Fanfic: Scars: Caminhos do Coração. | Tema: Drama, Romance, Hot (+18)

O caminho para casa foi leve, fofo e até engraçado. Maite fora no fundo com Serena e os gêmeos, se surpreendendo, pois no carro de Alfonso já havia lugar para os meninos também, as cadeirinhas. No carro, Serena brincava todo o tempo com os dois e arrancava boas gargalhadas de Noah, que eles conseguiram perceber como o mais agitado dos gêmeos, o mais brincalhão. Lucca era o mais quietinho, manhoso, mas ainda assim dava uns risos das brincadeiras e cosquinhas leve da irmã. O som dos três brincando era música para os ouvidos de Maite que não podia estar mais feliz. Alfonso, observava a cena pelo retrovisor e não podia deixar de sorrir de lado em alguns momentos. Um retrato de uma boa família os cinco... certamente daria. No caminho, Alfonso tinha a mente longe, verdade seja dita ele já pensava no escândalo que ia ser na mídia quando eles soubessem dos gêmeos que ele e Maite já tinham. Então lhe surgiu uma ideia que há um mês atrás seria uma loucura até para ele próprio, já que ele nunca se permitia fazer aquilo que estava nos seus planos naquele momento... viajar. Tirar um tempo curto de “férias”, para ter um momento de paz com os gêmeos antes da mídia caça-los para conseguir fotos à todo custo. Então ele lembrou de um dos desejos de Christian e teve a certeza que viajar era a coisa mais certa a se fazer no momento. E outra: ele sabia exatamente para onde ir.

01 ─ Leve-a para viajar três vezes no(s) ano(s).

02 ─ Apresente a ela dois dos lugares que você mais ama estar no mundo.

— Maite? — Alfonso chamou assim que eles chegaram em casa e Serena correu rapidamente para o seu quarto, para tomar banho e depois voltar a ficar com seus irmãozinhos. Ela se virou para ele, carregando Noah no colo, enquanto Lucca estava no de Alfonso, deitadinho no ombro do mesmo que havia pousado uma mão nas costas dele, acariciando levemente ali sem ele mesmo perceber. Maite sorriu levemente quando viu.

— Sim?

— Nós vamos viajar. — Ela parou por um momento, tentando processar e em seguida sorriu.

— Vamos? Pra onde?

— Brasil. — Nesse momento ela arregalou levemente os olhos.

— É sério? Sério mesmo, Poncho? — Ele assentiu. — Meu Deus, eu sempre sonhei ir pra lá!

— Por quê? — Ele franziu o cenho.

— Porque é Brasil! —Ela riu, empolgada. — O país das maravilhas naturais, o país das cores, do amor, da alegria! Quando a gente vai? — Indagou com os olhos brilhando e ele quase riu... Lá estava ela parecendo uma criança de novo.

— Pensei em ir hoje, mas seria muitas emoções em um só dia para eles. Então vamos amanhã cedinho!

— Amanhã... Meu Deus, Alfonso, como você é imprevisível! — Exclamou já pensando nas mil coisas que tinha que fazer. — Tá bom, mas eles precisam de roupinhas e de mais outras mil coisas que eu tenho que perguntar a Annie e...

— Já falei com a Anahí e pedi inclusive pra ela anunciar a família que vamos viajar, não tô afim de ir trabalhar hoje. — Deu de ombros. — E como sei que vão cair em cima de mim, deixei que ela resolvesse tudo. — Maite riu. — Ela fez uma lista de três páginas, Maite! Três páginas dizendo tudo que você, Serena, Lucca e Noah precisavam e eu achei um absurdo de exagero, mas de qualquer forma já estão comprando e vão organizar nossas malas para não termos problemas com nada. No meu quarto tem dois berços e as coisas mais simples para os dois já estão aqui. Conseguimos nos virar hoje e amanhã. — Ele deu de ombros. — E ah, você dorme comigo, já que instalaram os berços lá porque pensam que somos casados mesmo e blábláblá. Como os gêmeos estão lá, você fica lá também.

Ela iria agradecer, mas sequer precisou. Seu sorriso e seus olhos cheios de lágrimas de gratidão disseram tudo e ele, ao perceber o quão emocionada e feliz ela estava, lhe sorriu em resposta. Era uma forma deles dizerem “obrigada” e “de nada”. Então Maite se virou, os cabelos chicoteando no ar e Noah, surpreendentemente radiante desde que estava naquela família, gargalhou, fazendo Alfonso e Maite rirem em sincronia com o som.

— Serena! — Maite chamou em um tom mais alto e Alfonso já sabia o que viria ali, revirando os olhos e negando com a cabeça, porém um sorriso brincava em seus lábios. A menina gritou um “oi” do quarto e Maite riu abertamente. — Você não vai acreditar no que vamos viver nos próximos dias! — Falou ainda mais empolgada subindo as escadas com Noah no colo. — Ai mamãe, como você é gostoso, só faz rir com essas bochechinhas assim gotosas e com essas covinhas que eu não me dou! — Ela falou enchendo o menino de beijinhos e mordidinhas enquanto subia as escadas e Alfonso ainda sorriu quando ela sumiu do seu campo de visão.

— Ei garotão. — Chamou Lucca que levantou a cabecinha e o mirou. — Eu sei que você é um sonho de filho sendo assim tão quietinho, mas olha... — Lucca olhava atentamente para ele, com as mãos no peito do mesmo, que falava carinhosamente com o menino. — Essa família aqui é cheia de doidinhas, e nossa vida é meio... louca, sabe? Você vai se acostumar e entrar no clima, eu prometo. Só não precisa ter medo, porque apesar de tudo, nós sabemos cuidar muito bem uns dos outros... quando a gente quer, mas com vocês a gente vai querer sempre, tá? — Ele acariciou o rostinho do menino. — Não vou deixar ninguém machucar vocês. Nem a mãe de vocês! — Afirmou e mesmo não entendendo o que Alfonso disse, Lucca deu um sorrisinho de lado. Alfonso riu e beijou a testa do menino. — Que Deus me ajude, já me apeguei a essas criaturinhas. — Comentou sozinho, respirando fundo, sem querer nem pensar como as coisas seriam dali pra frente. Mesmo inconscientemente, sentia medo de como aquilo acabaria... porque o final era a única coisa certa que todos tinham em mente.

Lucca balbuciou algumas palavras incompreensíveis, mais animadinho e Alfonso riu.

— Bem-vindo a família, campeão!