Fanfic: Scars: Caminhos do Coração. | Tema: Drama, Romance, Hot (+18)

MEU DEUS, CÊS ME PERDOAM PELA DEMORA??? Gente, é muito difícil isso de parar por um tempo de escrever uma fic (por falta de tempo mesmo), porque quando você tenta voltar, seu cerébro simplesmente pausa e resolve não te dar nenhuma luz para a história! Mas eu lutei muito e tô aqui... essa fic é muito meu xodó, não posso deixá-la de lado. Não prometo postar sempre, mas prometo postar! Ok? Obrigada por estarem aqui ainda Beijosss!!

O dia de pegar os gêmeos finalmente chegara. Maite só dormira a noite toda porque estava exausta pela noite longa de sexo que tivera com Alfonso, porém assim que acordou, já foi com uma ansiedade imensa e um nervosismo absurdo remoendo todo o seu corpo. Ela tratou de adiantar tudo que podia, tomou seu banho, se arrumou, acordou Serena e a arrumou e no processo apressava de cinco em cinco minutos Alfonso que estava se arrumando e trabalhando com o tablet e celular – ao mesmo tempo – pela casa. Olhando de longe pareciam realmente uma família “normal” e sequer se davam conta de que agiam como tal no dia a dia. Depois de tomarem um café mais rápido e agitado do que o normal, eles saíram diretamente para o hospital dos Herrera e assim que chegaram lá deram de cara com Paul e Nina conversando de maneira tão entretida que sequer se deram conta de que eles chegaram ali. Alfonso coçou a garganta e Maite franziu levemente o cenho ao ver que os olhos de Nina brilhavam absurdamente enquanto ela olhava para Paul... algo havia ali, certamente havia.

─ Oh, Alfonso... Mai! Oi, princesa do tio. ─ Cumprimentou todos e abraçou Serena pegando-a no colo. ─ Pronta para conhecer seus irmãozinhos?

Depois daquele carinhosa pergunta feita por Paul, Maite sequer teve condições de ouvir a resposta de Serena, sentiu apenas seu coração se aquecer em uma felicidade que ela já não sentia a tanto tempo que nem conseguiria descrever em palavras a sensação boa que era... seus olhos marejaram e ela sorriu automaticamente quando Alfonso segurou a mão dela, os dedos se cruzando e mais uma vez aquele toque dele parecia tão a coisa certa para a vida da mesma... então eles seguiram assim, de mãos dadas, até a ala pediátrica onde encontraram os dois bebês no colo de duas enfermeiras. Ambos estavam acordados e assim que ouviram o movimento no quarto viraram para olhar quem estava chegando ali. Maite não sabia se sorria, se chorava, se ia até eles com rapidez ou se era cautelosa por tudo que eles haviam passado e com aquilo tudo só conseguia apertar com força a mão e Alfonso, na intenção que ele fizesse o mesmo com ela e a mesma tivesse então a certeza de que não estava sonhando; de que realmente as duas razões da sua existência estavam ali, de frente para ela, olhando-a com olhinhos curiosos, desconfiados.

─ Titio, eles são tão lindos... ─ Serena falou baixinho com os olhinhos brilhando.

─ Vá você primeiro... eles precisam do toque da mãe antes de todos os outros. ─ Alfonso sussurrou no ouvido de Maite que apertou a mão dele com carinho, olhando-o com os olhos brilhando antes de assentir, soltar sua mão e ir até os bebês.

Os mesmos olhavam para Maite com os olhinhos confusos e se retraíram quando ela chegou perto, mas essa já era uma reação que eles tinham com todos que se aproximavam, o que cortava o coração de Maite, mas não seria agora que ela desistiria. Ela estava parou de frente para Noah e leu seu nome na pulseirinha de papel que ele usava.

─ Hey, meu amor... ─ Levou a mão até o rostinho dele, com delicadeza, acariciando-o. O menino não se retraiu, apenas sentiu o carinho olhando para ela como se a reconhecesse. ─ Noah... seu nome é lindo, sabia? ─ Uma lágrima caiu do olho dela e para a surpresa da enfermeira que carregada Noah no colo, ele se inclinou na direção de Maite, para ela pegá-lo no colo. Aquilo definitivamente não havia acontecido com absolutamente ninguém naquele hospital, mas era aquela coisa... parecia que o sangue chamava, independente de tudo, o amor único de mãe e filho sempre falaria mais alto.

Com o coração transbordando de amor, Maite apenas o pegou no colo, sussurrando um “oh meu Deus, obrigada”, antes de abraçar aquele pequeno serzinho no seu colo que se acomodou rapidamente ali, deitando a cabecinha no ombro dela que chorava de felicidade. Mas ainda havia um outro olhando a cena minimamente curioso... Lucca olhava fixamente o irmão no colo de Maite, que o mirava, sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Ele balbuciou algumas palavras e Maite deu um passo na sua direção, tocando na mãozinha dele que parecia pensar se confiava ou não nela.

— É a mamãe, meu príncipe. Não precisa ter medo... — Falou carinhosamente e o menino franziu o cenho, como se quisesse entender o que ela dizia. Então ele segurou o dedo dela, o apertando e a mesma sorriu. — Eu prometo que ninguém nunca mais vai machucar vocês... eu prometo. — Dizendo isso, ela se aproximou ainda mais de Lucca e deu um beijo na testa dele e em seguida um na bochecha, que fez o menino rir suavemente.

Maite sentiu a aproximação de Alfonso e Serena e virou-se para os dois, sorrindo. Serena tinha um sorriso imensa formado no rosto também e seus olhinhos azuis brilhavam em animação por finalmente estar de frente para os menininhos que agora seriam seus irmãos! Alfonso riu de lado e franziu o cenho quando viu Maite lhe passando Noah, que estranhamente, foi tranquilo para os braços dele também, como se já tivesse familiarizado com eles. Então o pegou no colo e automaticamente, a mão de Noah foi na barba do mesmo, acariciando-a e sorrindo marotamente para Alfonso, que vendo aqueles olhinhos idênticos aos de Maite brilhando para ele, se deu por vencido. O menino ganhara o coração que ele estava descobrindo ter desde que aquela maldita criatura misteriosa entrara na sua vida. Então Maite pegou Lucca no colo, ainda um pouco retraído e se abaixou na direção de Serena.

— Ei, meu amor, esse aqui é o Lucca. — Apresentou a ela, que tocou suavemente na mãozinha de Lucca. — E essa aqui é a sua irmãzinha Serena, filho... — Disse.

As enfermeiras e Paul olhavam a cena com lágrimas nos olhos. As palavras tão carinhosas de Maite para Serena fizeram o coração de Alfonso se aquecer instantaneamente. E por um momento, apenas, ele desejou que aquela “família” fosse real. Talvez todos pudessem ser felizes para sempre se aquilo fosse real. Porém, ignorando seus próprios pensamentos, ele apenas negou com a cabeça, deixando pra lá e também se abaixou na frente de Serena, a menina no meio dele e de Maite com os gêmeos no colo.

— E esse aqui é o grande Noah, querida. São parte da nossa família agora também.

E Serena podia jurar que aquele certamente era o dia mais feliz da sua vida!