Fanfic: Scars: Caminhos do Coração. | Tema: Drama, Romance, Hot (+18)
─ Ora, ora, ora. A imunda já está se aproveitando de mais alguém da minha família pra ver se vira gente, não é mesmo? ─ ele se pronunciou, olhando-a de cima a baixo, mas o desprezo era tanto por ela, que parecia cegá-lo e faze-lo enxergar somente o que ele queria ver, que naquele caso, era uma das piores mulheres do mundo: suja, interesseira, inferior e desprezível.
─ Alfonso, por Deus! Não seja grosseiro. ─ Anahí se levantou da mesa.
─ Não esqueça que aqui você não está na sua casa, Herrera. E aqui não existe uma hierarquia em que Alfonso é o rei como você já está acostumado a ter. Menos, bem menos. ─ Jared rebateu e Alfonso riu irônico.
─ E você não esqueça que em momento nenhum eu citei seu nome, ou o da Anahí. Meu assunto é com ela, e tive a infelicidade de saber que ela já estava aqui pelo Elias. Dito isso, já sabem o inferno que ele fez até que eu viesse aqui pegá-la. Ou melhor, expulsá-la daqui, uma criatura como essa não tinha nem que estar dentro do nosso prédio, francamente Anahí, você já foi mais sensata! Traze-la para cá, pra debaixo do teto onde seus filhos estão, tem que ter coragem, porque noção obviamente não tem.
─ Ora seu... ─ Maite avançou na direção dele, mas parou no caminho, olhando para trás e em seguida o mirando de novo. ─ Eu só não acabo com a sua raça, por respeito a eles! Que por sinal são mais exemplos de seres bons, o que te leva a descer ainda mais no ranking da humanidade, se é que ainda faz parte dele, seu inseto podre! ─ os coadjuvantes daquela discussão não poderiam ficar mais surpresos com a maneira que Maite enfrentava Alfonso de cabeça erguida e nariz empinado, da maneira que ninguém que eles conheceram havia feito antes.
─ É muito insolente mesmo. ─ ele falou e andou até ela, pegando no seu braço com força e a puxando em direção a saída. Maite tentou a todo custo se soltar dele, mas o mesmo era muito forte comparado a ela, entretanto quando eles estavam perto da entrar no elevador, Anahí segurou Maite pelo braço também, puxando-a para si e Jared ficou frente a frente com Alfonso.
─ Solte a menina, Herrera. Que raios vai fazer agora? ─ Alfonso então forçou um riso e soltando o braço de Maite, deu um leve empurrão em Jared, encarando-o cara a cara.
─ Eu vou avisar só mais uma vez: não se meta, Padalecki.
─ Papai? Mamãe? ─ foi quando Blair chegou na sala, e automaticamente todos os adultos se recompuseram. Alfonso e Jared que soltavam faíscas pelos olhos se afastaram e Anahí soltou o braço de Maite.
─ Não vão querer fazer show na frente da menina, né? ─ Herrera indagou possesso e em seguida voltou a pegar Maite pelo braço. ─ E você, vamos comigo. ─ disse e chamou o elevador que logo abriu as portas e ele a empurrou lá dentro. Anahí suspirou cansada daquele show e consciente de que não iria termina-lo bem na frente da sua menina. Jared ameaçou entrar no elevador também, mas ela o segurou pelo braço e fez que não com a cabeça, séria. Então os quatro se olharam pela última vez antes do elevador se fechar.
Os olhares eram: o de Alfonso de pura raiva. O de Maite, de confusão e até desespero de estar com aquele homem que ela detestava. O de Anahí, para Maite era como um pedido de desculpa e para o irmão, como um olhar de indignação. E Jared queria apenas dar um belo murro na cara de Alfonso. Mas infelizmente na vida a gente não tem tudo o que quer, e Maite era a prova viva disso. Sem dizer uma palavra, Alfonso foi com ela até a garagem e a arrastou até um carro, abrindo a porta e a jogando lá dentro, trancou as portas e fez a volta no carro, entrando e batendo a porta com força, antes de ligar o carro e sair dali sob os gritos de Maite que o xingava de tudo que era nome e ordenava que ele a deixasse ir. Ela tentou por diversas vezes abrir a porta e a vontade era de voar no pescoço de Alfonso, porém não seria louca de fazer isso com ele no volante, podendo arriscar até a sua própria vida com o ato. Entretanto, o medo que ela sentiu aumentou quando viu que depois de sair do prédio, Alfonso corria em alta velocidade para o lado oposto ao que ela conhecia. Ele não respeitava o trânsito e estava claramente transtornado.
─ Pra onde você está me levando? Pare o carro! ─ ela começou a falar, assustada e quando ele faz uma curva acentuada em alta velocidade ela se bateu com tudo na porta do carro, decidindo que aquela era a hora de colocar o cinto e rezar para não ser morta. ─ PARA A MERDA DO CARRO, SEU DOENTE!
Mas ele não a dava ouvidos. Alfonso seguia, sem sequer pensar, apenas sentir raiva de tudo e todos ao seu redor, em direção a estrada que o levaria para a mansão da sua família, mas também para a saída de Manhattan e Maite certamente não conhecia absolutamente nada daquilo, mas claramente era um lugar longe. O celular de Alfonso tocou enquanto ele estava na pista e Maite até tentou pegar, mas ele foi mais rápido, abrindo a janela do carro e jogando o mesmo na estrada, o que fez a mulher no carro arregalar os olhos e ficar ainda mais desesperada, engolindo a seco e entrando em total pânico.
─ Alfonso, o que você vai fazer? Vamos acabar morrendo assim, pelo amor de Deus, seja racional. Nós vamos morrer! ─ ela falava sentindo todo o seu corpo tremer. Só então ele teve uma reação, dando risada.
─ Agora está chamando por Deus e até me chamando pelo nome. Está com medo? ─ ele brincou com o carro na pista nesse momento, jogando-o para um lado e depois voltando ao normal e ela gritou. Ele riu. ─ Covarde.
─ Não tanto quanto você, eu posso te garantir. ─ cuspiu as palavras, irritada.
E foi aí que ele foi a beira da loucura. Além da extrema velocidade do mesmo, ele brincava frequentemente na pista e foi em uma dessas que eles ficaram bem de frente para um caminhão. Maite gritou e naquele momento, a única vantagem que ela tinha era que Alfonso era o melhor motorista da família, era o maior viciado em carros e nos últimos segundos do segundo tempo ele desviou do caminhão e pasmem, continuou correndo em alta velocidade.
─ MEU DEUS, PARA! PARA, PARA, PARA, POR FAVOR! A GENTE VAI MORRER. ─ ela tremia da cabeça aos pés, se segurando no banco e implorando. ─ PELO CHRISTIAN, ALFONSO! PARE! ─ e a freada foi tão brusca que ela bateu a cabeça na parte de frente do carro e em seguida as costas no banco com força. No mesmo momento sentiu o sangue escorrer quente pela sua testa e o mirou. Alfonso respirava ofegante, estava muito vermelho e suas veias alteradas. ─ Você é louco... ─ ela falou em tom baixo e viu quando ele desceu do carro e deu a volta no mesmo, abrindo a porta dela, tirando seu cinto e a arrancando dali sem nenhuma delicadeza.
─ NUNCA MAIS FALE O NOME DO MEU IRMÃO! NUNCA MAIS! ─ e a empurrou, fazendo a mesma cair na beira da estrada, em cima de uns matos, e só então ela percebeu que estavam em uma estrada deserta que pra onde se olhava, só tinha mato. Ainda sem reação, ela viu quando ele voltou para o carro e franziu o cenho se levantando.
─ Espera, espera, você é louco? Alfonso! Alfonso! ─ chamava batendo no vidro do carro e tentando abrir a porta. Ele abaixou o vidro por pura sacanagem depois de ligar o carro. ─ Eu não sei voltar. Não tem como eu voltar! Pelo amor de Deus, tenha piedade e me tire daqui. Por favor. ─ ela pediu deixando o orgulho de lado e quando ele sorriu, seu coração acelerou sabendo que mais uma vez ela estava em uma encrenca.
─ Sabe, eu acabei de perceber que... eu realmente adoro quando você me implora.
E arrastou o carro, fazendo uma volta com o mesmo e voltando para Manhattan na mesma velocidade que ele estava quando levou-a até ali.
─ Isso não... Isso definitivamente não pode estar acontecendo.
Mas estava. E longe vários quilômetros do lugar que ela realmente conhecia e fazia parte, sem transporte e sem nenhum tipo de comunicação com as poucas pessoas que ela conhecia, ela estava perdida. Então só lhe restava andar... andar, e andar, e andar. Uma pessoa normal tentaria ao menos pedir carona, entretanto estamos falando de uma mulher sozinha em uma estrada, uma mulher que por natureza já era desconfiada – e com razão – de todos que lhe rodeavam e ao decorrer dos anos que a mesma vivia na rua, ela havia chegado a conclusão de uma coisa: preferiria morrer sozinha, do que com pessoas que lhe fizessem mau e tirassem sua paz até o último dia da sua vida. No lado bom de Nova Iorque, estava Alfonso. Já era noite e ele estava na sacada do seu próprio arranha-céu. Em pé, ele olhava para o horizonte, com uma taça de vinho na mão. Ainda estava de calça e camisa social, mas sem paletó e gravata. Sozinho, sendo o próprio autor da crueldade que fez com a pobre Maite, ele sequer lembrava dela naquele momento. Seu rosto demonstrava uma expressão dura, e era tão cruel que ninguém perceberia tamanha dor que ele sentia em seu peito naquele momento. O que ele pensava era um mistério, o que ele sentia provavelmente ninguém descobriria, até porque todos acreditavam que ele era alheio a todos os sentimentos, o julgavam ser mais máquina que um próprio humano, pra falar a verdade. Entretanto algo que não justifica nada de ruim que ele já fez e faz para a pessoas, mas que é de extrema importância ser dito é: se Alfonso não fosse Alfonso, e fosse qualquer pessoa menos forte, espiritualmente falando e não de físico, certamente a tormenta seria tão grande que ele não mais estaria na sacada do prédio, e sim lá embaixo, morto, com inúmeros ossos quebrados por ter se jogado dali de cima sem nem pensar duas vezes.
Restava saber o motivo para toda aquela dureza e sofrimento interno que ele carregava consigo.
Autor(a): fsales_
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Dois dias depois do último encontro de Anahí e Alfonso, eles se reencontraram junto com o resto da família, com exceção a Elias, na empresa do mesmo. O motivo era a lida do testamento que Christian havia deixado. Antes que o mesmo começasse a ser lido, Anahí puxou Alfonso para o canto ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 806
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Hemsworth45 Postado em 22/09/2022 - 12:36:32
Só achei essa fic maravilhosa agora,adoraria ler o final dela. É tão perfeita
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poly_ Postado em 02/12/2018 - 14:48:05
Que saudades eu estava, eu ando tão ocupada com vestibulares e provas finais, e finalmente consegui voltar aqui. Eu literalmente amo essa história mulherr !!! Quero te convidar para começar ler minha nova fic, que chama Wolver. Continua logo gatita. Bjuss!!!
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mariana_medina Postado em 30/10/2018 - 23:36:29
Cadê??????
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mariana_medina Postado em 18/10/2018 - 22:22:28
MEU DEUS COMO EU AMO ESSA FIC
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Maiterroni Postado em 18/10/2018 - 09:54:19
Drama, Romance e AÇÃO? Já me ganhou aí. Respiro esses três nas fanfics. Já vi que ao lado de Indomitable, Imensurável será minha paixão também das fics que tem ação e eu amo. Posta lá logo também, amei tudo!
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Maiterroni Postado em 18/10/2018 - 09:45:19
Eu pensei muito que ia abandonar essa fic, mas fico radiante por não ter feito isso. Como sempre estou amando-a e estou com medo do que pode acontecer com a Maite por conta desse William desgraçado. Posta mais.
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crisjhessi Postado em 17/10/2018 - 23:37:18
Os dois ta em um fogo só........ Gostei da sua nova fic..... Continuaaaaaaaaaa
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Beatriz Herroni Postado em 17/10/2018 - 21:04:06
Posta mais.Beijos.
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milenapereira Postado em 17/10/2018 - 18:54:46
Sobre a nova fic eu amei tudooooo , ansiosa por ela , posta logo.
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milenapereira Postado em 17/10/2018 - 18:54:08
To amando tudoooo , posta mais fabiii