Fanfic: Scars: Caminhos do Coração. | Tema: Drama, Romance, Hot (+18)
Na alta sociedade há um princípio básico de vida que todos o que fazem parte da mesma seguem: gente rica se mistura com gente rica. E ponto. Aquilo era o mínimo a ser percebido naquele fim de tarde na mansão dos Russel-Herrera. Olhando para todos os lados só se via muito luxo, pessoas podres de ricas e, quase que claramente, a imensa teia de falsidade, egoísmo e hipocrisia que os cercavam. Mas claro que para toda regra, uma exceção, e haviam algumas naquele ambiente... poucas, mas algumas.
─ O Christian está muito inquieto hoje.
Anahí Russel-Herrera Padalecki: 26 anos. Única mulher entre os irmãos Herrera, casada com Jared e mãe de dois filhos. Uma de três anos, chamada Blair e um recém-nascido de apenas duas semanas, Nathaniel.
─ Verdade seja dita, ele está assim nas últimas semanas. Aposto que daqui a uns dez minutos ele vai embora, até porque o noivado do Paul e da Candice já foi oficializado, e ele sempre parece estar com pressa para fazer alguma outra coisa. ─ Jared respondeu e Dulce Maria que também estava na mesa deles sorriu.
─ Eu aposto que em menos de cinco ele se despede. Em menos de três, até. ─ e eles viram Christian andar na direção dos mesmos, naquele exato momento.
─ Bom, eu tenho que ir agora. ─ o mesmo disse. Dulce mirou o casal Jared e Anahí, e sorriu abertamente.
─ Eu sou demais, podem dizer. Era pra ter apostado dinheiro! ─ ela praguejou e Christian, estranhando, franziu o cenho, mas deu de ombros. ─ Vai lá, queridinho. Mas lembra de voltar pra me dar uns pegas quando ninguém estiver olhando. ─ brincou e Christopher que estava ao seu lado revirou os olhos, fazendo a ruiva rir.
Dulce Maria Espinosa Saviñón: 24 anos. Se formou com louvor em Medicina, mesmo diante de todos os obstáculos que a vida pôs em seu caminho. Um deles foi sua gravidez inesperada, que lhe deu de presente Charlie Saviñón, de três anos. Tem amizade com a família Herrera desde sua adolescência e querendo ou não, já é considerada um membro da família por todos.
─ Não me comprometa com o Christopher, Dul! ─ ele falou em tom de brincadeira e olhou ao redor para ver se via sua mãe, Paul ou Candice. ─ Digam aos noivos que deixei mais uma vez os meus parabéns a eles e a mamãe digam que eu tive que sair, mas volto para dormir com ela aqui hoje, okay?
─ Christian e seus mistérios. Me pergunto como você ainda é um dos favoritos se vive fugindo da própria família. ─ Christopher implicou e Christian negou com a cabeça sorrindo.
─ Deixa de ser ciumento, moleque. Queria ficar mais, mas eu realmente tenho que ir agora. ─ respondeu e mandou um beijo no ar pra Anahí. ─ Fui. ─ saiu quase que correndo dali e foi em direção ao seu carro. Seu destino não era algo, era alguém, e enquanto dirigia ele sorria pensando naquele alguém.
─ Será que é amor? ─ Dulce indagou, bebericando um pouco do seu vinho.
─ Amor vai ser aqueles dois no futuro, isso sim... ─ Anahí falou, olhando fixamente para Blair e Chuck que brincavam no jardim da família e Jared fechou a cara. ─ O Christian acho difícil. Ele é tão fechado quando o assunto é mulher.
─ E minha filha será bem fechada também quando o assunto for homem se quer saber, Anahí. ─ Jared rebateu arrancando o riso de todos ali.
─ Mas mudando de assunto, onde está o idiota do meu melhor amigo Alfonso? Não o vi em nenhum momento aqui.
Christopher deu de ombros. ─ Deve estar ou trabalhando ou comendo alguma mulher. Isso é um fato.
─ Ai Christopher, sinceramente, até o seu jeito de falar vem me estressando ultimamente. Dá licença. ─ e Dulce se levantou, saindo da mesa e deixando Christopher confuso pra trás.
─ Ela está tão sensível ultimamente, eu ein.
─ Isso é a vontade de ser assumida por alguém que ela ama, anta! Vai perder seu lugar na fila, se não for esperto. ─ Jared rebateu e Christopher ficou tenso só em ouvir a palavra “ama”. Dulce não o amava. Ele não amava Dulce. Eles apenas tinham uma amizade colorida e era isso. Ou ao menos ele pensava que era apenas isso...
Ao chegar no lugar em que Christian havia armado um encontro, que era no Central Park, em um lugar mais reservado, ele viu que quem esperava não havia chegado ainda. Então forrou a grama com um pano que levou especificamente para aquilo e colocou uma cesta no meio da mesma, a cesta estava repleta de comidas gostosas, algumas até que ele pegou da festa de anunciação de noivado do seu irmão Paul.
Entretanto a pessoa que ele esperava, estava prestes a se meter numa grande confusão naquele momento. A verdade era que ela tinha tirado o dia para ajudar uns catadores de lixo que haviam a salvado na semana passada, e agora levava tudo o que conseguira catar em um carro improvisado de madeira pelas ruas de Manhattan, em direção ao beco que a família ficava. Entretanto ela avistou o sinal fechado e sabendo que estava atrasada correu logo para atravessar a rua, o que ela não contava era que o sinal já estava prestes a abrir na hora que ela pisou na pista e que havia um motorista de uma enorme limusine que já havia recebido instruções de correr, afinal, seu chefe estava atrasado para um compromisso em família.
─ Eu vou ter que ir aí dirigir ou você vai começar a correr, Sr. Robbins?
Alfonso Russel-Herrera: 25 anos. Detestável, esnobe, egoísta e arrogante. CEO da maior multinacional de Nova Iorque, com negócios espalhados em diversas áreas e lugares do mundo. Milionário, do tipo que só pensa em si mesmo e não dá a valor a ninguém que esteja abaixo dele.
─ Se ele correr tanto talvez não dê tempo de terminar nosso trabalhinho, querido. ─ no colo do próprio, estava uma ruiva, que cavalgava sem dó sobre o mesmo que sequer encostava no corpo dela, se mantinha apenas encostado no bando, desfrutando do prazer que ela lhe proporcionava, mas nem a olhar nos olhos ele olhava. Mirando o relógio ele esbravejou, já estava realmente muito atrasado. Chegando no momento de êxtase, ele fechou os olhos e se deixou levar pelo orgasmo que veio com força em seguida.
─ Gozei. ─ informou e tocou na ruiva, apenas para tirá-la de cima dele e em seguida praticamente jogá-la no banco da frente da sua limusine. No mesmo momento, ergueu a calça e antes que pudesse fechar o zíper da mesma, ele ouviu o barulho de batida no mesmo momento que o carro freou bruscamente fazendo os dois se baterem e ele olhar alarmado para o lado. ─ Mas que diabos...? ─ e quando apertou no botão que automaticamente abaixa o vidro entre eles e o motorista, viu que o Sr. Robbins havia descido do carro, e praguejando a todos os infernos, terminou de fechar o zíper da calça, a abotoou e desceu do mesmo, ignorando o grito que a mulher deu quando ele abriu a porta do mesmo, com ela ainda nua. Andando em direção a frente da limusine, ele viu vários lixos espalhados no chão, o carro de madeira que provavelmente o levava quebrado e uma mendiga sentada no chão, com a lateral da perna totalmente ralada. Então revirou os olhos. ─ Por que parou a porcaria do carro, Robbins? ─ indagou indiferente.
─ Senhor, eu não vi que ela estava atravessando e...
─ Eu não quero saber o que aconteceu, quero que entre no carro e me leve daqui.
─ Mas senhor, ela se...
─ Agora, Robbins. ─ ordenou e antes de se virar, seu olhar encontrou o da moradora de rua que o olhava com a cara fechada, de puro ódio de pessoas como ele, e sequer fazia questão de esconder aquilo. Ele olhou-a com desprezo, concluindo que chamar aquilo de mulher era um crime... os cabelos inchados e com o aspecto de duro lhe dava nojo, o corpo repleto de sujeiras pretas expostas e aqueles trapos que ela vestia e calçava... Era detestável de se ver. Entretanto ele não gostava nenhum pouco da maneira que ela o olhava... era um olhar forte, cheio de fúria, se fosse uma arma já o teria matado, certamente. Mas ele não tinha tempo para colocá-la no seu devido lugar naquele momento, então virou-se entrou no carro e Robbins, com medo de ser demitido, teve que obedecê-lo, desviando apenas da mulher na pista e dando largada.
─ Maldito imbecil, ridículo... ─ a mulher praguejava na pista, enquanto os carros buzinavam sem parar pra ela sair de uma parte da pista e quando faziam a curva pra passar por ela, ainda a xingavam e alguns jogavam coisas da janela. ─ Vão se ferrar! ─ ela falava em tom alto, enquanto se levantava gemendo de dor pela queda. Sua sorte foi que todo o impacto do acidente quem levou foi o carrinho que ela levava.
─ Maite! Maite! Oh meu Deus, ajudem ela! É a Maite. ─ por sorte, era Letícia quem havia lhe avistado, e a mesma junto com mais alguns amigos que também eram moradores de rua correram na direção dela. Letícia a tirou da pista, enquanto os outros catavam o lixo espalhado ali e algumas partes do carrinho quebrado. ─ Você está bem?
─ Eu, sim... Eu... Tô bem, Let. Muito obrigada, obrigada a todos vocês.
─ O que aconteceu?
─ Depois eu explico, nem vale a pena na verdade, mas eu tô numa encrenca agora. Tenho que levar tudo isso para o seu Marcos e eu quebrei o carrinho dele. E pra completar, o Christian tá me esperando, e eu... oh, droga, o que eu vou fazer?
─ O Christian? ─ os olhos de Let brilharam. ─ Pode ir que eu e os meninos damos um jeito nisso e levamos tudo lá pra você.
─ Vo-vocês o que? Não, de jeito nenhum, eu...
─ Você não vai deixar aquele príncipe te esperando, né? Maite, imagina o quão triste ele vai ficar, não se faz isso com um homem daqueles... e se o lugar de encontro for o de sempre, tá pertinho daqui, dá pra ir andando mesmo tendo se machucado um pouquinho. Eu tenho certeza que o príncipe vai cuidar de você, afinal. ─ Maite riu e não demorou muito a ceder, estava ansiosa para se encontrar com Christian por mais um dia.
E em menos de quinze minutos, ela chegou ao local marcado e se sentou tão de repente ao lado dele que o assustou, fazendo-a rir e até esquecer da ardência da perna.
─ Quase uma hora de atraso, gatinha, assim não vai dar pra mantermos essa relação. ─ comentou brincalhão e ela olhou para ele, apertando os olhos e em seguida mirando a cesta que ele tinha trazido.
─ Mais uma vez tentando fazer doações, Christian? ─ indagou e ele se virou sentando de pernas cruzadas em frente a ela, negando com a cabeça.
─ Nada disso, vim comer com uma amiga especial. E se ela fizer desfeita, vou ficar decepcionado. ─ falou tirando as coisas de dentro da cesta e quando o estômago de Maite roncou, eles deram risada.
─ Nesse caso tudo bem, só espera um minutinho que eu vou lavar as... Ai. ─ ela se levantava enquanto falava até que parou no meio do caminho, sentindo a perna arder e prontamente ele estava em pé ao lado dela segurando-a.
─ O que... Mas o que foi isso, Maite? Quem fez isso com você? ─ indagou possesso, sentando-a novamente.
─ Um brutamonte idiota me atropelou e... na verdade o empregadinho dele me atropelou e o outro de qualquer forma nem ligou e preferiu sair de lá sem nem... sem nem pedir desculpa e mal olhou o meu estado. Pra completar eu quebrei a... ─ ela parou de falar quando viu ele se levantar e dar as costas a ela. ─ Ei, Christian! Onde você vai?
─ Pegar o meu kit de primeiros socorros no carro. Desde que te conheci aprendi a andar com ele para todo lado. Você é o desastre em pessoa, Maite! Por Deus!
E aqui temos Christian Russel-Herrera: 25 anos. O oposto perfeito de Alfonso Herrera. Criou um carinho muito especial por Maite e agora não consegue apenas deixa-la de lado e sonha todo dia em tirá-la das ruas e lhe oferecer um lar e proteção.
Maite, olhando Christian ir rapidamente até o seu carro, deu um leve e doce sorriso de lado e certamente aqueles momentos eram raros, mas estava acontecendo com frequência desde que ele entrara na sua vida e agora ela só rezava para que ele não fosse embora subitamente como geralmente as pessoas faziam. Mas o destino é algo traiçoeiro e ninguém consegue explica-lo... absolutamente ninguém.
─ Minha tarde hoje foi perfeita. ─ Maite falou assim que os dois desceram do carro dele, ficando frente a frente. Já estava tudo escuro, e Christian estava emburrado por ter que deixa-la mais uma noite naquele beco horrível, logo, não a respondeu nada, apenas cruzou os braços encostado no seu carro e virou a cara, fazendo Maite rir. ─ Mas olha, parece uma criança, sim?! Uma criançona. ─ disse se aproximando dele e pegando as duas mãos do mesmo, que a olhou, surpreso pelo contato físico da mesma que era algo raro... ela nunca o deixava se aproximar tanto assim. ─ Mas é uma criançona-anjo na minha vida. De verdade, Christian, obrigada. Eu não tenho nem palavras pra dizer o quão eu sou grata por você... E eu sei que não tenho muito a oferecer, mas quando precisar de alguém pra conversar, desabafar, fazer alguma besteira pelas ruas de Manhattan, você sabe que vou está aqui.
─ Rush, para com isso, menina! Parece que nunca mais vai me ver, pode ir parando, eu te perdoo por não topar dormir comigo mais uma noite, mas sem discurso amável, viu? Nem combina com você. ─ ele falou e ela riu, verdadeiramente, pra ele. Então ficou na ponta dos pés e o abraçou com força, como nunca tinha feito antes. Ele, surpreso, retribuiu o abraço com força, sorrindo e apertando os olhos. Os corações dos dois estavam agitados e ao mesmo tempo... doloridos. Como se algo fosse acontecer, mas eles ignoravam aquele pessimismo. Havia sido uma tarde ótima! Ele, além de lhe dar comida, lhe ofereceu um banho muito bom e proibido em uma das fontes e, contra sua vontade, ainda lhe deu uma peça de roupa nova, que lhe caíra muito bem, por sinal. Ele era a melhor pessoa que havia cruzado o seu caminho, sem sombra de dúvidas.
─ Agora já pode ir e saiba que esse abraço não vai se repetir tão cedo! Sinta-se honrado! ─ ela brincou sorrindo e ele revirou os olhos.
─ Já sei, já sei, você é a criatura mais difícil que já cruzou o meu caminho! Agora tô indo, e qualquer coisa... pode me gritar, que eu venho correndo. ─ ele disse como sempre dizia pra ela, que assentiu e deu um tchauzinho com a mão, observando dali mesmo ele entrar no carro e dar partida. Assim que o mesmo sumiu em uma das esquinas, ela colocou a mão no coração, e franziu o cenho. Em seguida decidiu ignorar aquela sensação, e virou-se para o beco que ela costumava dormir, pois era quentinho, e seguiu em direção a ele, sem saber que naquela noite, todo o seu destino iria mudar.
A mansão dos seus pais ficava em um lugar bem isolado do barulho que era Manhattan, mas não chegava a sair da mesma. Com isso, nem é preciso dizer que era quase uma hora de viagem para chegar ao destino, saindo de onde ele estava. O que ele não imaginava, era que o seu carro, recém comprado, ia falhar bem no meio de uma das piores pistas que o levava até lá. Era muito tarde, o lugar era cercado apenas de árvores e ele não ia achar ninguém que pudesse lhe ajudar ali tão cedo. Praguejando enquanto tentava ligar o carro e não conseguia, ele pegou o celular e rapidamente ligou para o seu assistente que estava no milésimo sono, mas o atendeu, dizendo que logo tudo estaria resolvido, pra ele esperar, e o foi o que ele fez. Então tirou o cinto, e quando estava prestes a sair do carro, afinal, não iria ficar dando bobeira ali no meio da pista, seu coração apertou de maneira tão bizarra, que ele sentou novamente, confuso, e olhando para o banco de passageiro ao seu lado, viu seu celular e o pegou. Foi nas chamadas e apertou em “Alfonso irmão”, sentindo-se no fundo um idiota por estar fazendo aquilo, mas soltando um sorriso de lado assim que o irmão atendeu de forma nada sutil, como sempre.
─ Que merda foi agora? Você por acaso sabe que horas são?
─ Estou com saudade, irmão.
Escorado na enorme poltrona de couro confortável do escritório do seu próprio arranha-céu, Alfonso sentou reto na mesma, imediatamente, tirando os pés da mesa e estando rapidamente atento a ligação do irmão. Conhecia Christian mais do que ninguém e algo havia acontecido pra ele ligar aquela hora e falar isso.
─ Onde você está? O que aconteceu?
─ Calma, garotão. Não aconteceu nada demais. Na verdade a porcaria do meu carro novo quebrou bem no caminho da casa da mamãe, mas já estou resolvendo isso, eu te liguei na verdade pra te dizer outra coisa. O irmão escolhido foi você, porque sei que não vai se desesperar com o que eu disser, nem achar que eu vou morrer depois de ouvir essas palavras como por exemplo a Anahí acharia...
─ Direto ao ponto, Christian. Direto ao ponto. ─ falou e ouviu quando o irmão deu risada.
─ Eu conheci uma pessoa, Poncho. E ela é uma pessoa realmente especial. E ninguém sabe disso, você é a primeira pessoa que sabe pra ser sincero e eu peço, encarecidamente, que pegue um papel e uma caneta e escreva o que eu te disser. Como você está com certeza no seu escritório, não vai ser difícil, então pegue logo. ─ Christian ouviu quando Alfonso bufou e xingou algum nome baixinho, realmente estava com saudade dele, um era o melhor amigo do outro desde que eles pudessem se lembrar. De tão concentrado que estava na conversa, ele de repente esqueceu da situação que se encontrava, e não saiu do carro, como iria fazer anteriormente.
─ Papel, caneta, qual o grande mistério?
─ Escreva o que eu te disser sem falar nenhuma idiotice até eu terminar, mas antes prometa que vai fazer o que eu pedi.
─ Christian, não estamos em um filme de drama, nem de suspense pra você tá fazendo essa porcaria de show todo não.
─ Prometa, porra.
─ Puta merda... prometo, seu imbecil.
─ Certo. Agora escreva “Maite, 23 anos”. Embaixo disso, escreva “toda noite, no beco ao lado da lanchonete Doce Sonho, no Harlem, na 125th street.”. E embaixo disso, “Eu prometi ao Christian e serei o maior filho da puta do mundo se não cumprir essa promessa um dia”.
─ Mas que raios... O que é isso, Christian? A pessoa especial é uma prostituta que você encontra nesse beco e quer que divida ela com você? Porque tá parecendo!
─ Não fale idiotices! Eu espero que você não chegue a conhece-la nessas circunstâncias, mas caso aconteça algo comigo, sei lá, você tem que prometer que irá cuidar dela, Alfonso.
─ Só pode ter enlouquecido, eu...
─ A joia rara. ─ aquilo o calou completamente, e Christian fez justamente naquela intenção. ─ Ela é a minha. ─ ele afirmou, com flashes do passado passando na cabeça dos dois naquele momento. ─ E a situação dela é muito... difícil. Espero que nada aconteça comigo pra você não ter que conhecer essa situação, mas... Você já me prometeu que independente do que aconteça comigo, seja hoje ou daqui a dez anos, você vai encontrar essa Maite e levar ela pra morar com você. Escute o que eu estou dizendo, você vai leva-la para o lugar mais seguro em que ela pode estar, que é com você, e vai cuidar dela. Cuidar da mesma como cuidaria de qualquer pessoa da nossa família, e um dia, se tiver de ser assim, você vai entender o porquê disso tudo. E Alfonso, lembre disso, eu estou pedindo pra você. Não pra Anahí, não pro Christopher, nem pro Paul, ou para os nossos pais. Só você pode cumprir essa promessa pra mim.
─ Realmente enlouqueceu, mas essa conversa dramática toda, me deu até sono. Eu já prometi, então que seja! Agora vê se me deixa dormir em paz e deixa uma mensagem quando chegar na casa da dona Ruth.
─ Certo.
─ E como eu tenho certeza que você não vai morrer tão cedo, você vai me apresentar de qualquer jeito essa tal pessoa aí que conseguiu o milagre de fazer Christian se apaixonar.
Christian riu. ─ Não é como se eu estivesse apaixonado... Não é paixão, é carinho mesmo... Um carinho que eu nunca senti por ninguém assim antes, uma vontade de cuidar, proteger, sei lá. Mas ela é uma mulher incrível. Qualquer homem que a olhasse além do exterior, se apaixonaria. ─ ele falou com um sorriso enorme no rosto, ficando em paz só em lembrar do quão sua vida tinha mudado para melhor desde que a conhecera.
─ Então isso significa que ela é fe-...
O barulho que veio em seguida foi tão estrondoso, que Alfonso soltou o celular no chão pelo susto, e no mesmo segundo pegou de volta sentindo seu coração acelerar e chamou inúmeras vezes por Christian. Mas ele não mais falava nada e quando ele tirou o celular do ouvido viu que a ligação já havia sido encerrada. Imediatamente ligou de novo, e de novo, e de novo, mas todas as ligações iam pra caixa postal. Não é estranha a maneira com que, de repente, em um milésimo de segundo, absolutamente tudo pode mudar?
Autor(a): fsales_
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Já haviam se passado duas semanas desde a triste e cruel morte de Christian Russel-Herrera que pegara todos de surpresa, mas as notícias acerca do acontecido pareciam nunca ter fim. A família estava desolada. Ruth mal conseguia comer, não saía, sequer abria as cortinas do seu próprio quarto que virou seu único lar depois do ac ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 806
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Hemsworth45 Postado em 22/09/2022 - 12:36:32
Só achei essa fic maravilhosa agora,adoraria ler o final dela. É tão perfeita
-
poly_ Postado em 02/12/2018 - 14:48:05
Que saudades eu estava, eu ando tão ocupada com vestibulares e provas finais, e finalmente consegui voltar aqui. Eu literalmente amo essa história mulherr !!! Quero te convidar para começar ler minha nova fic, que chama Wolver. Continua logo gatita. Bjuss!!!
-
mariana_medina Postado em 30/10/2018 - 23:36:29
Cadê??????
-
mariana_medina Postado em 18/10/2018 - 22:22:28
MEU DEUS COMO EU AMO ESSA FIC
-
Maiterroni Postado em 18/10/2018 - 09:54:19
Drama, Romance e AÇÃO? Já me ganhou aí. Respiro esses três nas fanfics. Já vi que ao lado de Indomitable, Imensurável será minha paixão também das fics que tem ação e eu amo. Posta lá logo também, amei tudo!
-
Maiterroni Postado em 18/10/2018 - 09:45:19
Eu pensei muito que ia abandonar essa fic, mas fico radiante por não ter feito isso. Como sempre estou amando-a e estou com medo do que pode acontecer com a Maite por conta desse William desgraçado. Posta mais.
-
crisjhessi Postado em 17/10/2018 - 23:37:18
Os dois ta em um fogo só........ Gostei da sua nova fic..... Continuaaaaaaaaaa
-
Beatriz Herroni Postado em 17/10/2018 - 21:04:06
Posta mais.Beijos.
-
milenapereira Postado em 17/10/2018 - 18:54:46
Sobre a nova fic eu amei tudooooo , ansiosa por ela , posta logo.
-
milenapereira Postado em 17/10/2018 - 18:54:08
To amando tudoooo , posta mais fabiii