Fanfics Brasil - Capítulo 63 - Velho cretino!!! Aprendendo a Amar!

Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA


Capítulo: Capítulo 63 - Velho cretino!!!

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Fazem alguns dias que estou praticamente "morando" na casa de Alfonso e nada esta dando certo.


Não tirem conclusão precipitadas, mas vejam bem, eu passei quase dezesseis anos da minha vida morando sozinha sem me preocupar com alguém que dividia o mesmo espaço que eu. E agora, de um dia pro outro eu estava desenvolvendo essa experiência. E pode apostar, não está dando muito certo.


Poncho ainda está com aquela faixa que o impossibilita de fazer as coisas pois o seu braço direito está preso ao corpo. Logo, sua dependência é de noventa por cento. Não que ele esteja reclamando, longe disso.


Ele até finge não se importar quando esqueço de chegar cedo para fazer comida pra ele.


O que não posso dizer o mesmo da sua fatura do cartão de credito, já que ele está pedindo comida com frequência.


Ou quando eu consigo lembrar de chegar cedo, mas simplesmente queimo a comida. Isso nunca aconteceu antes!!


Ou quando esqueço de separar nossas roupas por cor e acabo, sem querer, estragando uma das suas. Ele até rir e diz que vai lançar tendência.


Ou seja, esta tudo dando errado nessa nossa pequena convivência.


- Anjo você me empresta o seu celular?


Ah é, ainda tinha isso... meu carregador foi comido pelo meu cachorro e pedi o dele emprestado, só que esqueci de devolver e acabei esquecendo na delegacia e ele ficou sem celular porque o dele descarregou.


- Está em cima da mesa. – Digo me virando do fogão, já que estava preparando a janta.


Passei os olhos pelo corpo dele e vi que vestia uma camisa cinza que eu tinha manchado de rosa quando lavei junto com uma calcinha nova, e uma calça de moletom preta e velha. Tão velha que sempre que ele a usava, quase ficava pelado, porque o elástico já estava mais do que frouxo.


- Preciso pedir ao Ricardo que venha aqui em casa. O abrigo está precisando de uns medicamentos, preciso fazer o receituário. – Assinto enquanto vejo-o digitar uma mensagem para Ricardo. – Prontinho.


Deixa o celular na bancada e vem ate mim, me dando um beijo casto.


- Desculpa por isso... – Digo a ele apontando com a cabeça para o celular que ele logo entende e sorri amplamente.


- É só um carregador, amor.


Meu coração dava saltos quando ele me chamava assim.


- E por isso. – Aponto para a mancha rosa gigante em sua camisa. Sorrimos.


- Tenho outras.


- Eu amo você, sabia? – Digo a ele que cheira meu cangote sorrindo e logo captura meus lábios.


Alfonso acaricia minhas costas com seus dedos livres, descendo vagarosamente até a lateral da minha bunda, espalmando-a em seguida, apalpando-a com vontade, puxando-me contra a sua ereção. Um som tosto sai da minha garganta quando o sinto e logo movo os meus quadris contra os seus, me fazendo engasgar e gemer em sua boca. Ele sabia exatamente o que estava fazendo comigo porque sorriu contra meus lábios, mordiscando e sugando o inferior antes de se afastar com os olhos castanhos esverdeados fixos em mim.


- Vai continuar me amando se eu for, novamente, a sua distração para queimar o arroz?


Só então sinto o cheiro de arroz queimado e me afasto dele como brasa, correndo para apagar o fogo.


Alfonso gargalha de onde está.


Ridículo!!


O fogo do arroz foi apagado e o meu???


***


- E porque tão cedo? – Poncho me perguntou, em meio a um bocejo. – Conseguiu algo que prenda ele? – Ele estava encolhido no sofá, enrolado no lençol que trouxe do quarto.


- Você sabe que não posso compartilhar isso com você, né? – Ele assente em compreensão e solta mais um bocejo. Eu bocejei também, embora totalmente alerta. Terminei de amarrar o cadarço do tênis branco, olhos meio lacrimejantes após fechar a boca. - Esse negócio é contagiante. Não posso ver ninguém bocejar que preciso imitar!


- Dizem que somente psicopatas não fazem isso.


- Amém! Fico mais tranquila em não ser uma. - Dei uma risada, levantando e pegando meus instrumentos de trabalho. – Qualquer coisa me liga. Ok?


- Que horas você vai chegar? – Perguntou com um sorriso contido, os olhos fixos no meu rosto.


- Não sei Poncho. – Digo voltando a me sentar ao seu lado no sofá. - Na polícia não temos uma rotina estável, tudo depende do rumo dos acontecimentos. Enfim, nada que precise se preocupar. – Passo as mãos em seus cabelos acariciando.


Ele assente enquanto me olha.


Mordo meus lábios tão fortemente que sinto o gosto ferroso de sangue. É uma tensão sexual absurda que paira entre nós dois. É mais poderoso do que antes, quando ficávamos como cão e gato. Nem ele e muito menos eu aguentávamos mais tanto dias sem transar. E viver juntos só estava aumentando nosso tesão. Ainda tentamos dormir juntos por duas noites após ele voltar para casa, mas passou a ser uma tarefa impossível quando quase nos entregamos e ele sentiu dor. Desse dia em diante resolvi dormir no quarto de hospedes, mesmo sendo um sacrifício enorme dormir sem o aconchego dele. A que ponto cheguei.


Mas, poderíamos facilmente colocar fogo num prédio apenas com essa troca de olhar. Aqueles olhos esverdeados não jogavam limpo com minha sanidade.


- Você precisa entender que meu coração é fraco e parar de me olhar desse jeito, Poncho. – Suplico com um fogo queimando entre minhas pernas.


- Trate de fortalecê-lo, pois em breve não pretendo apenas olhá-la. Seu coração precisará estar bem forte para o que tenho em mente.


– Estarei cada vez mais ansiosa para esse momento. – Sussurro pairando sobre ele. O joelho encostando propositalmente em seu membro já duro. – Nem uma samba-canção? – Questiono ao perceber sua nudez sob o lençol. – Você é um garoto mau, Grandão!


Ele gargalha e logo puxa meu rosto para me beijar. O beijo é quente. Ele agarra o meu cabelo e o puxa para baixo... Ofego... meu queixo ergue, fecho os olhos novamente e sou invadida, e devorada sem reservas... Nossas línguas se entrelaçam em uma dança erótica e exigente... não há nada de gentil nesse beijo. Ele está me deixando fantasiar o que acontecerá comigo após sua promessa!


Oh, caralho de homem gostoso!


O beijo aperta e a coisa esquenta... Esse homem tem uma pegada voraz que me deixa maluca... Entramos num esfrega-esfrega meio sem jeito enquanto ofegamos e gememos em sincronia. Minha barriga aperta e o calor entre as coxas começa a gritar de necessidade...


Porém o som do meu celular se faz ouvir pela sala. Sorrio ainda sendo beijada por ele.


- Você vai pagar por isso! – Digo a ele quando me afasto para atender o telefone.


- Estarei aqui, mi amor... – Retruca sorrindo enquanto leva a mão ao pau. Acariciando-se enquanto me vê ao telefone com Maitê berrando do outro lado.


- Eu já estou indo amiga.... eu estava... procurando o sapato. – Rio da risada que ele me dá. Perco a fala quando ele se levanta deixando o lençol escorrer pelo corpo. - Puta que pariu, que saudade... – "saudades de que mulher? O que ta acontecendo aí Annie? Vou entrar..." – O que amiga? Não! Já estou indo. – Digo e desligo o telefone na cara dela. – Você não vale nada... – Digo em direção a cozinha onde ele bebia sua água. – Mas eu te amo mesmo assim!


- Eu também te amo. Muito, amor. – Diz me puxando pelo braço bom. – Cuidado, tá?


Sempre quando saio para trabalhar ele me faz tal recomendação. E sempre me comovo com ela.


- Eu terei. – Selo nossos lábios. – Deixa eu ir se não Mai vai entrar aqui e acho que ela não gostaria de ver esta cena.


- Ela ou você? – Me provoca o cretino!


- Me liga, caso precise de algo, tá? – Ignoro sua provocação e ele sorrir assentindo.


- Ligarei. – Mais um selinho. – Te amo!


- Também te amo! – Digo e finalmente me afasto dele e saio logo em seguida.


Quando chego a calçada Maitê já estava saindo do seu carro.


- Já estava indo atrás de você sua vaca!


- Eu já estava saindo quando Alfonso achou interessante aparecer na sala pelado enrolado apenas com um lençol.


Maitê gargalha enquanto entramos no carro dela.


- Você vai precisar de pomadas para quando tirar o atraso. – Zomba de mim. Alias é só o que essas traidoras que chamo de amigas fazem quando o assunto é o Alfonso Herrera.


- Já comprei um estoque amiga!


Digo e gargalhamos enquanto seguíamos para a delegacia. Surgiram novas informações e faríamos uma batida no tal local.


Olhei o relógio de pulso, verificando que faltava alguns minutos para as cinco da manhã. Uma das coisas que sempre gostei em ser policial era justamente a falta de rotina. Às vezes tínhamos dias tranquilos numa carga horária comum, outras vezes passávamos mais de doze horas na delegacia e ainda ficávamos de sobreaviso, caso algum plantão surgisse. Mas depois de Alfonso isso passou a me incomodar.


- Desde da prisão do Bill, estamos rastreando as contas dele e percebemos um depósito de mais de 5 mil reais a dois dias. Emitimos um mandato ao banco para descobrir quem fez o depósito e descobrimos que veio de uma fábrica na zona portuária.


- E o que tem nessa fábrica? – Perguntei a Jorge, enquanto colocava meu colete.


- Foi uma fabrica de petróleo e gás desativa a mais de quatro anos e recentemente comprada por Rangel e por um homem chamado Cláudio Maldonado, responsável pela atual fábrica de exportação e importação da Genoa.


- Então esse Maldonado é mais uma peça desse quebra cabeça. – Diz Viegas parando ao meu lado.


Que por sinal, havia mudado seu visual, afinal cortou seu coque samurai, agora mantinha os cabelos curtos. Ficou bonito até.


- Então, ele que recebe e exporta as peças dos eletrônico ou ate mesmo os seus aparelhos da empresa. – Maite diz. – Se o deposito na conta do Bill veio da empresa dele há dois dias com certeza é pagamento pelo seu silêncio, já que o infeliz não abre o bico.


- Emiti um mandato. Quero que vasculhem o local. – Ordena Jorge.


- Ok! – Dissemos em unissoro.


Partimos as cinco e vinte da manhã e chegamos ao local em uma equipe de oito agentes. Aparentemente não havia ninguém em volta da fábrica. Nem seguranças, o que achamos estranho, já às vistas, era um local de trabalho legítimo.


- Atenção. – Digo a equipe. – Vocês dois ficam aqui, iremos entrar pelos fundos. – Digo a dois dos agentes. – Qualquer funcionário que chegar segurem, não deixem entrar.


- Vamos! – Diz Viegas. E logo partimos para o fundos da fábrica.


Quando chegamos a entrada dos fundos, havia uma porta fechada que Levy abriu com um pé de cabra que carregava para isso.


Assim que entramos o local estava completamente vazio.


- Se espalhem! – Diz Maitê e logo cada um seguiu um caminho.


Com minha metralhadora em punho segui com cautela. Quando ouvi uma troca de tiros de onde vim. Corri de volta e vejo um homem ser atingido por Viegas que abaixa a arma quando me vê.


- O que houve? – Pergunto a ele enquanto o restante da equipe chega.


- Encontrei ele vasculhando uma caixa, me identifiquei e ele correu depois de atirar em mim, e acertei ele.


- Tá vivo. – Diz Maitê após avaliar o homem no chão. – Aqui é a detetive Aida 2345 e solicito uma ambulância para zona portuária 567. – Se identifica ao pedir socorro ao homem.


- Ok! Fique com ele, enquanto terminamos as buscas. – Digo a Viegas que assente e logo voltamos ao trabalho.


Meia hora depois todos da equipe, Jorge e mais policiais estavam ali vasculhando o local.


Na nossa primeira busca não encontramos nada e ninguém além do cara que Viegas acertou.


- Eles esvaziaram o local antes de chegarmos. – Conclui Jorge.


- Como sabiam? – Questiona Maitê.


Jorge olha para os lados extremamente frustrado, assim como os demais.


- Só pode ser o policial corrupto que reconheceu a Mai quando estava infiltrada. – Informa Levy.


- Agora temos mais essa! – Brada Jorge. – Emitam mandado para a casa de Maldonado, a fabrica está no nome dele e ele tem que responder por isso.


Assentimos e logo partimos para mais uma "batida" nem eram oito horas da manhã ainda.


***


- POLÍCIA!! – Um policial se identifica assim que arromba a casa de Maldonado.


E logo invadimos o local com nossas armas em punho. A casa parecia vazia então logo fomos nos distribuindo pela casa de dois andares.


Vasculhando a casa avistamos alguns papéis suspeitos, que analisaríamos quando a área estivesse limpa. Um barulho oco foi ouvido na parte superior da casa. Maitê, Viegas e eu nos entreolhamos e fomos juntos.


Na parte de cima havia três portas, duas abertas e uma fechada que pela fresta entre ela e solo vimos uma sombra se movendo.


Faço um sinal para meus companheiros dizendo que eu entraria pelo quarto ao lado para ter acesso a janela do quarto onde o suspeito.


Dez segundo foi o tempo que Maitê me deu até eu me posicionar e ela se identificar


- AQUI É A POLÍCIA! – Ouvi-a dizer. – VOCÊ ESTÁ CERCADO! SAIA....


Foi muito rápido, pois ele correu em direção a janela de seu quarto na intensão de fugir por ali, porém eu o surpreendi pelo lado externo.



Foi muito rápido, pois ele correu em direção a janela de seu quarto na intensão de fugir por ali, porém eu o surpreendi pelo lado externo



- PARA!!! – Digo apontando a arma em sua direção.


Ele bufou e se rendeu, no momento em que Viegas arrombava a porta com Maitê e o prendeu.


- Bom trabalho parceira! – Diz Maitê e nos cumprimentamos batendo nossas mãos no ar.


- Esse dia não acaba, não? – Pergunto a ela que me ajuda a entrar de novo na casa.


- Tá com pressa de voltar para casa, querida? – Diz me zombando.


- Eu não! Só quero relaxar mesmo. – Digo a ela que rir da minha cara.


- Sei!


- Vejam isso. – Viegas diz nos mostrando uns documentos que Maldonado estava tentando destruir. – São notas fiscais de peixe grande!


- Caralho! – Maitê expressa ao analisar os nomes na folha. – Olha Alberto Herrera. – Aponta para o nome do pai do homem que amo na lista de entradas e saídas de cargas no porto.


Na lista que conseguimos recuperar havia nomes de políticos, empresários e funcionários públicos do Banco Nacional, todos relacionados com a numeração de carga recebida ou despachada pelo porto, assim como o dia e data das transações.


- Agora temos algo para chegar até Alberto. – Diz Viegas e todos olharam para mim que não dei uma palavra enquanto lia e relia os nomes daquela lista.


- Você está bem? – Pergunta Mai ao meu lado. Assinto para ela.


- Só estou com gana de pegar esse desgraçado. – Digo jogando a pasta em cima da cama.


***


Assim que entrei na sala de interrogatório, Maldonado me olhou. Joguei a pasta com o documento que pegamos na casa dele. Ele olhou, suspirou.


- Esqueceu de destruir este. – Digo me sentando a sua frente, relembrando-o que a sua atividade na máquina de picar papel. – O que tinha nessas cargas?


Ele sorri em escárnio para minha pergunta.


- Eu não sei o que isso. – Diz


- Você não vai querer ir por esse caminho. – O aviso. – O que tinham nas cargas?


- Eu já disse q... – Antes dele terminar sua frase, piso com força na corrente presa no chão que passa por um buraco na mesa de interrogatório para prender a algema dos criminosos que interrogamos.



 – Antes dele terminar sua frase, piso com força na corrente presa no chão que passa por um buraco na mesa de interrogatório para prender a algema dos criminosos que interrogamos



Com a força do pisão os braços dele são puxados em direção ao buraco da mesa e eu aproveito para capturar o dedão dele e torcer.


- Não vou perguntar de novo! – Digo a ele que me olhar com dor assentindo.


- Tudo bem...tudo bem... – Solto ele, no momento em que Jorge entra na sala com uma carranca enorme.


- Responda. O que tinham nas cargas? – Ignoro Jorge e volto ao interrogado.


- Eu só sei de algumas cargas, não de todas. – Olho para ele e aponto para o nome de Alberto. – Esse é um dos que não sei...


- Por que só de alguns?


- Eu dividia com Otávio. Cada um cuidava de alguns clientes. Eu não trabalhei para "esse".


- Você sabe onde está Otávio? – Pergunta Jorge, sentando-se ao meu lado. O cara assente. – Onde?


- Ele vai ter um encontro com um cara que vai passar documentos e dinheiro para ele sair do país.


- Quem?


- Não o conheço, só sei disso, porque ele me avisou para limpar a fábrica e sumir com os nossos documentos.


- Localização e horário.. – Digo empurrando um bloco de notas para ele fazer as anotações.


- Nas cargas que você tinha o controle, o que eram?


- Eu quero meu advogado! – Bufo irritada!


Saio da sala, irritada, porque só poderemos interroga-lo novamente após a chegada de um advogado.


- Você precisa se controlar Anahí. – Diz Jorge atrás de mim.


- Eu só fiz ele falar mais rápido senhor. – Digo impaciente. – Podemos ir prender Alberto?


Viegas, Maite e Levyr saem da sala de escuta e vem até nós.


- Não temos provas concretas ainda. – Bufo mais uma vez. – Só vamos poder pegar ele quando pegarmos Rangel.


- Daqui a dois dias ele terá o tal encontro, será nossa chance de pegá-lo. – Complementa Maitê.


- Sim. Enquanto isso as duas irão até o gabinete do Senador e fazer algumas perguntas. Vamos atiçar as abelhas, fazerem sair da colmeia.


Assentimos e logo Maitê e eu partimos até o gabinete de Alberto Herrera.


Eu precisava me controlar na frente dele, pois do contrário era capaz de enfiar a mão na cara dele.


***


- Detetive Portilla? – Uma mulher trajada com um terninho e uma pasta na mão, nos intercepta assim que passamos pela porta do gabinete. – O senador Da Motta está esperando vocês. Por aqui.


Ela nos guia pelos corredores e nos leva até ele, que nos recebe na porta.


- Boa tarde senhoritas. – Abre caminho para que entrássemos em sua sala. Sinto meu sangue gelar ao passar por ele. – Não sei se poderei ajudar vocês. – Diz enquanto dar a volta na sua grande mesa e se senta. – Eu queria muito, mais tudo o que sei sobre essas cargas é que eu não sabia que eram roubadas.


- Otávio Rangel ligava para você diversas vezes. Daniel Coelho deputado Federal e seu apoiador, além de amigo, foi assassinado após flagramos ele em uma operação com Rangel em um roubo de cargas...


- Ele trabalhava aqui detetive, o que não quer dizer que me envolvo em tudo o que os funcionários desse prédio praticam. – Diz levantando-se e pegando um copo e colocando uísque nele.


- Pode até ser, mas o seu nome apareceu em uma de nossas investigações. – Ele bebe um gole do líquido âmbar e me olha. – Só queremos entender o porque e o que o senhor estava transportando em um dos conterners de uma empresa acusada de roubo e espionagem industrial. – Ele perde o sorriso e me olha com fúria. – Se não se importar é claro. – Trabalho na ironia o que parece enfurece-lo mais ainda.


Mas logo ele camufla a raiva e sorri para mim e minha parceira. E se recosta em sua mesa a nossa frente.


- De maneira alguma. – Sorri. – Além de senador sou um produtor, Alfonso deve ter te contado já que namora ele. – Sorri em escarnio ao ver que me atinge ao falar sobre o filhos. Maitê pigarreia e ele se volta a nós duas. – Minha ex mulher, mãe de Alfonso, era produtora de queijo e eu envio queijos para o país inteiro. E foi uma surpresa saber que essa empresa está envolvida com essas atrocidades. – Dissimula. – E você disse sobre ligações de Rangel... bom ele é um bom comprador... e uma dessas ligações com certeza era para me chamar para tomar uma cerveja depois do trabalho. – Sorri e leva o copo aos lábios novamente.


- Pode ser, ou talvez nas outras varias ligações, ele possa ter ligado para outros motivos.


- Eu sei que vocês só estão fazendo trabalho de vocês – Disse olhando para nós duas. – Que estão atrás de respostas sobre todos esses crimes. Mas para ser bem franco? Depois de tudo o que fiz e faço por essa cidade eu estou um pouco ofendido por estar sob suspeita. Mais do que um pouco. – Diz me olhando com impaciência.


- Nossa intenção nunca foi ofende-lo Senador. – Pronuncia-se Maitê. Ele fica em silêncio me olhando. E eu mantenho o olhar desse filho da puta.


- Tá tudo bem! – Ele se pronuncia e se levanta, Maitê troca um olhar rápido comigo enquanto ele nos dá as costas para voltar a se sentar em sua imponente cadeira. – Eu soube que você anda um pouco estressada após o acidente que sofr...


- Atentado! – Interrompo-o irritada. – Onde seu filho também estava. Por isso descobrirei o mandante custe o que custar e seja quem for. – Digo encarando-o intensamente.


- De qualquer forma eu quero sim colaborar com você, que a justiça seja feita, mas não se você ficar caçando teorias sem nenhum fundamento...


- Eu conduzo minhas investigações do jeito que eu achar melhor, senador. E só quero saber até que ponto a sua relação com Rangel vai além dos queijos...


- Você quer um conselho detetive? Esses rastros que você está seguindo até mim, são uma perca de tempo para você e para mim. Esqueça isso.


- Enrique Puente... - Digo


- Como é que é?


- É o nome do meu pai. – Respondo me inclinando para frente para encará-lo bem de perto. - Você pode se achar o pai de todos dessa cidade, por tudo que fez ou faz por ela... mas não é o meu. Você não vai dizer que pistas eu devo ou não seguir e como seguir. – Ele serra a mandíbula, em um claro sinal de irritação. – Quer o meu conselho Senador? Não tente atrapalhar minhas investigações. Porque vou chutar a porra da sua bunda de uma forma que é capaz do seu coração parar de bater.


Ele me encarava com raiva. Estava nítido que nossa investigação estava-o incomodando. Ele até poderia me delatar pela forma que falei, por soar uma ameaça, mas eu estava pouco me fodendo!


- Acho que é a hora de vocês irem embora. – Diz com caras de poucos amigos, enquanto aperta um botão embaixo de sua mesa e logo dois seguranças entram na sala.


Maitê e eu nos entreolhamos e nos levantamos para em seguida sermos "escoltadas" ate a saída do prédio.


Velho cretino!!!


 



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Autor(a): lenaissa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 392



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  • beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08

    Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3

  • degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23

    Continua

  • beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05

    Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa

  • beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12

    Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss

  • NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50

    Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.

  • NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06

    Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.

    • lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46

      Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!

  • degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09

    Continua &#128591;&#128588;

  • lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31

    Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.

  • Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00

    Continua

  • Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40

    Continua por favor


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