Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Eu podia sentir o calor contra minha pele, toques suaves sob meu abdômen e na direção de meu ventre. As pequenas carícias dançando contra meu corpo, despertando meu desejo, um gemido escapando de meus lábios. Não abri os olhos, apreciando as delicadas carícias que incendiam meu corpo, fazendo-me me contorcer entre os lençóis.
Senti beijos suaves e pequenas mordiscadas em minhas coxas, os dedos dançando sobre minha pele. Um sussurro com o meu nome.
Mas foi a sensação da ponta de sua língua sobre meu clit0ris que fez meus olhos se abrirem, meu corpo se contorce me fazendo ofegar, empurrando os quadris para cima com um gemido.
– Ponchoo... – Gemi olhando para ele contra meu centro pulsante.
Ele me olhou entre minhas coxas, as mãos fortes segurando meu quadril e sua boca dando-me um sorriso provocante antes de descer até meu centro novamente para devorar-me.
Solto um gemido enquanto a língua dele se deliciava com a minha vag1na. Nossos olhos as vezes se conectavam, preenchidos com fome e desejos que nos tirava o fôlego. Minhas mãos agarraram as cobertas enquanto ele sacudia a ponta da língua sobre meu centro.
– Put@ merda. – Gemo, agarrando o seu cabelo, puxando-o mais para perto de meu centro.
Eu queria vê-lo me chupando, mas o prazer estava demais; eu simplesmente não conseguia manter os olhos abertos. A cada movimento da língua dele, meu corpo tremia e meus gemidos e suspiros tornaram-se cada vez mais alto. Eu estava tão molhada que podia sentir no interior de minhas coxas.
Maldito foded0r dos infernos!!!
Poncho moveu a língua da minha entrada para o meu clitóris, beliscando minha pele sensível. Uma de suas mãos deixaram minha coxa, os dedos se perdendo dentro de mim, tocando-me da forma que somente ele sabia como.
Put@ que me pariu!!!
Minhas vísceras se apertaram enquanto ele movia a língua sobre o feixe de nervos, ritmicamente lambendo a pele sensível enquanto pressionava outro dedo dentro de mim. Meu corpo arqueou-se na cama, fazendo com que ele me segurasse firme pelo quadril.
Poncho tomou uma de minhas pernas e colocou-a em cima de seu ombro direito para que ele pudesse se mover mais profundamente, tocando-me em lugares que me faziam delirar em prazer.
Eu passei a adorar quando ele me f0dia com a língua e os dedos daquela forma. Os movimentos eram superficiais, mas fortes, enrolando a ponta dentro de mim de uma maneira que nenhum homem soube fazer.
– Poncho, não pare... – Gemi quando ele deu um golpe duro em resposta, a cabeça mexendo de um lado para o outro quando ele continuou chupando e lambendo meu clit0ris. – Ohh merda… vou… – Sua mão agarrou minha outra coxa enquanto eu sentia minhas paredes internas começando a pulsar e se contraindo em torno de seus dedos. – Oh meu Deus…. Ponchooo!! – Meu clímax me atingiu com força. Joguei a cabeça para trás, luzes brilhantes ruindo atrás de meus olhos fechados.
Eu estava louca!!
Poncho continuou suavemente a lamber seu clit0ris, prolongando meu orgasm0. Com um último beijo em meu centro, ele se afastou, beijando minhas coxas e quadris enquanto eu estava deitada ofegante.
Quando finalmente abri meus os olhos, minhas coxas tremiam, meu batimento cardíaco pulsava em meus ouvidos. Eu ainda podia sentir os efeitos do orgasm0 arquejando através de meu corpo. Soltei um suspiro feliz, levei um de meus braços para descansar contra meu rosto enquanto eu tentava acalmar minha respiração ofegante.
Poncho moveu suavemente suas mãos contra minha pele, dançando as pontas dos dedos para cima e para baixo, sob as coxas e até minha barriga, beijando meu umbigo.
– Oi. – Ele disse, suavemente beijando meu abdômen que brilhava com suor.
Abri os olhos e vi quando ele apoiou o queixo em meu estômago.
– Oi. – Respondi com um pequeno sorriso, passando as mãos sobre seu cabelo. – Que espetáculo acordar dessa maneira. – Digo, fazendo-o sorrir.
– Eu te disse. – Provocou o maldito.
– Agora essa passou a ser uma das minhas formas favoritas de se acordar. – Poncho me olhou com um grande sorriso.
– Uma das favoritas?
Traço seu maxilar com as pontas dos dedos e assinto.
– Orgasm0s matinais são os únicos que podem superar café da manhã na cama e acordar ao som de chuva.
– Alguém já lhe deu café na cama? – Sorrio. Uma pitada de ciúmes vagava pelo seu olhar.
– Sim. – Ele ergue uma das sobrancelhas. – As meninas. Nos meus aniversários.
– Ahh. – Ele sorri sem graça. – Bem, eu estou feliz que estou em seu top três. – Diz e seus dedos suavemente voltam a se mover contra minha barriga, desenhando padrões invisíveis na minha pele.
– Sinto que você estará sempre entre os tops três para mim, Poncho.
É verdade.
Poncho entrou em meu sistema de uma forma que não me vejo em algum momento sem ele ao meu lado.
Será loucura minha?
Loucura ou não, ele nem me deu tempo de raciocinar sobre as palavras que eu disse a ele. Poncho voou diretamente para minha boca, num beijo quente e avassalador que iniciou nosso fogo e uma rodada de sex0 quente entre nós novamente.
***
– Minha nossa, Poncho. – Dei risada. – Você é muito diversificado. Toma chocolate no café e agora me aparece com uma caixa de cereal da Sucrilhos?
– E qual o problema nisso? – Me sorri colocando a caixa do cereal na bancada e indo para o fogão preparar panquecas.
– Nenhum. Apenas comentando.
– Na verdade, isso é um hábito que mantenho. Eu sempre os consumia com minha mãe na infância. – Ele da de ombros, com sua atenção voltada para o fogão. – Quando a perdi prometi a mim mesmo manter esse hábito.
Me senti mal por casua dele com esses detalhes. O abracei por trás e beijei suas costas.
– Você é incrível.
– Obrigado, namorada. – Gargalhei. – Que tal a namorada do namorado incrível, ajudá-lo a fazer os ovos mexidos?
– Claro namorado! – Entro na brincadeira e pego outra frigideira para fazer os ovos.
Estávamos a vontade na cozinha.
Nossos cães se divertiam no gramado. Poncho tinha uma “parede de vidro” na cozinha que dava para os fundos da casa, logo dava para ver Bartô e Gabriel interagindo na grama com os brinquedos de Gabriel.
***
– Namorada? – Poncho entra na sala vestido com uma bermuda e uma camisa do Flamengo. – Estarei na sala de TV, vai ter jogo do Mengão e não posso perder. É a final do campeonato. – Se justifica tenso e eu sorrio.
– Tudo bem. Estarei aqui estudando. Tenho um caso a resolver quando voltar. – Ele assente e vem até mim, me dando um beijo caloroso.
– Obrigado.
– Poncho, não precisa mudar seus hábitos só porque estou aqui. Tá?
– Ta. – Ele sorri. – Te amo! – Ele diz, me dá um selinho e corre para o segundo andar.
E eu fico estática no sofá.
Ele já havia dito que me amava, mas, mesmo assim, essas palavrinhas me assustavam.
Eu não sei afirmar se o que eu sinto é amor.
Apaixonada eu sei que estou, pois tudo nele me atrai, me fascina.
Amar é mais complexo, não é?
Tudo bem que eu consigo enxergá-lo além das aparências, eu consigo identificar o “eu interior” dele, vejo seus valores, a sua autenticidade e personalidade que para mim são mais excitantes do que seus belos traços.
Mas será que tudo isso caracteriza amar ele?
Deus eu realmente não, sei. Preciso pesquisar sobre isso
***
“Chuta a bola, meu filho!!”
Homens!
Dava para ouvir os berros do Poncho ao longe. Ele realmente se envolvia com esse esporte.
Já faziam uma hora e meia que ele estava naquilo e eu focada em meu trabalho. Vez ou outra seus berros me tiravam a concentração. Como agora com o grito de gol que ecoou.
Tive que sorrir, pois levei um pequeno susto. Bartô latia com ele lá em cima, provavelmente Gabriel estava ao lado deles mas os olhando com desdem com seus olhos vesgos. Típico daquele cachorro.
Mas quando eu voltaria a me concentrar nos meus relatórios um barulho na maçaneta da porta da frente me chamou a atenção. Instintivamente puxo minha arma da bolsa ao meu lado no sofá.
E no momento em que me ponho em pé a porta abre e eu aponto a arma para seu “invasor”.
– O que significa isso?
Eu gelo.
A última pessoa que poderia me ver aqui.
– Alfonso??? – Grita
Mas eu permaneço estática com a arma na mão apontando em sua direção.
– Acho melhor abaixar isso, moça. – Diz no exato momento que Poncho desce apressado.
– Alberto?! – Ele se questiona, parando no último degrau na escada. – O que faz aqui?
– O que uma mulher armada faz em sua casa? – Pergunta me fitando.
– Ela é policial eu…
– Alfonso, não! – Eu digo e ele se cala meu olhar estava preso em Alberto Herrera que sorriu assim que o filho informou minha profissão.
– Você está se envolvendo com uma policial. – Afirmou analisando meu corpo.
Não era difícil ele chegar aquela conclusão, afinal eu estava apenas de calcinha e uma regata no sofá na casa do filho dele.
Quando seu olhar percorreu a mesinha onde estava meus relatórios, eu rapidamente os fechei e guardei tudo na minha bolsa.
– Deixarei vocês a sós. – Digo e pego tudo. Deus me livre ele ter acesso a essas informações. Subo, parando na virada do corredor para escutar a conversa.
Eu estava fudid@ agora.
Era a segunda vez que ele me via com o filho dele e agora descobriu que eu era policial. Se isso chegar aos ouvidos do Jorge eu estava demitida por justa causa.
Meu Deus!
– O que faz aqui? – Poncho perguntou com uma voz de poucos amigos. Alberto riu.
– Você me surpreende a cada dia garoto. – Ele diz se sentando.
– Eu quero você fora daqui. Alias como entrou?
– Chave debaixo do carpete?! – Diz em zomberia.
– Não importa. Sai!
– Oras não quer nem saber o que me trouxe aqui.
– Não, não quero. – Diz indo em direção a porta a abrindo. – Sai!
– Seus advogados estão movendo uma ação contra mim. Quero que retire.
Num momento de fúria, Alfonso bate a porta que faz um estrondo enorme.
– Eu não vou tirar merd@ nenhuma!!! – Diz furioso em frente a Alberto que perdia o sorriso presunçoso aos pucos. – Você não vai tirar a fábrica da minha mãe de mim. E para isso eu pegarei no seu ponto fraco. A mídia vai adorar saber que você será indiciado por crime ambiental.
– Você é um merdinh@ mesmo... – O homem se irrita e fica em pé encarando Alfonso com um olhar mortal. – Eu tenho vergonha de ter tido um filho como você! – Acusa e Alfonso sorri em escárnio. – Eu vou tirar aquela fábrica de você Alfonso e vou fazer questão de botá-la abaixo na sua frente. – Sentencia e sai por onde entrou com uma fúria palpável.
– DESGRAÇADO!!! – Grita ao arremessar um vaso na direção da porta, que se espatifa com o contato
Desço a escada correndo e o abraço. Ele chora. Me dói vê-lo tão vulnerável daquele jeito.
– Shiii calma Poncho. – Digo entre o abraço e seu rosto entre meu pescoço. Eu sentia suas lágrimas ali. – Ele não vai conseguir. Eu prometo.
Ele assente entre lágrimas.
– Vem deita aqui. – Eu o puxo para o sofá e faço-o deitar em meu colo.
Ficamos assim por um bom tempo. Ambos sem falar uma palavra se quer. Enquanto eu afagava seus cabelos, pensava na confusão que me meti. Enquanto ele acariciava minha barriga, ele provavelmente pensava nos problemas que ele teria pela frente.
Ambos com sérios problemas.
Ambos os problemas com um denominador comum: Alberto Herrera da Motta
***
Um som estridente soava pelos meus ouvidos. Abri os olhos e percebi que tanto eu quanto Poncho havíamos dormido no sofá.
– Poncho… – Digo sonolenta, acariciando a cabeça dele, que ainda repousa sobre meu tronco. – Telefone.
– Hum? – Resmunga se abraçando mais a mim.
– Telefone, Poncho.
Ele desperta e senta no sofá. Bagunça mais seus cabelos e vai ate a mesinha pegar o aparelho.
– Alô? Oi vó. – Ele sorri e olha para mim. Analiso seu corpo, ele vestia um short de poliester preto com o escudo do Flamengo e para minha surpresa ele estava sem cueca. Cretino! Espero que assistir jogos sem cueca não sejam uma forma de superstição daquelas que os torcedores se apegam para seu time vencer. – Tá bom, vó… Hoje a noite apareceremos ai.
Opa. Opa.
Nós?? Aparecer lá?
Lá onde?
E porque eu não prestei a atenção na conversa em vez de analisar as vestimentas e o instrumento dele?
– Também te amo. Beijo. – Se despede e logo em seguida ele vem até mim. – Minha vó quer me ver amanhã.
– Hum.. que bom. – Digo meio tensa.
– É Annie... – A forma que ele pronunciou o meu nome demonstrava a formulação de ideias que pairava sobre sua cabeça. – Eu gostaria que você fosse comigo.
Acho que empalideci, minha boca formou um "o" mudo e antes que eu pudesse responder, Poncho inquietou-se.
– Eu sei que pode parecer cedo pra você, ou não, não sei... – Colocou as duas mãos a frente do corpo, gesticulando de forma explicativa. - Ela quer muito te conhecer. Mas só se você quiser ir… Se não quiser, tudo bem eu...
– Eu vou. – Digo sem nem pensar nas consequências de tal ato.
– Vai? – Pergunta com um sorriso envergonhado.
– Sim. – Afirmo e logo sou atacada por braços e beijos distribuídos pelo meu rosto. – Paraa
– Não dá.. tó muito feliz, namorada…
– Ótimo... Então, que tal usar essa felicidade para outra coisa?! – Digo e aperto o p*au dele solto naquele short.
– Minha nossa!!! – Ele se assusta e sorri em seguida
– E então? – Acaricio-o e ele geme.
– Seu pedido é uma ordem, namorada. – Diz e me beija.
Nas próximas horas, passamos a nos entender da melhor forma possível regado a muito sex0 e brincadeiras calientes.
***
Estava tudo sob controle, eu só precisava me arrumar no meu banheiro. Hoje seria o jantar na casa da avó do Poncho. Ele queria que eu buscasse a minha roupa e me vestisse na casa dele, não aceitei porque eu precisava ficar um pouco só no meu espaço e precisava discutir com as meninas sobre qual roupa seria ao mesmo tempo comportada, sensual e descolada, para um jantar na casa da avó de seu namorado.
Namorado
Nossa a que ponto cheguei.
Após um banho, soltei meu cabelo que estava descabelado após longas horas presos em um coque, penteei as ondas, jogando-as para trás e depois para frente, dando movimento aos fios. Pego meu conjunto de sutiã e calcinha branco e os visto, colocando depois uma calça jeans de cós alto preta e uma blusa cropped branca de tecido fino com amarração nas costas, nos pés um salto alto de tiras. Agora eu precisava me concentrar na maquiagem, não faria nada elaborado então fiz algo leve o que me deixava o mais natural possível.
Continuei dentro do banheiro encarando o meu próprio reflexo no espelho. Comecei a pensar como seria o jantar. Eu. Poncho. E a avó dele. O que poderia dar errado?
TUDO!
Senti uma onda de desespero correr pelo meu corpo.
– Ai meu Deus, o que eu estou fazendo! – Coloquei as mãos nas têmporas e encostei os cotovelos no mármore da pia, fechando os olhos. Agora me senti completamente nervosa.
E se a avó dele não gosta-se de mim? Do meu emprego? Se ela achar que eu coloco-o em perigo, o que não é mentira, o que eu farei?
Put*a merda, não estou preparada para este jantar.
Assustei-me quando a pia vibra com o celular vibrando sobre ela. Era Poncho avisando que já estava me esperando.
Enquanto andava até a portaria do meu prédio eu pensava intensamente no jantar. Estava preocupada. Eram muitas inquietações na minha cabeça que estava me fazendo temer.
Poncho estava com uma bermuda jeans escura, camisa de gola em V na cor branca, nos pés chinelo.
– Chinelo Alfonso? Sério? – Digo assim que chego ao seu encontro.
– Ué, porque anjo? Vamos jantar com minha avó…
– Eu aqui toda preocupada com a minha roupa e no que pode dar errado e você me aparece desse jeito? – Digo realmente revoltada.
– Anjo, vó Judith não liga para esses detalhes de vestimenta. Relaxa, vai dar tudo certo. E não precisa se preocupar ela já gosta de você.
– Como você pode ter tanta certeza disso? Ela nunca me viu…
– Se você faz o neto dela feliz, você já fez belos pontos com ela. – Diz e me rouba um selinho. – Alias, você está linda. – Diz alisando uma mecha cacheada do meu cabelo.
– Obrigada. Vamos, não quero chegar atrasada. – Digo um pouco menos nervosa.
***
– Você não precisa fazer sempre isso, você sabe não é? – Questiono-o enquanto ele abria a porta do carro para mim. – Já te falei que não acredito mais em cavalheiros...
– Mas eu sou um cavalheiro. O mais gentil e bonito cavalheiro. – Gargalhei quando o vi fazer uma careta de ofendido, coisa que ele frequentemente fazia.
– Além de tudo isso, não esqueça de acrescentar a modéstia nesse seu extenso currículo cavalheiresco.
– Hahaha… que engraçadinha. – Diz envolvendo minha cintura e iniciarmos nossa caminhada até a porta da casa da avó dele. – Nem parece que estava com medo a minutos atrás. Só pra constar, minha avó detesta piada.
Ele diz sério e eu arregalo os olhos.
Deus, e se eu não controlasse a minha boca e sem querer uma piada sair?
Eu o questionaria mais sobre aquilo, mas no exato momento a porta se abriu revelando uma senhora de cabelos brancos e rechonchuda, com um vestido florido e sapatilhas marrom surgir em nossa frente.
– Boa noite, vovó!
Ela sorriu para o neto e voltou seu olhar para mim.
Engoli em seco!
***
Sabe os bichos papões que na infância fantasiamos como sendo um ser de outro planeta, que nos faz temer, suar frio e ter pesadelos?
Então, não que eu acreditasse muito nisso, e muito menos que minha projeção desse ser assombroso fosse materializado na avó do Alfonso. Longe disso…
Mas o peso que saiu das minhas costas quando me dou conta que ela é um ser de luz, tão simpática e boazinha que me fez querer ter os cabelos afagados pelas mãos enrugadas pelo tempo. Eu realmente me senti uma tola em pensar que ela me julgaria tanto pela minha vida tanto quanto profissão ou que ate mesmo não gostasse de mim. Pelo contrário ela só me faltou colocar num pedestal tal qual o neto dela costumava fazer.
Sorrio enquanto lavo os pratos da janta junto a Poncho.
– Todo dinheiro do mundo pelo seu sorriso. – Me propõe e eu o olho ampliando mais ainda o sorriso.
– Pra você, todos são de graça. – Digo e ele me rouba um beijo casto. – Por que você não me disse que sua vó era tão legal?
– Ei! Eu disse sim e várias vezes… você que não escutou. Pensou que ela fosse uma senhorinha terrorista que correria atrás de você com uma bengala nas mãos...
– Bom, bengala ainda não uso.. – Dona Judith intercepta a fala do neto, nos assustando ao entrar na cozinha.
Meu rosto fica vermelho como um tomate. Acho que nunca tive uma reação dessas antes na vida.
– Dona Judith.. é mentira dele… eu não pensei isso da senhora… – Em partes né.
– Fique tranquila filha… Eu sei quanto esse menino pode ser irritante as vezes. – Ela me sorri fofa demais. – Arrumei a sala para que possamos ficar mais a vontade. Você gosta de café, né? Poncho disse que você não vive sem. – Diz enquanto pega as xícaras e os ingredientes para preparar o café. – Eu na verdade prefiro os chás, são mais leves.
– Não precisa fazer café dona Judith. Eu posso acompanhá-los no chá…
– Imagina, filha. Faço questão, e outra pode me chamar de vó Judith. Dona é muito formal.
– Claro. – Sorrimos.
– Então o namoro de vocês será em segredo? – Diz colocando duas chaleiras no fogo.
– Só até eu resolver esse meu caso.
– Mas por que esse? A algo específico. – Gelei. Dona Judith era esperta o bastante para perceber tal fato. Não sei como Alfonso não me questionou sobre isso antes.
– É complicado. – Foi tudo o que eu consegui dizer a ela.
– Entendo. – Nossos olhos se cruzaram nesse momento, ela parecia entender meu receio e sorriu de forma carinhosa. – Poncho sempre quis seguir a carreira veterinária. Ele te contou o que o fez fazer tal escolha?
– Ah não vó, aquilo não tem graça. – Protesta Poncho me entregando mais um prato para enxugar.
– Agora quero saber. – Sorrio pra eles e ele revira os olhos.
As chaleiras apitam e ela vai em direção pegá-las para preparar as respectivas bebidas.
– Na fazenda onde morávamos, volta e meia chovia bastante e nessas chuvas muitos sapos apareciam ao redor. Numa tarde, Poncho achou um caído em baixo da árvore que ele costumava ficar…
– Vó…
– Para Poncho. Quero ouvir. – Reclamo.
– Ele veio correndo pedir ajuda pra salvar o sapo. Eu ralhei com ele, porque mexer naquele animal poderia ser perigoso. Mas ele não me ouviu, correu pro quarto colocou uma camisa de mangas depois pro celeiro e lá pegou umas luvas antigas do seu avô. Quando o vi já estava lá fazendo massagem cardíaca no bicho. Fui até ele para dar bronca nesse menino, quando o sapo pulou e pulou pra cima dele… ele saiu correndo com o sapo saltitante atrás. Eu não sabia se ria ou salvava meu neto do sapo monstro.
Nós riamos enquanto Poncho mantinha um sorriso acanhado nos lábios.
– E mesmo assim você quis ser veterinário? – O questionei indo abraçá-lo.
– Claro. Apesar do susto eu salvei a vida daquele sapo ingrato. – Sorrimos.
– A partir dali ele procurou saber mais sobre a profissão, em cada aniversário dava a ele um livro infantil de animais e assim ele chegou até hoje. – A vó lhe sorriu carinhosa. – Vamos pra sala? Lá continuamos a conversar sobre as peripécias desse menino.
– Ah nãoo… só vão falar de mim? – Protesta indo ajudar a avó a pegar a bandeja.
– Se você for bonzinho, eu conto umas minhas. – Digo entrelaçando meu braço ao de vó Judith.
E assim partimos para mais uma rodada de conversas, regado a chá e café.
***
Poncho estava deitado de barriga pra cima em sua cama e eu apoiava minha cabeça em seu peito desenhando círculos em sua barriga com as pontas dos dedos enquanto ele penteava meu cabelo em um carinho silencioso.
Ergui meu rosto para ele, apoiando meu corpo sobre o seu.
– O que houve, anjo? – perguntou abrindo os olhos.
– Tem certeza que sua vó gostou de mim? – Poncho franziu o cenho ainda assimilando o que eu tinha dito, até que sorriu.
– Pra você ter uma ideia, ela nunca terminou um jantar com alguma namorada minha.
– Ela me serviu sobremesa.. – Digo sorrindo realmente feliz com a informação dele.
– Então meu anjo, ela só não gostou como também te adorou!! – Ele fincou um cotovelo no colchão enquanto usava a mão como apoio da cabeça. Se virou lentamente me fazendo ficar deitada próxima a ele e com a cabeça encostada em seu braço.
– Ela é incrível, Poncho. – Passei os dedos por sua bochecha. – Você teve muita sorte de ser criado por uma mulher como ela.
– Tive sim… apesar de sofrer muito na infância com uns amiguinhos babacas. – Poncho se arrastou sobre mim enquanto começava a beijar meu pescoço.
– Você pode voltar até eles e mostrar o quanto se tornou um homem com H maiúsculo.
– Acho que tenho uma ideia melhor. – Me beijou. Os dedos dele se emaranhavam em meus cabelos como uma carícia leve e relaxante. Poncho estava se tornando o tipo de pessoa que eu não poderia separar de mim. Eu sentia isso.
Era como se ele se encaixasse por trás do meu coração e o ajudasse a bater. Como se o simples fato dele existir ajeitasse a linha do meu destino e me ajudasse a seguir um caminho que eu não sabia querer trilhar.
O abracei pelas costas saboreando ainda os lábios dele sobre os meus. Poncho tinha uma maneira de se encaixar tão complacente, tão bonita que me fazia quase se sentir grata por poder fazer parte daquilo.
***
Deus sabe que o amanhecer é uma letra maiúscula que as pessoas não gostam muito de apreciar. Eu ficava de fora dessa generalização até descobrir que dormir acompanhada era muito bom.
Veja bem, antes eu adorava ter a cama só pra mim. Mas Poncho na mesma cama que eu significava que meu corpo seria mantido quentinho enquanto eu abraçava confortavelmente um travesseiro gigante muito gostosinho. Isso significa que eu passei a adorar ficar deitada até altas horas fazendo nada.
Mas, infelizmente, eu tinha deveres a cumprir. Assim como ele.
– Anjo, hora de acordar. – Murmurou enquanto me beijava com um selinho. – Pronto, já dei o beijo da Bela Adormecida.
– Tente de novo. – Ele novamente me beijou. – Mais uma vez. – De novo. – Faça isso até você desistir de acordar.
Poncho riu e me beijou profundamente dessa vez.
– Eu nem escovei os dentes. – Falei assim que nos separamos.
– Eu também não. – Franzi o nariz. – Vai dizer que eu estava com gosto ruim?
– Beija de novo pra eu ver.
– Hoje você está mais safada do que o normal. – Me sentei na cama finalmente desistindo de tentar continuar dormindo.
– A cada dia tento me superar, Ursinho.
– Você nunca vai esquecer, né? – Ele riu enquanto procurava a cueca para se vestir.
– Nunquinha.
Me levantei e fui para o banheiro. Fechei a porta por precaução. Me olhei no espelho. Eu já não era a mesma Anahí de antes. Não. Eu não era mais a mulher convicta de que não namoraria.
A Anahí que me encarava de volta tinha planos de novo. Estalava os dedos diante do meu rosto e dizia “Anda logo que o caminho agora é diferente”.
Sorri pra mim mesma.
Poncho entrou no banheiro.
Porque eu a fechei mesmo?
Ele me olhou por minutos e eu o conduzi para o chuveiro. Ele conduziu todo o resto.
***
Dois dias depois…
– Estamos prontos. – Jorge anunciou no estacionamento da delegacia. – Temos homens em locais estratégicos detetive. – Diz enquanto retoco minha maquiagem. – Estarei na van atrás do prédio.
– Ok senhor.
– Aqui… – Ele me estende um colar em qual estava embutido uma escuta. – A escuta está bem escondido entre as pedras do colar. Busque ele falar sobre os negócios com o Alberto. Ou sobre a espionagem industrial.
– Ele vai fechar o negócio com você Annie. Depois que fecharem você estará em território confortável para entrar no assunto. – Complementou Maite.
– Ok pode deixar.
– Prontos? – Jorge perguntou a todos. Que assentiram em seguida. – Pronta? – Perguntou a mim.
– Sim senhor.
– Então vamos embora!!
Saímos da delegacia. Eles na frente e eu atrás no meu carro. Eu havia tirado todas as sirenes embutidas no para-choque. Eu, para disfarçar daria voltas com o carro e chegaria minutos depois da equipe.
***
– Senhorita Martinez, que alegria em revê-la. – Me cumprimentou Rangel assim que sua secretária me liberou para entrar em seu escritório.
Eu vestia um vestido justo vermelho, com decote quadrado, com os lábios da mesma cor. Nos pés salto 15 preto.
Assim que me viu seus olhos brilharam pela luxuria. Aquele olhar nos homens é tão evidente que os fazem cair como patinhos nas mãos de uma mulher.
– Apenas Rosana, Otávio. – Sorrio provocativa. – Afinal somos sócios.
– Absoluta certeza Rosana. – Ele acaricia meu braço e minha vontade é senta-lhe o mesmo braço na cara dele. – Venha, sente-se. – Me conduz até a cadeira frente a sua mesa. – Gostaria de beber algo? Água, café ou um suco?
– Nós, mulheres mexicanas somos muito quentes, então optaria por uma boa tequila. – Sorrio sedutoramente. – Mas deixarei para uma ocasião mais íntima, pra hoje prefiro um café.
Sorri com compreensão das “minhas intenções” futuras com ele.
Coitado!
– Adorarei cobrá-la essa ocasião, Rosana. – Diz e pega o telefone. – Cíntia, traga café. – Ordena para sua secretária e logo volta sua atenção para mim. – Estive fora por alguns dias, mas mantive seu caso sobre minha análise.
– Agradeço, mesmo atrapalhando seu passeio. – Sorrimos. – Bom como havia dito a você, meu ex-marido participava da vida política no México porém nunca me deixava participar de certas reuniões. Me exibia como troféu. Quando morreu vi minha oportunidade de entrar nesse mundo sem a presença dele por traz.
– Porém uma tarefa árdua sem certos artifícios, correto.
– Como sempre Otávio. – Sorrio enquanto alcanço sua mão sob a mesa num pequeno gesto mas que para homens que só pensam com o pên1s era um avanço para me “pegar” – A muito tempo venho em busca desse artifício e aqui estamos.
A secretária nos interrompe ao entrar na sala com uma bandeja. Nos serve café enquanto Otávio e eu mantínhamos presos nos olhares um do outro. Assim que ela sai, pego minha xícara e beberico meu café.
– Delícia. – Digo.
– Imagino o quanto. – Flerta e logo sorri em resposta ao meu sorriso. – Bom Rosana… – ele se ajeita em sua cadeira e volta a me fitar. – Estou nesse ramo a algum tempo, fato este que te trouxe até mim, e tenho sido bastante abençoado com minhas ações. Antes eu atuava apenas na espionagem industrial não expandia para outros ramos…
– Então você já tem casos como meu? – Finjo espanto. – Isso me tranquiliza profundamente Otávio, pois se der errado serei presa em meu país.
– Te asseguro que é uma operação de sucesso Rosana, usar os aparelhos eletrônicos para espionar políticos é um avanço na espionagem.
Finjo empolgação, e me aproximo mais na mesa, entrelaçando minhas mãos na mesma fazendo meus seios ganharem certo volume e um olhar desejoso de Rangel.
– Me explica como devo proceder, por favor? – Peço.
– Então, aqui no Brasil temos um grande número de pessoas adeptas aos aparelhos da Orange Inc. As pessoas de alto escalão, como nossos políticos utilizam os aparelhos mais modernos dessa empresa…
– Celulares, computadores…
– Isso. E eu como presidente da Genoa, sei que esses aparelhos possuem dispositivos que possibilita os usuários a informar várias informações pessoais.
– Mas como isso de fato funciona no meu caso?
– Simples. Esses aparelhos possuem aplicativos que ativados de uma certa forma podem contribuir para uma espionagem. Por exemplo, os gravadores de som e as câmeras redirecionadas em seus sistemas operacionais podemos iniciar uma gravação sem que o usuário perceba que tal ação está sendo utilizada.
– Fantástico Otávio. – Levanto com uma falsa empolgação e circulo pela sala enquanto ele se recosta ainda mais em sua cadeira que reclina para trás. – Mas como você farei isso? – Digo parada no meio da sala dando a ele uma visão completa do meu corpo.
– Ai é que entra o dinheiro, minha querida. – Diz e se levanta também indo até o bar em sua sala. – Primeiro será preciso roubar um lote da empresa de telefonia de maior relevância do seu país. – Diz e caminha até mim com um copo de uísque na mão. – Com o lote em mãos você vai trabalhar com hackers que desmembrará esses aparelhos e ver onde retirarão os dispositivos corretos e colocarão meu dispositivo que possibilitará a espionagem. A montagem dos aparelhos é de forma maquinaria, mas toda máquina…
– É controlada por homens. – Digo mexendo em sua gravata. Ele me sorri e em seguida assente e beberica sua bebida.
– Exato. Em suma, você precisa entrar no operacional do produto, descobrir onde fazer a troca e comprar o funcionário da empresa que é responsável por operar essa maquinaria para que faça os novos produtos com a minha tecnologia.
– Você é fantástico Otávio. – O elogio me aproximando mais um pouco, enquanto subo meus dedos pela extensão da sua gravata. – Mas preciso de uma garantia Otávio, o caso que você tem que é parecido com o meu deu certo? – Digo com falsa inocência. – Meu marido foi peixe grande e não quero perder meus dotes… se é que me entende. – Digo sedutoramente.
Agora seria a hora certa para ele entregar Alberto. Eu só precisava dessa informação.
– Sim, minha querida. Deu super certo… conseguimos eleger um para o alto escalão na política local.
– Jura? É da mesma instância para qual quero me eleger?
– Não. Aqui foi para o Sen…
– Rangel??
Meu sangue gela.
Meu coração acelera com a voz daquele homem.
O que ele fazia ali?
– Alberto? – Rangel também se assustou com a presença dele naquela sala. – O que faz aqui?
– Preciso falar com você urgentemente…
– Estou terminando um negócio com a senhorita… nossa desculpa deixa eu apresentá-los. – Rangel sai da minha frente e se direciona até Alberto as minhas costas. – Senhorita Martinez?
Ele me chama e eu tremo.
Lentamente eu me viro e me deparo com o rosto de Alberto Herrera bem a minha frente.
– Alberto lhe apresento a senhorita…
– Anahí Portilla, detetive do 1º departamento de polícia da cidade e namorada do meu filho. – Ele diz friamente, enquanto não tira os olhos dos meus.
Minha operação havia falhado, no momento em que ele me viu ali.
– Detetive? – Rangel me olha espantado. – Vad1a!! – Rangel esbraveja e vem para cima de mim para me acertar um tapa.
Desvio e lhe acerto um soco em seu queixo que o faz cambalear, mas não cai. Voo em direção a ele e dou um trança braço fazendo-o urrar de dor.
Alberto me olhava parado no mesmo lugar, no momento que eu daria voz de prisão ao Rangel minha equipe invade a sala.
– NÃO SE MEXAM!! MÃOS PRA CIMA!!
Dois homens vem e tiram Rangel do meu aperto e o prendem.
Quando volto a olhar para Alberto ele está sendo algemado, porém ainda me fitava com um sorriso de escárnio no rosto.
– Nos veremos em breve Senhorita. – Ele me diz.
Ciente de que não ficará preso pois não tínhamos nada de concreto contra ele, a não ser os encontros com Rangel.
Só contaríamos com o depoimento de Rangel.
Autor(a): lenaissa
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– Eu quero uma explicação, agora!! – Berrava Jorge na garagem da delegacia, assim que todos chegamos. Rangel foi encaminhado para uma das celas. – Senhor, desculpa eu..eu – Eu não quero suas desculpas Anahí!!! – Seu rosto estava vermelho. – Eu quero uma explicaç& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor