Desculpem não aparecer ontem, meninas!! Vários problemas, porém seguimos firme!! Design novo como puderam ver e agradeço a Diva Escritora do https: /fanfics.com.br/fanfic/58178/design-por-diva-escritora-design-de-capas muito obrigada, linda
Espero que gostem... altasss emoções!!!
Maite não deixou de chorar um minuto sequer durante o caminho que eles percorreram. Alfonso estava em alta velocidade a pedido da mesma e nem ele entendia porque estava fazendo aquilo, mas estranhamente parecia o certo. Seu coração também estava acelerado e ele tinha total consciência que independente do lugar que eles estavam indo, era o coração e Maite que gritava o caminho para ela. Ela apenas seguia...
─ Aqui! ─ ela falou alto, rapidamente, e ele freou o carro abruptamente.
─ Porra, Maite!
─ Me perdoe... Me perdoe, eu estava tentando reconhecer o caminho, mas é aqui. ─ Ela afirmou e virou a cabeça para o lado, vendo que em frente ao destino que seu coração ansiava ir, havia um amontoado de pessoas que se aproximavam dali e ela teve a certeza de que algo estava errado. Abrindo a porta do carro e saltando para fora imediatamente. Alfonso franziu o cenho e a seguiu.
─ O que aconteceu? O que há de errado naquela casa? ─ ela indagou e sentiu o ar faltando em seus pulmões ao ver que havia uma fumaça saindo das janelas.
─ Está pegando fogo... não sabemos se a casa está vazia ou cheia, mas não podemos arriscar entrar. Os bombeiros já estão vindo. ─ um homem disse.
─ Quem mora aí? ─ Alfonso indagou parando atrás de Maite que pareceu estar grudada no chão, olhando a casa, a fumaça... vendo as chamas pela janela... seu coração se partindo mais a cada segundo que se passava.
─ Um casal perturbado. E dois bebês... pobrezinhos, eu espero que eles não estejam aí. São os únicos que merecem ser salvos. ─ uma mulher respondeu e Alfonso entendeu.
Apenas dois segundos depois da mulher anunciar que haviam dois bebês ali, Maite saiu correndo em direção a casa ignorando os gritos dos moradores que diziam para ela não ir. Alfonso praguejou aos infernos e correu atrás dela, vendo-a chutar e empurrar inúmeras vezes a porta sem obter nenhum sucesso.
─ VOCÊ ESTÁ FICANDO LOUCA? ESPERE OS BOMBEIROS! ─ Gritou, ambos já sentindo o calor emanar de fora da casa. Uma fina camada de suor já surgia nos dois ali.
─ SÃO MEUS FILHOS, ALFONSO! MEUS FILHOS! ─ Ela gritou de volta com toda a força que tinha em plenos pulmões e se afastou dele indo até a janela e socando o vidro da mesma com força. Cortou a mão e o braço no processo, mas seu corpo parecia anestesiado.
─ PARE ESSA MULHER, ELA VAI MORRER QUEIMADA! ─ alguém gritou em meio a multidão, mas Alfonso sabia que nada que fizesse a pararia naquele momento. Então virou-se para a porta e tomou uma certa distância, batendo o corpo com tudo na mesma. Aquilo se repetiu duas vezes, até que a porta veio abaixo, porém quando ele virou para a janela da frente que Maite havia quebrado, viu que a mesma já havia pulado para dentro. Ele teve tempo de negar com a cabeça antes de entrar na cara e rapidamente colocar o braço em frente ao rosto. Tentando enxergar tudo que se passava ali. Olhou para o lado e conseguiu ver Maite, que já tossia, fazendo a mesma coisa que ele, em uma luta árdua de enxergar algo.
O fogo se espalhava aos poucos, porém estava em lugares específicos. Eles conseguiram ver um carrinho de bebê e uma mulher em frente a eles e Maite gritou no exato momento que viu a cena, tendo a certeza de que seus meninos estavam ali. Alfonso a viu correr e pular o fogo que estava em formato de círculo ao redor da mulher e dos bebês e ir até eles rapidamente. Viu quando a mulher que não era Maite a empurrou no chão e seu coração acelerou. Não demorou muito para Alfonso ultrapassar os obstáculos e chegar até elas, sentindo o braço pegar no fogo e queimar sua camisa e um pouco da sua pele no processo. Ele agarrou a mulher que voava em cima de Maite, já no cão, e a mesma o mirou, desesperada.
─ Pegue eles e saia daqui. ─ disse ouvindo os choros dos bebês, junto a tosse dos mesmos que era de partir o coração. Em dois segundos Maite já estava em pé na frente dos mesmos, o rosto repleto de lágrimas. Ela tirou o casaco que vestia e arrodeou em volta de um. Olhou rapidamente para trás e viu a mulher que ela sabia que era Jaqueline lutar para se soltar de Alfonso, mas ele era forte, ela não conseguiria tão fácil. Então quando se virou de novo, viu a mulher já desmaiada nos braços dele. Ele largou a mesma no chão e arrancou o paletó que vestia entregando rapidamente a Maite, que enrolou o outro gêmeo e pegou um no colo, segurando a cabecinha do mesmo sobre o seu peito, tentando evitar ao máximo aquela fumaça no mesmo. Alfonso pegou o outro, fazendo a mesma coisa que ela e eles se entreolharam. Ele tomou a frente dela, procurando incansavelmente o melhor lugar para eles passarem, mas estava ficando cada vez mais difícil... os quatro tossiam, os gêmeos estavam perdendo a força de chorar e Maite estava desesperada olhando para Alfonso como se ele fosse a sua punica salvação no momento e realmente era. Então ele segurou o gêmeo – Lucca – com apenas uma mão e agarrou a mão de Maite com a outra, antes de trocar um olhar cumplice com ela. Os dois apertaram os gêmeos com o máximo cuidado possível para não os machucar e tudo foi muito rápido.
Alfonso chutou o sofá para trás, fazendo ele ficar imerso ao fogo, mas antes do mesmo se apossar totalmente do forro, ele e logo atrás, Maite, pularam em cima do mesmo e depois saltaram no chão, correndo em direção a saída. Quando o ar puro invadiu os rostos dos mesmos, eles ouviram o amontoado de pessoas falando coisas que eles realmente não entendiam, mas tinham a certeza que alguns os chamava de heróis. Maite quase desmaiou de alívio ao ouvir as sirenes ali. Os bombeiros, junto com duas ambulâncias chegavam ali. Ela e Alfonso foram diretamente em relação as duas últimas, colocando os dois bebês nas macas e os atendimentos começando rapidamente com eles.
─ A-a-ainda tem uma mulher lá... meio da sala... ela... ela está desmaiada. ─ foi a única coisa que Maite conseguiu pronunciar entre tosses e um choro desesperado pelos seus filhos para um dos bombeiros que se preparava para entrar na casa. Ela se virou para Alfonso e em seguida mirou os frágeis meninos a sua frente... os olhinhos deles estavam fechados e ela só conseguia pensar no pior. Viu a dificuldade dos dois de respirar e se os perdesse depois da primeira vez que conseguiu realmente tocar de fato neles, ela morreria. Alfonso se aproximou dela, pondo as mãos em seus ombros e pedindo calma.
─ Você precisa se acalmar, Maite... eles... eles vão ficar bem.
─ Não, não Alfonso. Nós demoramos, nós chegamos tarde demais, tudo isso é... é culpa minha... eles deviam estar comigo, deviam estar seguros e comigo. Ela... Alfonso, você viu? Ela lutava para não tirarmos ele de lá... eles são só bebês! São só dois bebezinhos, Alfonso! E o que ela queria? Que eles morressem queimados? Oh meu Deus... ─ ela desabou em um choro doloroso e ele engoliu a seco. ─ Se-se eles morrerem... eu morro, Alfonso. Eu morro. Eu vou junto. ─ ela afirmou, as pernas fraquejando.
─ Me perdoe por isso. É para o seu bem.
Foi a última coisa que ela ouviu, antes de sentir uma dor aguda em seu ombro e cair desmaiada nos braços dele. Logo os quatro estavam sendo atendidos e Alfonso viu quando eles tiraram a mulher que ele jurava já ter visto antes desmaiada de dentro da casa que se acabava em chamas. Ele ainda estava em choque. Minutos atrás estava apenas tendo mais um dia estressante de trabalho, agora, estava de frente para uma Maite desmaiada e pior: ao lado dos seus dois bebês que não pareciam estar muito bem, e estranhamente, a única coisa que ele conseguia fazer era rezar para que se o tal Deus que muitos falavam existisse mesmo, salvar a vida dos dois... ou aquela mulher a sua frente morreria também.