Passarei as informações a ele. Ele quer antes das eleições.” – Respondeu Rangel. Jorge logo olhou para mim.
Estava claro que o tal chefe possa ser mesmo Alberto, pai de Poncho. O olhar de Jorge voltou para o rádio para continuar escutando.
“E a polícia? Soube que estão perdidos.” – Disse o homem novamente.
“Deixa eles. Possuem muitas informações erradas. Vamos dar uma sumida nessa semana e deixar pistas falsas para confundi-los mais. Tenho uma nova investidora... – Minha equipe olhou para mim novamente e logo voltaram a atenção para o rádio. – … Mexicana, quer entrar na política de lá. Temos uma possibilidade de expandir negócio internacionalmente. Então vamos deixar a poeira baixar.
“Pode deixar...”
Sem mais nem menos a ligação foi encerrada.
– Vamos continuar esticando a corda... – Começou Jorge, chamando a atenção dos presentes na sala para si. – Estamos um passo a frente deles. Eles vão nos despistar, então despistaremos eles também. Formarei uma nova equipe para seguir essas pistas falsas, enquanto a vocês continuem na moita.
Ele disse e veio até mim.
– Será que vou continuar contando com você? – Disse a mim, chamando a atenção dos outros agentes para nossa conversa. Eu nada disse apenas assenti. – Ok. – Disse e voltou-se ao grupo. – Vou enviar relatórios e entrar em contato com a Federal Mexicana, vamos prosseguir com a parceria. – Disse se dirigindo a porta. – Quero relatório de cada um sobre as informações até aqui. Eu quero tudo… – Me fitou novamente. – Tudo o que descobriram!!
Saiu da sala. Eu suspirei me recostando em uma das mesas da sala. O restante da equipe foi saindo, sendo Viegas o primeiro. Maite veio ate mim. Ficando só nós duas agora ali.
– O que foi aquilo? – Disse a minha frente. – Por que ele te questionou se você continuaria no caso?
– Ele descobriu sobre Alfonso.
– O que?!!! Como? – Perguntou chocada.
– Viegas descobriu, me vigiou e me entregou ao Jorge…
– Mas que cretino!!
– Jorge quer que eu me afaste de Alfonso. Teme que ele esteja envolvido ou que atrapalhe o caso.
– Você acha isso possível...
– Eu tenho certeza que ele não está envolvido Mai.
– Eu não me referi a isso. – A olho sem entender. E ela logo se explica. – Se o pai dele for acusado, preso será que o seu envolvimento com ele não vá impedir que você prossiga nas ações policiais contra o pai dele.
– Te garanto que não!! – Digo enfática. Eu não brinco em meu trabalho. Ele vem em primeiro lugar sempre.
– Então você vai se afastar dele?
Está ai uma pergunta que não sei responder.
– Ainda não sei Mai. – Digo olhando para ela e saio da sala após ela abrir e fechar a boca sem saber o que dizer.
Nem eu sabia Maite. Nem eu sabia.
***
Depois de um dia turbulento cheguei em casa as dez pras oito da noite. Fui direto cuidar de Bartolomeu, demorei algum tempo para conseguir limpar tudo e alimentá-lo. O relógio agora marcava 20:10, e eu ainda não tinha tomado banho. Embora eu estivesse com a faca no pescoço eu iria para o jantar com ele. Ele ficou tão feliz que o convidei que eu não seria uma cretina e desmarcar agora, embora eu ainda não havia tomado minha decisão.
Deixaria para pensar na minha situação depois.
Tomei um banho rápido, indo contra minha vontade de demorar debaixo da água quente e me desestressar desse dia maçante. Mas, como meu tempo era curto me apressei em fazer tudo. Assim, em menos de vinte minutos eu já estava de banho tomado, cabelos penteados, uma maquiagem tão discreta que poderia passar desapercebida e vestida propriamente para a temperatura do lado de fora. Desci às 20h34 usando uma calça jeans skinny simples, botas pretas de cano longo por cima dela, uma blusa vermelha fina de lã com gola em "v" e uma jaqueta preta de couro.
Alfonso havia mandado uma mensagem dizendo que já havia chegado. Então quando cheguei na calçada avistei seu carro Volvo prata do outro lado da rua. Rapidamente ele saiu do mesmo e já abriu a porta para mim.
– Está linda. – Gracejou. Apenas sorri e entrei no carro.
Ele pareceu confuso, demorou um pouco para fechar a porta, mas assim que fez. Seguiu para o seu lado e se acomodou.
– Está tudo bem? – Perguntou. Eu que estava olhando para frente assenti.
– Tudo sim. – Olhei para ele. – Só umas complicações no trabalho.
– Eu até poderia te disponibilizar ajuda, mas devido a magnitude e complexidade do seu trabalho acho que eu não ajudaria muito, né? – Sua voz saiu em um tom divertido.
Realmente Alfonso, você não me ajudaria.
Ele fez todo o seu ritual e então deu a partida no carro e nos colocou em movimento na estrada.
O trajeto foi curto e silencioso. Não perguntei a ele para onde iríamos ou puxei assunto, mas ele pareceu não se importar, embora eu tivesse certeza de que se desse a ele uma oportunidade de conversar comigo, ele falaria durante todo o percurso.
Mas ele parecia entender o meu silêncio. Parecia perceber que algo não estava certo.
Depois de algum tempo, chegamos em um restaurante bem iluminado e pequeno, com uma decoração discreta e clara. O garçom nos guiou até uma pequena mesa para duas pessoas, nos entregando o cardápio e se retirando assim que pedimos bebidas, para que ficássemos à vontade.
– Então... - Ele começou – Tenho uma proposta para te fazer. Na verdade a você e as meninas. – Assenti curiosa. – Minha vó tem uma casa de praia em Cabo Frio ela pediu para mim e Christian visitar a residência para ver se está tudo em ordem lá, por que ela vai querer alugar no final do ano, no verão.
– E você quer que nós ajudemos a ver as necessidades da casa? – Sorri divertida, a final eu já imagina que não era essa a proposta.
Ele sorriu. Um sorriso lindo, lindo, porém percebi também sinais de cansaço em sua expressão.
– Em hipótese alguma. Estou chamando para que vocês tenham uma possibilidade de curtir um pouco. Descansar. Eu vi vocês tão relaxadas no churrasco, que acredito que vocês não tenham tantos momentos assim.
– Você também está me parecendo bastante cansado…
– Não nego. Hoje o dia foi intenso e também estou estudando pra um concurso que pretendo fazer.
– O da Prefeitura? Médico veterinário? – Perguntei, por eu ser funcionária pública eu estava por dentro dos concursos que eram abertos e um deles era esse.
– Sim. Esse mesmo. – O garçom voltou trazendo nossas bebidas e o couvert. Agradecemos e Poncho o dispensou, voltando-se para mim outra vez. – Pelo município há várias instituições públicas para atendimento veterinário. E eu passando, atuaria na profissão que amo e ajudaria as pessoas que não possuem renda suficiente para levar seus animaizinhos a um bom atendimento. – Ele diz dando de ombro.
Alfonso é um bom homem. Não há a possibilidade dele participar de toda aquela sujeira do pai dele. Isso estava claro para mim.
– Você é um cara admirável.
– Obrigado. – Ele puxa minha mão e deixa um beijo carinhoso lá. Sorrio.
– Admirável e cafona. – Implico e ele sorri abertamente
– Cavalheiro! – Pontua e sorrimos. – E então, topa meu convite para um passeio pelas melhores praias da região? – Pediu fazendo cara de cachorro abandonado.
– Eu tenho questões a resolver no trabalho, posso responder mais adiante?
– Claro. Fique à vontade.
Nossas entradas chegaram e transcorremos o jantar com conversas banais ele bebia suco e eu já estava indo para minha terceira taça de vinho.
Eu precisava me desestressar, precisava deixar minhas dúvidas de lado e a bebida estava conseguindo me deixar menos encucada.
***
Era um pouco antes das 23h quando finalmente chegamos a casa dele. Durante todo o percurso do restaurante até ali, não deixei de pensar um segundo sequer em como eu diria a ele para nos afastarmos. Eu precisaria fazer isso, mas nenhuma ideia surgia. E quando ele me convidou para dormir na casa dele, eu não me impus, afinal pretendia ter um bom sex0 aquela noite e sem falar que poderia ser o último.
Entendam bem, Alfonso estava sendo uma boa companhia para mim, ele era divertido, tinha um excelente sex0, talvez seja esse o real motivo para que eu ainda esteja saindo com ele, mas meu trabalho estava a cima de qualquer coisa. Eu não tinha saída. Se eu tivesse manteria os dois. Mas hoje eu não tenho opções.
Fitei-o pelo canto do olho cada vez que parávamos em um cruzamento, encontrando-o descansando a cabeça no encosto de seu assento com os olhos fechados, então me dei conta de que ele devia estar realmente exausto e nem um pouco interessado em sex0 aquela noite.
Merda.
– Primeiro as damas.
Entrei no seu quarto escuro, Poncho logo acendeu as luzes e evitando que eu desse com o nariz na parede.
– Fique à vontade em pegar qualquer peça pra vestir. – Disse enquanto desabotoava sua camisa despreocupadamente, bocejando sem perceber e ficando, ao mesmo tempo, fofo e gostoso, algo que eu jamais achei ser possível. Continuei encarando-o como uma ninfomaníaca no cio, desejando mais do que tudo que aqueles dedos estivessem me tocando.
– Banho. – Apontou com o dedo para seu banheiro, aparentemente muito cansado para formular uma frase completa. Assisti o pedaço de mau caminho sair do meu campo de visão indo em direção ao banheiro enquanto tentava manter os olhos abertos. Nem se dando conta do fogo que me consumia, ali parada fitando-o.
Como ele conseguia ser tão... tão... ele?
– Ei! – Falei, aparecendo no batente do banheiro, antes que ele entrasse no banho. – Posso usar aquela camisa do seu time?
– A vontade. Fica mesmo muito melhor em você.
Ele estava sem camisa, apenas de calça social.
Gostoso.
Voltei ao quarto e tirei todas as minhas roupas, fui até o armário e peguei a camisa vestindo-a em seguida. Fui até o banheiro social e busquei por uma escova de dentes nos armários, achando uma lacrada. Peguei-a e escovei os dentes e me olhei no espelho por algum tempo, na dúvida se eu seguia com meu plano ou se o deixaria descansar.
Sem chegar à conclusão alguma, joguei um pouco de água no rosto e voltei para o quarto dele. As paredes e objetos rodavam um pouco à minha volta, o que constatei ser o efeito do álcool no meu organismo, mas não me importei.
A porta do banheiro ainda estava aberta. Sem nem me dar conta, já estava dentro do enorme banheiro de azulejos brancos e pretos.
Poncho não notou minha presença. O box do banheiro dele era espelhado por dentro, fazendo com que quem estivesse dentro dele não enxergasse nada além de seu próprio reflexo.
A dúvida ainda pairava sobre minha cabeça, e sem saber que rumo tomar, sentei com muito cuidado e quieta na tampa fechada do vaso sanitário no lado oposto do box, abraçando minhas pernas enquanto me encolhia em cima dele e apoiava o queixo nos joelhos, pela primeira vez admirando Alfonso de verdade.
Ele era lindo. Tudo nele, cada músculo, cada sinal, cada pêlo, era milimetricamente perfeito, e o efeito da água e do vapor naquela cena, juntamente com a percentagem de álcool que passeava pela minha corrente sanguínea, fazia com que ele parecesse um Deus f0dedor das galáxias.
Gostoso!
Observei cada movimento, seus dedos passeando em seus cabelos, suas mãos ensaboando seu peito, costas, barriga... Descendo... Descendo mais...
m3rda!
O pescoço, a linha do maxilar, ombros, braços, mãos... Barriga, costas, coxas... Que inferno, até os joelhos dele conseguiam ser bonitos! E durante todo esse tempo, eu permaneci quieta, imóvel, apenas admirando-o.
O chuveiro foi desligado.
Vocês sairiam correndo para não serem pegas.
Eu não!
Eu fiquei ali, do mesmo jeito.
Alfonso abriu o box para puxar a toalha do segurador, se deparando com uma voyeur sentada no seu vaso sanitário sedenta.
– Opa!
Ele pareceu surpreso, mas não desesperado em se cobrir.
Humm temos alguém evoluindo aqui.
Alfonso não se cobriu, simplesmente alcançando a toalha e se secando como se estivesse perfeitamente sozinho. Isso significava que eu ainda estava vendo tudo: Cada lindo e glorioso centímetro.
Gostoso! GOSTOSO!
– Sabia que isso dá cadeia em alguns lugares do mundo? – Ele começou.
– Eu sou a lei, esqueceu? – Falei lentamente e ele abriu um sorriso simples, dando dois passos em minha direção.
– Nem por um segundo. – Respondeu dando mais alguns passos lentos. – Alias, alguém como você é difícil se esquecer.
Ele deixou a frase solta no ar, como se não tivesse intenção em explicar o que queria dizer. Eu também não fazia questão de entrar em explicações, porque ele estava parado à minha frente, deliciosamente nu, ainda úmido e quente do banho escaldante recém-tomado, e na altura perfeita...
Ou ele estava muito cansado e lento, ou eu fui rápida demais. Por impulso, segurei com firmeza seu membro, já não muito relaxado, e coloquei-o por inteiro dentro da boca, sentindo o perfume do sabonete e a maciez da pele dele, ainda não enrijecida completamente. Mas não levou muito tempo até que já não conseguisse acomodá-lo completamente lá dentro. Ele havia crescido bastante, então tive que relaxar a garganta para fazê-lo entrar um pouco mais.
A toalha caiu no chão ao seu lado, então senti suas mãos pousarem na minha cabeça delicadamente. Puxei-o mais para perto de mim, agarrando-o por trás, e em pouco tempo pude sentir suas pernas tremerem mais do que eu estava acostumada a sentir. Lembrei que isso devia ser consequência de seu cansaço, mas só pude torcer para que ele se mantivesse de pé, porque eu não ia parar.
Eu não queria parar.
Levantei o rosto, olhando-o pela primeira vez. Ele me encarava com mais intensidade do que nunca, e no momento em que seus olhos encontraram os meus, senti uma vontade insana de beijá-lo.
Tentando acelerar as coisas, me levantei e retirei a camisa.
– Annie, você não está cem por cento sóbria, não acha...
– Se você não me comer agora, juro que te capo com os dentes enquanto você dorme!
Ele soltou uma gargalhada sonora e forçou minhas pernas a se enlaçarem em seus quadris. No segundo seguinte, já estávamos dentro do box. Alfonso me sentou no banco de mármore que havia ali, seguindo todo o comprimento da parede lateral, e se ajoelhou à minha frente enquanto deixava suas mãos deslizarem pelas minhas coxas.
Ele passou a beijar meu corpo…
Lentamente…
Torturadamente...
Beijos, mordidas e lambidas foram passeando pelo meu corpo do pescoço a cada centímetros pra baixo.
Eu já ofegava como se estivesse me afogando no meu próprio desejo, agarrada aos cabelos molhados dele e escorregando pelo azulejo molhado como mel.
Senti sua língua quente me invadir de repente, e soltei um gemido de prazer que se tornou ainda mais alto pelo eco do banheiro. Ele me pegou pelos quadris com força e me puxou mais para perto de si, posicionando estrategicamente meus pés em seus ombros.
Estava tentando me controlar, porque sabia que no momento em que baixasse a guarda, meu orgasm0 chegaria. Por isso, a ideia de olhar para Poncho não foi nada inteligente. A cada lambida que ele dava, demorava um pouco parado me olhando como um leão olha para um javali, um sorriso torto assassino nos lábios e o contentamento de uma criança de dez anos ao se dar conta de que podia voar.
Ele estava tão compenetrado que não notou quando mordeu meu clit0ris com mais força do que devia, me provocando uma pequena e momentânea dor.
– Ai! – Eu pulei para longe dele, dando um puxão rápido e violento em seus cabelos para afastar seu rosto de mim – Não faz isso!
Só então notei que havia sido rude. Alfonso pareceu um pouco assustado com a forma como eu falei e com a agressão física, mas seus olhos pareciam brilhar com alguma coisa.
– Desculpa... – Ele deu um beijo simples e delicado no lugar onde havia me machucado, ainda me fitando nos olhos – O que quer que eu faça?
– Que me chupe direito.
A resposta saiu objetiva, outra vez rude e ditadora. Os olhos dele brilharam mais, seu semblante quase se transformando em um sorriso. No segundo seguinte, ele me tocou novamente com a ponta de sua língua, testando com cuidado os pontos onde eu reagia mais aos seus estímulos.
– Assim está bom?
Eu havia perdido algum detalhe ou Alfonso realmente parecia gostar que eu mandasse nele?
– Mais forte.
Ele obedeceu imediatamente, pressionando com mais força sua língua contra minha entrada e arrancando gemidos engasgados da minha garganta. Por algum tempo, me deixei aproveitar aquela sensação, mas assim que senti meu orgasm0 se aproximar, o interrompi.
– Pára!
Ele parou, encostando o rosto em uma de minhas coxas e me encarando com curiosidade, como se esperasse pela próxima instrução. Trabalhei um pouco minha respiração, tornando-a menos inconstante, então falei outra vez.
– Sobe aqui.
Ele se levantou rapidamente em seus joelhos assim que tirou minhas pernas de seus ombros e as colocou com delicadeza no chão. Seu rosto ficou quase da mesma altura que o meu agora, seu corpo inclinado para mim, sua boca muito próxima a minha enquanto seus olhos me olhavam com ardor e seu membro incrivelmente rígido para quem não estava sendo estimulado de forma alguma.
Ora, ora. Então o “homem bonzinho” também gostava de ser dominado.
Suspirei, sentindo todo o poder do vinho na minha cabeça enquanto olhava dentro de seus olhos esverdeados, um pouco mais escuros do que o normal agora.
– Me f0de de uma vez.
No segundo seguinte, eu estava em seu colo, de joelhos no banco molhado, ele sentado onde eu estava antes. Me agarrei em seu pescoço para não cair, porque o movimento rápido fez com que eu ficasse mais tonta. Fui atingida por um beijo invasivo, violento, e mesmo ficando um pouco perdida, correspondi. Me senti ser minimamente erguida para, logo em seguida, encaixar no corpo dele, centímetro por centímetro, de forma perfeita, e de repente minha noite se tornou um pequeno paraíso.
Eu precisava inventar novas palavras para poder expressar a forma como eu o queria. Ou não, não precisava explicar nada. O fato era que eu não podia perdê-lo. Era mais sério do que parecia ser.
– Annie… eu..
Abri os olhos outra vez e encontrei seu nariz encostado no meu. Ele me encarava como se quisesse me fazer sentir, pedaço por pedaço, todo o carinho que tinha por mim. Levei minha mão direita ao seu rosto, seguindo a linha do maxilar e tentando conter os saltos que as investidas dele dentro de mim faziam. Ele fechou os olhos com meu toque e me beijou outra vez, um beijo lento,
Poncho começou um terremoto onde nossos corpos estavam ligados, metendo em mim com tanta força que alguma coisa lá dentro acabaria machucada. Então me senti ser apertada por seus braços com tanta força que cheguei a temer pelas minhas costelas. Mas não senti dor porque ele havia, tocado em um lugarzinho mágico próximo ao meu útero.
Gemi alto, sem medo de ser feliz, provavelmente reproduzindo com perfeição o áudio de um filme pornô amador.
O orgasm0 chegou logo, porque Poncho havia conseguido a proeza de tocar com exatidão e de forma repetida o pequeno ponto-paraíso que deixava meu corpo em ebulição. Meu desejo era gritar palavras promíscuas, mas não o fiz porque minha boca simplesmente ficou seca. Assim, quando a onda de calor percorreu meu corpo em uma explosão de sensações, suspirei a única coisa que me parecia caber no momento.
– Você… nossa...
Eu não saberia dizer se ele havia escutado, porque podia sentir seu estado de torpor, voltando de seu próprio orgasm0. Alisei os cabelos dele com os dedos, massageando levemente seu couro cabeludo que provavelmente doía pelos puxões que eu dava. Enfiei o rosto no pescoço dele e por ali fiquei, sentindo as batidas do coração dele desacelerarem lentamente de encontro ao meu peito e sua respiração se tornar mais calma.
Eu estava tão anestesiada que só o senti levantar comigo ainda em seu colo.
Poncho ligou o chuveiro, mas não me mexi. Deixei que a água morna escorresse pelas minhas costas, me acordando um pouco. Quando finalmente tomar banho se tornou uma tarefa muito complicada na posição em que nos encontrávamos, fui obrigada a me soltar dele.
Nenhum de nós dois falou. O silêncio ainda era agradável, como se a primeira palavra que fosse dita quebrasse aquela sensação inexplicável por mim, que rodeava aquele box.
Ele me secou, então me perguntei se aparentava ser incapaz de fazer isso por mim mesma. Mas não reclamei, porque tê-lo me tratando daquele jeito era algo pelo qual eu sabia que muitas mulheres morreriam.
Então deixei.
Nos vestimos rapidamente. Eu tentava não encará-lo, pois tive receio de perder a coragem. Murmurei que eu beberia uma água e saí sem rumo a cozinha.
As ideias estavam se reorganizando em minha cabeça, goles d’águas nunca desceram tão indigesto pela minha garganta.
Quando voltei, encontrei-o esparramado na cama de barriga para cima, entre almofadas e várias camadas de lençol e edredom. Me senti imediatamente culpada, odiando meu egoísmo e falta de cuidado em não pensar no cansaço que ele sentia.
Escalei a montanha de panos e almofadas, tentando não fazer com que o colchão se movesse muito, o que foi uma tarefa difícil já que a cama de Poncho era quase uma gelatina gigante. Sentei com cuidado ao seu lado e fiquei observando por algum tempo sua expressão serena, de olhos fechados e respiração calma.
Faço ou não faço?
Como se não fosse suficientemente cara-de-pau, ele abriu um dos olhos, mantendo o outro fechado, espiando para verificar se eu ainda estava viva, e fechando-o no momento em que me viu.
– Eu ainda estou dormindo. Pode me beijar. Eu sei que você ia fazer isso.
Sorri com sinceridade e, como uma debiloide, tive vontade de apertá-lo até seus olhos saltarem das órbitas por ser tão cativante.
Sem responder, me inclinei para mais perto dele e o beijei de forma suave no canto da boca.
– Eu esperava línguas e arranhões, mas posso me contentar com isso.
Bobo.
Mas gostoso.
“Afaste-o Anahí”
Eu precisava mesmo disso? Eu não poderia convencer Jorge que ele não afetaria nossa missão?
Pelo amor de Deus, era só olhar para ele!
Soltei um suspiro cansado.
– Durma. Eu já tomei muito do seu descanso.
– Não foi nenhum sacrifício. Se quiser, pode abusar sexua!mente de mim enquanto eu durmo.
– Vou pensar nisso.
“Você vai se arrepender Anahí...”
– Não vai me capar, não é?
Sorri outra vez.
– Não.
– Que bom.
Ao dizer isso, Poncho puxou um dos vários travesseiros e se agarrou a eles. Seu sono o tomou rapidamente. Pude ver sua expressão serena, num sono sem conturbações.
Me ajeitei na outra ponta, deitada de frente a ele. Velando seu sono e me questionando o que fazer para continuar com meu emprego e manter meu amigo com benefícios por perto.
Que ele sofreria ao saber do pai isso não tenho dúvidas. Mas talvez eu possa amenizar a dor estando ao seu lado quando o momento chegar.
Certo?
Autor(a): lenaissa
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Dois dias haviam se passado. A dois dias eu vinha evitando Alfonso, pelo simples fato de não saber o que fazer. Das cinco ligações que ele me fazia eu só atendia uma e sempre botava a desculpa no trabalho, que eu não estava exercendo, mas que pare ele era a desculpa perfeita para o meu afastamento. Mas eu sabia que ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor