Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Entrei na sala de depoimentos e o cretino estava lá sentado, como se nada o afetasse, porém os seus hematomas evidentes em seu rosto provavam o contrario.
- Pelo visto, seu dia não foi tão bom quanto o meu. – Ele diz me analisando. Meus ferimentos não estavam tão diferentes dos dele. Antes de entrar fui até Dulce que fez um curativo no ombro onde levei o tiro de raspão, já os machucados só sairiam depois de dias. – E pelo visto não morre com facilidade. – Sorri em escárnio.
- Para o seu azar. – Digo batendo a porta do interrogatório atrás de mim. – Onde está Rangel?
- Quem? – Sorriu.
- Seu parceiro de crime.
- Crime? Parceiro? – Sorriu novamente se inclinando na mesa. – Não sei do que está falando detetive. – Levanta o lado esquerdo dos lábios em um sorriso preguiçoso.
Faço o mesmo movimento dele e me aproximando um pouco mais de seu rosto, apenas a mesa nos separando.
- Sabe. Sabe sim. Rangel é seu parceiro de crime e o mandante pelo meu sequestro. Tanto que você me sequestrou para saber o que eu tinha conhecimento da operação de vocês. Se lembra? – Agora eu solto um sorriso de escarnio para ele que me olha sério, mas logo seus lábios se erguem novamente em um novo sorriso nojento.
- Sabe do que me lembro detetive? – Me olhava nos olhos – Lembro de você dizer que me mataria com dignidade e olha só onde estamos? – Gargalha se recostando na sua cadeira. – E como estamos na delegacia, eu quero meu advogado.
- Você é um cretino...
- Cuidado detetive, tudo o que disser pode ser usado contra você... – Sorri sarcástico. No exato momento em que Viegas que estava atrás do vidro nos escutando junto com os demais entra na sala para leva-lo até a cela, já que como pediu direito a advogado não poderíamos mais interroga-lo sem a presença de um. – Ah, detetive? Sabe do que me lembro também daquele nosso encontro? – Perguntou retoricamente, pois logo acrescentou. – Do seu amiguinho. Morreu?
Foi o estopim.
Levantei da cadeira em um rompante e o peguei pela camiseta e o prensei no vidro atrás dele que rachou com tamanho impacto.
- Escuta bem seu cretino... - Vocifero bem próxima ao rosto dele - ... você vai pagar por tudo isso, e farei questão de acompanhar seu sofrimento bem de perto!
- Annie solta ele. – Viegas me segura tentando me desvencilhar dele.
Ainda pressionado no vidro ele sorri. O largo com brusquidão que cambaleia e logo se ajeita.
- Ficarei no aguardo. – Debocha e logo sai arrastado por Viegas da sala de interrogatório.
- Merda! – Grito jogando a cadeira no chão de pura raiva.
- Annie... ? – Maite entra esbaforida na sala.
- Agora não Mai. – Digo respirando fundo enquanto tentava controlar minha raiva.
- Ele acordou... – Me viro imediatamente para ela. – Poncho acordou!!
***
Nunca corri tanto como hoje. O carro cortava a pista como raio, nada me impediria de chegar até meu destino. Minhas mãos soavam frio. Minha mente fervilhava. O que eu diria a ele? O que ele diria a mim? Será que ele me deixaria vê-lo?
Meu coração palpitava a cada centímetro que eu percorria. O medo tomando conta de mim assim como a ansiedade de revê-lo novamente. O homem que eu amo, estaria em meus braços novamente.
- Ei você não pode estacionar aí? – Acho que é um dos seguranças do hospital que me intercepta ao estacionar de qualquer jeito na calçada.
- Então reboca! – Digo já correndo em direção aos corredores do hospital com destino ao quarto dele.
Tantos borrões passavam por mim, portas e mais portas passavam e meu coração batia num ritmo tão frenético como nunca senti na vida. O frio na espinha quando parei em frente a porta 306, aberta, com três pessoas ao redor dele, se eu dizer quem eram estarei mentindo, pois meus olhos só focaram nele, ali sorridente escutando o burburinho de gente ao seu redor enquanto o arrumavam na cama.
- Pon..cho.. – Sussurrei. Ele não me ouviu, nem me olhou.
Tum Tum Tum
Um nó na garganta.
Piscinas banhando minha vista.
Lágrimas escorrem pelo meu rosto.
O sorriso estava lá... Iluminando todo o quarto.
Meu peito doía. Sufocava-me.
Um soluço o fez virar o rosto para mim.
O sorriso foi desaparecendo à medida que se dava conta de que eu estava ali, uma bagunça completa, imóvel, porém em prantos.
- Vem! – Ele me estende o braço.
Dou um passo vacilante.
Minhas pernas não me obedecem, elas tremem e eu choro.
Mas um passo e eu quase caio, se não fosse as mãos de alguém a me amparar e me ajudar a terminar o percurso, até eu encostar minha mão na dele.
A mão macia e quente, voltando a aquecer o meu coração...
- Poncho!! – Me jogo em cima dele que me abraça tão forte que me sinto uma parte dele.
Meu choro passa a ser angustiante.
- Estou aqui anjo! – Me aperta ainda mais.
- Me... desculpe Poncho... por favor – Entre lágrimas e soluços eu tentava me expressar, sem soltá-lo.
Eu não estava pronta para soltá-lo.
Não mais!
- Anjo? – Ele tentava me afastar para, eu acho, olhar em meu rosto. – Olhe pra mim Annie... – Eu negava com a cabeça. Eu não tinha coragem. – Meu amor, por favor...
Meu amor
Algo em meu estomago sobrevoa e dá cambalhotas ao ouvir isso.
Ergo meu rosto da curva de seu pescoço.
Chego a perder o ar quando ele me olha.
E quando ele ergue a mão eu fecho os olhos.
Seus dedos descem por minha pele em uma carícia contida.
Toca meu rosto, deixando o polegar deslizar pela bochecha. Seu gesto faz com que minha respiração fique suspensa.
Não tenho tempo para organizar os pensamentos direito antes de sentir meu rosto ser puxado contra o seu e minha boca cair contra a dele.
E toda a saudade então se mistura à saliva, lágrimas, respiração ofegante e os batimentos do meu coração, que parecem altos demais enquanto o resto congela ao meu redor.
Passo a mão pela lateral de seu rosto, nossos olhos se encontram mais uma vez e sinto sua mão segurar meu cabelo no instante em que sua língua passa entre meus lábios.
O mundo desaparece.
O medo desaparece
Somos só nós dois, nossas línguas emaranhadas, o gemido que vem do fundo de sua garganta, o calor que percorre minhas veias...
- Deus.... – Ele murmura – Que saudades eu estava de você anjo... – Sua voz rouca, baixa e satisfeita ressoa no fundo do meu estômago, que parece agora estar em uma festa rave com um concerto de... borboletas?
Céus!!
– O que foi anjo? – Ele me sorri de um jeito tão reconfortante que eu moraria nesse sorriso.
Sorrio de volta e selo nossos lábios.
— E eu amo você, Poncho. — Confesso, ainda em seus lábios. A declaração sai leve, sem peso algum. — Não saberia dizer quando tudo o que vivi com você se transformou em amor, mas eu te amo. – Digo entre lágrimas novamente e Poncho suspira, emocionado. — Sinto muito se pareci uma idiota por todo esse tempo. Sinto muito por ter demorado a perceber o quão importante você é na minha vida. – Ele me sorri entre lágrimas.
— Há quanto tempo eu quero ouvir isso, meu Deus? — Diz e distribui vários beijos por meu rosto. Não de uma forma esfuziante, mas cuidadosa. Beijo após beijo, espalhados por todo o meu rosto, terminando em um colar de lábios apertados. – Eu também te amo Annie. Muito! Você está me fazendo o homem mais feliz do mundo... – Diz com a voz embargada.
Estávamos um caos. Ambos com rostos banhados em lágrimas a centímetros um do outro.
Ouvimos um ronronar de garganta. E ambos olhamos para o lado vendo os médicos e enfermeiros no quarto – acho que eles nem chegaram a sair. – Na porta vó Judith, Cristian e a lambisgoia.
– Vejam como esta mulher é linda. Ela é o amor da minha vida. -- Ele disse e atraiu ainda mais olhares sobre mim.
-- Alfonso... – Digo sem graça me reerguendo de cima dele e só agora reparando em como ele estava.
Cabelos molhados.
O braço direito enfaixado junto ao tronco.
Sem camisa.
Parecia ter acabado de sair de um “banho”?
Fiquei sem graça.
– Precisamos terminar de arruma-lo senhorita. – Uma das enfermeiras fala. Olho para ela: Alta, peituda, cabelos patinados em um rabo de cavalo. Sério isso?
Alfonso segura minha mão e a aperta, fazendo meu olhar recair sobre ele. Um sorriso maroto pairava em seu rosto.
– Vem cá. – Me puxa gentilmente e sela nos lábios em um selinho demorado. – Sou mais você anjo. – Diz sussurrado e eu sorrio, não resistindo ao beijá-lo novamente.
-- Estarei lá fora. – Digo e ele assente.
Saio do quarto e logo me junto a vó Judith que me abraça.
Sinto seu cheiro de vó, tão serena e reconfortante que novas lágrimas rolam pelo meu rosto.
-- Não chore querida. Está tudo bem.
-- Eu sei ... é que... – Soluço me recostando na parede com sua mãozinha enrugada presa a minha. – São tantos sentimentos aqui.. – Levo minha mão agarrada a dela ao meu peito e ela me sorri.
-- De todos os sentimentos existentes, filha, o amor que você sente pelo meu neto é certamente o mais forte deles. Eu acredito nisso. – Me sorri ternamente.
Gisela sorri em deboche.
-- Pare com isso Gisela. – Chris a repreende, mas ela retruca.
-- Vocês parecem esquecer que foi ela que causou tudo isso ao Poncho...
-- Gisela, não repita mais isso! – Vó Judith a repreende com severidade. Largando minha mão e se dirigindo a ela. – Os únicos culpados pela situação de meu neto, foram aqueles criminosos. Espero que você respeite a namorada de meu neto. Não quero perder meu carinho por você...
Ela sorri em descrença, enquanto me fuzila com o olhar.
-- Vou pegar um café. A senhora quer? – Diz a matriarca quebrando nosso olhar mortal.
-- Aceito um chá, querida. – Ela assente e vem até nossa direção. O perfume enjoado invade minhas narinas.
-- Já volto. – Diz e beija a testa de vó Judith, saindo em seguida sem olhar para mim.
-- Não liga para ela Annie. – Chris vem ao meu encontro. – Gisa é uma boa amiga, pena que é ciumenta pra caralh... aí vó!
-- Olha a boca, menino! – Diz após estapear o braço de Chris. – Vem vamos sentar ali e esperar... Menina o que houve com suas roupas? – Ela me analisa e para o olhar em meu ombro. – Você está machucada... – Diz alarmada e eu logo busco acalma-la.
-- Estou bem vó Judith. Meu dia foi corrido hoje. – Resumo. Ela assente pensativa.
-- Espero que você consiga prendê-los.
-- Irei. Pode ter certeza.
Ela me sorri tristemente enquanto limpa uma lágrima solitária que rolou pelo seu rosto.
Eu faria de tudo para prender todos que causaram tudo aquilo com pessoas tão boas e especiais. Eu não me cansaria até por todos atrás das grades.
Custe o que custasse!
Autor(a): lenaissa
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Uma semana depois. - SURPRESA!!! – Gritos eufóricos surgem pela sala de Alfonso quando ele passa por sua porta. Assim que recebeu alta do hospital, o trouxe para sua casa onde vô Judith e seus amigos prepararam uma recepção de "boas vindas" para ele. Um bem vindo de volta a vida. - Nossa! Que susto. – Ele realmente estava levemente ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor