Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA

Capítulo 4 – Opa, isso foi um arrepio?

– Você está atrasada Portilla! – Jorge surge do nada assim que entro no andar que dá acesso à sala dele, o delegado. Seu cabelo levemente bagunçado, junto com a barba por fazer lhe dar um ar de masculinidade admirável.

– Desculpa senhor, o trânsito está infernal. – Ele me encara desconfiado. Tô nem aí!

– Anda logo que tenho muita coisa para resolver. – Ele passa por mim que nem uma flecha, que se eu não saísse do seu caminho ele me derrubaria com certeza.

Assim que me sentei na cadeira em frente a sua mesa. Observei meu chefe em silêncio, abrir uma gaveta e tirar de lá algumas folhas de papel. Examinou-as atentamente antes de me entregar. Peguei-as com cuidado e li algumas frases aleatórias, compreendendo rapidamente do que aquilo falava.

– Um relatório sobre mim? – Perguntei em total espanto.

Mas que filha da pu…

– Exatamente!

– Mas porque???? – Eu estava put*. Extremamente put*. Por ele me vigiar a tal ponto de colocar todos os meus passos naquelas folhas.

– Ora detetive Portilla, você não acha que está dando muita dor de cabeça para o nosso departamento…

– Discordo. – respondo simplesmente ignorando seu olhar acusatório. – Eu não…

– Mas como seu superior e chefe de todo o departamento eu afirmo que você está dando muita dor de cabeça para o departamento, nesse último mês. Especificamente desde que sua parceira está em curso em Brasília. – Eu estava passada. – Por isso fiz esse relatório sobre o seu comportamento antes e depois da viagem de Maite, para embasar a minha decisão.

– O que? Que decisão??

– Com licença, senhor. Eu preciso que o senhor assine esses documentos do departamento pessoal. – Uma garota que imagino ser a nova estagiária, aparece segurando uma pilha de papel nas mãos.

Gesticulando exageradamente, Jorge pede para a moça se aproximar. Ela assim faz e coloca os papeis em cima da mesa dele que prontamente os pega e começa a assiná-los. Ela olha para mim e sorri timidamente. Sorrio de volta, quase pedindo para ela relaxar, pois era nítido a sua apreensão perto de nosso superior.

– Com licença! – A garota diz após pegar os papéis e se encaminhar para a porta intencionando sair dali.

– ESTAGIÁRIA!

Jorge grita fazendo a coitada tomar um susto e consequentemente derrubar a imensa pilha de papéis no chão. Seja bem-vinda ao inferno querida.

– Olha o que você fez menina. Eu deveria colocar uma observação no seu relatório por ser tão desastrada. – Ele ameaça a pobre mulher que está a ponto de chorar. – Arrume essa bagunça e traga um café puro e quente para mim. – Ele lança as ordens. – Você tem dois minutos.

– Sim senhor! – Ela ajeita o óculos no rosto, se agacha até o chão, cuidando de apanhar todos os papéis, agora espalhados pelo porcelanato cinza da sala.

Inconformada pela maneira de ver Jorge tratar a funcionaria, eu me levanto e vou até ela ajudando-a a catar aquele monte de papéis. Realizada a missão, nos levantamos e eu volto para meu lugar e a menina se encaminha para a porta.

– ESTAGIÁRIA! – Jorge grita na mesma intensidade de antes, fazendo a garota se assustar novamente – Dois minutos, ok? – Ele relembra e ela assente em positivo, observo suas mãos trêmulas.

Alguém deve dar o contato da clínica de loucos mais próxima pra essa pobrezinha, porque o sanatório à espera.

– Podemos voltar ao assunto? – Pergunto a ele na tentativa de fazê-lo deixar a garota em paz. Jorge adora atazanar os novos estagiários.

– Claro! – Sorri falsamente volta ao assunto. – Nesse relatório demonstra que seu comportamento junto a um parceiro é muito mais satisfatório do que você trabalhando sozinha. – Ele pega o telefone e ordena para Estela da recepção do andar mandar entrar uma pessoa que não faço a menor ideia de quem seja. – Por isso… – Voltou a conversar comigo. – Tomei uma decisão e não voltarei atrás…

Naquele momento a porta se abre a traz de mim e num impulso olho para trás e …

Uau! O que era aquilo?!

Um homem de um metro e noventa aproximadamente, olhos azuis, barba, um rosto perfeito… usava um coque no alto da cabeça coisa que não era comum ali no departamento. Quer dizer, não usávamos uniforme azul como os outros policiais mas também não andávamos como hippies cabeludos por aí.

– Anahí? … – Jorge recomeçou. – Este é o agente Viegas. Seu novo parceiro!

A princípio eu só sabia analisar a beleza daquele homem. Uma beleza exótica por assim dizer. Um deus grego em forma de homem. Eu tinha uma sorte filha da put* em ter que trabalhar com homens gostosos assim e… espera “PARCEIRO” “NOVO”

– Você só pode estar de brincadeira Jorge. Por favor me fala que é uma piada. – Levantei-me da cadeira incrédula com o que ele havia feito.

Mas apesar do meu chefe cretino estar sorrindo, sua voz estava estritamente profissional quando voltou a falar.

– Eu não estou de brincadeira Anahí. Viegas será seu novo parceiro até a volta de Maite.

– Qualquer coisa menos isso! – Me alterei. – Jorge, você sabe que eu sou...

– Problemática, temperamental, turrona, cabeça quente, impulsiva... Sim, a sua lista de “qualidades” é imensa. Por isso eu coloquei o Viegas para ser seu parceiro momentaneamente. Ele vai te frear quando for preciso.

Olhei para o lado e o tal Viegas já não parecia tão f0didamente gostoso como antes. Mentira, mesmo se ele estivesse vestido de mendigo ainda seria o mesmo gostoso. Droga! Mantenha o foco Anahí. É só mais um dos caras gostosos que trabalham no departamento. Nada demais.

– Viegas Santiago. – Ele estendeu a mão para mim. Usando a educação que minha mãe me deu eu devolvo o aperto, porém nada satisfeita.

– Anahí Portilla. – Respondi com indiferença.

– Agora que já foram apresentados Anahí, eu tenho um caso para vocês. Houve um homicídio no cais do porto, suspeita-se de roubo de cargas, já que uma das cargas de eletrônicos foi desviada.

– Mas se o roubo ocorreu no porto, não é coisa pequena. Tem peixe grande envolvido nisso. – Falou o metido hippie gostoso.

– Exatamente Viegas. Já vi que vocês se darão muito bem nessa nova parceria. – Disse Jorge nos estendendo as pastas com as informações do caso. Revirei os olhos e peguei a minha. Naquele momento lembei-me das palavras de Pacheco, pedindo-me calma e sabedoria para lidar com Jorge, por mais que aquela decisão esteja fodend* com o meu psicológico aceitei.

– Com certeza, senhor. Nos daremos muito bem nessa parceria. – Disse ele piscando para mim.

Mordi o lábio com tanta força que senti o gosto do meu sangue. Malditos! Eles estavam se divertindo com aquilo, mas eu não ia dar o que eles queriam então calmamente eu me levantei e sorri falsamente para os dois.

– Apesar de eu achar que não há necessidade de eu ter alguém para me "frear", o senhor é o meu chefe e eu respeito a sua decisão. Com licença. – Ainda sorrindo eu saí da sala direto para as escadas.

Passei na minha divisória para pegar a minha bolsa e voltei para a escada a passos largos.

– João, se alguém procurar por mim avisa que eu estou na Toca. – Comuniquei a um dos detetives do meu departamento.

– Tenta deixar o alvo inteiro dessa vez, Annie. – Respondeu já sabendo o que eu ia fazer.

Alguns minutos depois eu estava atrás da parede de proteção com óculos e protetores de ouvido atirando na cabeça de um alvo em formato de homem. Sempre que era obrigada a engolir certas coisas eu descia para a Toca e descarregava chumbo grosso nos alvos.

Senti uma presença atrás de mim e me virei tirando os protetores de ouvido.

– Eu falei que a encontraríamos aqui. – Jorge falou divertido.

– Querem alguma coisa cavalheiros? – Perguntei com falsa gentileza.

– Estou apenas mostrando ao Viegas o que ele vai ter que enfrentar daqui pra frente.

– Você fala como se fosse ruim ficar ao meu lado.

– Foi você quem disse, não eu.

Me virei e acertei três tiros no meio das pernas do alvo.

– Você dizia Senhor? – Questionei ainda de costas para ele.

– Boa sorte amigo. Vai precisar. – Jorge falou rindo e então escutei o barulho das portas batendo.

Podia estar de costas mas sabia que o meu "parceiro" ainda estava ali com os olhos colados em mim. Me virei impaciente e o olhei fuzilante.

– Deseja alguma coisa Vargas?

– Viegas. – Corrigiu.

– Foi o que eu disse Vigas.

O filho da mãe riu e eu quase virei uma poça de tão derretida que fiquei. Nossa, que sorriso! E essa observação me deixou ainda mais mal humorada.

– Olha baixinha, eu já vi que você é meio temperamental e por mais que eu ache isso quente como o inferno em uma mulher a gente vai precisar se dar bem pra resolver esse caso.

Merda! O maldito tinha razão. Eu prezava pelo meu trabalho, trabalhei duro para chegar onde cheguei e logo a Mai estaria de volta e minha vida voltaria a normalidade. Então engolindo o meu orgulho eu resolvi aceitar na boa aquela parceria.

– Tudo bem, por mais que ache desnecessário tal parceria, mas aceito pelo meu emprego Que fique bem claro. – Resmunguei cruzando os braços.

Viegas riu e se aproximou mais se mim.

– Vai ser divertido trabalhar com alguém tão difícil. – Ele se abaixou até seus lábios estarem tocando a minha orelha. – Eu amo um desafio. Opa, isso foi um arrepio?

O encarei raivosa.

– Claro que foi um arrepio, quem não arrepia quando um cara enorme com uma barba que mais parece uma bucha suja fica sarando a sua orelha?

Sua gargalhada trovoou pela Toca e eu quis tanto, mas tanto socar a cara dele. Mesmo sendo uma pena estragar aquele rosto perfeito.

– Você é hilária Anahí. Vamos precisar do seu senso de humor quando colocamos a mão na massa.

E dizendo isso ele foi até as escadas. Olhar para aquela bunda redonda enquanto ele caminhava fez o meio das minhas pernas latejar. Aquele homem era quente... e perigoso para a minha sanidade enquanto estivéssemos trabalhando no caso. Poderia ser capaz de apostar um braço que o Jorge colocou ele como o meu parceiro só para me tentar. Mas eu não ia ficar ali babando no cara quando tinha trabalho à minha espera, por isso corri até as escadas e subi alguns lances até o meu andar.

Tinha uma pasta cheia de dossiês esperando por mim.

Viegas Santiago

Até quarta Amores!!!!