Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Já havia se passado uma semana desde a viagem a casa de praia e de la pra cá Annie estava estranha, arredia. Eu tentava trazê-la pra mim, tentava demonstrar mais do que apenas momentos de prazer quando estava com ela, mas a cada dia Annie se tornava mais distante, bem diferente do nosso último dia na casa de praia. Ela estava mais seca comigo, só respondia o que eu perguntava, me dava respostas atravessadas ou com irritação, ela estava construindo uma barreira entre nós. E eu não estava entendendo o motivo para aquilo tudo. E isso estava me desanimando pra caramba.
– Já estou pronto meninos. – Chris apareceu na sala todo sorridente.
– Por que tanta cor? – Resmungou Ucker.
– Oxi rapaz, porque eu gosto. To feio Poncho?
– Não. Tá bonito.
– Você parece que vai a um velório e não a uma comemoração do seu amigo multicor.
– É mesmo Ponchito. Tá tudo bem?
– Estou gente. E então vamos logo pra esse bar! – Fingi uma animação que não tinha, para evitar outros questionamentos.
Chris costuma comemorar a data que ele conseguiu ser independente de sua família, com a abertura de seu restaurante. Nós sempre saímos juntos nessa data, Vó Judith costumava ir conosco no início, mas agora ela se sente cansada devido à idade. E hoje ele convidou as meninas para passarmos juntos.
Fechei a casa e saímos. Chegamos no bar uns vinte minutos depois. Adentramos mais no local, indo em direção ao bar, eles pediram cerveja e eu uma soda, ficamos encostados por ali bebendo e observando o local a nossa volta por um tempo esperando as meninas.
– Ali, elas chegaram. – Chris apontou e fomos até elas.
Annie quando nos viu veio em minha direção e envolveu os seus braços ao meu redor em um abraço que me pegou de surpresa. Annie era um ser indecifrável e eu começava a perceber que era burro demais para desvendá-la.
Não é possível.
– Estou morrendo de vontade de dançar, vem comigo Poncho! – Annie chamou e eu a segui, querendo mesmo um tempo a sós para tentar conversar com ela sobre o nosso atual estado, ciente de que todos os nossos amigos estavam com seus olhos grudados a nossas costas, falando sobre nós naquele momento.
Uma música lenta tocava naquele momento e eu agradeci por isso, assim seria mais fácil me fazer ouvir, Annie parou próximo ao centro da pista e envolveu seus braços ao redor do meu pescoço e logo iniciamos uma espécie de dança lenta, que eu sabia que acabaria me atrapalhando com os passos em algum momento.
– Você tá tão sério. – Ela murmurou me encarando enquanto levava a mão a minha testa, a alisando.
– Preciso falar algo com você, mas não sei se é o momento. – Respondi, prendendo o meu olhar ao seu, mas ela logo desviou, soltando um suspiro.
– Eu sei. – Apoiou sua cabeça em meu ombro, aproximando mais os nossos corpos e sussurrou. – Por favor, vamos apenas nos divertir essa noite, conversamos amanhã. – pediu parecendo angustiada.
– Annie... – Murmurei e ela levantou seu rosto, me encarando e levou seu indicador direito aos meus lábios, pedindo silêncio.
– Por favor, Poncho. Me dê só mais essa noite. – Pediu depositando o rosto em meu ombro e tudo o que eu pude fazer naquele momento foi atender ao seu pedido e dançar com ela até que ela se cansasse.
Minhas habilidades dançantes eram inexistentes eu tentava acertar algum passo, o que era impossível, Annie ria, parecendo contente, mas eu notava ela bebendo mais a cada hora que passava, o resto dos nossos amigos pareceu desaparecer, nos deixando a sós naquele local.
***
Deixei o banheiro onde havia ido, depois de vários refrigerantes. Como todos já haviam desaparecido, decidi levar Annie para casa, já estava na hora dela parar de encher a cara.
Eu a levaria para minha casa naquela noite, eu cuidaria dela, mas no dia seguinte, mesmo que ela estivesse com a pior ressaca do mundo, eu estava decidido a ter a conversa que evitei durante todo esse tempo.
Eu me declararia para ela, sei que correria o risco de ser rejeitado, sei que ela impôs regras no início dessa nossa história, que eu prometi seguir, mas que seriam todas quebradas, sei que provavelmente iriamos discutir. Mas eu estava disposto a tentar, se ela quisesse. Eu esperava que ela entendesse que nós dois seriamos ótimos um pro outro, como já estávamos sendo. Na manhã seguinte eu a pediria em namoro.
Deixei o corredor dos banheiros olhando ao redor a sua procura, o local não era muito grande, mas estava lotado de pessoas. Muitas se pegando pelos cantos as escondidas, outras mais escancaradas se devorando na pista de dança. E foi ao verificar a pista que meus olhos se depararam com algo que eu preferia não ter visto.
Vi um cara qualquer com os lábios grudados aos dela, enquanto a tinha presa entre o corpo dele e a parede ao lado da porta do banheiro feminino. Ela parecia não se importar, ao contrário, ela parecia estar gostando de ser imprensada por aquele idiota. Senti a raiva tomar conta do meu corpo e o aquecer e sem pensar por mais um minuto, eu arranquei o babaca de cima dela e tirando forças não sei de onde, porque o idiota era aparentemente bem mais forte do que eu, o virei, metendo um soco bem dado no meio da cara dele. Confuso, ele se recompôs em seguida e partiu pra cima de mim, jogando-me no chão e me enchendo de porrada enquanto eu tentava revidar como podia.
Quando ele desferiu um soco certeiro no meu nariz em revide e um chute na minha costela, meus sentidos ficaram completamente confusos e a minha audição momentaneamente danificada. Tudo o que consegui ouvir antes de apagar foi o grito de Annie pedindo ajuda, enquanto tirava o cara, sozinha de cima de mim. E então, eu apaguei de vez.
***
Minha cabeça doía, meu corpo todo doía, parecia que eu havia sido atropelado por um caminhão. Meus sentidos estavam voltando aos poucos, a dor foi a primeira coisa que senti. Claro.
Em seguida tentei abrir meus olhos, mas o esquerdo estava inchado e doía pra caramba. Aquilo não parecia um hospital, mas também não era o céu ou o inferno, vai saber. Na verdade, parecia muito com o meu quarto. Tentei me sentar, tudo doía. Poxa vida, se o cara não fosse tão maior que eu!
– Merd@. – Reclamei, sentindo a porcaria da dor. Pode me chamar de frouxo, fracote ou sei lá. Mas não me chame de medroso, afinal, eu enfrentei aquela jamanta. Só não calculei na hora da raiva, que ele dando dois de mim, me derrotaria fácil.
– Deita aí de novo, seu bund@ mole. – Ouvi a voz de Ucker e virei o rosto, o encontrando parado perto da porta do meu quarto com um cobertor em mãos.
– Não enche. – Reclamei, tinha um corte na minha boca também e o meu nariz parecia estar quebrado, mas aparentemente não tinha perdido nenhum dente, por milagre.
– Já está bem, né pilantra. – Ele riu se aproximando da minha cama, depositando o cobertor aos meus pés. Ficou sério de repente ao parar ao meu lado. – Você está legal, cara? P0rra, por que foi se meter com aquele cara? Você não tem o porte do Rocky Balboa, mané.
– Tive meus motivos. – Resmunguei, gemendo de dor novamente e ignorando suas piadinhas idiotas.
– Sei bem que o motivo foi: uma detetive irritada que tá lá na cozinha preparando uma sopa pra você. – Ele disse e eu o encarei surpreso, Ucker logo me presentou com um sorriso maroto. – Chata pra caralh0!!
– Ela me trouxe pra cá?
– Te levamos para o hospital, fizeram uns exames, tiraram algumas radiografias. Você tinha desmaiado após levar um soco e bateu a cabeça. Graças a Deus vaso ruim não quebra e seus ossos da costela tão intactos e a cabeça só ganhou um galo. De resto, você teve apenas alguns cortes e hematomas. Ah! Não podemos nos esquecer do nariz, esse não teve jeito. Mas era feio mesmo, então dá pra você ajeitar agora. – Ele riu e eu taquei um travesseiro nele e me arrependi amargamente após sentir a dor do ato.
– Bosta.
– Anda falando muito palavrão, heim príncipe? – Debochou e o ignorei. – Bom continuando o relatório dos seus danos corporais, você acordou na hora reclamando de dor e te deram remédio pra dormir e analgésicos. Depois a Annie conseguiu que te dessem alta pela manhã, quando ela afirmou que cuidaria de ti em casa, já que os ferimentos não eram tão sérios pra te manter internado no hospital por mais tempo. A porrada foi tão forte que você não lembra? – Ele perguntou, e alguns flashes surgiram na minha cabeça no momento.
– Eu me lembro de algumas coisas, mas tá tudo muito confuso. – Voltei a deitar na cama, tentando achar uma posição onde tudo não doesse. – Tá muito feio o meu estado? – perguntei no exato momento em que Annie surgia no quarto.
– Não está tão ruim assim. – Ela respondeu com um sorriso contido no rosto, um sorriso que eu nunca a havia visto dar. – Como você está se sentindo? – Perguntou se aproximando. Eu a encarei sem saber como agir ou o que falar.
Estava feliz por ela estar ali, cuidando de mim. Mas também me sentia magoado e com raiva, quando me lembrava do motivo de eu ter partido pra briga com aquele cara.
– Vou me recuperar. – Respondi, desviando o olhar do seu.
– Bom, sua enfermeira particular voltou, agora eu preciso sair, tenho uma reunião na empresa. – Ele informou e parou por um instante antes de sair, me encarando sério novamente. – Tudo certo, cara?
– Tá, pode ir nessa. – Murmurei, me virando pro outro lado. Não tinha uma posição confortável na cama.
Ucker foi embora e Annie permaneceu parada diante da minha cama, me encarando sem dizer nada. E aquilo de certa forma me irritava ainda mais.
– Vai ficar muito tempo aí parada? – Perguntei fechando os olhos, tentando voltar a dormir. Quem sabe quando eu acordasse a dor sumiria?
– Desculpa, Poncho. – Ela se aproximou, sentando ao meu lado na cama. – Foi tudo culpa minha. – Sua voz parecia embargada. A filha da mãe estava chorando? Droga, eu não queria vê-la chorando, cortava a porcaria do meu coração.
– Não foi não, eu que não devia ter me metido com aquela jamanta por pouca coisa. – Disse de uma vez e percebi a burrada depois. Dana-se, eu estava irritado. Ela ficou em silêncio por um tempo, eu permaneci de olhos fechados, não querendo encará-la. Não querendo fraquejar.
– Você está com fome? Eu fiz uma sopa leve e...
– Me deixa dormir, Anahí. – Disse ríspido, ela suspirou e se calou novamente. – Quando sair bata a porta. – Completo e tudo que eu senti a seguir foi o lado onde ela estava sentada levantar e logo ela não estava mais ali. Eu esperava que ela tivesse ido embora de vez.
Anahí
Eu era uma vaca.
Disso eu sabia. Mas o que eu havia feito tinha sido necessário. Eu precisava afastá-lo. E aquela havia sido a minha única opção. Talvez não a mais esperta, mas a mais eficaz e direta para o momento.
Não havia sido planejado, um cara simplesmente apareceu me lançando o seu charme barato e eu cedi, apesar de eu ter refletido muito nos últimos tempos tentando arranjar uma forma de nos separar. Era uma atitude infantil, uma atitude que eu nunca havia tomado antes com nenhum dos meus casos anteriores. Sempre prezei a honestidade na hora em que precisava terminar um caso. Mas com Poncho eu não conseguia pensar direito, com Poncho eu era passional em um nível desconhecido por mim. Com Poncho eu agia com o coração.
Eu sabia que aquele era o fim do que havia entre Poncho e eu. Eu sabia que agora eu não era mais nada para ele. Um aperto profundo esmagou o meu peito me sufocando aos poucos, um nó incomodo se apoderou da minha garganta e enquanto eu me dirigia a sala, eu senti a primeira lágrima cair, sendo seguida por uma enxurrada de outras lágrimas.
Eu nunca havia chorado por um cara. Nunca havia achado que homem algum mereceria uma lágrima minha. Nunca havia me deixado abater. Eu não me permitia chorar. Mas naquele momento estava sendo impossível segurar. As malditas lágrimas caiam sem permissão, fazendo minha visão se tornar turva, confusa.
Eu estava gostando dele.
E por tê-lo, tantos dias, ali tão à vontade, invadindo o meu coração aos poucos, de uma maneira que nenhum outro nunca fez, tudo o que eu posso sentir é medo... E raiva. Raiva por ter deixado o que nós tínhamos ir tão longe. Raiva por no fundo saber que com ele era diferente. Com ele eu conseguia pensar sobre o futuro. Um futuro que eu precisava renegar.
E querendo ou não, também foi um dos motivos que me fez fazer o que fiz ontem a noite.
E essa raiva de mim mesma me fez covarde, ela me fez infantil, me fez agir como uma vaca megera, me fez atacar e atingir Poncho da pior forma possível. Direto no coração, direto no orgulho.
***
Horas passaram e eu nem percebi. Não fui embora como ele mandou. Eu queria mais não podia. Eu fui a causadora de tudo aquilo. Não seria justo ir sem ao menos ele tentar me entender.
Né?
Sentada no sofá ouvi uma porta bater. Pensei que fosse a do quarto e pensei que ele apareceria ali, mas não ele não veio.
Então fui até ele e o som do chuveiro ligado me fez perceber que ele estava no banho.
Mesmo com receio de ser enxotada dali de novo, me sentei em sua cama no exato momento em que ele saiu do banheiro.
Usando apenas uma toalha enrolada na cintura, nossos olhos se encontraram. Eu estava nervosa, de uma forma que nunca fiquei antes.
Eu sempre fui uma mulher decidida. Independente. Não abaixo a cabeça pra ninguém. Tenho sempre uma resposta esperta na ponta da língua. Mas naquele instante, eu era completamente o oposto. Era uma completa bagunça.
Os machucados pelo corpo evidenciavam o tamanho da minha culpa. Vê-lo tão mal machuca e não pensei que machucaria tanto.
– Achei que já tinha ido pra casa. Você não tem plantão na delegacia ou algo parecido? – Disse caminhando em direção ao seu armário procurar algo pra vestir. O tom ríspido me deixou em alerta.
– Eu troquei de horário, pra poder ficar de olho em você por mais essa noite. – Digo baixo.
– Não precisava, o Ucker e o Chris estão por aí e eu sei me virar sozinho. – Respondeu largando a toalha e vestindo uma boxer, sem se importar comigo ali vendo a sua nudez.
– Eu precisava sim, Poncho. Estou me sentindo muito culpada, apesar de você ter deixado claro a sua opinião hoje pela tarde. – Comentei, no mesmo tom comedido. – Sei que a gente não tem nada sério, mas eu não devia ter beijado aquele cara. Nós não temos exclusividade, então eu não pensei que você fosse se importar tanto, nunca imaginei que você fosse brigar com o cara. – Finalizei e o vi respirar fundo.
Ele não me olhou e em silêncio rumou para fora do quarto.
Me levantei de sopetão e fui atrás dele.
– Poncho, por favor vamos conversar…
– Conversar o que? – Parou bruscamente e se virou para mim, fazendo-me cessar meus passos. – O quanto sou idiota por entrar numa briga por uma mulher que não gosta de mim?
– Eu gosto de você…
– Claro que gosta… como amigo de tran*sa. – Cuspiu com raiva. – Você acabou de deixar isso claro para mim.
Aumentou seus passos me deixando atônita no corredor, nunca havia o visto tão put0 como naquele momento.
E a culpa era somente minha.
– Quer que eu esquente aquela sopa? – Digo após entrar na cozinha minutos depois e vê-lo localizar algo nos armários com certa dificuldade.
– Não precisa. Eu me viro. E também… – Sorriu sem humor algum. – não foi nada sério.
Rumei até ele com raiva. Fiquei entre ele e o armário, fechando a porta do mesmo com força.
– Porque não me deixa te ajudar? – Pergunto nervosa. Por ele, pela situação, sei lá porque. Só sei que eu estava. – Você ficou desacordado e foi parar no hospital, então não diga que não foi sério Poncho.
– Não precisa agir por pena ou culpa. – Acusou ríspido.
– Estou fazendo isso porque me importo com você, porque somos amigos acima de tudo. Estou sim me sentindo culpada, mas faço porque gosto de você, mesmo sem o sex0, ok?
Eu não sabia que aquelas palavras iriam feri-lo daquela forma. Por que a expressão no rosto dele mudou da indiferença para a raiva, o copo que ele segurava se espatifou na parede oposta a nós dois. Aquilo me assustou, porque dele eu não esperava nada daquilo.
– “Mesmo sem o sex0...” – Ele fez aspas com os dedos enquanto pronunciava suas palavras. – Pra você tudo se resume a isso…
– Alfonso eu não…
– E eu me pergunto o quão burro eu fui para aceitar isso tudo. – A raiva estava dando lugar a emoção. Seus olhos estavam lacrimejando e junto com os dele os meus. – Eu não sirvo pra nada mesmo.
– Não fala isso… – Eu tentava chegar perto mais ele desviava e me afastava. – Por favor me deixa explicar…
– Explicar o que? – Ele parou no meio da sala, chorando, pois ele diferente de muitos não tinha vergonha de se expor daquela maneira. – Que nem como amigo colorido eu sirvo? Que não sou suficiente?
Avancei nele, segurando sua camisa para não deixá-lo se afastar de novo.
– Não fale besteiras!!! – Digo com raiva. – Eu gosto de você, assim como você gosta de mim. – Ele começou a balançar a cabeça freneticamente em uma negativa.
– Não… não… eu não gosto de você Anahí. – Susto foi o que levei com a sua fala, mas fiquei em choque com as próximas. – Eu AMO você!!
As palavras saíram da boca dele com fluides. Um embrulho se formou na minha garganta. Nem ar passava. Minha cabeça girou, me senti tonta com aquela informação. Soltei sua camisa como se ela fosse brasa.
Ele me olhava angustiado, o rosto marcado pelas lágrimas.
– Eu… só… – Abriu e fechou a boca. Ele abriu e fechou os braços junto ao corpo. – Eu amo você. – Disse mais baixo agora. Neguei com a cabeça, freneticamente que só fez minha tontura aumentar. – Annie.. – Ele começou a se aproximar, mas levantei a mão pedindo para ele ficar onde estava.
– Não...por favor, não. – Digo realmente assustada. – Por que fez isso? Combinamos que seriamos apenas amigos de f0da e nada mais. – O desespero estava nítido em minha voz.
Eu precisei me sentar. Eu precisava de tantas coisas agora e nenhuma delas era ouvir o que ele me disse.
– Eu não quero você só para sex0, Annie. Nunca quis na verdade. – Ele parecia aliviado por falar aquilo tudo. – Eu quero mais do que isso. Eu quero o pacote completo. Por que, por mais que você exploda em sexualidade o tempo todo, eu vejo coisas muito mais grandiosas que isso. E eu não quero ser mais um cara que você vai tra*nsar casualmente. Eu quero namorar e se deus quiser me casar com você... a mulher que estou amando perdidamente...
– Você está louco. – Levanto do sofá, completamente transtornada com suas palavras. – Namorar…? Isso é loucura – Rumei em direção ao seu bar e enchi um copo cheio de bebida. – Casar? Meu Deus!! – Virei a bebida sem me importar do quão forte era.
– Annie qual o problema...
– Alfonso olha o que você está falando? Isso não pode acontecer…
– E o que você quer que eu faça? – Ele veio a mim aflito, o desespero estampado em seu rosto. – Não podemos mandar em nosso sentimento. Eu estou tentando te mostrar isso diariamente Annie, não quero ser apenas o casual da sua vida. Eu quero ser o seu tudo, por que eu amo você.
Eu precisava respirar.
– Por favor, nos dê essa chance? – Ele me segurava, mas suas mãos em mim queimavam, me angustiava ainda mais.
Eu preciso sair daqui…
– Eu não posso… – Agora minhas palavras não passavam de sussurros.
– Claro que você pode… – Suas mãos rumam ao meu rosto, fazendo-me a prender meu olhar ao dele. – Confia em mim Annie.
Eu não queria amar ninguém.
Amar alguém era ter alguém ao seu lado a qualquer momento.
Amar alguém era se doar por completo.
Amar alguém era confiar, se entregar.
E eu? Bom...
– Eu não confio em mim, Poncho.
O vi abaixar suas mãos, mas não tive coragem de olhar em seus olhos. Pois me virei e sai de sua casa, como um prisioneiro que saia da reclusão em busca da liberdade.
Em busca da minha liberdade, que a partir de hoje já não sei se será a mesma.
E agora eu teria que saber a conviver com minhas escolhas.
Autor(a): lenaissa
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
– MERDA, MERDA, MERDA… – Amiga, o teclado não tem culpa pelos seus conflitos! – Dulce empurra minha cadeira, me afastando do computador no qual eu esmurrava o teclado após tentar digitar minha senha de acesso e errar por três vezes seguidas. – Viu?! “CastleFav” você usa a sua série f ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
-
degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
-
beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
-
beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
-
NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
-
NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
-
degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
-
lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
-
Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
-
Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor