Fanfic: Scars: Caminhos do Coração. | Tema: Drama, Romance, Hot (+18)

— Não acredito que sobrevivemos a dez horas de voo sem surtar.

Alfonso riu ao ouvir aquilo de Maite e também não era pra menos... A paz da noite anterior só durou até eles finalmente pegarem no sono, pois os gêmeos começaram a chorar a noite e Maite poderia jurar que de 1 em 1 hora um dos dois acordavam querendo alguma coisa... ou mamar, ou beber água, ou fazer alguma necessidade e Alfonso a ajudou em absolutamente tudo, por isso eles estavam tão quebrados. Para completar, Serena acordara com o choro dos irmãos e decidiu que queria ir dormir com Maite e Alfonso, o que os deixou um tanto espremidos na cama, já que o espaço maior estava para a menina no meio que tinha um mau-dormir terrível. A manhã deles também foi barulhenta, todos correndo de um lado para o outro, tentando se acostumar ao fato de que um dia eles dormiram na mais perfeita paz, cada um em seu quarto, sem complicações e no outro amanheceram com três crianças em casa que conseguiam ser bem agitadas quando queriam. Maite agradeceu a Deus pela viagem ter sido realizada com o jatinho de Alfonso e não em um avião, pois felizmente todo o jatinho dele já estava totalmente equipado para receber dois bebês e uma criança e ela mais uma vez glorificou a Deus por ele pensar em absolutamente tudo... Na viagem, ela conseguiu dormir. Os gêmeos estavam entretidos sempre, ou com desenhos que passavam ali, ou com os diversos brinquedinhos para eles e Serena também viajou tranquila, ora brincando com os irmãos, ora dormindo... Só Alfonso não dormiu, ele revisava o tempo em passar o olho nos quatro que os acompanhavam e em trabalhar com seu tablet, Maite chegou a ficar nervosa por ele não dar um tempo nunca e depois de uma viagem longa, eles chegaram ao destino: São Paulo. Já era noite quando eles chegaram lá, vinte horas, especificamente. E antes deles descerem do jatinho, Alfonso deu a instrução de todos se agasalharem bem, pois a cidade era fria e a noite então... E logo os cinco desciam do jatinho direto para um carro que os levaria ao hotel em que eles ficariam hospedados aquela noite. Maite carregava Lucca dormindo nos braços e Alfonso tinha Noah também dormindo nos seus, dando a mão a Serena até eles entrarem no carro e darem partida.

— Uau, papai. Como aqui é lindo! — Serena comentou olhando atentamente pela janela do carro os diversos prédios e uma cidade bem agitada quase como era em Nova Iorque ali. Ele sorriu para a filha.

— Acredite, essa semana você vai conhecer lugares mais diferentes e encantadores ainda! — Afirmou e Serena mirou Maite empolgada, que sorria e piscou pra ela.

Logo eles chegaram no hotel, fizeram o check-in e subiram para o quarto de hotel. Maite constatou que mais parecia uma casa dentro de um hotel de tão grande que era e ficou muito feliz quando viu que haviam já uma área exata para os bebês e Serena dormirem. Não eram berços, porém um “puxadinho” da cama deles, acolchoado e todo contornado para que ninguém caísse. O tempo de Serena, Maite e Alfonso tomarem um banho rápido foi o tempo dos gêmeos acordarem. Enquanto Maite e Alfonso davam banho neles, Serena jantava, eles já haviam feito os pedidos para o quarto. Logo, todos estavam reunidos na cama.

— Então aqui não tem praia, papai? — Serena lhe indagou frustrada e Alfonso negou.

— Mas não se preocupe, visitaremos outras cidades onde o que mais tem é praia! E até lá, tem as piscinas do hotel, a que temos ali fora é privativa, amanhã você pode tomar banho lá. — Disse e a menina assentiu animada. Alfonso dava uma papinha a Lucca, enquanto Maite dava a Noah. O último já estava acabando e Maite ria da vontade do menino em pegar o potinho da mão dela.

— Meu Deus, filho! Como você é gulosinho! Veja, acabou. — Dizia raspando o restinho do potinho e dando a ele, que mal digeriu tudo e já erguia as mãozinhas querendo mais. Serena e Alfonso terminaram rindo também. — O que? — Indagou com um sorriso enorme no rosto.

— Dá. Dá, dá. — Pedia e Maite arregalou os olhos mirando Alfonso, que sorriu. Era a primeira vez que eles entendiam algo que o menino queria dizer, a primeira vez que eles ouviam ele falar uma palavra consistente. Então Noah, aproveitou o momento de distração e engatinhou até Alfonso, sentando em frente a ele e erguendo os bracinhos. — Dá, dá, dá! — Eles não aguentaram e caíram no riso.

— Esse é do Lucca, Noahzinho. — Serena disse carinhosa, beijando a bochecha dele.

— Uca! — Falou de novo.

— Ai meu Deus, assim meu coração não aguenta! Uca, meu amor! — Maite lhe deu cheirinhos no pescoço também. — Pega pra mim mais uma papinha ali em cima, por favor, minha linda. — Pediu a Serena que pegou, sob o olhar atento de Noah que virou-se rapidamente para a mãe quando percebeu que ela ia lhe dar mais papinha. — É meu gulosinho mais gotoso do mundo, gente! É sim. — Ela disse encantada e Alfonso riu.

— É xim. — Foi a vez de Lucca repetir o que a mãe falou.

— Ah não, Poncho! Eu vou morder eles, tô dizendo. — Ela falou dando mais uma colherzinha a Noah e se inclinando pra cheirar a cabecinha de Lucca que riu, os dentinhos prestes a nascer já amostra.

— Vai deixar a mamãe te morder, filho? — A fala de Alfonso foi tão espontânea que ele sequer percebeu no exato momento em que sorriu. Para Serena que se divertia com as risadinhas de Lucca que ao ouvir Alfonso falando, mesmo sem entender, riu ainda mais, foi algo normal. Maite olhou prontamente para ele, os olhos brilhando, encantada. Quando se deu conta do que falou, ele se virou para Maite parecendo até um pouco envergonhado e ela negou com a cabeça, um sorriso radiante no rosto! Tudo o que ela queria era que os folhos dela tivessem um pai de coração bom. O ideal estava ali bem na frente deles!

— Diz ao papai que xim, filho! — Ela falou mirando Lucca, que riu ainda mais, a atmosfera de amor, proteção e cuidado estava fazendo um bem enorme aos meninos. Alfonso sentiu o coração se aquecer ao ouvir aquilo. — Diz que xim, amor! — Pediu de novo, rindo da risadinha que ele dava.

— XIM!

O menino falou, batendo palminhas e eles caíram na gargalhada!

Com sorte, só o amor reinaria por muito tempo ali.

Meninas, peço desculpas se estão achando os capítulos curtinhos ou algo assim. Como falei, tive um bloqueio imenso com essa fic e voltar a escrever de onde paramos sempre é complicado, mas graças a Deus tá fluindo. A fic vai entrar (já entrou na verdade) numa atmosfera  muito mais leve, de paz e amor (eu ouvi um amém?). Mas não se acostumem aí, logo a tempestade tá de volta! kkkkk. Beijosss!