Fanfic: Diário de uma garota invisível | Tema: Vida escolar

Sabia meu “querido” diário, que ser invisível tem vantagens? Como quando você quer saber de coisas desconhecidas por você? Com isso em mente coloquei meu plano em prática — que, na verdade, é só uma pesquisa sobre quem estou lidando — Mas por onde começar? Pelo coração da fofoca de uma escola… a rodinha das garotas, foi fácil de me infiltrar na rodadinha já que se você não se esqueceu sou invisível socialmente, logo é tipo um passe vip para quase qualquer coisa(eu sempre fui neutra em relação a não ser notada ou raramente notada, mas essa invisibilidade social é realmente boa para ganhar informações) sentei perto do grupinho das meninas e quando tive a oportunidade comentei entre os assuntos delas sobre o Thiago pela maioria ser uma cabeça de vento elas começaram a falar sobre ele como se uma delas tivesse dado a ideia o que me fez descobrir algumas coisas que eu não sábia de início como: o sobrenome dele, a altura certa(1,75). Tirando isso o resto foi desnecessário já que elas mudaram de assunto rapidamente — mesmo não sabendo de quase nada também -. Bem levei todo o “primeiro” tempo antes do recreio com as meninas, então usei o resto para saber dos meninos, o que foi bem fácil já que cadeira vaga era o que tinha na sala então consegui sentar perto deles e jogar o assunto no ar e saber algumas coisas desnecessárias também até ele próprio comentou, mas não falou muito sobre ele, pois, fez com que o assunto passasse para outra coisa também. Que droga em meu “querido” diário nessa “guerra” de informação eu não consegui quase nada sobre ele, mas vida que segue e assim termina meu dia na escola!

Como falei antes eu não vou colocar datas para você não ver o espaço de tempo que eu não escrevo em você, massssss isso aconteceu bem hoje mesmo então né..... Lá estou eu sendo invisível como sempre e chega a hora do lanche na escola, tudo de boa até aí, o lanche era galinhada e então foi quando tudo aconteceu, o senhor Thiago estava na minha frente andando e falando com seus amigos e eu logo atrás — eu nunca pego o lanche eu só saio pra respirar um pouco mesmo — então o dito cujo infeliz se vira pra mim e me encara nos olhos e fala “pega o lanche e me dá?” Nesse momento fiquei tipo “???” mas um pouco travada digo que sim ele comemora, lá vou eu pego o lanche e dou pra ele e ele vai embora de boa, tudo certo até ai né mesmo eu ficando feliz por meu crush — sim foi difícil admitir, mas cheguei a conclusão que eu estava apaixonada — tenha falando comigo pela primeira vez, mas dai pra frente ficou estranho. Chego na sala e do nada Thiago me abraça, ele maior que eu, óbvio (já que tenho 1,59) me tampa por inteira, o abraço foi pela frente então minha cara tava enterrada em seu peito enquanto a cabeça dele estava em cima da minha, nesse momento eu senti minha cabeça pifando, dando erro 404 e tudo mais, mais o verdadeiro meteoro que destruiria meu psicológico naquele momento veio em seguida quando ele falou “Obrigado pela comida, Victória” naquele momento eu senti como se um cadeado fosse aberto, penso que eu teria deixado de ser um pouco mais invisível já que me dei conta de que toda a sala estava olhando para a gente — claro o infeliz faz isso bem na frente do quadro — Ah! Falei que ainda estávamos abraçados (ou pelo menos ele me abraçando) com isso a sala se tornou gritaria com os meninos gritado “Que é isso, hein?”e as meninas “Quem é ela?” fiquei tão agoniada que empurrei ele (não com força, mas pra ele me soltar) o que deu certo já que ele foi pra um lado e corri e me sentei na minha mesa quase pegando fogo de tão vermelha, e ele? Ele ficou parado lá sem entender muito o que fiz, mas logo se sentou na sua cadeira e depois disso eu não fiz nada e mais nada certo.

Como falei, eu n fiz, mas nada certo nessa ultima semana — sim passei uma semana sem escrever em você pelo motivo de não ter nada de importante acontecido nesse tempo a não ser o que vou escrever agora — tudo que eu fazia ou deixava e fazer me lembrava a cena do abraço e do calor do corpo dele colado no meu, desde o cheiros do perfume que ele usava, do peso que a cabeça dele fazia em cima da minha ao toque da minha cabeça no tórax e na parte da barriga, era como se naquele momento eu não setia as roupas dele somente a sua pele. Bem nesse dia agora quando entrei na sala tive uma surpresa, não vi Thiago na sua cadeira, os meninos me encaravam — penso que alguém deixou de ser invisível — quando fui à direção do meu lugar lá estava ele, sentado na cadeira da frente da minha, travei quando vi que ele me encarava e deu um sorriso quando me viu, sinceramente o que ele queria? Era alguma aposta? Que ele pegaria a invisível da Victoria? Não, eu não seria um troféu para um babaca… isso… isso! Eu agora tinha um objetivo, me certificar de que ele era um babaca e com isso ia me auto-desiludir dele, me sentei sem falar nada e fiquei olhando para o quadro e assim foi, a sala um silêncio ele não falava nada e eu também não e foi assim o resto da semana, essa espécie de neblina de silêncio sobre a sala.