Fanfics Brasil - A família Uckermann Os Uckermann (Vondy)

Fanfic: Os Uckermann (Vondy) | Tema: Rebelde


Capítulo: A família Uckermann

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Olá, pessoas. Então eu já tinha postado esse "conto" aqui, mas estou repostando de novo para deixar junto com a continuação e também porque, talvez, eu faça mais capítulos sobre essa família que logo vocês irão conhecer.  Espero que gostem, boa leitura, beijos ;*




— Mamãe!! — O gritinho fino da Sofia invadiu o cômodo da cozinha. — O Bento pegou o carneirinho. — A menina loirinha de cinco anos apareceu ao meu lado com os olhos cheios de água.


— Bento, venha até aqui! — Gritei com o garoto de nove anos. — Não estou vendo nada de abençoado nesse nome, Christopher. — Olhei para o meu marido com raiva. — Eu deveria ter insistido para ser Pedro.


— Como eu iria saber que o garoto está longe de ser um anjo? — Ele sussurrou para mim, já que a Sofia olhava atenta a nossa conversa.





Eu já estava ficando impaciente com a demora do meu filho, era uma terça-feira de manhã e todos tinham que seguir para as suas obrigações. Geralmente o caos é muito grande nos dias de semana e hoje não seria diferente.





— O que foi, querida mamãe? — O sorriso arteiro estampou o rosto do menino.


— Cadê o carneirinho da sua irmã? Você não pode ficar escondendo as coisas dela! Eu quero esse carneirinho agora. — Olhei séria para ele.


— A pirralha precisa crescer, ela não tem mais dois anos. — O garoto disse cruzando os braços.


— Não fala da sua irmã assim! Christopher, dá um jeito nesse garoto. Eu vou revirar aquele quarto, se eu achar, seu pai vai te dar um castigo tão grande... — Falei meio furiosa e saí da cozinha. Enquanto procurava o urso de pelúcia no quarto do Bento eu pude ouvir a pequena discussão deles.


— Bento, você não pode tratar a sua irmã desse jeito, sua mãe está certa.


— Mas pai, ela fica pegando meus transformers para brincar com o estúpido carneirinho. — Respondeu o garoto emburrado.


— O carneirinho não é "estupido". — Sofia disse chorando e o irmão caçoou ainda mais da menina.


— Ei, ei, já chega! Os dois! — O pai falou em tom alto para as crianças. — Bento, sua irmã só queria brincar com você também.


— Amor, pode ir preparando o castigo do Bento. — Voltei para a cozinha com o bichinho rosa de pelúcia. — Quero os dois tomando café para irem à escola sem nenhuma discussão. — Entreguei o bichinho para a Sofia e a mesma o abraçou fortemente.





Conseguimos tomar o café da manhã como uma família normal. Eu e o Ucker éramos os únicos a falar, já que as crianças estavam quietas. Isso é um milagre, pois elas parecem só ouvir o pai.




— Então, amor, a tia Gina concordou em ficar com as crianças na sexta-feira. — Bebi um pouco do meu café.


— E a aula? Eles não vão para a escola nesse dia? — Ele perguntou confuso.


— Eles vão ter aula nesse dia, eu pedi para a tia Gina buscar eles na escola. — Comentei com a testa franzida. — Ah não! Vai dizer que você esqueceu?


— Não, eu pensei que a tia Gina iria sair. — Ele bebeu o café. — Que bom então que ela aceitou ficar com as crianças. Dul, já não está na hora de levá-las para a escola? — Ele se levantou rapidamente da cadeira.


— Está tudo bem, amor? — Perguntei estranhando a atitude dele.


— Sim, tudo ótimo. — Ele deu um sorriso fraco. — Eu acabei de lembrar que preciso chegar mais cedo hoje.





Ele saiu meio apressado até o quarto e eu encarei o corredor vazio a minha frente. Estava um pouco preocupada com a mudança dessa manhã. Quando a Sofia entrou na cozinha sem o carneirinho imaginei que o caos ficaria a manhã inteira, mas agora o que me perturba é o silêncio dos dois.




— Vamos escovar os dentes crianças. — Olhei para os dois que ainda estavam tomando café. Definitivamente hoje não é um dia normal para a nossa família, as crianças foram escovar os dentes sem brigar.


— Amor, tem algo muito estranho rolando aqui. — Falei com os olhos arregalados para o Ucker e ele me olhou assustado.


— Sobre o quê? — Ele falou estudando cada expressão do meu rosto.


— As crianças estão caladas, até parece que elas me obedecem. — Eu disse sussurrando com medo deles me escutarem.


— Ah, deixa de bobagem, Dulce, elas gostam de ficar provocando você. — Ele disse com um sorriso no rosto.


— Sério? Então isso só pode ser culpa sua. — Beijei os lábios dele. — Você também adora ficar me provocando. — Eu pisquei para ele e caminhei para fora do nosso quarto.


— Minha culpa? Eles puxaram isso de você. — Ele falou meio alto, pois eu já estava no corredor.


— Então, já pegaram as mochilas? — Olhei para o quarto do Bento e depois para o da Sofia.






A Sofia foi a primeira a sair do quarto com a sua mochila rosa, o carneirinho em uma mão e um sorriso de felicidade, já o Bento saiu emburrado arrastando sua mochila dos transformers.




— Vamos indo para o carro se não chegaremos atrasados na aula. — Peguei a minha bolsa no balcão.


— Até mais tarde crianças, o papai vai buscar vocês depois. — O Ucker acenou da sala, enquanto nós caminhávamos para fora de casa.





Eu fechava a porta de entrada, mas ao perceber que havia esquecido de falar uma coisa para o Ucker, abri de novo a porta e coloquei só uma parte do corpo para dentro de casa.




— Ah, amor, eu sei que nós não combinamos nada para o dia dos namorados agora, mas só para você ficar sabendo, eu gostaria de ir naquele restaurante que inaugurou. — Eu dei um sorriso tímido e ele ficou me observando estático por longos segundos.


— Hum, claro. Dia dos namorados, entendi. — Ele disse enrolado. — Por isso sua tia Gina vai ficar com as crianças? — Ele falou mais para si.


— Isso, até mais tarde. Eu amo você.

                                           ---

 


— Não, não! Isso não está acontecendo. — Coloquei as mãos na cabeça.


— O que foi, mamãe? — Sofia perguntou puxando a barra do meu casaco.


— O colégio está fechado, hoje não terá aula. — Olhei para o Bento. — Por que você não avisou antes?


— Eu avisei, semana passada. — Ele me encarou. — Você assinou a anotação na agenda e tudo.— Ele respondeu com desdém.


— O que eu vou fazer com vocês dois agora? Eu não posso levar os dois para o consultório, o doutor Carlos não gosta muito. — Passei as mãos pelo rosto, a calmaria do dia estava indo embora.






Meu horário na clínica é às oito, mas com esse imprevisto, com certeza, eu chegaria muito atrasada. Liguei para a loja de carros em que o Christopher é gerente.




— Amor, preciso de ajuda. — Disse assim que o mesmo atendeu o telefone.


— O que houve? — Seu tom de voz ficou preocupado.


— As crianças não têm aula hoje, o que vamos fazer? Eu não posso levar os dois para o consultório.


— Eu fico com o abençoado. — Ele suspirou e eu apostaria que ele tinha afrouxado o nó da gravata, um dia inteiro com as crianças em uma sala não é nada fácil.






Após longos protestos do Bento, ele saiu do carro e foi até a porta da loja de carros na qual o Ucker o esperava. Acenei para os dois e arranquei com o carro, eu já estava muito atrasada. E eu tinha quase certeza que algumas multas chegariam pelo correio em poucos dias. Perdi a conta dos semáforos vermelhos que eu passei em alta velocidade. Ao chegar no consultório eu pensei que o meu chefe já estaria com os papéis da minha demissão, mas para a minha surpresa ele ainda não havia chegado. Estou começando a achar que esse dia é parte de um sonho. As coisas estavam dando certo para mim, a Sofia ficou brincando sem mexer em nada, o meu chefe estava simpático hoje, o que é bem estranho - tenho uma leve impressão de que ele está namorando ou saindo com alguém. - O que também é bem atípico dele. No final do dia eu tive a certeza de que eu estava sonhando, o meu chefe me liberou mais cedo. Tudo o que eu queria era chegar em casa, tomar um banho relaxante e jantar com a minha família.





— Filha, o que você gostaria de comer no jantar hoje? — Perguntei para a pequena enquanto nós íamos para o estacionamento.


— Pizza!! — Ela disse dando alguns pulinhos.




Eu sorri com a empolgação dela. Eu a entendia, pois não é todo jantar que comemos pizza. Eu estava para abrir a porta do carro quando vejo a Sofia andando para o outro lado.




— Sofia, não pode sair de perto da mamãe assim. — Eu a segui até o lugar em que ela havia parado.


— Olha, mamãe, é um cachorrinho, podemos ficar com ele? — Olhei o cão de pelo amarelo, mas de cachorrinho ele não tinha nada.


— Filha, você sabe que o papai não quer cachorro, primeiro temos que falar com ele.

                                                    ---





— Um cachorro? Sério, Dulce? — O Ucker me encarou e eu sorri sem graça.


— Você tinha que ver como ela consegue ser persuasiva. — Eu me expliquei.


— Isso ela puxou de você, — ele fez uma careta — mas você sabe que vai sobrar para a gente cuidar dele? E além do mais, o cachorro pode ter um dono já. — Não tínhamos um cachorro ainda pelo fato da Sofia ser pequena, queríamos que ela crescesse mais um pouco.


— Não se preocupe, eu vou providenciar cartazes e divulgação nas redes sociais. Não deve ser tão difícil cuidar de um cachorro, não é? Nós damos conta das crianças. — Ele arqueou uma sobrancelha.






Eu estava totalmente enganada, aquele cachorro latia quase o tempo todo, o som ecoava pela casa causando uma dor horrível nos nossos tímpanos, sem falar que ele babava no sofá e roía todos os meus móveis. Na quinta-feira eu já não aguentava mais e o Ucker queria que eu admitisse o meu erro, ou seja, colocar o cachorro para doação ou encontrar o dono dele, porém a carinha de animação da Sofia com o Flofy não me deixou abandonar o coitado. A escolha do nome veio da pequena, claro, e o Bento ficou um bom tempo debochando da irmã. Eu não entendia o porquê dele ficar implicando tanto com ela, precisamos conversar com ele sobre isso. Mas agora eu estava preocupada com o dia de amanhã. Eu descobri o porquê do Christopher estar tão estranho na terça-feira: ele havia esquecido do dia dos namorados! Eu deveria estar acostumada com essas coisas, ele é muito desligado com as datas comemorativas. O problema é que eu ainda me importo e gostaria de jantar em um restaurante requintado, só para mudar as coisas de vez em quando.






— Eu não acredito que os restaurantes estão todos lotados. — O Ucker comentou frustado após termos rodado quase a cidade inteira.


— O que você queria, Christopher? Hoje é dia dos namorados, nós tínhamos que ter saído mais cedo de casa. — Respondi chateada. Acho que passaríamos o jantar inteiro brigando.


— Ok, então me desculpe se eu queria fazer uma surpresa para você, aquele cachorro das trevas mastigou as rosas que eu trouxe e fez a maior sujeira com os chocolates pela casa.





Eu não me aguentei na hora em que vi o Ucker tentando dar banho no Flofy. O cachorro achava tudo aquilo uma brincadeira de cão e rato enquanto o meu marido ficava mais irritado e molhado ao andar com a mangueira no jardim. A ideia brilhante do Chris de dar banho nele no quintal não deu certo.




— Amor, quer saber? O primeiro restaurante que encontrarmos agora iremos parar e esperar até que uma mesa fique vaga.

— Estou preocupada com as crianças, será que a tia Gina está dando conta deles? — Eu o olhei alarmada.


— Boa pergunta, mas acho que se ela não ligou ainda é porque está tudo bem. — Ele sorriu tentando me confortar, mas eu continuei pensando nas crianças aprontando com a tia Gina.


— Tomara. — Foi a única coisa que consegui dizer.




Meia hora depois, nós tínhamos achado um restaurante e esperávamos por uma mesa. Finalmente iríamos jantar, conversar e curtir um tempo só nós dois. Assim que uma mesa foi liberada caminhamos até o local e nos ajeitamos. A comida estava uma delícia e eu pude tomar um vinho especial da casa, as coisas não poderiam estar melhores.



— Ainda bem que no final das contas tudo sempre se resolve. — Eu comentei feliz, bebericando aquele vinho maravilhoso.



Porém momentos depois o meu celular tocou mostrando o nome da tia Gina no visor.



— Oi, tia, aconteceu alguma coisa? — Perguntei receosa.


— Dulce querida, aconteceu sim. — Ela suspirou e eu me desesperei. — Lembra da minha vizinha Olívia? Ela veio até a minha casa, queria companhia, já que temos a mesma idade. Mas eu vou ter que levá-la para o hospital. Ela está passando mal.


— Ah claro, nós vamos pegar as crianças então. — Falei desanimada, nossa comemoração do dia dos namorados estava indo para o espaço.


— Não precisa, eu só preciso do endereço do restaurante e deixarei elas aí. O hospital fica no centro.




Eu passei as coordenadas para a tia e após desligar o celular expliquei tudo para o Christopher. Pelo menos a noite ainda não tinha acabado, quem sabe podemos pedir a sobremesa. Dez minutos depois, nós tínhamos terminado de jantar e esperávamos as crianças.



— Sabe, eu estava pensando, temos que saber por que o Bento implica tanto com a Sofia. — Olhei para o Ucker aguardando pela sua resposta.


— Deve ser amor, nós também vivíamos implicando um com o outro. — Ele me lembrou de quando éramos mais jovens.


— Pode ser, mas eu queria entender o porquê. — Eu não iria descansar até saber sobre isso.




Quando as crianças chegaram, pedimos para colocarem mais duas cadeiras, solicitamos batatas fritas para eles comerem e também as sobremesas. Enquanto nossa comida não vinha, eu resolvi puxar assunto sobre a escola. O Bento não era de falar muito e por isso a Sofia tagarelava bastante.



— Mamãe, mamãe, — a pequena agitou os bracinhos empolgada — eu fiz um desenho muito lindo da nossa família hoje. Mostra para ela, Bento. — Sofia olhou para o irmão.


— Pega você, eu estou no meio da fase. — Ele jogava no celular.



A pequena suspirou cansada e pegou a mochila dele e quando terminou de vasculhar o interior da mesma me entregou alguns papéis. Eu sorri tão boba ao ver o desenho de bonecos palitos, mas a minha atenção ficou toda em uma redação com a letra do Bento.



— Christopher, olha isso. — Eu sussurrei para ele. — O Bento teve que escrever sobre a família. — Meus olhos se encheram de lágrimas ao ler. — Ele disse que ama quando você fica me observando na hora do café da manhã e de como eu gosto de cuidar de todo mundo. — Continuei lendo a redação. — Você não vai acreditar, ele só implica com a Sofia para ela não ficar igual as garotas da mesma idade, choronas. Mas ele fica muito brabo se outra pessoa faz isso com ela.



Eu olhei para o garoto mais emocionada ainda, ele só queria proteger a irmã. E foi com essa redação que eu percebi que a nossa família é perfeita do jeito que ela é, não precisávamos ser iguais aqueles modelos de margarina. O que realmente importa é o amor que sentimos.

 

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Autor(a): Diva. Escritora

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Olá gente, espero que gostem desses contos sobre a família Uckermann. Esse é o último que tenho, Boa leitura, beijos amores ;*                                                              &nbs ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • Diva. Escritora Postado em 17/03/2018 - 19:04:49

    Para quem acompanhou anteriormente em dois link diferentes agora eu abri esse tópico para ficar tudo junto. Pois, eu tenho planos de (projetos) de fazer mais estórias (one shots, essas estórias curtas) sobre essa família. É isso, só queria deixar esse recardo.

    • Diva. Escritora Postado em 31/03/2018 - 10:43:10

      Acabei de deixar o link nos capítulos do meu outro projeto para quem estiver interessada em ler também :)

  • besavinon Postado em 11/03/2018 - 22:33:54

    Nova leitora. Posta mais

    • Diva. Escritora Postado em 11/03/2018 - 22:53:42

      Oi amore, seja bem vinda :) não sei quando vou continuar com esses contos. Mas tenho planos para continuar. Por enquanto, estou com uma outra web: A dama de vermelho.

  • karla08 Postado em 11/03/2018 - 00:54:34

    é tao bunita essa historia

    • Diva. Escritora Postado em 11/03/2018 - 11:11:28

      Oi amore, seja bem vinda. E obrigada :) é tão bonita sim, sou suspeita eu sou apaixonada por essa família hehehehe Ainda tem a "parte 2" de como o Ucker a Dul se conheceram, vou postar mais tarde.


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