Fanfic: Você está livre hoje?HOT- Adaptada-AyA | Tema: AyA- Ponny

O comentário de Alfonso havia acabado com a conversa. Pensando melhor, esses telefonemas de Kuno eram muito estranhos, eu sabia que ele estava me escondendo algo. Talvez fosse uma amante, não sei, mas alguma coisa não me cheirava bem. O analisei por alguns segundos tentando descobrir o que era.

Depois que terminamos o jantar, fomos assistir televisão. Houve um instante em que fui à cozinha atrás de um copo de suco e Alfonso veio atrás de mim.

- Por favor, fique esta noite comigo, é a nossa última noite aqui, na segunda eu viajo pra Londres pra ver um novo hotel e só volto alguns dias antes do casamento da Mai - me pediu parando em minha frente com cara de cachorro abandonado.

- Mas, Alfonso, como você me pede isso? O que eu vou dizer ao Kuno?

- Não sei, inventa uma briga boba e diz que vai dormir em outro quarto, por favor - suplicou tanto em palavras quanto com o olhar.

- Não sei, Alfonso... é difícil.

- Não é mais do que dormir sem você. Annie, por favor - insistiu segurando minha mão.

- Olha, vamos fazer assim: eu vou subir e quando ele dormir, eu vou. Ele tem oo sono muito pesado e não vai se dar conta.

- Tudo bem - aceitou com um enorme sorriso enquanto acariciava meus dedos.

- Gente, vou dormir - disse Zoraida entrando na cozinha, separamos as mãos abruptamente e a olhamos assustados.

- Até amanhã então, tenha doces sonhos - Alfonso disse carinhoso e eu o olhei séria. Saí da cozinha depois de me despedir dela.

Kuno estava sentado no sofá trocando os canais. Zoraida passou, se despediu dele e subiu, Alfonso saiu da cozinha e se sentou no outro sofá sem dizer nada. Minutos depois, Kuno se levantou e o entregou o controle da televisão.

- Está tarde, vamos dormir, Annie - disse me olhando.

Alfonso me olhou suplicando e Kuno não percebeu porque estava de costas para o mesmo e então me lembrei dos telefonemas.

- Estou sem sono, aliás, tenho que lavar os pratos, quero deixar tudo pronto pra amanhã.

- Tudo bem, mas não demore - se inclinou para me beijar, mas abaixei a cabeça e ele beijou minha testa - Alfonso, você não vai?

- Sim, mas preciso tirar algumas coisas do carro.

- Bem, boa noite - disse e subiu as escadas.

Alfonso continuou sentado e quando escutou a porta do quarto sendo fechada, sorriu pra mim e veio em minha direção.

- Obrigado, senhorita limpeza.

- Engraçadinho. Vai pra cozinha, anda.

Ele segurou meu rosto e beijou meus lábios, depois pegou minha mão e entramos na cozinha. Coloquei o avental e comecei a lavar a louça, enquanto ele estava ao meu lado.

- Me fala mais de você - ele disse colocando as mãos nos bolsos da calça.

- O que você quer saber?

- O quê você quiser me contar.

- Está bem, mas... - suspirei, tinha que tirar uma dúvida que tinha desde que havíamos nos conhecido - Você pode me responder uma coisa antes?

- Claro, pergunte o que quiser, as regras já não existem - deu de ombros.

- Por que um cara como você tem um... passatempo tão... diferente?

- Você se refere à quê? - perguntou confuso.

- A forma que nos conhecemos - disse olhando o prato pra não olhá-lo - Por que você faz isso? Se não é por dinheiro, que claramente não é o que falta pra você, também entendo que te dá prazer, mas, não seria mais fácil conseguir uma namorada ou marcasse de se encontrar com alguém? Por que tem que ser assim? Por que essas regras existem?

- É complicado, Annie - suspirou - assim como você, um amigo meu da Universidade me deu o telefone de uma mulher e me explicou que se tratava do assunto - olhou o chão um tanto envergonhado - acredito que era a primeira vez que falava sobre com alguém - ele me disse que era o tipo de "sociedade secreta" somente participavam pessoas da alta sociedade. Um dia, por curiosidade, acabei telefonando para mulher e... bem eu gostei desse negócio de não saber quem era o outro. Às vezes eu ligava, às vezes ela me ligava - me olhou fixamente enquanto eu processava informação e eu fiquei com raiva só de pensar que ele havia ligado para alguém - Agora me diz você, quem realmente te deu meu telefone? Não se ofenda, mas você não se encaixa no padrão das mulheres que estão acostumados a fazerem isso.

- Quem me deu seu telefone foi uma mulher, no banheiro de um bar, não sei como ela se chama e vagamente me recordo dela - fiquei envergonhada, ele soltou uma risadinha e balançou a cabeça.

- E por que você me ligou? Era muito arriscado.

- Eu sei, imaginei muitas coisas mas... - suspirei - o dia que te chamei era meu aniversário, meu pai estava em uma viagem, minha mãe em Los Angeles, e, para variar, Kuno teve que trabalhar até tarde, então vi que eu estava sozinha. Por casualidade, encontrei um cartão com seu número e depois de pensar várias vezes te liguei.

- Então, vejo que a quarta regra foi quebrada...

FIM DA MARATONA.

eai o que vocês acharam? Qual é a opinião de vocês referente ao Kuno, será que ele tá traindo realmente a Annie e qual seria os palpites de vocês?

Aya cada vez mais envolvidos e claro apaixonados.

ainda tem muitas surpresas por vim. Espero que tenham gostado .

bjs bjs