Fanfic: Você está livre hoje?HOT- Adaptada-AyA | Tema: AyA- Ponny

Era uma tarde de sexta-feira. Depois de sair da agência, fui ao shopping, por insistência de Alfonso que não se conformou com as fotos que eu havia mandado e queria me ver pela webcam. Ia comprá-la e iria olhar também um vestido pro casamento de Maite. Saí da loja de eletrônicos e fui atrás do vestido, mas não encontrava nada pra mim. Decidi subir pro segundo andar e peguei a escada rolante e acabei parando na frente da vitrine de uma loja de sapatos.

Escutei alguém gritar meu nome, olhei pra trás e vi Lauren que corria até mim segurando um urso de pelúcia que me era bem familiar, levantei o rosto e vi, de mãos dadas, Dulce e Kuno. Ele com cara de surpresa, ela com um olhar superior.

- Tia Annie - Lauren abraçou minhas pernas.

- Oi, pequena, como você está? - disse me abaixando para olhá-la.

- Bem. Olha o que o meu novo papai me deu - disse me mostrando o urso de Las Vegas.

- Que lindo - acariciei seus cabelos.

- Oi, Annie, que surpresa te encontrar, você não me disse que viria - Dulce disse em tom sarcástico - Ah, você me disse! Acabei esquecendo, você sabe, muito trabalho. Mas que bom que nos encontramos, já estava cansada de mentir.

- Anahí, me deixa explicar - Kuno soltou a mão dela e eu fiquei ereta.

- Não, você não vai dizer nada, quem vai falar sou eu - Dulce interveio - Já estava na hora de contar a verdade, meu amor, dez meses de traição é muito tempo, não acha? E como você não terminou logo com ela, eu tive que tomar uma atitude.

- Como você pôde? - perguntou irritado, olhando-a.

Eu simplesmente não sabia o que dizer.

- Não tive outra escolha, você disse que na viagem terminaria com ela e não terminou. Eu cansei de te dividir com ela, de ser a outra, de ficarmos escondidos nos fins de semana. Sim, Annie, essas viagens de trabalho eram na minha casa, das sextas aos domingos, às vezes até no meio da semana - disse aumentando o tom de voz.

- Cala a boca, Dulce.

- Não, Kuno, não vou calar. É assim, Annie, essas viagens do nada eram na minha casa. Se lembra daquela vez que eu falei que estava deprimida e me encontrei com um amigo aqui no shopping? Pois era Kuno, desde então me apaixonei por ele e fui correspondida. Você é o problema, a namoradinha perfeita - disse com desdém - No começo eu aceitei, mas com o tempo, meu desejo de estar com ele só aumentou ao ponto de fazê-lo escolher. Ele escolheu à mim, preferiu à mim, no seu aniversário, era comigo que ele estava. Isso é amor, Annie, e não o que ele diz sentir por você.

- Você me disse que estava doente e que não podia cuidar da Lauren, por isso fiquei com você - ele disse surpreso.

Ao que parecia não conhecia esse lado obscuro dela.

- Kuno, chega de mentiras, eu disse isso pra você ficar comigo, mas ao chegar na minha casa, você se deu conta de que eu estava bem e não foi embora, pelo contrário, ficou a noite toda comigo, na minha cama. Não tenho que dar detalhes, certo, Annie? Suponho que você saiba do que estou falando e eu quis só pra mim. Até pelo telefone fizemos e foi sensacional. Sim, Annie, durante sua viagem era comigo que ele falava no telefone e sentia tanto minha falta, que durante as noites me ligava só pra transarmos pelo telefone enquanto você dormia.

- Cala a boca! - Kuno gritou - Olha bem o que você fala, tenha respeito ao menos pela sua filha que está presente - ele a pegou pelo braço.

Algumas pessoas pararam para olhar o escândalo.

- Eu cansei, Kuno - gritou de volta - Não quero ser mais sua amante, quero ser sua namorada, quero que seja o pai da minha filha e que você cumprisse suas promessas! Por que você não terminou com ela durante a viagem? Você me fez fazer isso! Por acaso acha que é fácil dizer essas coisas quando temos sido amigas desde que nos conhecemos? Apesar de tudo, gosto da Annie, eu não queria que isso tivesse acontecido. Doía ver vocês dois juntos, ver você mandando flores pra ela, como o namorado perfeito que nunca foi. Não sou a única com que ele te enganou, Annie - me olhou.

- Já chega, Dulce, vamos embora, agora.

- Não, quem vai sou eu. Mas antes... - não sei como consegui me mover, mas quando percebi, minha mão estava na cara de Dulce. O tapa foi tão forte que o rosto dela ficou vermelho e ela me lançou um olhar de ódio. Ela ia revidar, mas Kuno a impediu.

Me virei pra ir embora.

- Anahí, por favor... Me deixa explicar, eu sei que sou um canalha, mas...

- Agora não, Kuno, não é um bom momento - minha cabeça estava começando a doer. Era informação demais.

- Deixa ela ir. Não acredito que te ame, Kuno, a reação dela não foi de uma mulher apaixonada, se ela fosse mesmo, faria coisa pior do que me dar um tapa - disse Dulce, ainda me olhando com ódio.

- Isso é verdade, Annie? Você não me ama mais? Como você pôde? Kuno perguntou e eu comecei a andar pra fora so shopping.