Fanfics Brasil - Cap. 04 ─ Fury and affection. Scars: Caminhos do Coração.

Fanfic: Scars: Caminhos do Coração. | Tema: Drama, Romance, Hot (+18)


Capítulo: Cap. 04 ─ Fury and affection.

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            ─ Hum... licença, boa tarde. ─ Anahí disse, assim que entrou na lanchonete vazia e a atendente levantou a cabeça entediada para ver quem era e quando viu uma mulher tão linda e elegante como Anahí, rapidamente ficou em postura.


─ Boa tarde, seja bem-vinda. ─ disse sorrindo abertamente. ─ Chefe! ─ chamou e o mesmo apareceu, olhando para Anahí e depois de uma clara surpresa, sorrir pra ela, que retribuiu o sorriso docemente.


─ Bom, eu queria uma informação. Vocês sabem onde uma menina chamada Maite está? ─ eles se entreolharam antes de responder.


─ Ah, ela... ela geralmente só aparece por aqui à noite. ─ o gerente e cozinheiro do local falou e Anahí olhou para o crachá dele, lendo seu nome.


─ Por volta de que horas, Sr. Matias? ─ indagou e um homem, que não tirava uma expressão engraçada do rosto, olhou para baixo mirando o crachá e em seguida para a mulher a sua frente, sorrindo e passando a mão no avental, como se quisesse ajeitá-lo para ela vê-lo arrumado.


─ Umas sete, por aí.


─ Bom, é... licença. Na verdade a Maite realmente sempre some o dia todo e aparece de noite, mas desde ontem ela não saiu do beco não. ─ a atendente que se chamava Júlia disse e Anahí ergueu uma sobrancelha, assentindo devagar e processando o que a menina havia dito.


─ Saindo daqui é só virar à esquerda e irá encontrá-la. ─ Júlia disse e Anahí assentiu.


─ Muito obrigada, vão desculpando o incômodo.


─ Não, quê isso. ─ os dois disseram juntos e ela se virou para sair daí.


─ Volte sempre! ─ Júlia disse e antes de Anahí sair da lanchonete, ouviu eles comentarem baixinho entre si... ─ Por que será que tanta pessoa rica assim tá procurando a Maite?


─ Eu não sei, mas eu espero que ela faça amigos assim e os traga aqui...


─ Ah, pai, vocês acham que algum dia eles irão vir aqui pra comer? Olha como são chiques...


Com um sorriso de lado, ela saiu de lá e fez como eles lhe indicaram, e virando a esquerda, viu um beco que chegava a ser assustador de ficar e entrou no mesmo. Logo depois de passar por um enorme entulho, viu uma mulher deitada atrás do mesmo, e cima de um papelão e coberta com alguns jornais. Ela engoliu a seco e respirando fundo, criando coragem, se abaixou ao lado da mesma e depois de muito hesitar, tocou o braço de Maite.


─ Ei. ─ disse enquanto tocava, e o susto de Maite foi tanto que acabou assustando Anahí. Foi até engraçado o que aconteceu naquele momento. Maite pulou, se sentando e prontamente se afastando de Anahí que também pulou pelo susto, se desequilibrou no salto que usava e caiu de bunda no chão, dando um gritinho escandaloso e se levantando, batendo uma mão na outra na intenção de limpar e depois fazendo o mesmo na bunda, pra limpar a calça jeans que ela usava. Maite terminou levantando também enquanto olhava Anahí desconfiada.


─ Maite, certo? ─ a ex-loira indagou e a morena assentiu de leve, com a expressão fechada e de clara desconfiança. ─ Certo, olha. ─ ela abriu a bolsa e pegando o celular, o desbloqueou e virou o mesmo para Maite que o olhou, achando tudo aquilo muito estranho, mas então ela paralisou quando viu que a foto da tela daquele imenso celular era Christian e a mulher a sua frente, que na foto estava loira.


─ Christian... ─ ela sussurrou e em seguida olhou para Anahí.


─ Eu sou irmã dele.


─ Anahí. ─ ela falou, lembrando de uma vez que ele havia dito os nomes dos irmãos a ela, e o único que ela lembrava era Anahí porque achou diferente e porque ela era a única menina entre os irmãos.


─ Ele já falou de mim antes? ─ Maite assentiu, abaixando a guarda e lembrando que Anahí fora a irmã que ele mais encheu de elogios. ─ Fico feliz em saber disso. Você pode vir comigo? ─ vendo a reação desconfiada de Maite, ela rapidamente se explicou. ─ Eu preciso falar com você sobre o Christian. Sobre algo que ele pediu antes de... você sabe. Poderia falar aqui, mas eu tenho um filho recém-nascido que só dorme sentindo o meu cheirinho. ─ ela sorriu apaixonada, e vendo verdade em seus olhos, Maite apenas assentiu e a seguiu. Foi a própria Anahí quem abriu a porta da frente do carro para a morena, que olhou para si mesma com certa vergonha e em seguida para o enorme carro luxuoso e totalmente limpo a sua frente. ─ Pois entre logo, não ligue pra isso. ─ se antecipou em dizer e só então ela entrou.


A ida das duas foi um tanto constrangedora, afinal elas não tinham assunto, sequer se conheciam e o desconforto de Maite era tamanho naquele quarto, com aquela mulher fantástica, nas suas condições... ela rezava pra não estar fedendo naquele momento, só que maior do que a sua vergonha, era com certeza a sua fome. Naquele dia todo, ainda não havia comido absolutamente nada, e a mesma foi descoberta quando seu estômago roncou e Anahí, totalmente compreensiva e gentil, sequer deixou ela sentir vergonha.


─ Olha, eu também tô morrendo de fome! Sério. Não parei o dia todo hoje que voltei a trabalhar e tô com tanta saudade dos meus filhos que não parei pra hora do almoço só pra cumprir todas minhas obrigações no serviço e depois ir pra casa, acredita?


Maite deu um leve sorriso de lado. ─ Filhos? Quantos anos eles têm? ─ perguntou com uma melancolia na voz que não foi notada por Anahí que estava começando a se empolgar por conseguir puxar um diálogo com Maite.


─ A Blair tem três e o Nathaniel, um mês e uma semana. Sou suspeita, mas são as coisinhas mais lindas desse mundo. ─ ela falou arrancando mais um sorriso de lado da morena. ­─ O Christian era louco pela Blair! O Nathaniel ele não teve muita convivência, mas era um chamego que só quando via os olhinhos azuis deles abrir e quando ele sorria. Era a coisa mais linda... ─ ela deu um sorriso triste e Maite suspirou.


─ Como... como ele morreu? ─ ela perguntou, ignorando o medo de poder estar sendo indelicada, estava muito curiosa pra saber.


─ Você não soube de nada, não é? ─ em resposta ela negou com a cabeça. ─ Um acidente de carro. Ele estava indo para a casa dos nossos pais e o carro simplesmente pifou no meio da pista. Por algum motivo, mesmo sendo um extremo perigo ficar parado onde ele estava com o carro, o mesmo acabou não descendo dele. Então, um... um caminhão veio em alta velocidade afinal a pista geralmente fica vazia naquele horário e não conseguiu desviar.


─ Oh meu Deus! ─ a voz dela embargou, mas a mesma engoliu a seco.


 ─ Ele não iria gostar que ficássemos falando disso, e no fim das contas... chegamos. ─ ela sorriu de lado e Maite olhando para os lados viu que elas estavam indo em direção a duas portas imensas de metal, que se abriram quando Anahí se aproximou com o carro e elas entraram. Era como se elas estivessem dentro de uma enorme caixa de metal, e quando ela viu pelo retrovisor as portas se fechando, engoliu a seco, com o medo começando a lhe consumir. Anahí, percebendo que ela apertava as mãos sobre as pernas, claramente nervosa, franziu o cenho. ─ É um elevador de carros. ─ ela explicou. ─ Em menos de dois minutos ele chega na garagem. ─ concluiu e Maite, em choque por tamanho luxo de um prédio com um elevador para os carros, respirou fundo. Ela tinha claustrofobia e aquilo estava sendo uma tortura, mas no fim das contas, foi realmente rápido. E logo Anahí estacionou o carro em uma das vagas dela e elas desceram. Era impossível não olhar ao redor e ficar deslumbrado com tamanho requinte, luxo e pela quantidade de carros – um mais bonito que o outro – que havia no local.


─ Muitas pessoas moram nesse prédio, né? ─ a morena indagou seguindo Anahí até o elevador de pessoas e a mesma, que caminhava na sua frente, sorriu, enquanto buscada algo na sua bolsa.


─ Na verdade, ele é só da nossa família. Que realmente é grande, mas... enfim. Uma quantidade razoável de pessoas. Não se assuste com tantos carros, Alfonso e Christopher fazem coleção. ─ só de ouvir o primeiro nome que ela disse, “Alfonso”, Maite já fechou a cara fazendo uma careta de nojo e raiva, mas preferiu não dizer nada. Naquele momento ela se perguntava como uma família que parecia ser tão boa, composta por Christian e Anahí, tinham aquele homem como integrante. Então elas entraram no elevador e Maite ficou tensa novamente.


─ Boa tarde, Sra. Anahí Padalecki. Por favor, informe a senha para o seu andar. ─ depois de ver Maite pular com a voz de um robô mulher, Anahí riu e digitou rapidamente sua senha de seis dígitos e só então, o elevador saiu do lugar.


─ Você tá muito tensa, Maite. Logo saímos da garagem e você vai ter a visão de lá de fora, talvez isso te tranquilize mais. ─ afirmou e logo o que ela falou realmente aconteceu. E Maite virou para olhar a imensa Nova Iorque bem atrás de si. Aquilo a distraiu e antes que percebesse, as portas se abriram e quando ela se virou, se surpreendeu ainda mais por já sair do elevador dentro do apartamento de Anahí. ─ Vamos! ─ ela, por pura naturalidade, pegou a mão da mesma e a puxou delicadamente para fora do elevador, um tanto animada, por ter conseguido leva-la ali de maneira tão simples e começar então a realizar o desejo do irmão.


─ Querida? ─ Jared, estranhando o elevador ter apitado, chegou na sala com um rolinho azul nos braços e vendo o marido e o filho, Anahí correu para pegá-lo, no mesmo momento que os olhos de Jared encontraram Maite. Antes de o fazer, ela correu até a cozinha rapidamente e lavou as mãos, voltando para a sala e finalmente pegando o filho no colo.


─ Eu tava morrendo de saudade, meu amor. Sim, a mamãe tava sim! Morrendo de saudade do meu principezinho. ─ ela falou.


─ Nem fala mais com o marido, pois é, campeão, perdi pra você. ─ Jared falou brincalhão desviando o olhar de Maite e mirou o filho nos braços da mulher, que sorriu para ele e lhe deu um selinho. ─ Então, ela é Maite? ─ Anahí assentiu e a mirou.


─ Bem-vinda. ─ ele cumprimentou carismático e ela ficou surpresa por eles, que apesar de estarem claramente no topo da alta sociedade, olharem-na nos olhos e não para o que ela vestia, ou a forma que estava. Ainda desconfiada, ela apenas assentiu de leve com a cabeça. Seria um longo fim de tarde, afinal.


Cerca de duas horas depois, ela já havia tomado banho, vestia uma roupa de Anahí e já havia enchido a barriga com tudo que teve direito. No geral, Maite era uma pessoal totalmente desconfiada, mas por Anahí ser quem era e por todo aquele meio em que ela estava inserida se tratar de Christian, ela estava começando até a ficar confortável, por assim dizer. É preciso dizer que quando ela saiu do quarto de hóspedes, vestida em uma calça jeans e uma blusa básica branca de Anahí, a mesma e Jared se surpreenderam ao ver que Maite era uma mulher realmente bonita. Ela estava muito mais magra do que deveria, mas seu rosto angelical era notado por qualquer pessoa que a visse. Maite tinha traços delicados, naturais e bonitos. Os cabelos seguiam com uma expressão crespa, mas não havia nada que hidratações e tratamentos no mesmo não o fizesse voltar ao normal, já que ele muito provavelmente estava sendo maltratado nos últimos tempos. Enquanto comiam, eles não conversaram muita coisa e se preocuparam em não constranger a convidada, já que ela comia com certa pressa, o que esboçava muito bem sua enorme fome e a luta que era pra ela conseguir algum alimento. Eis que eles terminaram a refeição e a hora de falar de Christian chegou.


─ Então ele pediu para que vocês cuidassem de mim? ─ ela indagou depois de ouvir toda a história que envolvia a ligação de Christian, o que eles ainda não haviam contado era que ele não pediu a Anahí, ou a Jared, mas sim a Alfonso.


─ Não a nós exatamente... e sim fez Alfonso prometer que o faria.


─ Alfonso? ─ ela pensou um pouco e em seguida arregalou os olhos. ─ Alfonso? ─ perguntou novamente levantando mais o tom de voz.


─ O próprio. ─ e a voz que se ouviu, não foi nem de Anahí, tampouco de Jared que eram as únicas pessoas que estavam com ela ali naquele momento.


Os olhos de Maite se apertaram em pura fúria e ela ergueu o corpo da mesa rapidamente, virando-se para ele com tudo, possessa de raiva. Alfonso Herrera estava ali, bem na sua frente, e parecia igualmente revoltado com a presença de Maite quanto ela estava com a dele. Qualquer pessoa ali conseguiria sentir a atmosfera pesada e quase que ver as faíscas saindo dos olhos de cada um. O ódio, desprezo, orgulho e preconceito estavam claramente ali naquele momento.



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Autor(a): fsales_

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 806



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  • Hemsworth45 Postado em 22/09/2022 - 12:36:32

    Só achei essa fic maravilhosa agora,adoraria ler o final dela. É tão perfeita

  • poly_ Postado em 02/12/2018 - 14:48:05

    Que saudades eu estava, eu ando tão ocupada com vestibulares e provas finais, e finalmente consegui voltar aqui. Eu literalmente amo essa história mulherr !!! Quero te convidar para começar ler minha nova fic, que chama Wolver. Continua logo gatita. Bjuss!!!

  • mariana_medina Postado em 30/10/2018 - 23:36:29

    Cadê??????

  • mariana_medina Postado em 18/10/2018 - 22:22:28

    MEU DEUS COMO EU AMO ESSA FIC

  • Maiterroni Postado em 18/10/2018 - 09:54:19

    Drama, Romance e AÇÃO? Já me ganhou aí. Respiro esses três nas fanfics. Já vi que ao lado de Indomitable, Imensurável será minha paixão também das fics que tem ação e eu amo. Posta lá logo também, amei tudo!

  • Maiterroni Postado em 18/10/2018 - 09:45:19

    Eu pensei muito que ia abandonar essa fic, mas fico radiante por não ter feito isso. Como sempre estou amando-a e estou com medo do que pode acontecer com a Maite por conta desse William desgraçado. Posta mais.

  • crisjhessi Postado em 17/10/2018 - 23:37:18

    Os dois ta em um fogo só........ Gostei da sua nova fic..... Continuaaaaaaaaaa

  • Beatriz Herroni Postado em 17/10/2018 - 21:04:06

    Posta mais.Beijos.

  • milenapereira Postado em 17/10/2018 - 18:54:46

    Sobre a nova fic eu amei tudooooo , ansiosa por ela , posta logo.

  • milenapereira Postado em 17/10/2018 - 18:54:08

    To amando tudoooo , posta mais fabiii


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