Fanfic: Aprendendo a Amar! | Tema: Rebelde; RBD; Ponny; AyA
Acordei sentindo muitos beijos no meu pescoço, me arrepiando. Os braços de Alfonso me prendiam em seu corpo e seu calor me confortava. Tudo parecia tão em paz que mantive meus olhos fechados, o sexo com ele é a melhor coisa que eu já havia experimentado por toda minha vida. Não era só dois corpos buscando o prazer, é mais... é amor.
— Annie. — Alfonso deu dois beijinhos no meu pescoço — Você precisa levantar, amor. — Me mexi, abri meus olhos lentamente, dando de cara com a parede de vidro de seu quarto, avistando seu lindo jardim.
— Bom dia. — Me virei para ele.
Sempre o achei bonito, mas hoje, nossa, ele era a coisa mais divina que eu já havia colocado meus olhos.
— Bom dia, amor. — Alfonso tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. — Com dor? — Perguntou acanhado.
Depois que acabamos de transar, fomos tomar banho e ainda fizemos mais uma vez no chuveiro antes de dormir. Minhas pernas doíam, minha boceta doía, porra, até mesmo minha bunda doía, mas eu tinha que ser justa. Se fosse para ser fodida daquele jeito, eu ficaria dolorida todos os dias.
— Um pouco. — Contornei seu maxilar com meus dedos.
— Desculpa, se....
— Você não precisa se desculpar, Poncho. Deve se orgulhar por me deixar assada! — Pisquei para ele, e apenas pelo seu olhar eu sabia o que ele ia fazer. Suas mãos tocaram minha barriga antes mesmo que eu conseguisse fugir.
Alfonso me atacou com cócegas que me faziam gargalhar e ao mesmo tempo me contorcer.
— Para, poncho! — Gritei gargalhando.
— Ontem, era “vai, Poncho.”
— Você vai abrir seu ferimento de novo, Alfonso! — Ralho com ele.
Eu não percebi quando ele parou, juntou minhas mãos acima da minha cabeça e me beijou. Um beijo doce e carinhoso. Quando ele se afastou um pouco, ficamos um tempo só observando um ao outro. Alfonso me adora com seu olhar, me fazendo sentir a mais perfeita das pessoas. Eu me sentia pertencente a ele, a nós. Como se nada antes fizesse sentido, e que agora todas as peças do quebra-cabeça estavam entregues a mim e tudo que eu precisava fazer era colocá-las no lugar. Se alguém me dissesse que me apaixonaria por um cara gostoso, tímido e diferente de todos os que já tinham passado por minha vida, eu nunca teria acreditado.
Fomos tirados dos nossos pensamentos quando o alarme do meu celular tocou, indicando a hora de levantar.
— Eu te amo. — Alfonso sorriu, fazendo-me perder o ar como em todas as vezes que me dizia aquilo.
— Eu também te amo, bonitão. — Puxei seu queixo para um beijo rápido. E logo ele se levanta da cama, me permitindo ver seu corpo nu. Foi impossível segurar o suspiro.
— Gostoso demais!! — Ele sorri envergonhado me puxando da cama.
— Hum...obrigado..?
— Só mesmo você, um leão na cama e um gatinho fora dela. — Brinco com ele que gargalha.
Fui para o banheiro escovar meus dentes com ele no meu encalço.
— Culpa sua que me deixa doido. — Sorrio colocando a pasta na escova de dentes que eu agora tinha na casa dele.
— Mas não estou reclamando. Eu ate que gosto. — Comecei a escovar os dentes, e Alfonso pegou sua escova no copinho que ficava ao lado da pia. Com o movimento, seu corpo encostou no meu e foi impossível não sentir seu pau a meio mastro contra a minha bunda. — Acho fofo. — Digo fanha por causa da espuma da pasta de dente.
— Eu já liberei uma parte do meu closet para colocar suas roupas. — No mesmo momento nos entreolhamos através do nosso reflexo do espelho. — Tudo bem? — Perguntou me encarando com expectativa. Confirmei. Cuspi a pasta de dente na pia. — Você não está mudando de ideia, está anjo? — Soltei um suspiro baixinho e neguei com a cabeça, sem acreditar que ele estava realmente pensando aquilo.
— Não mudei de ideia, Poncho. — Inclinei-me, beijando sua boca. — Eu só... Tem certeza que não estamos indo rápido demais? Tenho certeza do que quero, mas e se você mudar de ideia? Perceber que não sou o que você espera? — Ele negou com a cabeça com um biquinho fofo. Ele era tão lindo que quase não consegui conter a vontade de montar em seu colo, acomodando-me no meu lugar favorito.
— Eu não vou mudar de ideia, Annie. — Seus lábios deslizaram por meu pescoço. — E eu espero que você continue sendo exatamente você. Me apaixonei pelo seu jeitinho, sua personalidade e amo cada vez mais a cada nova descoberta. Não tem a menor possibilidade de arrependimento, amor. E outra, Annie, você quase não volta para seu apartamento, estamos praticamente vivendo juntos nesse mês.
— Sei disso, mas também sei que estou tornando sua vida um pouco complicada com minha rotina. — Ele ri baixinho.
— Isso não é um problema amor. Aprenderei a conviver na sua bagunça. O amor é feito disso, não é? Os dois cedendo para fazer dar certo. — Senti seus dedos deslizarem por minha pele. — E nada que contribua para você se tornar cada vez mais minha é ruim. — Ganhei um beijo na testa. — Você precisa estar pronta para quando eu pedir para se casar comigo, não quero ouvir um não na hora que me ajoelhar.
— Alfonso! — Ofeguei, empurrando o bonitão que ria da minha cara.
— O quê? É a verdade, Annie. — Disse divertido. — Um dia você se casará comigo.
Passei o braço em volta da sua cintura, fui praticamente me encurralar entre ele e a bancada da pia do banheiro.
Eu não seria louca em não aceita-lo!
— Sim, eu me casarei com você.
Sela meus lábios com carinho.
Baixou a cabeça, fitou meus olhos. Acariciou meu rosto, terno, observando-me muito.
— Você tem ideia do quanto é linda?
— Você não me deixa esquecer. — Provoquei.
— Acho que estou fazendo o certo então. — Era gostoso demais ficar assim. Apertei-o um pouco mais. — Agora vá tomar seu banho, amor. Se não serei novamente culpado pelo seu atraso. — Beijou meu ombro, antes dele ir escovar os dentes e eu partir para o chuveiro.
***
Estávamos em dois carros: eu e Maitê no meu e Viegas no dele, logo atrás.
Os caras dirigiam que nem loucos pela via, com pouca movimentação por causa do feriadão.
– Tenta acertar os pneus!! – Grito para Maitê que entende e se debruça na janela, sem antes enrolar seu braço no cinto de segurança.
Os tiros cortam o ar e acertam a lataria do carro. No volante eu tento fazer o carro ficar a direita deles para minha parceira ter uma mira suficiente para acertar o pneu traseiro do lado direito deles. Não mais que sete tiros depois ela acerta, fazendo o carro deles rodar na pista e bater de lado em uma arvore.
Acontece muito rápido, três homens saem do carro munidos de metralhadoras e um deles atira em nossa direção no momento exato que eu freava meu carro para capturá-los. No instinto, nos protegemos como podíamos atrás do veículo, o que deu tempo suficiente para eles conseguirem correr fugindo. Assim que eles param de atirar correm em direção contraria, na verdade cada um tomou um direção.
– Eu pego o Luiz! - digo e corro na direção dele enquanto Mai e Viegas atrás dos outros.
Corro em sua direção e vejo pular um gradeado, analiso se há possibilidades de mirar e atirar nele, mas estávamos uma área em que tem muitos civis e eu não poderia arriscar, mas o infeliz não pensava o mesmo e logo ele vira e atira em mim com a metralhadora. Me escoro atrás de um carro que passa a ser o alvo das balas. E quando ele para e volta a correr eu analiso rapidamente o interior do carro para ver se não tinha feridos. Volto a correr atrás dele, que entra em um carro abandonado por um dos motoristas que deve ter se escondido pelos tiroteios.
Porém antes de entrar ele volta a atirar e eu consigo me esconder em um tronco grosso de árvore. E quando ele entra eu atiro, as balas atingindo a lataria do carro e ele acelera.
Insanamente me viro para o lado oposto do tronco da arvore e vou para a rua a frente do carro e atiro, mas ele não diminui a velocidade, então sem alternativa me jogo no chão rolando para o lado e saindo da frente do carro. Deitada no asfalto, volto a descarregar minha pistola na direção dos pneus e ele perde a direção batendo em outro carro parado a sua frente.
Levanto e com uma mão descarrego o pente enquanto com a outra já pego outro engatilhando na pistola. Tudo isso indo em direção ao carro. Porém o infeliz da ré para tentar me atingir, volto a atirar, andando para trás. Em uma rápida olhada para trás vejo outro carro parado no meio fio há minhas costas.
– Oh merda!!! – Para não ser imprensada por ambos os carros me atiro para trás caindo em cima do capô no exato momento que o carro de Luiz vira e colide no que eu estava em cima. Para minha sorte – eu acho – o lado da janela do motorista foi que colidiu, então apontei minha armar na direção dele.
– Luiz Rivas?! Está preso por espionagem industrial! – Digo apontando a arma a ele que bufa. – Mãos no volante!
Assim que ele faz, retiro a algema do compartimento e prendo as mãos dele entre o volante. Só assim respiro aliviada e me jogo de volta ao capô, deitando e respirando fundo depois uma quase morte.
***
– Muito bem. – Digo me sentando na mesa de interrogatórios na DP. – Luiz Rivas, sabemos da sua participação no roubo de cargas eletrônicas para realizar espionagem industrial...
– Eu não sei do que...
– Ah, você sabe! – Diz Maitê jogando uma pasta que desliza sobre a mesa e ele a segura com as mãos algemadas. – Temos informações que você comprou um grande lote de dispositivos fabricados por Otávio Rangel para espionar seus concorrentes... como é o nome mesmo? – Ela diz olhando para mim sarcasticamente.
– Cartel de Drogas Lta? – Sorrio. – É assim, né? Que vocês se denominam, Luiz Rivas? Gerente de uma rede de restaurantes mais que por trás lava dinheiro e distribui drogas pelo país... Mas teve concorrência. Descobriram seu esquema e você começou a espioná-los para ... como se chama mesmo? – Faço o mesmo que Maitê, que me sorri.
– Passar a pena neles. Sabe.. muito inteligente essa rede de espionagem de vocês. Mas sabe, quando pegamos um... logo pegaremos o resto. Então acho que colaborar com a polícia vai tirar alguns anos valiosos da sua sentença. E olha, o legal disso tudo, temos uma equipe atrás de seu concorrente e daqui a pouco ele entra pela mesma porta que você entrou e acho que ele não vai pensar duas vezes em fazer um acordo e abrir o bico. E o seu acordo... – Aponta para a pasta que jogo na mesa. – Vira fumaça!! – Diz e o cara bufa irritado.
Com o acordo que fizemos com o advogado de Maldonado, conseguimos chegar a Luiz Rivas e algumas outras pessoas importantes envolvidos no esquema de Rangel. Este por sinal ainda não deu as caras. Desde que Maldonado nos informou sobre a fuga que ele fará com o David Costa, o cara que falsifica documentos, botamos agentes a paisana na cola dele e do local onde Rangel se encontrará com ele.
E enquanto não pegamos o cretino, desmontamos os demais esquemas do qual ele vendeu seus “produtos”. Alberto seguia sua vida tranquilamente, como se não estivesse envolvido em nada. De fato, sem Rangel nada poderia ser feito contra ele. Mas seria uma questão de tempo.
***
Saímos da sala de depoimento com mais um acordo e com novas informações sobre de contrabandos e mais uma acusação nas costas de Otávio Rangel.
– E ai, queridas? Vamos a um barzinho? – Dul chega ao nosso departamento enquanto nos arrumávamos para fechar o expediente.
– Não vai dar meninas, Tenho que ir ver como está Alfonso?
“Hummmmm”
Me zoam rindo.
– A pega e não se apega virou dona de casa!
– Vai pro caralho, ruiva do capeta! – Digo rindo empurrando-a que gargalha. – Não é nada disso...
– Pois não parece Barbie... – Ela zomba pendurando no meu pescoço. – Diz aí Mai... nossa Barbie periguete se enlaçou.
– Ai Dul, pior que nem posso criticá-la...
– Como assim? – Dul e eu dizemos juntas.
– O Levy me pediu em casamento.
– O QUE??????? – Gritamos
– É sério, meninas. Ele me pediu ontem...
– E você aceitou? – Pergunto incrédula.
Maitê faz mistério e eu taco a mão no braço dela.
– Ai sua louca!
– Responde Maitê! Você aceitou?
– Claro que aceitei. Vocês já olharam para o Levy?
– Mas do que devíamos. – Foi Dul a responder se jogando em minha cadeira. – O que eu vou fazer sendo uma loba solitária agora? – Resmunga. Mas minha atenção está toda para Maitê.
– Você tem certeza disso amiga? É um passo importante...
– Annie, se o Poncho te pedisse em casamento agora você não aceitaria? – Me calo. Certeza eu não tinha, mais havia uma maior probabilidade de aceitar, sim. – Então comigo e Levy não é diferente. Sem falar que nos conhecemos há um par de anos...
– Por que homens assim não aparecem para mim? – Dul continua com suas lamentações..
– Ai amiga... – A puxo para um abraço. – Essa notícia me assustou um pouco mais estou feliz por vocês...
– O que? Annie ela vai casar!! Vai nos deixar na pista...
– Na verdade Ruiva já deixamos a pista a algum tempo... – Digo rindo da cara de indignação dela. – E essa notícia merece uma comemoração...
– Com vários homens pelados e bebidas...
– Dulce isso não é uma despedida de solteira...
– AINDA. – Reforça ela.
– Despedida de solteira? – Viegas chega até nós, me olhando.
– Da Mai. – Me apresso a responder.
– Ah! – Ele pigarreia e olha para minha amiga. – Parabéns Mai. Quem será o felizardo?
– Acredito que esteja falando sobre mim? – Diz Levy se debruçando no pescoço de Viegas que sorri e dá dois soquinhos no peito de meu amigo.
– Estou feliz por vocês! – Viegas diz e ambos trocam olhares e sorrisos apaixonados.
– Há tempos tento fisgar o coração dessa morena. – Levy abraça Maitê que sorri envergonhada.
Eu não acreditaria se não estivesse vendo.
E não acredito vendo Maitê Perroni envergonhada pelo elogio de um homem.
– Ai deixem dessa melação toda. Está me dando urticária... – Dulce finge se coçar causando riso aos demais.
– Vocês estavam falando de uma despedida de solteira? – Levy questiona me olhando.
– Não era sobre uma Despedida de Solteira. Mas sim sairmos nós três para comemorar...
– Meninos fora? – Levy questiona curioso.
– Hoje sim Ken. – Dulce responde.
– Ken?? Da onde saiu isso Dulce?
– Fala sério Levy, você é a cara do ator que vai interpretar o Ken nas telinhas... – Diz e arranca uma gargalhada de Viegas, que recebe um soco do amigo.
– Ah qual é? Ela foi criativa dessa vez. – Diz Viegas fazendo-nos rir novamente. – Abre uma exceção hoje meninas? Deixe-nos participar da comemoração.
Olhei para Maitê meio no desespero. Claro que a decisão era dela, a final seu noivo estaria incluído. Mas sair junto a Viegas enquanto Poncho ficaria em casa não parecia o certo.
Mais ainda bem que tenho a melhora amiga possível.
– Hoje não rapazes! A noite será só das meninas. – Decreta e Levy assente dando um beijo casto nos lábios de Maitê.
– Se você quiser cara, podemos ir para minha casa assistir a final da NBA. O que acha?
– Fechado! Que o Stephen Curry conquiste sua 4ª conquista seguida.
Eles se afastam assim que Levy beijas os lábios de Maitê e se despede, nos deixando a sós novamente.
– Você acha que o Viegas ainda sente algo por você? – Dulce me pergunta ainda na minha cadeira.
– Se sentir, só terei a lamentar. Vamos? Tenho que passar na casa do Poncho para ver como ele está e encontro vocês no Devanno’s? – Digo me referindo ao bar que frequentávamos.
– Fechado. – Responde Maitê. – Manda um beijo para meu cunhado.
– De uma coisa eu não tenho que reclamar de vocês... – Dulce sorri travessa enquanto se levanta. – Escolheram bem pra caralho os meus cunhados! – Sorri abraçando Mai e eu pelos ombros. – Vamos vadias que tenho homens a caçar hoje!
Gargalhamos com mais uma das loucuras de Dulce Maria!
***
Assim que chego “em casa” sou recebida por Bartolomeu que faz uma das suas habituais festas quando me vê. Saio do carro e quase caio com ele pulando em cima de mim.
– Oi filhão! – Acaricio suas orelhas enquanto recebo latidos e lambidas. – Sentiu saudades da mamãe?
Me dirijo até a porta e escuto conversas animadas. E assim que passo pela porta vejo Alfonso jogado em uma das poltronas, Christopher e Gisela jogados no outro sofá assistindo a um jogo de basquete. Gisela estava até uniformizada com uma camisa azul com detalhes amarelos nas bordas com o número 30 e um nome Curry nas costas. Christopher não estava diferente.
Reviro os olhos, pois ambos não me descem!!
– Boa noite! – Digo a contragosto a eles e Poncho vem até mim.
– Boa noite amor. – Sela meus lábios. – Como foi seu dia?
– Todo dia quando chegar vou encontrá-la aqui?
– Eles gostam desse esporte e vieram me fazer companhia, logo uniram o útil ao agradável.
– Você não se incomoda né, Annie? – A vaca me questiona, apoiada nas costas do sofá enquanto me olhava.
– A casa não é minha Gisela!
Digo e saio da sala indo em direção a cozinha. Ainda escuto Alfonso repreende-la de alguma forma.
Se ele não vê as intenções dessa cobra não sou eu que o alertarei!
Sou mais do tipo “Eu avisei”.
E quando esse dia chegar, ele vai querer nascer de novo para refazer suas “amizades”.
– Anjo, não fica chateada eu...
– Não estou Alfonso. – Digo abrindo a porta da geladeira pegando uns frios e uma garrafa de suco de laranja.
– Claro que está. Está me chamando de Alfonso. – Afirma.
Paro de montar meu sanduíche e olho para ele.
– Não estou chateada Poncho. São seus amigos, ponto. Você os encontra onde e quantas vezes quiser. – Digo e volto a fazer meu lanche.
– Ok. – Pigarreia. – Vou pedir pizza para acompanhar o jogo, você gosta de portuguesa, né? – Pergunta me analisando morder meu sanduíche.
– Não precisa. Vou sair hoj...
– Sair? Hoje? Eu não sabia que você... é a trabalho?
– Por que? Só posso sair a trabalho, Poncho? – O questiono ironicamente. Ele arregala os olhos e cessa o espaço entre nós.
– Não. Claro que não, anjo! Só fiquei curioso, pois você não me disse nada...
– Estou dizendo agora, não estou? – Digo colocando o copo no balcão e dando mais uma mordida no meu sanduíche.
– Ok. – Ele se afasta contrariado. – Quer que eu faça mais um para você? – Pergunta receoso.
– Não. Não precisa, já estou satisfeita com esse. Vou terminar de comer lá em cima, e me arrumar – Pego o copo e o restante do sanduíche. – Não deixe seus amigos esperando. – Debocho e saio da cozinha dando um beijo casto nele.
Eu sabia que a raiva sempre me tornou uma pessoa irracional, e recentemente descobri que o ciúmes também. Principalmente da vadia da Gisela, que agora gargalhava na sala com uma pipoca tacada por Christopher em sua direção.
Subi plenamente. Sem dar a ela motivos para novos embates.
***
Saí do banheiro alisando a calça de linho bege de cintura alta que vesti, combinando com um cropped preto com decote quadrado que deixava três dedos da minha cintura de fora.
Encontrei o olhar de Alfonso que eu confesso que dei uma cambaleada.
Seu olhar era intenso, daqueles que parecem te despir só com o fogo por trás dos olhos brilhantes.
– Já vai?
– Sim – Me aproximei, pegando a minha bolsinha preta que estava perto dele. A segurei pela alça e grudei os meus olhos em Alfonso.
– Você gosta de me torturar, né? – Ele se aproximou mais dois passos e senti o corpo dele bater contra o meu.
– Uhum... Você se apaixonou por mim já sabendo disso. – Brinquei, abrindo a boca para respirar, porque aquela simples ação se tornava um pouco difícil ao lado daquele homem.
– Pois é.
– Pois é.
– Não vai mesmo me dizer, onde e com quem vai sair? – Diz sussurrando na pele de meu pescoço.
– Não. Eu só preciso me divertir um pouco... – Gemo com uma mordida que levo na clavícula.
– Com quem?
– Vai ter que confiar em mim. – Digo e o puxo pela nuca para beijá-lo com vontade, sem me importar de literalmente esfregar meu corpo no dele, ficando muito satisfeita quando senti sua ereção em minha barriga. Sua língua se entrelaçou na minha, as mãos grandes me pegaram pela cintura, nos aproximando ainda mais. Desci uma mão pelas costas dele, adentrando pela lateral até tocá-lo, resvalando minhas unhas pela pele e escutando um gemido baixo escapar de seus lábios.
– Eu confio. – Diz mordiscando meus lábios ao finalizar o beijo.
– Eu sei. – Sorrimos um para o outro.
– Bom passeio, amor. – Ele colou os lábios nos meus novamente em uma caricia carinhosa.
E logo sai daquele quarto, antes de desistisse da ideia de comemorar o pedido de casamento de Maitê com minhas amigas.
Autor(a): lenaissa
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 392
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beatris_ponny Postado em 24/02/2024 - 17:01:08
Sinto muito pelo seu pai :( mais que bom que voltou, ansiosa por esse final <3
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degomes Postado em 23/11/2023 - 21:51:23
Continua
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beatris_ponny Postado em 17/04/2023 - 00:56:05
Eitaaaaaa que o trem tá bom dms, continuaaaa
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beatris_ponny Postado em 09/08/2022 - 06:18:12
Cara to amando essa fic li ela toda em 2 dias e já tô viciada, e querendo novos capítulos, então por favor posta maisss
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NoExistente Postado em 08/07/2022 - 23:10:50
Ei, fico contente de que esteja de volta. Esses amigos do Poncho bem que podiam dar uma mudada, porque pqp viu. Mas Go Any, Go.
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NoExistente Postado em 14/06/2022 - 15:25:06
Tome seu tempo. Descanse e aproveite. Sua história é bem cativante. Obrigado, li tudo em uma madrugada.
lenaissa Postado em 04/07/2022 - 22:22:46
Obrigada amore!! O apoio dos leitores é sempre um pilar para mim. E me motiva um pouco mais!
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degomes Postado em 12/06/2022 - 21:55:09
Continua 🙏🙌
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lenaissa Postado em 06/01/2022 - 12:44:31
Boa tarde amores!!! Quase um ano sem postagens :( Me desculpem por isso! Mas minha vida correu mais do que minhas pernas puderam aguentar. Aos pouquinhos vou retomar com a Fic (aproveitar minhas férias para isso). Espero ainda ter o apoio de vcs, apesar da minha falta. Um bjo no coração de cada um.
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Beca Postado em 02/11/2021 - 10:53:00
Continua
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Beca Postado em 18/06/2021 - 09:07:40
Continua por favor