Vim postar mais um capítulo completamente dedicado a Tayzinha que tá surtando muito com essa minha fanfic e me deixa muito feliz com isso! Vim avisar também que vou ficar uma semana sem postar capítulos novos, por motivos de que a minha faculdade começa a exata uma semana e eu tenho que escrever e também repor muitos capítulos pra não ficar em dívida com você futuramente... uma semana passa rápido, prometo!
É isso... Beijos!
─ Você é mais suja do que eu pensei. ─ o comentário que veio de Alfonso soou tão cheio de ódio, nojo e desprezo para com Maite, que ela realmente não conseguiu entender de onde ele havia tirado aquilo tudo naquele momento... ela não dissera nada demais. Suas respostas não afetavam a vida dele em nada e ainda assim ele parecia odiá-la ainda mais depois delas.
─ E você é louco. Solte o meu braço, Herrera! Eu não te fiz nada. ─ ela falou em tom normal, mas ver o rosto dele tão cheio de fúria, tão irritado que chegava a ofegar, estava deixando ela com medo. Afinal eles estavam presos ali no banheiro.
─ Você os abandonou não foi? ─ a pergunta a pegou de surpresa. ─ Ou eles estão mortos ou você os abandonou. E de qualquer forma, eu te abomino nas duas opções. ─ ela franziu o cenho.
─ Você é realmente louco! Solte o meu braço, Alfonso. ─ pediu, querendo fugir dali o mais rápido possível.
─ Sabe qual é o tipo de pessoa que eu mais detesto? VOCÊ SABE? ─ ele gritou, assustando-a e a empurrando com força na porta do banheiro, segurando-a pelos dois braços naquele momento. O coração de Maite acelerou e ela mal se importava com a dor que estava sentindo no corpo naquele momento, o medo dele era maior. Alfonso estava possesso. ─ Pessoas sujas que além de ter uma vida miserável, estragam a vida de outros seres indefesos... Me diga, Maite, seus filhos... o que você fez com eles? Os deixou morrer? Ou os abandonou? COVARDE! Além de imunda, você é uma COVARDE!
─ CALE A BOCA, ALFONSO! ─ ela gritou de volta, o coração dolorido pela maneira que ele a julgava. ─ CALE A PORCARIA DA SUA BOCA QUE NÃO FALA NADA QUE TENHA SENTIDO PRA MIM! VOCÊ NÃO SABE UM TERÇO DO QUE EU SOU, NÃO SABE O QUE EU PASSEI, NÃO SABE O QUE EU TIVE QUE FAZER...
─ ELES ESTÃO VIVOS? RESPONDA, PORRA!
─ ESTÃO! ─ gritou vermelha, os dois em nenhum momento paravam a luta corporal que travavam enquanto ela tentava se desvencilhar dele. ─ ELES ESTÃO VIVOS E EU TIVE QUE DEIXÁ-LOS POR AMOR A ELES! ─ revelou, os olhos marejando e naquele momento, ela não podia mais disfarçar. Ele riu, riu tão amargamente que a soltou, sentindo nojo até de segurá-la.
─ “Por amor a eles”, são o que todas dizem, não é mesmo? ─ indagou e Maite, que alisava os braços tentando se manter o mais afastada possível do monstro a sua frente, não pode deixar de reparar o tom de mágoa com que Alfonso falava aquelas palavras... como se ela tivesse feito aquilo com ele. Estranho, no mínimo. ─ Vadias mentirosas. ─ ele negou com a cabeça. ─ Eu sou um monstro, eu admito. Sou cruel, não sou o mocinho da história... mas ainda assim, não sou tão baixo quanto você é. Seus filhos... seus próprios filhos... você os abandonou, sua cretina. Christian, ele... Ele te abominaria por isso também, eu tenho certeza. Ele não sabia disso, não é? ─ ele sequer deixou-a responder. ─ É claro que não. Eu tenho certeza que não... Você jamais falaria a ele, já que usou esse rostinho de boa moça falso para conquista-lo e no fim das contas ter tudo que está tendo hoje, não é mesmo? ─ ele falava mergulhado em um mar de raiva que sentia pela mulher a sua frente, e ela só conseguia negar com a cabeça. Ele estava errado, as coisas não eram exatamente assim, mas ela não conseguia falar nada... ela não conseguia abrir mais uma ferida no seu peito. Não conseguiria.
─ Isso não é justo... ─ foi a única coisa que ela conseguiu quase que sussurrar para ele. ─ Isso definitivamente não é justo... você não me conhece, Alfonso. Você não pode julgar tanto uma pessoa que sequer conhece e...
─ E nem faço questão de conhecer. ─ ele a cortou. ─ Você vai sair daquele apartamento hoje e se você não sumir do meu caminho e do caminho da minha família, escute bem, Maite, eu vou matar você. ─ sentindo total verdade nas palavras dele, ela engoliu a seco, mas continuou de cabeça erguida.
─ Um dia talvez você percebe que está tão cercado de ódio que não consegue pensar nas coisas por um ponto de vista que não seja o pior deles. ─ ela afirmou a ele, passando a mão na bochecha esquerda, que havia sido molhada por uma lágrima solitária que caíra alguns minutos antes, quando ele discursava chamando-a das piores coisas possíveis. ─ Até lá, eu espero nunca mais olhar na sua cara, pode ter certeza. ─ e se virou para a porta, porém quando encostou na chave para virá-la e abrir a porta, Alfonso se descontrolou, e foi pra cima dela.
Quando Maite virou para ele, assustada, ele não mais conseguia ver o rosto dela. Ele só via o rosto daquela mulher que o fizera tanto mal no passado. O ódio cega, algumas pessoas dizem, e aquela expressão se encaixava perfeitamente bem naquele momento. Ele não via os traços de Maite que o olhava desesperada, sem entender o real motivo daquilo tudo, ele via perfeitamente o rosto de Soraia. E da última vez que seus olhos viram aquela mulher, ele jurou para ela e para si mesmo que no próximo encontro a mataria.
─ EU ODEIO VOCÊ, EU ODEIO VOCÊ COM TODAS AS MINHAS FORÇAS... Soraia. ─ foi o que ele gritou e sussurrou a última palavra que Maite jurou ter ouvido bem, antes de ataca-la com toda força que ele tinha. Jogando-a no chão e se abaixando na frente dela.
─ Alfonso, Alfonso, calma... ─ ela tentava falar enquanto gritava de dor pela forma que ele a segurava, a apertava e a balançava, como se ela fosse uma boneca que ele odiava com toda força. ─ NÃO SOU EU, EU NÃO SOU SORAIA. PELO AMOR DE DEUS, PARE!
Mas ouvir aquela palavra... Soraia... o cegou ainda mais. E então ele deu o primeiro tapa no rosto dela, que parecia estar vivendo um verdadeiro pesadelo naquele momento. Percebendo que teria que usar a força, ela conseguiu chutar o corpo de Alfonso com o salto fino que estava o que fez ele se afastar por um tempo, enquanto ela se sentava no chão se arrastando para trás, se encostando na parede. Então ela viu Alfonso, em pé na sua frente, olhar com mais nada além de dor. Ele estava irreconhecível. E ela, por um momento, não conseguiu sentir raiva nem com todas as dores que sentia. Ele não era ele. Maite era uma pessoa intuitiva, e ali ela sentia que Alfonso estava dominado e claramente cego por uma dor que ultrapassava todo aquele momento entre eles ali. Sentiu dó por vê-lo daquela maneira, mas não tinha ideia de como o acalmaria, então viu ele caminhar na sua direção com uma expressão de quem ia mata-la e foi a vez dela reviver flashes terríveis do passado, porém não perdeu a consciência a ponto de saber que era Alfonso quem estava ali.
Ele caminhava na sua direção com rapidez, os pulsos fechados lhe mostravam que mais uma surra seria acrescentada no seu banco de memórias sombrias do passado. Então, ela se desesperou antes mesmo de acontecer, e sentiu a dor na carne ser tão grande quanto ela tinha em seu peito e em seu machucado coração.
─ Não, não, não, por favor, hoje não... Por favor, por favor... Eu faço o que você quiser! Tenha piedade... por favor... ─ eram os gritos de Maite, junto com uma expressão de total dor, ela não chorava, porém era como se estivesse no maior pranto da sua vida pra quem via de fora. Seu corpo se contorcionava como se houvesse alguém em cima dela, machucando-a de todas as formas possíveis...
Mas não tinha ninguém.
Os gritos dela foram tão desesperadores que acordaram Alfonso do transe que ele se encontrava e quando ele viu que quem estava no chão era Maite e não quem ele pensava, o mesmo recuou rapidamente dois passos pra trás, só então se dando conta de que várias batidas fortes eram ouvidas na porta, que estremecia, como se fosse ser arrombada. Franzindo o cenho e olhando para seus próprios punhos, se perguntando se ele tinha feito ela ficar daquela forma, ele viu enquanto Maite virava a cabeça de um lado para o outro, com os olhos apertados, que seu rosto estava vermelho... e era óbvio que era ele quem havia a machucado. Vendo que a mesma claramente não estava bem, e estava em um provável surto, ele finalmente acordou pra vida real e percebendo que nada estava bem ali, se aproximou da mesma, se abaixando na frente dela e segurando-a pelos braços, mas dessa vez delicadamente, para que ela mesma não se machucasse.
─ Maite... Calma! Ninguém está te machucando, abra os olhos! Olhe pra mim, Maite. ─ ele pedia, sério, e sem saber o que fazer naquela situação.
─ Não... Não, eu não quero, para com isso, não me toque!
─ Eu não estou fazendo nada! É a sua mente. Eu sei como é isso, por favor, acorde.
─ Para... Para... ─ ela pedia, mas ele percebeu que ela estava se acalmando, pois já falava mais baixo.
─ Fique calma, ninguém está te fazendo mal. ─ falou. ─ Abra os olhos, Maite. ─ pediu.
E no momento que Maite abriu os olhos e focalizou no castanho esverdeado dos olhos dele, a porta do banheiro foi abaixo por Christopher, que chegara ali e vira a agonia de Anahí, Candice, Dulce para abrir a porta, e a dos funcionários com medo de abrirem e serem repreendido por Alfonso. Mas assim que chegou e soube que Alfonso e Maite estavam trancados ali tempo o suficiente para a situação lá dentro não está nada boa, chutou a porta com tudo, fazendo-a cair de fato no segundo chute. Então eles viram Maite sentada no chão, claramente machucada e frágil, e Alfonso segurando-a.
Os dois sequer ouviram os gritos das meninas e o alarme de Christopher perguntando o que estava acontecendo ali. Alfonso e Maite pela primeira vez se olhavam sem ódio, o que era estranho, devido a tudo que havia acontecido ali. Mas na hora que ela o viu, soube o que tinha acontecido com si mesma e soube que aquele sim era ele... não estava mais em um surto como antes. Então ela sentiu as lágrimas caírem pelos seus olhos por tudo que reviveu naqueles minutos de pesadelo acordada e sentiu seu corpo ficar mole, mas ele a segurava firmemente.
─ Alfonso... ─ ela sussurrou e então caiu pra frente, apoiando a cabeça em seu peitoral e por reflexo, fazendo Alfonso colocar uma mão sobre seus cabelos. O jeito que ela falara... não fora de ódio, nem de tristeza... fora de alívio. Alívio que para ela, era de estar finalmente em frente ao Alfonso-vilão verdadeiro e não do Alfonso-monstro falso que a machucara sem raciocinar que ela era... mas aquele alívio para ele era algo novo, que ele não compreendeu.
─ Solte-a seu idiota! Você já não acha que fez demais? ─ ele ouviu Anahí gritar depois de uns dez gritos da mesma e ignorou. Passando um braço por trás do pescoço de Maite, outro por de baixo das pernas e depois de um suspiro longo, a levantou e saiu dali passando na frente de todos que o olhavam indignados, sem entender absolutamente nada. ─ Pra onde você vai leva-la? Alfonso, seu imbecil, se você machucá-la mais uma vez, eu juro por Deus que... ─ mesmo com o barulho no andar debaixo, Anahí gritou alto e perto de Alfonso o suficiente para ele ouvir, já que a mesma o seguia, colada no mesmo.
─ Cale a boca, Anahí! ─ ele esbravejou. ─ E se quiser ajudar, ligue para o Paul e mande-o ir para o meu andar com urgência. Vou leva-la para lá.
─ Vai leva-la para o SEU APARTAMENTO? Sendo que foi VOCÊ que fez ISSO COM ELA? ─ ela estava possessa e pelas lágrimas nos olhos que Alfonso viu na mesma, ele percebeu que Anahí realmente havia criado um afeto grande por você.
─ Escute, tudo tem uma explicação. Não é exatamente como você está pensando. Confie em mim pela última vez, chame o Paul para o meu andar e amanhã conversaremos e eu te explicarei tudo. Só faça o que eu mandei. ─ ele falou sério olhando nos olhos da irmã, que mesmo sem razões nenhuma para o fazer, acreditou no mesmo e o deixou ir com Maite... enquanto ligava para Paul, desesperada.
Era óbvio que a festa pararia ao ver Alfonso Herrera chegando no primeiro andar com uma mulher desmaiada em seus braços. Como todos pararam de dançar, o som também parou, mas o DJ, ao olhar Alfonso e ver seu rosto de fúria e olhar ameaçador na sua direção, voltou rapidamente a tocar e ele apenas passou escondendo ao máximo que pode o rosto de Maite, enquanto saía da boate pelo caminho que as pessoas abriam para ele. Dali, ele seguiu em direção ao seu carro e em seguida, ao seu arranha-céu.