Fanfic: Você está livre hoje?HOT- Adaptada-AyA | Tema: AyA- Ponny

O pânico começou a me dominar. Pelo tom de sua voz, soube que sua ameaça não era brincadeira. Eu não tinha a menor ideia de qual seria a reação de Kuno, mas com certeza não seria boa, ainda mais com a discussão que acabamos de ter.

- Quem era? - Kuno perguntou, ainda de costas.

- Não sei, desligaram assim que atendi, deve ser trote - respondi me levantando e calçando os chinelos - Vou tomar uma água e um remédio pra dor de cabeça.

Kuno não disse mais nada e eu saí do quarto com o coração nas mãos. Quem Alfonso pensava que era pra me tratar assim? Ele iria me escutar, se ele fosse contar algo ao Kuno, eu diria tudo à Zoraida.

Cheguei na cozinha e Alfonso estava parado, escorado no balcão, com o lenço que o dei em mãos. Arregalei os olhos, ele realmente estava falando sério.

- O que você quer? - perguntei séria, cruzando os braços.

- Não quero que ele te toque - respondeu também sério.

- Ele é meu namorado, esqueceu? Por acaso estou te proibindo de ter algo com sua namorada?

- Quantas vezes preciso te dizer que Zoraida não é minha namorada?

- Como você se atreve a negar depois do que eu vi hoje?

- Isso não se compara com o que eu vi - disse dando um passo em minha direção.

- Pois não posso fazer nada, ele é meu namorado - eu disse dando um passo pra trás.

- Não me lembre disso - deu outro passo - Não me faça lembra que eu vi ele te dando um beijo.

- É isso que os namorados fazem, não? Tanto cozinham juntos quanto se beijam - dei outro passo e acabei me batendo com a geladeira.

- Que diabos! - ele disse exasperado e a poucos passos de mim - Zoraida não é minha namorada! É minha amiga de infância.

- Olha que coincidência, Kuno e eu também nos conhecemos desde pequenos.

- Agora entendo porque você veio até mim - disse sarcástico colocando suas mãos na geladeira, ao lado da minha cabeça.

- Como você ousa! - estendi a mão pra acertar um tapa em seu rosto, mas ele segurou minha mão.

- Você sabe que é verdade, se ele cumprisse com suas obrigações, você não precisaria ir atrás de outra pessoa.

- Foi uma idiotice da minha parte que agora me arrependo - disse me soltando, mas ele logo prendeu meus braços.

- Você se arrepende mesmo? - perguntou a milímetros dos meus lábios, com sua respiração quente - Tem certeza? - acariciou suavemente meu pescoço, colocou uma das mãos em cima de um dos meus seios, massageando-o enquanto me olhava nos olhos.

- Chega, por favor - disse em um fio de voz, meu corpo estava reagindo aos seus toques e eu não podia controlar.

- Quer mesmo que eu pare? - sussurrou em meus lábios enquanto descia sua mão em direção à minha bunda a apertando e colando nossos corpos, juntando nossas intimidades.

- Alguém pode aparecer - disse com dificuldade.

Sua reposta foi lamber meus lábios e levantar minha perna na altura de sua cintura para roçar nossos sexos suavemente, sem deixar se me olhar. Um gemido escapou de mim, não tive como reprimir, ele me fazia perder completamente os sentidos e ainda que minha cabeça dissesse que isso era loucura, meu corpo dizia o contrário, não tinha forças o suficiente para detê-lo.

Nos beijamos e ele introduziu sua língua deliciosa e ansiosa em minha boca e a mesma a recebeu com a mesma ansiedade. Ele colocou ambas as mãos em minha bunda e eu enlacei as pernas em sua cintura, ele me pegou e começou a andar comigo enquanto beijava meu pescoço, senti que minhas costas bateram em uma porta e como pude, a abri voltando a beijá-lo, entramos e ele me colocou em cima de alguma coisa. Ele se separou, acendeu uma luz e então me dei conta de que estava sentada em cima de uma máquina de lavar, dentro de um pequeno quarto.

Ele voltou para o meu lado e me beijou apaixonadamente enquanto suas mãos soltavam os cordões da minha calça de moletom, após tirar minha blusa. O beijei e retirei sua blusa, me esquecendo completamente de onde estávamos. Terminamos de nos despir e ele beijou meus seios enquanto pegava uma camisinha, para logo em seguida abri-la e colocá-la, me penetrando com urgência. Nos beijamos para abafar os gemidos e começamos a nos mover rapidamente, minhas pernas ao redor de sua cintura. Separamos nossos lábios e nossos narizes se roçavam, nos olhávamos nos olhos e continuávamos nos movendo, nossos gemidos se misturavam e ambos sorríamos de vez em quando, submergidos no enorme prazer que estávamos sentindo. Nesse momento só existia ele, eu e o fogo da paixão. Senti que chegava ao orgasmo e ele me beijou pra abafar meu grito, se movimentou mais algumas vezes e também chegou ao ápice, voltando a me beijar. Nos abraçamos e senti seu peito subindo e descendo rapidamente com o meu.

- Nada te faz sentir como eu faço e nada jamais poderá fazê-lo além de mim. Sou o único que conhece o mapa do seu corpo e sabe exatamente como fazê-lo - ele disse me apertando mais no abraço e acariciando minhas costas.

- Eu sei, mas isso me assusta - disse envergonhada.

- Não precisa temer nada, Annie - respondeu se separando só o necessário para me olhar.

- Isso é uma loucura, Alfonso.

- Sim, a melhor loucura que eu cometi na minha vida.

Coloquei minhas mãos em seu rosto e o beijei delicadamente, ele me correspondeu da mesma maneira, depois de alguns minutos nos separamos e nos vestimos em silêncio.

Quando os abrir a porta, ele me puxou pela mão, me fazendo voltar.

- Não deixe que ele te toque, por favor.

- E você me prometa que não vai tocar ela.

- Não estamos no mesmo quarto, somos só amigos, mas eu não poderei dormir sabendo que ele dorme com você.

- Nós só dormiremos, eu prometo - lhe dei um último beijo e saí.

Saí da sala me sentindo nas nuvens, jamais imaginei que essa aventura poderia ser tão excitante, mas eu estava assustada com o que estava sentindo, eu estava começando a desejar que o que nós tínhamos deixasse de ser só sexo, meu coração queria quebrar a terceira regra.

Subi as escadas cuidadosamente e ao chegar lá em cima, vi que Zoraida saía do meu quarto.